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POR LUSA 08/11/23
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje ter recebido garantias da presença do homólogo e do primeiro-ministro portugueses na comemoração do 50.º aniversário da independência do país, apesar da crise política em Lisboa.
O chefe de Estado guineense disse ter falado com Marcelo Rebelo de Sousa e com António Costa e que ambos garantiram que estarão em Bissau para as festividades do dia 16 de novembro, que assinalam os 50 anos da independência da Guiné-Bissau.
"Telefonaram-me ontem (terça-feira), isso não tem nada a ver", disse Embaló, quando respondia à questão sobre se a crise política em Portugal, que culminou com o pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, poderia impedir a deslocação a Bissau dos dois responsáveis.
Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas à margem da abertura da XII Assembleia-Geral Ordinária das Organizações das Instituições Superiores de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau.
O Presidente guineense disse, em várias ocasiões, ter convidado "vários chefes de Estado e de Governo" para assistirem às celebrações que vão marcar o 50.º aniversário da Guiné-Bissau, que coincide com a data da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), em 16 de novembro.
A Guiné-Bissau declarou unilateralmente a independência de Portugal em 24 de setembro de 1973.
O primeiro-ministro português, António Costa, apresentou na terça-feira ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu pedido de demissão após tomar conhecimento, através do Ministério Público, de que estava a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
O Presidente aceitou o pedido de demissão do primeiro-ministro e convocou para esta quarta-feira os partidos para uma ronda de audiências no Palácio de Belém, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa vai, também, reunir o Conselho de Estado, na quinta-feira.
Numa declaração no Palácio de São Bento, em Lisboa, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário".
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