sábado, 15 de junho de 2019

Vamos defender e valorizar, com patriotismo e realismo, a nossa independência política, que seja, quiçá, a nossa Soberania!

Por Fernando Casimiro

Quando um guineense admite a ingerência externa no seu país e recusa reconhecer a soberania do Estado da Guiné-Bissau, o nosso Estado, porque políticos e governantes guineenses ao longo dos anos em nome dos seus interesses pessoais, partidários e de grupos, não fizeram mais do que pedinchar, em nome do Estado e do Povo da Guiné-Bissau, a países terceiros, a organizações financeiras e outras, representativas de "ordens e agendas" internacionais, a partidos políticos estrangeiros alegadamente irmanados na ideologia absolutista, ditatorial, só posso lamentar o sentimento pátrio desse guineense e a sua ignorância consciente ou inconsciente, sobre as realidades do nosso Estado.

Enquanto filho da Guiné-Bissau, sei que devo respeitar o Estado do qual sou pertença, que conseguiu a sua independência, quiçá, a sua soberania, por via duma luta armada de 11 anos, e que custou a vida a milhares de filhas e filhos da Guiné-Bissau.

Nenhum dinheiro doado ao País, e pedido em nome do Estado e do nosso Povo, por políticos e governantes guineenses, que foram sempre os beneficiários do mesmo, vincula o Povo Guineense e o nosso Estado, ao ponto de nos submetermos à humilhação e à ingerência externa nos assuntos internos do nosso Estado.

Portugal tem recebido ajudas da União europeia desde quando ainda era designada CEE, bem como do FMI e outras Instituições ou Parceiros, mas isso alguma vez foi razão para que os cidadãos portugueses permitissem a ingerência da União europeia em matérias de Soberania do Estado português?

Angola deve dinheiro a tantos países e a tantas instituições financeiras. Todos sabem, por exemplo, as respostas que os angolanos dão aos políticos e governantes portugueses, cada vez que as autoridades portuguesas interferem em assuntos de soberania de Angola, ou não é verdade?

O guineense, por via das disputas políticas no país, ignora o sacrifício de todos quantos deram suas vidas para que o nosso Estado soberano fosse proclamado a 23 de Setembro de 1973.

Ignora que, não fôssemos um Estado Soberano, à luz do Direito Internacional e das Relações Internacionais, há muito que tínhamos sido anexados, como província de qualquer um dos Estados, nossos vizinhos.

Vamos defender e valorizar, com patriotismo e realismo, a nossa independência política, que seja, quiçá, a nossa Soberania!

Positiva e construtivamente.

Didinho 15.06.2019

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