Por sicnoticias.pt 30/05/2025
Moscovo continua a arrecadar milhões com a venda de gás e petróleo ao Ocidente. Desde que invadiu a Ucrânia, ganhou três vezes mais do que aquilo que Kiev recebeu em ajuda dos aliados.
O petróleo e o gás correspondem a quase um terço das receitas do Estado russo. São indispensáveis para alimentar a máquina de guerra, representando mais de 60% das exportações do país.
E os aliados da Ucrânia estão a contribuir para o cenário. São responsáveis por cerca de 24% da receita total arrecadada por Moscovo, nos últimos três anos.
Petróleo russo é revendido por outros países
Depois da invasão em larga escala, a União Europeia proibiu as importações de petróleo russo por via marítima, mas o combustível continua a chegar através de países terceiros, como a Índia - onde é refinado e revendido.
A proibição está também a ser contornada por países pró-Putin, como a Eslováquia e a Hungria, que importam o combustível via oleoduto. Com o gás natural liquefeito acontece praticamente o mesmo.
Metade das exportações russas têm como destino a União Europeia e, só nos primeiros dois meses deste ano, o volume que chegou à Europa através da Turquia aumentou quase 27%.
Os números mostram o impacto limitado das sanções. Revelam que, em 2024, apesar dos esforços do Ocidente, as receitas da Rússia com combustíveis fosseis caíram apenas 5% em relação ao ano anterior.
Os dados foram recolhidos por um centro de pesquisa sediado na Finlândia e analisados pela BBC. A cadeia de televisão e rádio britânica conclui que, desde o início da invasão, os aliados de Kiev pagaram à Rússia três vezes mais por combustíveis fósseis do que enviaram para a Ucrânia em assistência financeira.
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