© Samuel Corum/Bloomberg via Getty Images
Notícias ao Minuto 31/05/23
O ataque em Moscovo continua a dar que a falar e a deixar os aliados da Ucrânia inquietos, especialmente após serem alegadamente usadas armas oferecidas pelo ocidente.
Os Estados Unidos anunciaram mais um pacote de apoio militar à Ucrânia, enviando mais 300 milhões de dólares (cerca de 280 milhões de euros) em sistemas de defesa antiaérea e milhões de rondas de munição. No entanto, a Casa Branca deixou um aviso a Zelensky: as armas oferecidas não são para serem usadas em território russo.
Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, citada pelo The Guardian, o porta-voz o Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, vincou que os norte-americanos "têm sido muito claros com os ucranianos em privado - e certamente em público - que não apoiam ataques dentro da Rússia".
"Não vamos apoiar nem encorajar ataques em território russo", insistiu.
As palavras da Casa Branca surgem numa altura em que a Ucrânia está a preparar uma nova contraofensiva no leste e sul do país, mas acontecem também depois de um ataque em plena Moscovo, num dos bairros mais ricos da capital russa, com recurso a drones. O ataque foi muito criticado pelo Kremlin, que a considerou uma provocação com autoria ucraniana, mas Volodymyr Zelensky e o seu governo têm evitado fazer qualquer comentário sobre o incidente.
Com este novo apoio, o apoio militar defensivo total que os EUA já ofereceram à Ucrânia atinge os cerca de 35 mil milhões de euros, desde o início da guerra. "Os Estados Unidos vão continuar a trabalhar com os seus aliados e parceiros para providenciar a Ucrânia com a capacidade de atingir os seus objetivos imediatos no campo de batalha e a garantia de segurança a longo prazo", escreveu o Pentágono, num comunicado.
Mas John Kirby acrescentou, esta tarde, que os norte-americanos "não dizem [à Ucrânia] onde atacar". "Em último caso, o presidente Zelensky e os seus comandantes decidem o que vão fazer", sublinhou.
Os Estados Unidos não foram os únicos a deixar um aviso a Kyiv após o último ataque na Rússia, com vários países a indicar a sua insatisfação com o uso de F-16 e drones oferecidos para atingir alvos fora das fronteiras da Ucrânia.
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