segunda-feira, 17 de julho de 2023

COLIGAÇÃO “PAI TERRA RANKA” PROMETE UM GOVERNO DE INCLUSÃO

 O DEMOCRATA  16/07/2023  

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação “PAI-Terra Ranka”, Domingos Simões Pereira, disse que a coligação vai formar um governo de inclusão para dirigir o país nos próximos quatro anos com o propósito de garantir a paz e estabilidade social e governativa aos guineenses.

“Defendemos um governo de inclusão como forma de garantir a paz, a estabilidade social e governativa, por isso, os partidos declarados perdedores vão ser convidados para a governação do país, porque são guineenses que igualmente aspiram o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, afirmou. 

O político falava no sábado, 15 de julho de 2023, em Luxemburgo, à diáspora guineense na Europa em gesto de agradecimento aos eleitores pela vitória eleitoral da Coligação.

A Coligação da Plataforma Inclusiva – “Terra RANKA” formada por cinco partidos políticos, PAIGC, UM, PCD, PSD e MDG, foi o vencedor das eleições legislativas realizadas a 04 de junho do ano em curso, com a maioria absoluta, ou seja, conseguiu 54 mandatos, do total de 102, que constituem o hemiciclo da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

O MADEM ficou na segunda posição com 29 mandatos, PRS 12 mandatos, PTG 6 mandatos e APU-PDGB tem apenas um (01) mandato.

Falando para os apoiantes da coligação na diáspora, Simões Pereira aproveitou a ocasião para responder algumas questões levantadas nos bastidores sobre a sua participação no governo ou do lugar que vai ocupar no futuro Parlamento. 

Pereira explicou que qualquer função que venha a desempenhar no futuro governo ou mesmo estando fora do mesmo, será ele politicamente responsável pela governação do país nos próximos quatro anos.

“A questão frequente que circula neste momento entre os guineenses é saber se Domingos vai ser primeiro-ministro, se vai presidir o Parlamento? Ou se fará ou não, parte do governo? Prefere a Presidência da República, entre outras imaginações… Perante todo esse exercício de ideias, o que me interessa, em primeiro lugar, é corresponder às expetativas do povo guineense”, assegurou, sem avançar pormenores sobre o assunto.

“Fomos vítimas de maus tratos na governação deles! Não podemos fazer o mesmo para com eles”, assegurou o político.

Domingos Simões Pereira afirmou que está disposto a ser-lhe exigido pelos guineenses se desviar das ideias que convenceram os eleitores a votarem no programa eleitoral da Coligação PAI “TERRA RANKA”.

Refira-se que as autoridades nacionais agendaram a investidura de novos deputados para o dia 27 de julho. 

Entretanto, a formação do governo será depois da posse dos deputados.

Por: Assana Sambú

domingo, 16 de julho de 2023

Moscovo acusa Kyiv de ataque mortal na cidade russa de Shebekino

© Getty Images

Notícias ao Minuto    16/07/23 

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que raramente reivindica publicamente a responsabilidade em território da Rússia, na sequência destas alegações.

O governador da região russa de Belgorod disse, este domingo, que as forças ucranianas terão bombardeado a cidade russa de Shebekino, perto da fronteira ucraniana, com mísseis Grad, matando uma mulher que andava de bicicleta, reporta a Reuters.

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que raramente reivindica publicamente a responsabilidade em território da Rússia, na sequência destas alegações.

Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, referiu que os mísseis Grad atingiram uma área de mercado, danificando um edifício e dois carros.

"Para grande tristeza, uma pessoa foi morta - uma mulher que estava a andar de bicicleta no passeio na altura do bombardeamento. Os ferimentos causados pelos estilhaços eram incompatíveis com a vida", explicou a fonte citada na rede social Telegram.

Segundo Gladkov, o alegado bombardeamento ucraniano de duas outras povoações na região de Belgorod este domingo não causou vítimas, mas danificou três casas em Gorkovsky e armazéns, uma vedação, uma torre de água e uma linha elétrica numa empresa agrícola em Ilek-Penkovka.

O sistema de armas Grad (Hail) é um lançador múltiplo de foguetes montado em camião, utilizado pelas forças ucranianas, mas também pelas russas. A sua utilização contra zonas civis é considerada um crime de guerra pelos ativistas dos direitos humanos.

A cidade de Shebekino, situada a cerca de cinco quilómetros da fronteira ucraniana, tem sido repetidamente alvo de bombardeamentos indiscriminados por parte das forças armadas ucranianas, segundo a Rússia.

Kyiv também tem acusado as forças russas de bombardear indiscriminadamente as zonas civis no país. Ambas as partes negam ter como alvo, ainda assim, infraestruturas civis.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, tenha causado um número muito superior às nove mil vítimas mortais documentadas até ao momento.


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Global: "Se o que Putin queria era enfraquecer a NATO, o Ocidente e a Europa, conseguiu exatamente o contrário"

O Global deste domingo arranca com a análise de Paulo Portas à cimeira da NATO em Vilnius, na Lituânia, e à entrada da Suécia na aliança. 

O comentador observa que, um ano e meio depois da invasão da Ucrânia, o que Vladimir Putin conseguiu "foi que houvesse mais NATO, mais países na NATO, mais orçamento na NATO, mais peso do leste na Europa e na NATO e um maior vínculo entre os americanos e os europeus".

Serve-se ainda do exemplo dos mais de 100 mil soldados americanos nas fronteiras do leste europeu, "a proteger os países que estão próximos da Rússia". 

Centenas de de mercenários da Wagner chegaram à República Centro-Africana

Retirados emblemas do grupo Wagner, em São PetersburgoANTON VAGANOV
Por   sicnoticias.pt

Num comunicado de imprensa publicado no domingo, o COSI declarou que os seus instrutores estavam a treinar as forças de segurança centro-africanas há "mais de cinco anos" e que tinham assim ajudado a "melhorar o nível geral de segurança" no país.

Várias centenas de "experientes" combatentes do grupo de mercenários russo Wagner chegaram à República Centro-Africana para "garantir a segurança" antes do referendo de 30 de julho, anunciou este domingo um grupo ligado àquela formação paramilitar.

"Um outro avião chegou a Bangui com instrutores para trabalhar na República Centro-Africana (RCA). A rotação prevista prossegue. Várias centenas de profissionais experientes da companhia Wagner juntam-se à equipa que trabalha no país", declarou a Comunidade de Oficiais para a Segurança Internacional (COSI) na rede social Telegram.

"Os instrutores russos continuarão a ajudar os militares das Forças Armadas Centro-Africanas e as forças da ordem da RCA a garantir a segurança durante a preparação do referendo constitucional previsto para 30 de julho", lê-se no comunicado.

Juntamente com o comunicado, o COSI publicou uma fotografia que mostra pelo menos trinta pessoas mascaradas e com uniforme militar em fila, no que parece ser uma pista de aterragem de um aeroporto.

Segundo os Estados Unidos, a COSI é uma empresa de fachada do grupo Wagner na República Centro-Africana. É dirigida por um russo, Alexandre Ivanov, que se encontra sob sanções americanas desde janeiro.

Num comunicado de imprensa publicado no domingo, o COSI declarou que os seus instrutores estavam a treinar as forças de segurança centro-africanas há "mais de cinco anos" e que tinham assim ajudado a "melhorar o nível geral de segurança" no país.

No início de julho, várias fontes estrangeiras afirmaram que um número desconhecido de mercenários da Wagner estava a deixar a República Centro-Africana, uma afirmação firmemente negada pelo governo do país africano.

O estatuto da empresa paramilitar privada e a continuação das suas operações são incertos desde o seu motim abortado na Rússia, a 23 e 24 de junho.

Mas as suas intervenções no estrangeiro, nomeadamente na Síria e em vários países africanos (Sudão, República Centro-Africana, Mali), não foram até agora publicamente postas em causa.

Logo que foi anunciado o fim do motim, Bangui declarou que as atividades da Wagner "continuariam".

Putin diz que forças russas estão a anular a contraofensiva ucraniana

© ALEXEI BABUSHKIN/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA    16/07/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que a contraofensiva do exército ucraniano, lançada em junho, não foi bem sucedida face à resistência das defesas russas no leste e no sul da Ucrânia.

"Todas as tentativas do inimigo para romper as nossas defesas (...), em particular através da utilização de reservas estratégicas, foram infrutíferas durante todo o período da ofensiva. O inimigo não teve sucesso", afirmou Putin.

Numa entrevista a um canal de televisão transmitida hoje, Putin descreveu a situação como "positiva" para as forças russas na frente.

"As nossas tropas estão a comportar-se de forma heroica. Inesperadamente para o inimigo, estão até a passar à ofensiva em certos setores e a capturar posições mais vantajosas", disse o líder russo.

Vladimir Putin acrescentou que os especialistas russos vão estudar o equipamento moderno capturado na Ucrânia para ver se "têm algo que possa ser utilizado" na produção nacional, sem deixar de enfatizar que o equipamento militar russo é "muito eficaz" e que o seu tanque T-90 é "o melhor do mundo".

Esta semana, o presidente russo salientou também que os tanques ocidentais ardem melhor do que os tanques do seu país e argumentou que, desde que a contraofensiva ucraniana começou, o exército russo destruiu centenas de tanques produzidos no Ocidente, incluindo os Leopard alemães.

Na sexta-feira, o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, admitiu que a contraofensiva de Kyiv "não estava a progredir tão rapidamente", mas assegurou que os aliados ocidentais não estavam a pressionar Kyiv sobre esta questão.

Iniciada em junho com o apoio de armas pesadas fornecidas pelo Ocidente, a contraofensiva da Ucrânia está a progredir lentamente contra as tropas russas, que tiveram tempo para construir defesas sólidas, incluindo campos de minas, e que ainda têm poder de fogo para atacar as forças ucranianas.

No domingo, o Estado-Maior ucraniano declarou que as operações ofensivas em direção a Melitopol e Berdiansk, duas cidades ocupadas pela Rússia no sul da Ucrânia, estavam a prosseguir.

No início desta semana, na terça-feira, o Ministro da Defesa russo afirmou que as tropas russas tinham conseguido romper 1,5 km de profundidade numa secção da frente perto de Lyman, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.


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Papa recorda bombardeamento de Roma na II Guerra e compara-o a Ucrânia

© Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images

POR LUSA   16/07/23 

O Papa Francisco lembrou hoje que se completam, por estes dias, 80 anos sobre o bombardeamento de alguns bairros de Roma na Segunda Guerra Mundial e lamentou que estas tragédias ainda se repitam, aludindo ao sofrimento dos ucranianos.

"Passaram 80 anos desde o bombardeamento de alguns bairros de Roma, especialmente o de San Lorenzo. O Papa, o venerável Pio XII, quis ir ao encontro das pessoas perturbadas", recordou Francisco durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, em Roma.

Francisco afirmou ainda que o bombardeamento 19 de julho de 1943, realizado por aviões norte-americanos, causou mais de 3.000 mortos em Roma e arrasou áreas inteiras da cidade.

"Infelizmente, estas tragédias ainda hoje se repetem. Como é possível? Perdemos a memória. Que o Senhor tenha piedade de nós e liberte a família humana do flagelo da guerra. Em particular, rezemos pelo querido povo ucraniano, que está a sofrer tanto", disse o Papa Francisco.

Nas últimas semanas, o Papa Francisco enviou o cardeal Matteo Zuppi a Kiev, na Ucrânia, e Moscovo, na Rússia, para abrir uma via de diálogo para a paz e mediar o regresso das crianças ucranianas deportadas para a Rússia, sem resultados até agora.


Leia Também: A juventude católica guineense pretende "brindar" o Papa Francisco com o "pano de pinti", pano artesanal característico do país, disse à Lusa o padre Dingana Sigá, um dos coordenadores da delegação às jornadas da juventude em Lisboa.

A demolição de cacifes no Campo de futebol de Afia terminou no confronto entre forças de ordem e populares desse bairro periférico de Bissau este domingo, 16 de julho.

 Radio TV Bantaba

Rússia denuncia forte ataque de 'drones' ucranianos a Sebastopol

© Getty Imagens

POR LUSA     16/07/23 

O ministério da Defesa da Rússia denunciou hoje um forte ataque de 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) ucranianos contra a cidade de Sebastopol, na Crimeia, base da frota russa do Mar Negro, e afirmou que todos foram "neutralizados".

"Uma tentativa do regime de Kyiv de realizar um ataque terrorista com sete veículos aéreos não tripulados e dois semi-submersíveis não tripulados contra alvos no território da península da Crimeia, perto da cidade de Sebastopol, foi frustrada hoje de manhã", disse o departamento governamental russo, num comunicado.

Segundo a nota, dois 'drones' foram destruídos pela defesa aérea e cinco outros neutralizados por meios eletrónicos sem atingir os seus alvos.

Além disso, na parte norte do Mar Negro, duas embarcações não tripuladas das Forças Armadas ucranianas foram descobertas e eliminadas.

"Como resultado do ataque terrorista frustrado, não houve vítimas ou danos", disse o ministério russo.

Anteriormente, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, também já tinha dado conta do ataque, que descreveu como "maciço e prolongado".

Desde o ataque de outubro passado que danificou a ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia, a península anexada tem sido alvo de frequentes ataques com 'drones' e mísseis.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Pelo menos 33 mortos devido ao mau tempo na Coreia do Sul

Azerbaijão acusa Rússia de não cumprir obrigações sobre Nagorno-Karabakh

© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images

POR LUSA   16/07/23 

O Azerbaijão acusou hoje a Rússia de não cumprir as suas obrigações ao abrigo do acordo de cessar-fogo de 2020 que Moscovo patrocinou para pôr fim ao conflito pelo controlo da região de Nagorno-Karabakh.

"O lado russo não garantiu a implementação total do acordo no âmbito das suas obrigações", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, acrescentando que Moscovo "não fez nada para impedir" a Arménia de entregar equipamento militar às forças separatistas no enclave.

No outono de 2020, Moscovo patrocinou um acordo de cessar-fogo após uma guerra de seis semanas, com a derrota das forças arménias, forçadas a ceder o território que controlavam há décadas.

A Rússia comprometeu-se a enviar soldados para garantir a livre circulação entre a Arménia e o Nagorno-Karabakh através do corredor de Latchine, a única estrada que liga a Arménia ao enclave separatista.

O corredor foi encerrado na terça-feira pelo Azerbaijão.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo instou o Azerbaijão a reabrir o corredor.

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, reuniram-se em Bruxelas no sábado para conversações mediadas pela União Europeia.


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sábado, 15 de julho de 2023

“GUINÉ-BISSAU TEM APROVEITADO MUITO POUCO A COOPERAÇÃO COM A CHINA” – Embaixador António Serifo Embaló

 O DEMOCRATA   15/07/2023  

O Embaixador Plenipotenciário da Guiné-Bissau na República da China Popular, António Serifo Embaló, afirmou que o país tem aproveitado muito pouco a cooperação bilateral com aquele país asiático, sobretudo no que concerne ao setor privado em que se poderia tirar grande proveito das oportunidades oferecidas pelo gigante asiático aos países africanos, no âmbito de negócios e grandes investimentos.

“A Guiné-Bissau tem aproveitado muito pouco a cooperação com a China, sobretudo no setor privado. Eu acho que o nosso setor privado deve começar a ser mais agressivo no bom sentido, para ter acesso ao mercado chinês. Um mercado grande onde as oportunidades não faltam e o setor privado pode aproveitar muito bem para fazer negócios e investimentos em todas as áreas possíveis”, disse.

“A China é grande, tem mercado e precisa de matérias primas dos países africanos, em particular da Guiné-Bissau, neste caso a castanha de cajú, que vem em primeiro lugar” explicou, salientando que a China é o mundo, por isso “devemos aproveitar, porque as oportunidades existem”.

Serifo Embaló falava este sábado, 15 de julho de 2023, nas instalações da Embaixada da Guiné-Bissau em Beijing, ao grupo de imprensa nacional, que está na China para participar no Seminário para Oficiais de Jornalismo e Jornalistas dos Países da Língua Portuguesa, com o propósito de falar da cooperação bilateral entre os países com ligação histórica.

Embaló desempenhou funções ministeriais várias vezes no país e foi deputado da nação, antes de ser nomeado Embaixador  Extraordinário e Plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República Popular da China, em junho de 2020.

O diplomata guineense revelou aos jornalistas que as autoridades nacionais estão a trabalhar a nível técnico com autoridades chinesas competentes, para que no futuro próximo possa haver condições para que a Guiné-Bissau possa lançar bases no sentido de exportar a castanha de cajú para aquele país asiático, que recentemente manifestou o interesse de comprar a castanha da Guiné-Bissau. 

Questionado sobre a recente participação da Guiné-Bissau na Exposição Económica e Comercial da China – África realizada em Changsha, Embaló assegurou que o pavilhão nacional foi visitado por milhares de pessoas, sobretudo  chineses que adquiriram todos os produtos da delegação nacional.

A delegação empresarial da Guiné-Bissau tomou parte na exposição e foi composta pelos representantes de empresas privadas. Foi a primeira vez que a Guiné-Bissau participou na exposição, conseguindo atrair muitos visitantes.

O embaixador guineense que, além de realçar a boa cooperação entre dois estados, permitiu muitos investimentos do governo chinês em infraestruturas nacionais, falou também da contribuição da China na formação de quadros guineenses em diferentes áreas académicas.

O diplomata destacou infraestruturas fruto de cooperação bilateral com a China, nomeadamente, palácios da Presidência, do Governo e da Justiça, o edifício da Assembleia Nacional Popular, o Hospital Militar, o Estádio Nacional “24 de Setembro” em Bissau, e recentemente a construção de uma autoestrada que ligará a cidade de Bissau e Safim 

Por: Alison Cabral

Foto: AC

PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM FRANÇA PARA ASSISTIR AS CELEBRAÇÕES DO DIA DA BASTILHA

  Presidência da República da Guiné-Bissau

COREIA DO SUL: Há uma semana que chove fortemente na Coreia do Sul. Contam-se 22 mortes... Estão ainda desaparecidas pelo menos 14 pessoas e milhares tiveram de deixar as suas casas.

© Reuters

Notícias ao Minuto   15/07/23 

Deslizamentos de terra e cheias, resultantes das fortes chuvas que se fazem sentir na Coreia do Sul desde 9 de julho, já causaram a morte de, pelo menos, 22 pessoas.

Uma barragem de grandes dimensões na província de Chungcheong do Norte transbordou, obrigando também as equipas de resgate a aumentar os esforços por evitar mais mortes. Até agora, há também pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Milhares de sul-coreanos tiveram, também, de abandonar as suas casas em enormes processos de retirada.

O ministério da Administração Interna sul-coreano disse, na manhã deste sábado, que cinco pessoas morreram soterradas, nas suas casas, devido a deslizamentos de terra. Já outras duas morreram em incidentes relacionados com este fenómeno.

No mais recente relatório, citado pelo jornal The Guardian, que elevava o número de mortes contabilizadas para 22, o governo da Coreia do Sul não especificou as causas de morte.

O mesmo ministério disse que cerca de 4.760 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas e milhares de residências ficaram sem eletricidade nos últimos sete dias, desde que as chuvas torrenciais começaram. As previsões não mostram, para o futuro próximo, um fim desta tempestade, o que poderá levar o número de mortes a aumentar.

Pode espreitar as imagens do desastre que as chuvas torrenciais têm causado por todo o pais asiático na galeria que acompanha esta notícia.



Leia Também:  Incêndio nas Canárias obriga à retirada de 500 pessoas das suas casas

24% da população portuguesa tem atualmente 65 anos ou mais

Em 2022, viviam em Portugal perto de 3.000 pessoas com 100 anos ou mais. Segundo a Pordata, 24% da população portuguesa tem atualmente 65 anos ou mais, o que se traduz em cerca de 2,5 milhões de idosos.

Por  SIC Notícias   15/07/15 

O silêncio das emissões da RTP e RDP-Africa está ligado aos problemas técnicos procados pelas chuvas, esclarece o Governo em comunicado.

Fonte: Radio Voz Do Povo

Chefe do Estado-maior das forças armadas ucranianas admite possíveis ataques na Rússia

MAXIM SHEMETOV

 SIC Notícias  15/07/23

Valery Zaluzhny diz que decisão cabe apenas à Ucrânia, que tem armas próprias. No entanto, diz que faltam recursos para Kiev ganhar a guerra com a Rússia e acusa países parceiros de terem medo de Putin.

O chefe do Estado-maior das forças armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, admite a hipótese de ataques em território russo.

Em entrevista ao The Washington Post, diz que a escolha cabe à Ucrânia, que tem armas próprias e que ninguém tem de dar autorização.

No entanto, o general diz que faltam recursos à Ucrânia para ganhar a guerra e acusa os países parceiros de terem medo da Rússia.

Uso de drones tem sido decisivo na guerra

A Ucrânia transformou-se, com este conflito, num laboratório para o futuro da guerra. Depois da massificação do uso de drones aéreos são agora os terrestres a entrar na batalha.

O uso de drones na Ucrânia tem sido decisivo para ambas as partes para localizar o inimigo e o atingir com precisão. Nunca estes mais pequenos de uso não militar tinham sido utilizados de forma tão intensa num conflito com esta dimensão.


Leia Também: O Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, efetuou hoje uma visita surpresa à Ucrânia para reafirmar o apoio de Seul ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, apesar das dúvidas quanto à prestação de ajuda militar na guerra contra a Rússia.

Taiwan deteta caças e navios de guerra chineses junto à ilha

Taiwan (Marinha dos Estados Unidos viza AP)

Por cnnportugal.iol.pt, 15/07/23

Três dos aviões atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as Forças Armadas de Taiwan monitorizaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres

O Ministério da Defesa de Taiwan detetou este sábado 15 caças e 16 navios de guerra chineses nas proximidades da ilha.

Além disso, três dos aviões atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as Forças Armadas de Taiwan monitorizaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, segundo informou o Ministério da Defesa na sua conta na rede social Twitter.

A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha da então líder da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, em agosto, e a situação agravou-se após a visita da Presidente de Taiwan, Tsai Ing Wen, aos Estados Unidos, onde se reuniu com vários congressistas, apesar dos avisos de Pequim.

Taiwan tem um Governo independente desde 1949, mas a China reivindica soberania sobre o território, não excluindo o uso da força face a quaisquer "tentativas de independência".

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Guiné-Bissau: População das ilhas queixa-se do "monopólio" nos transportes

Pirogas em Bolama, arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau

Por  Lassana Cassamá  voaportugues.com   14/07/23

Habitantes das ilhas manifestam-se revoltados com a medida da empresa Consulmar que diz praticar os preços do mercado por falta de renovação do acordo com o Governo

BISSAU — A população da zona insular e da parte do sul continental da Guiné-Bissau diz estar revoltada com os novos preços de transporte marítimo praticados pela empresa detentora do único navio que faz a ligação entre Bissau, Bubaque e Enxudé.

Em declarações à Voz de América, os habitantes das ilhas, os mais afectados com os novos preços, manifestam-se revoltados com a medida da empresa Consulmar.

"Essa agência aumenta os preços quase todos os dias, isso não é possível, por isso é muito importante que nós comecemos a reivindicar, quando temos razão temos mesmo que reivindicar", diz um dos residentes.

Outro acrescenta que "o Governo tem que arranjar [adquirir] barcos para fazer a ligação [entre a capital e as ilhas], se os barcos fossem do Estado, certamente, os preços seriam menos".

Informações recolhidas pela Voz da América indicam que o único navio que faz a ligação entre Bissau e Bubaque e entre Bissau e Enxudé compreende três classes de passageiros.

A mais acessível para o cidadão comum subiu de 6 mil para 6500 Fcfa, no caso de Bubaque, e de 2 mil para 2200 Fcfa para quem viaja com destino a Enxudé.

Em resposta às preocupações levantadas pelos utentes, o responsável da frota da empresa Consulmar, José António Aires dos Reis, confirma a subida dos preços de transporte e justifica os motivos da nova tabela.

"Todas as peças para os nossos barcos são importadas da Europa. Então, nestas condições tínhamos uma convenção de cinco anos com o Estado da Guiné-Bissau relativamente à isenção dos impostos sobre peças e combustíveis. E desde Dezembro de 2022 a esta parte não houve um novo acordo, tanto assim que estamos a comprar combustíveis no preço do mercado normal e pagamos todos os impostos sobre as peças sobressalentes. Neste contexto, a empresa chegou à conclusão que ‘assim não podemos continuar’. Ou seja, estamos a perder dinheiro mês a mês", explica Reis que acrescenta que "comunicamos ao Governo que a partir de 1 de Junho [de 2023] íamos fazer um pequeno reajuste dos preços.

Aquele gestor considera legítimo o protesto da população, mas discorda da forma, sobretudo, por parte dos habitantes da zona de Enxudé.

“Há uma retaliação [por parte da população]. Bloquearam a estrada. Os transportadores terrestres não podem chegar ao Porto de Enxudé. Conclusão: nós com passageiros de Bissau e Enxudé, voltamos para Bissau sem passageiros”, conclui José António Aires dos Reis, para quem “esta não devia ser a forma de reclamação.

Ante esta situação reinante, a população pede “que o próximo Governo trabalhe no sentido de arranjar barcos para as ilhas, porque sem barco é muito difícil a vida da população das ilhas”, segundo um residente.

Outro habitante de Bolama afirma que “o Governo não deve entregar o país nas mãos de uma empresa privada”.

Ucrânia. Bulgária vai entregar 100 veículos blindados a Kyiv

© Reuters

POR LUSA   14/07/23 

A Bulgária vai entregar à Ucrânia 100 veículos blindados do 'stock' da polícia búlgara, principalmente veículos de infantaria, segundo as autoridades de Sofia, citadas pela rede de informação independente pan-europeia Euroactiv.

O equipamento militar foi comprado há 40 anos para levar a cabo o chamado processo de 'renascimento cultural' -- uma tentativa do regime totalitário de assimilar à força os turcos búlgaros -- e nunca foi usado.

A decisão sobre os veículos blindados foi anunciada apenas uma semana após a visita do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Sófia, no primeiro pacote militar de ajuda da Bulgária a Kiev.

A Bulgária é um dos poucos países membros da NATO que possui grandes quantidades de armas e equipamentos do período soviético, bem como as suas munições, e que são usadas pelo exército ucraniano.

Em Kiev, o Governo reiterou hoje apelos a ajuda dos parceiros ocidentais para proteção dos céus do país e o porta-voz da Força Aérea Ucraniana disse que a Ucrânia se encontra "longe de estar protegida" de ataques com mísseis russos como em Lviv (oeste) na semana passada.

"Para evitar estes ataques terroristas, com a Rússia regularmente a usar mísseis contra cidades densamente povoadas, precisamos de mais meios de defesa aérea", reiterou.

"Para nos protegermos de 'drones' e mísseis, precisamos de aeronaves de combate modernas e multifuncionais, capazes de intercetar ameaças próximas de importantes objetivos estatais", observou.

Ignat disse que a decisão, ainda não assumida pelos aliados, de entregar caças F-16 à Ucrânia é de "significado histórico".

Os aviões ajudarão as forças armadas ucranianas na defesa e no ataque, atrapalharão a logística russa na Ucrânia e potencialmente afastarão a navegação russa da costa ucraniana através do uso de mísseis Harpoon.

"Já estamos a ver os resultados da cimeira da NATO em Vilnius [que terminou na quarta-feira]. Esses caças serão entregues à Ucrânia e os nossos pilotos começarão a treinar dentro de um mês", prosseguiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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Campanha de Sensibilização sobre Violência Baseada no Gênero, promovida pela AGUIBEF (Associação Guineense para o bem estar Familiar).

 Radio TV Bantaba

Instituto de formação CPLP Guiné-Bissau em parceria com a empresa Casais de Portugal realizou (14.07) um seminário de capacitação de 15 jovens para um contato de trabalho em Portugal.

  Radio TV Bantaba

Ex-PR da África do Sul vai para Rússia após ordem para regressar à prisão

© Reuters

Notícias ao Minuto    14/07/23 

Porta-voz de Jacob Zuma disse que o antigo presidente sul-africano está a receber tratamento por "razões de saúde".

O antigo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, viajou para a Rússia, onde está a receber tratamento médico, apenas um dia após o mais alto tribunal do país ter mantido a decisão de que deveria regressar à prisão.

"[Jacob] Zuma viajou para a Rússia na semana passada por razões de saúde", disse o seu porta-voz, Mzwanele Manyi, citado pelo jornal The Guardian.

A viagem, que terá acontecido num voo comercial, "era privada, mas não era segredo", disse, quando a informação foi divulgada nas rede sociais, garantindo ainda: "Ele vai regressar ao país uma vez que os médicos completem o tratamento."

O Tribunal Constitucional da África do Sul manteve, na quinta-feira, uma decisão que concluía que Zuma deverá regressar à prisão para cumprir uma pena de 15 meses por desacato ao tribunal, rejeitando o recurso que pretendia mantê-lo fora da prisão. Zuma entregou-se junto das autoridades em julho de 2021, mas acabou libertado dois meses depois, devido à sua condição médica.

Zuma foi presidente da África do Sul entre 2009 e 2018, acabando por abandonar o lugar após vários escândalos e protestos que resultaram em mais de 300 mortes. Em junho de 2021, foi condenado judicialmente por negar-se a testemunhar perante a Justiça num caso que investigava crimes financeiros sob os seus mandatos.


Guiné Bissau: mulheres dizem que paridade de género não foi cumprida nas lesgislativas

Rua de Bissau.

Texto por:  Mussá Baldé   www.rfi.fr  14/07/2023

Na Guiné-Bissau, o conselho das mulheres considera que não foi cumprida a paridade de género nas legislativas do 4 de Junho. Dos 102 deputados, apenas 11 sao mulheres.

O Conselho das Mulheres lamenta que a lei que estabelece uma quota mínima de 36% de mulheres no Parlamento não esteja a ser aplicada.

Diz o Conselho num comunicado que nas ultimas eleições legislativas, de 04 de junho passado, foram eleitas apenas 11 parlamentares num universo de 102 deputados.

Nas eleições legislativas de 2019, 13 mulheres foram eleitas deputadas. 

O Conselho das Mulheres vê isso como um retrocesso no cumprimento da lei e pede ao próximo Governo, a ser formado pela coligação PAI Terra Ranka, que retifique "esse erro histórico".

Liderado pela antiga diretora-geral da Polícia Judiciária, a magistrada jubilada do Ministério Público, Lucinda Barbosa Aukarié, o Conselho das Mulheres quer ver mais mulheres no Governo e noutras instâncias em que as pessoas são nomeadas.

O órgão foi criado em 2018 pela extinta UNIOGBIS, gabinete integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau, para ser um consórcio de organizações da sociedade civil para promover a igualdade de género sobretudo na política.

O Conselho das Mulheres começou por aproximar as partes então desavindas, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ao líder do partido PAIGC, Domingos Simões Pereira, mas depois alargou a sua intervenção para outras esferas de mediação entre a classe política.

O Conselho começou por ser dirigido por Francisca “Zinha” Vaz, veterana dirigente política, mas que ultimamente retirou-se da política para se dedicar ao associativismo.

Os novos deputados tomam posse no próximo dia 27 deste mês de julho.

Negociar com a Rússia? "Só depois das tropas saírem do nosso território"

© Presidência da Ucrânia

POR LUSA   14/07/23 

A Ucrânia só negociará com a Rússia depois de as tropas de Moscovo deixarem o território ucraniano, disse hoje o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Iermak.

"Mesmo pensar nestas negociações só é possível depois de as tropas russas abandonarem o nosso território. Todos compreendem que não vamos falar com os russos antes disso", disse Iermak a um pequeno grupo de jornalistas.

Iermak admitiu, por outro lado, que a contraofensiva de Kiev face à resistência das forças russas "não está a progredir tão rapidamente".

"Atualmente, [a contraofensiva] não está a progredir tão rapidamente", assumiu o chefe da administração presidencial ucraniana????, garantindo que os aliados ocidentais não estão a pressionar Kiev sobre a questão.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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SENEGAL: Sonko indigitado pelo seu partido para presidenciais de 2024 no Senegal

© Getty Images

POR LUSA   14/07/23 

O principal líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, foi hoje oficialmente nomeado candidato presidencial do seu partido, Pastef, para as eleições de fevereiro de 2024, anunciou a formação política.

"Após um processo de investidura transparente e democrático, Ousmane Sonko (...), de nacionalidade exclusivamente senegalesa, no gozo de todos os seus direitos civis e políticos, é designado por unanimidade dos votos expressos como candidato do Pastef", declarou o partido em comunicado.

Todavia, uma recente condenação judicial hipoteca a possibilidade de Sonko concorrer à eleição presidencial.

"Ninguém pode impedir a tomada de posse do presidente (da formação) Ousmane Sonko e a sua participação nas eleições presidenciais de 25 de fevereiro de 2024", vinca o Pastef na nota.

O partido criticou igualmente a proibição, por parte das autoridades, dos comícios convocados pela oposição em Dacar, bem como da cerimónia de tomada de posse de Sonko, prevista para sábado, no estádio Amadou Barry, na capital, qualificando esta medida de "ilegal".

O Pastef anunciou a candidatura de Sonko apesar da sua recente condenação na sequência do seu julgamento, em 23 de maio, por acusações feitas no início de 2021 por uma jovem massagista de "violações repetidas" e "ameaças de morte".

Embora o tribunal tenha absolvido o líder da oposição daquelas acusações, considerou-o culpado, em junho passado, do crime de corrupção de menores (aplicável quando jovens entre os 18 e os 21 anos são vítimas de abusos, de acordo com o Código Penal senegalês).

Nos protestos que se seguiram ao anúncio da sentença, pelo menos 16 pessoas foram mortas, segundo o Ministério do Interior senegalês, enquanto a organização Amnistia Internacional (AI) documentou 23 mortes, incluindo três menores.

No seu comunicado, o Pastef anuncia que Sonko se pronunciará ainda hoje sobre a indigitação para as presidenciais.

De acordo com a lei senegalesa, a sentença poderia impedir o líder da oposição de se candidatar às eleições presidenciais, às quais o atual Presidente, Macky Sall, revelou na semana passada, após meses de incerteza, que não se candidataria a um terceiro mandato.

Desde 28 de maio que Sonko se encontra bloqueado pelas forças de segurança na sua casa em Dacar, "sequestrado", segundo ele.

Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça por Sall, no poder desde 2012, para o impedir de concorrer às eleições.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", Sonko critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, e o seu discurso é muito popular entre a juventude senegalesa.


Leia Também: Sonko promete o "caos" se for impedido de concorrer às presidenciais

Conselho da Administração do Tribunal de Contas de Guiné-Bissau desmente numa sessão de esclarecimento com a imprensa todas as acusações da direção cessante do sindicato dos funcionários da referida instituição

 Radio TV Bantaba 

ALIMENTAÇÃO: Adoçante aspartame é "possivelmente cancerígeno". Devo preocupar-me?... Saiba que ciência há nisto.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   14/07/23 

A Agência Internacional para a Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o aspartame é "possivelmente cancerígeno" para humanos. No entanto, considera que as evidência científicas ainda são "limitadas". Já o Comité Conjunto de Especialistas de Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas reafirma que, tendo em conta os dados analisados, não há necessidade de alterar dose diária previamente recomendada de até  40 miligramas de aspartame por cada quilograma de peso corporal.

As duas entidades realizaram análises independentes, mas complementares, com o objetivo de avaliar os potenciais riscos cancerígenos e outros perigos para a saúde associados ao consumo de aspartame. O IARC classificou o aspartame como possivelmente cancerígeno para o ser humano. O ingrediente foi integrado no grupo 2B (o terceiro mais alto de quatro níveis e atribuído, por norma, quando existem provas limitadas de cancro em humanos ou em animais experimentais).

Mary Schubauer-Berigan, especialista da IARC, alerta para a "necessidade de mais estudos" para compreender "se o consumo de aspartame representa um risco carcinogénico".

A nomenclatura europeia, seguida por Portugal, dita que o aspartame (ou aspartamo) corresponde ao edulcorante E951. Trata-se de um edulcorante ou adoçante presente em vários alimentos, bebidas (como refrigerantes 'diet'), pastilhas, gelados, iogurtes e cereais para lhes dar um sabor adocicado sem recorrer a sacarose, o açúcar comum, mas também em pastas de dentes e medicamentos, como vitaminas mastigáveis.


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Os oceanos estão a mudar de cor

Floração de fitoplâncton, que ocorre quase todos os anos no final do verão, levado pelas correntes marítimas num turbilhão no Mar Báltico, na costa sudeste da Suécia, 15 de agosto de 2020.NASA EARTH OBSERVATORY/JOSHUA STEVENS/HANDOUT VIA REUTERS

Por  sicnoticias.pt  14/07/23 

Os cientistas não têm dúvidas em afirmar que se trata de (mais) um efeito das alterações climáticas provocadas pelo Homem.

Nos últimos 20 anos, mais da metade dos oceanos mudaram de cor, passando subtilmente de azul para verde em algumas regiões. Os cientistas não têm dúvidas em afirmar que se trata de (mais) um efeito das alterações climáticas.

De acordo com um estudo publicado na quarta-feira na revista Nature, a mudança deve-se a uma alteração nos ecossistemas, em particular no plâncton, que é a peça central do sistema alimentar marinho e que desempenha um papel crucial no ciclo global do carbono e na produção do oxigénio que respiramos.

“A razão pela qual estamos interessados ​​nas mudanças de cor [dos mares] é que a cor reflete o estado do ecossistema”, explica o principal autor do estudo, B.B. Cael, do Centro Nacional Oceanográfico do Reino Unido.

A missão Copernicus Sentinel-2 conseguiu fotografar
algas a proliferar no oceano Pacífico, junto
à costa do Japão. A rápida multiplicação do
fitoplâncton - plantas marinhas microscópicas
que flutuam na superfície do mar - leva
 a um crescimento excessivo de algas tornando-as
 assim visíveis até a partir do espaço.
 No site da ESA é possível ampliar um pouco
mais a imagem e obter mais informações
.COPERNICUS SENTINEL DATA (2019),
PROCESSED BY ESA

A cor dos mares, vistos do espaço, pode realmente dar uma ideia do que está a acontecer nas camadas superiores da água: um azul profundo significa que há pouca vida, enquanto se a água for mais verde, é provável que haja maior atividade, principalmente do fitoplâncton que, como as plantas, contém um pigmento verde por causa da clorofila.

Longe de ser inócua, a evolução do fitoplâncton e a sua concentração em certas regiões perturbam toda a cadeia alimentar marinha.

Os cientistas querem desenvolver métodos de monitorização dessas mudanças nos ecossistemas de modo a acompanhar as alterações climáticas e estabelecer áreas protegidas.

Sete tons de cores do oceano

O estudo examinou sete tons de cores nos mares monitorizados pelo satélite MODIS-Aqua de 2002 a 2022. Esses tons são muito subtis para serem percebidos pelos olhos humanos, parecendo apenas azuis.

Os cientistas compararam as suas observações com modelos computacionais de alterações climáticas e concluíram que as mudanças que observaram correspondiam ao que tinha sido previsto pelos computadores.

"Faço simulações há anos e todas me dizem que essas mudanças na cor do oceano vão acontecer. Ver isso realmente acontecer não é surpreendente, mas assustador", disse a coautora do estudo Stephanie Dutkiewicz, do Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT.

Embora seja necessário mais trabalho para determinar as implicações exatas das mudanças de cor, os autores do estudo acreditam que é muito provável que a causa seja as alterações climáticas.

“Essas mudanças são consistentes com o que se sabe sobre alterações climáticas induzidas pelo homem”, garante Dutkiewicz.