© Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images
Notícias ao Minuto 03/02/24
Os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram 36 alvos do movimento rebelde Huti no Iémen, avançaram vários meios de comunicação social e confirmou este sábado o Pentágono, citado pela BBC.
Os alvos, espalhados por 13 localizações no país do Médio Oriente, estarão relacionados com "infraestruturas de armazenamento de armamento enterradas em profundidade, sistemas de mísseis e de lançamento, sistemas de defesa aérea e radares".
"Esta ação coletiva envia uma mensagem clara aos Hutis de que continuarão a sofrer novas consequências se não acabarem com os seus ataques ilegais a navios internacionais e navios de guerra", disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em comunicado. "Não hesitaremos em defender vidas e o livre fluxo do comércio numa das vias navegáveis mais críticas do mundo", reiterou.
"Estes ataques têm como objetivo interromper e degradar ainda mais as capacidades dos Huthis, apoiados pelo Irão, para levarem a cabo os seus ataques imprudentes e desestabilizadores contra navios norte-americanos e internacionais que transitam legalmente no Mar Vermelho", afirmou o Pentágono em comunicado.
O Pentágono afirmou que foi apoiado nesta ação militar pela Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia.
Neste sábado, os EUA anunciaram a realização de ataques a seis mísseis antinavios dos Hutis no Iémen, que estariam "prontos a ser lançados" contra navios no Mar Vermelho, em "legítima defesa".
O CENTCOM disse que identificou os mísseis de cruzeiro em áreas controladas pelos Huthis no Iémen, às 19h20 locais (16h20 em Lisboa) e "determinou que representavam uma ameaça iminente para os navios da Marinha dos Estados Unidos e navios mercantes na região".
"Esta ação protegerá a liberdade de navegação e tornará as águas internacionais mais seguras para a Marinha dos Estados Unidos e os navios mercantes", acrescentou.
O comando referiu ainda que sexta-feira, às 10h30 locais (07h30 em Lisboa), o contratorpedeiro USS Carney da Marinha dos Estados Unidos atacou e abateu um veículo aéreo não tripulado sobre o Golfo de Aden, uma operação em que "não foram registados feridos ou danos".
Algumas horas mais tarde, às 16h40 locais (13h40 em Lisboa), as forças do Comando Central dos Estados Unidos efetuaram ataques contra quatro UAVs Huthis que estavam prontos a ser lançados.
Outro ataque ocorreu às 21h20 horas (18h20 em Lisboa), quando o contratorpedeiro USS Laboon e os F/A-18 do Carrier Strike Group Dwight D. Eisenhower atacaram e abateram sete UAVs sobre o Mar Vermelho, sem registo de feridos ou danos.
Os Huthis, um grupo apoiado pelo Irão e considerado terrorista por Washington, levaram a cabo dezenas de ataques a navios comerciais no Mar Vermelho, em retaliação pela ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Os últimos ataques de retaliação contra o grupo iemenita, que aumentam as tensões no Médio Oriente, ocorreram no mesmo dia em que os Estados Unidos bombardearam dezenas de alvos no Iraque e na Síria, alegadamente ligados ao Irão, em retaliação pelo ataque com drones que matou três soldados americanos na semana passada.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em comunicado que não procura um conflito no Médio Oriente, mas avisou que o seu país responderá com força a qualquer ataque.
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