Francos CFA. |
A manutenção ou não do franco CFA tem suscitado um amplo debate com muitos sectores africanos a denunciarem um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona. Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá.
O franco das colónias francesas em África -CFA- foi criada no dia 25 de Dezembro de 1945 pelo general francês De Gaulle. Actualmente a moeda tem a designação de cooperação financeira africana, e é utilizada por mais de 155 milhões de habitantes nas Comores, Benim, Burkina Faso , Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal, Togo, Camarões, República Centro Africano, Congo , Gabão, Guiné Equatorial e no Chade.
Contudo a manutenção da moeda tem motivado um forte debate com muitos sectores africanos a denunciarem o franco CFA como um instrumento tido como neo-colonial por parte da França que seria responsável pelo empobrecimento dos países da zona.
Críticas rejeitadas pelo ministro guineense das Finanças, João Amadu Fadiá, que não vê o franco CFA como um instrumento tido neo-colonial e lembra que há um banco central cujo governador é nomeado pelos Estados membros.
" O debate quando dizem que é uma moeda ligada às antigas colónias e que tem a ver, enfim, com aspectos coloniais, eu digo que é muito falso. Porque temos um banco central cujo governador é nomeado pelos Presidentes dos Estados membros", admite.
O ministro lembra ainda que a política monetária é definida e conduzida pelo banco central.
Se por um lado há quem defenda que o franco CFA é uma moeda estável ao contrário do naira da Nigéria e do rande da África do Sul, moedas flutuantes e que sofrem com a desvalorização das matérias-primas. Outros acusam o franco CFA de ser uma moeda que favorece apenas os interesses da França, antiga potência colonial.
Com a colaboração de Allen Yero Embalo.
RFI/Paulina Zidi
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