terça-feira, 20 de dezembro de 2022

OMS: Problemas de saúde mental podem afetar ¼ da população ucraniana

© Reuters

Notícias ao Minuto  20/12/22 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10 milhões de pessoas possam sofrer ansiedade ou stress pós-traumático, consequência da guerra que se vive há 10 meses em território ucraniano.

A invasão da Rússia à Ucrânia, que se prolonga há quase 10 meses, poderá ter consequências no que diz respeito à saúde mental dos ucranianos. O alerta foi feito por Jarno Habicht, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A OMS estima que até 10 milhões de pessoas correm o risco de sofrer algum tipo de transtorno mental, variando de ansiedade e stress a condições mais graves", como stress pós-traumático, disse o representante da OMS na Ucrânia, numa conferência de imprensa, citado pela agência Reuters.

O sistema de saúde da Ucrânia tem estado sob grande pressão desde o início da guerra. Dados da OMS dão conta que, até agora, foram registados cerca de 700 ataques a hospitais ou unidades de saúde em todo o país.

"Isso marca uma clara violação do direito internacional. A saúde nunca deve ser um alvo. A meio dos ataques em andamento, a OMS continua a fornecer suprimentos médicos que salvam vidas em todo o país", afirmou Jarno Habicht, que alertou ainda que os crescentes ataques russos a infraestruturas críticas da Ucrânia estão a colocar em risco a vida de profissionais de saúde e milhares de pacientes.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Há o receio de que muitos mais possam deixar as suas casas durante o inverno, uma vez que os repetidos ataques russos às infraestruturas deixaram milhões de ucranianos sem energia, aquecimento ou água em todo o país. 

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

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