Os dirigentes dos países membros do G20 foram aconselhados a encontrar soluções conjuntas para combater a pandemia Covid-19 e "começar um movimento global" para garantir que uma situação semelhante não volta a abalar o mundo.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, incitou os líderes a "lutarem sem desculpas, sem arrependimentos", agradecendo aos países que já tomaram medidas e apelando a que tomem mais.
"Juntem-se para combater a crise de saúde do nosso tempo: Estamos em guerra com um vírus que ameaça destruir-nos, se deixarmos", divulgou a OMS, num comunicado emitido esta quinta-feira.
O líder da OMS apelou ainda aos líderes que "façam tudo o que for necessário para ultrapassar a pandemia", para proteger vidas, e para restaurar a confiança e estabilidade, atualmente "ameaçadas".
Tal como tem vindo a referir, Tedros Ghebreyesus relembrou aos líderes do G20 que "nenhum país consegue combater a pandemia sozinho", tendo os países do G20 garantido que vão trabalhar juntos na investigação e desenvolvimento de uma vacina.
O G20 anunciou também a intenção de injetar "cinco biliões de dólares" na economia mundial para "contrariar as consequências sociais, económicas e financeiras da pandemia".
"Estamos firmemente decididos a apresentar uma frente unida contra essa ameaça comum", referiram os representantes das grandes potências mundiais num comunicado divulgado após uma reunião extraordinária por videoconferência, presidida pelo rei Salman da Arábia Saudita.
Mas os dirigentes de países membros do G20 - as maiores economias mundiais - fizeram um apelo à OMS e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para "ajudarem os países emergentes e em desenvolvimento a enfrentarem os impactos sanitários, económicos e sociais da Covid-19".
Os países que integram o G20 são os Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, África do Sul, Turquia, Arábia Saudita e União Europeia.
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Morreram 662 pessoas em Itália nas últimas 24 horas. Total supera 8 mil
O país já registou mais de 80 mil casos de infeção.De acordo com os dados divulgados pela proteção civil italiana e que dizem respeito às últimas 24 horas, foram registadas mais 662 mortes em Itália por causa da Covid-19. O número total de pessoas que já morreram no país desde o início da pandemia é de 8.165. Segundo o Corriere della Sera, foram diagnosticados mais 6.153 casos de infeção, subindo o total para 80.539 desde o início do surto.
Com o balanço desta quarta-feira verifica-se uma descida no número de mortos, face aos registados esta quarta-feira. No entanto, o número de novos casos de infeção subiu, contrariando a tendência de descida reportada nos dias anteriores.
Quase mil pessoas recuperaram da doença nas últimas 24 horas, o que significa que no total 10.361 pessoas já foram curadas em Itália.
Entre as pessoas infetadas, 3.612 encontram-se nos cuidados intensivos.
Na Lombardia foram registados quase metade dos casos de infeção, 34.889 desde o início da pandemia. Desde ontem, foram detetados mais de 2.500 novos casos nesta região italiana. A Emilia-Romagna é a segunda região mais atingida, tendo sido já diagnosticados quase 11 mil casos de infeção.
[Notícia atualizada às 17h24]
Covid-19: Mais 100 mortos no Estado de Nova Iorque nas últimas 24 horas
O número de mortos pelo novo coronavírus no Estado de Nova Iorque, epicentro da epidemia nos EUA, aumentou fortemente nas últimas 24 horas com mais 100 vítimas, num total de 385 recenseadas desde o início da pandemia, indicou fonte oficial.
Esta manhã, o Estado de Nova Iorque, com cerca de 20 milhões de habitantes, registava 37.000 casos confirmados da covid-19, contra mais de 30.000 na quarta-feira, precisou em conferência de imprensa o governador Andrew Cuomo.
"O que aconteceu foi que as pessoas estavam com um respirador [artificial] nos hospitais", disse o governador.
"Quanto mais ficarem com um respirador, mais aumenta a probabilidade de um desfecho trágico. De momento existem pessoas que estão com um respirador há 20, 30 dias".
No entanto, repetiu que o Estado possui respiradores suficientes para as necessidades imediatas, mesmo que sejam necessários novos aparelhos em breve.
O número de mortos registados nos Estados Unidos pelo novo coronavírus ultrapassou os 1.000 na noite de quarta-feira.
Os EUA, que de início observaram à distância a propagação da epidemia na China e de seguida na Europa, estão perto de ultrapassar a Itália em número de casos motivados pela doença.
O Estado de Nova Iorque concentra atualmente cerca de metade dos casos em todo o território dos Estados Unidos, cerca de 70.000 ao meio-dia de hoje segundo a universidade John Hopkins.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até hoje.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.
Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes (29.406) casos, a França, com 1.331 mortes (25.233 casos), e os Estados Unidos, com 1.031 mortes (68.572 casos na quarta-feira).
O continente africano registou até hoje 73 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.700 casos, em 46 países.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Covid-19: África do Sul sobe para 927 casos antes do recolher obrigatório
O número de casos de infeção pelo novo coronavírus na África do Sul aumentou nas últimas horas para 927 casos positivos, enquanto o Governo prepara um recolher obrigatório sem precedentes para contrariar a pandemia, anunciou hoje o ministro da Saúde.
Zweli Mkhize disse, em comunicado, que as autoridades identificaram 218 novos casos (eram 709) da covid-19 no país desde quarta-feira, sendo para já desconhecidos os resultados de 79 análises.
O governante informou que a província de Gauteng, envolvente a Joanesburgo e motor da economia do país, com um quarto da população de 57 milhões de habitantes, é a mais afetada, com 409 casos positivos.
Segundo Mkhize, a doença continua a propagar-se no Western Cape (229 casos), envolvente à Cidade do Cabo, e no KwaZulu-Natal (134), litoral do país e que faz fronteira com Moçambique.
Situação idêntica vive-se no centro do país, com 49 casos na província do Free State e também na província de Mpumalanga, noroeste, vizinha a Moçambique, que regista nove casos positivos, adiantou o ministro da Saúde.
Na província do Limpopo, norte do país, o número de casos subiu para seis casos de infeção positivos e as autoridades locais decretaram a realização de testes de covid-19 a todos os viajantes provenientes de outras províncias de risco, nomeadamente Gauteng.
North West (5), Eastern cape (5) e Northern Cape (2), são as restantes províncias sul-africanas afectadas pela pandemia que eclodiu no país em 1 de março.
O Governo, que anunciou o primeiro caso positivo de covid-19 em 5 de março, vai implementar a partir das 00:00 de hoje um recolher obrigatório de 21 dias para evitar a propagação da doença.
O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, destacou ainda o exército para ajudar a polícia a manter as pessoas em casa nas próximas três semanas.
"Estamos numa situação de guerra e temos que permanecer unidos contra este inimigo comum (global)", afirmou hoje o chefe de Estado sul-africano.
As autoridades sul-africanas encerraram as fronteiras e o espaço aéreo do país.
Apenas serviços essenciais, como hospitais, clínicas, farmácias, bancos e supermercados e alguns transportes públicos em regime especial, vão permanecer operacionais, segundo o Governo.
Governo nigeriano avisa para possibilidade de subida exponencial de casos
O governo nigeriano alertou hoje que o país pode testemunhar um aumento exponencial de infeções pelo novo coronavírus, caso não sejam tomadas medidas para identificar os contactos dos casos detetados de covid-19.
A Nigéria, o país mais populoso em África, com 190 milhões de pessoas, registou até agora 51 infeções, das quais resultou uma morte, ainda assim o número de testes tem sido limitado.
"Temos 4.370 pessoas em observação que estamos a rastrear. Apelamos àqueles que tiveram contacto com os casos suspeitos a dirigirem-se imediatamente às autoridades", afirmou hoje o ministro da Informação da Nigéria, Lai Mohammed, citado pela agência France-Presse.
O ministro defendeu que a ação da população tem de ser tomada o mais depressa possível.
"Estamos prestes a alcançar o nível de contágio comunitário. Devemos travar isto imediatamente ou vamos registar um crescimento exponencial nos próximos dias", constatou o ministro.
Segundo especialistas citados pela agência noticiosa, a Nigéria é particularmente vulnerável à propagação da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, dado o seu frágil sistema de saúde e a elevada densidade populacional.
O país tomou já medidas para minimizar o risco de contágio, como o encerramento de aeroportos e fronteiras terrestres, assim como a suspensão de aulas. O executivo advertiu também as pessoas para ficarem em casa nas cidades maiores.
A maioria das infeções registadas até agora são de pessoas que ficaram infetadas com o vírus antes de chegarem à Nigéria, mas as autoridades nigerianas admitem que já houve transmissão local na cidade de Lagos, uma das cidades mais importantes em África.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Segundo dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana, o continente registou pelo menos 2.746 casos de infeção desde o início da pandemia, dos quais 72 resultaram na morte dos infetados.
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