Por: yanick aerton
NADA DE MUDAR POR MUDAR!
NADA DE MUDAR UM RONALDO POR UM AMADOR!
NADA DE MUDAR UM MESSI POR UM MADOR!
O país está a passar por uma situação comparável aquela que precedeu a vitória do PRS e do seu candidato nas eleições gerais de 1999, em que pela necessidade de promover os seus quadros, a maioria dos recém-formados e com pouca experiencia técnico-profissional, alguns que nunca trabalharam, tiveram como primeiro emprego o cargo de ministro ou Secretario de Estado.
Era normal a direcção superior do PRS agir daquela forma porque tinha que recompensar aqueles que, com unhas e dentes, se bateram para levar o PAIGC, a oposição, situação favorecida pelo levantamento militar de 7 de Junho de 1998 que pós fim ao regime do lendário Comandante, General Kabi Na Fantchamna.
A única diferença entre estes períodos, e o facto de este governo integrar alguns quadros altamente qualificados de ambas as gerações, a velha e a nova (não vou citar os nomes para não ferir as sensibilidades).
Estamos a caminhar para um momento crucial que é o das nomeações para os cargos intermédios. Os membros deste governo foram formalmente propostos pelo Primeiro-ministro, Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, General Umaro Sissoco Embalo, para nomeação mas foram indicados pelas respectivas formações políticas ou movimentos de apoio ao General, não tendo sido escolhidos pelo Engª. Nuno Gomes Nabian e muito menos pelo PR.
Por isso, a tendência vai ser de cada membro do governo optar pela nomeação dos quadros do seu partido ou de movimento de apoio, mesmo que não reúnam os necessários requisitos para o desempenho do cargo.
Muitos desses membros de governo vão fazer nomeações com base em afinidades étnicas, religiosas e familiares, práticas por que foi acusado o DSP, que não hesitou em impor o irmão como cabeça de lista num círculo eleitoral e mais tarde a frente do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), e a esposa num lugar elegível noutro círculo eleitoral e designada deputada do Comité Interparlamentar (Parlamento da UEMOA).
Se a intenção de muitos não é de servir, mas sim arranjar meios para financiar as actividades dos seus partidos ou movimentos, é o momento de desistirem porque não vão conseguir e serão denunciados e demitidos, porque não é esse o objectivo por que muitos como nós, nos sacrificámos na campanha, enfrentando todos os desafios, para garantir a vitória do General Presidente.
Não é para fazer de polícia ou de sentinela, mas o Presidente da República deve estar atento às actuações dos membros do governo que nomeou para não comprometerem a sua presidência e assim defraudar as expectativas que os Guineenses depositaram nele.
Que o General não admita que nos tragam pessoas sem preparação, porque o país está cheio de bons quadros e o lugar dos activistas, sem a devida formação académica, mas que também são úteis, é nas actividades partidárias e não na direcção das instituições da República.
Senão, estaremos de novo a adiar o país e a desvalorizar o SABER, porque os quadros foram formados precisamente para administrarem as instituições do Estado e não para nos seus lugares colocar pessoas que nem para auxiliares administrativos servem, com todo o respeito que tenho para essa categoria administrativa.
Apoiámos o então candidato El Mokhtar, agora Presidente da República, e em muitas ocasiões as nossas vidas estiveram em risco, por isso não vamos ficar calados.
Vamos elogiar quando necessário, mas também vamos criticar de forma construtiva para que o governo corrija o que a vista de todos esteja mal.
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
NEPOTISMO, NUNCA!
LUMPENISMO, NUNCA!
INEXPERIENCIA. NUNCA!
CLIENTELISMO, NUNCA!
TRIBALISMO, NUNCA!
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