Sob a presidência de Sua Excelência o Primeiro-Ministro, General Úmaro Sissoco Embaló, o Conselho de Ministros reuniu-se hoje, dia 22 de Novembro 2017, no Salão Nobre “Francisco João Mendes – Tchico Té”, no Palácio do Governo, em Bissau, na sua XXXVII Sessão Ordinária.
COMUNICADO: Conselho de Ministros GB de 22.11.2017 _ @OD
OdemocrataGB
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
O VARÃO, O ARTISTA E O FILHO MISTÉRIO. QUEM SÃO OS 10 FILHOS DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS?
Isabel dos Santos é a mais conhecida, mas não é a única. Entre os 10 filhos do ex-Presidente, há negócios com Portugal, muita música e até um filho-mistério. Quase todos beneficiam da fortuna do pai.
1. Isabel dos Santos, a mais rica
2. Filomeno dos Santos, o varão
3. Tchizé dos Santos, a política
4. José Paulino dos Santos, o artista
5. José Avelino dos Santos, o empresário dos plásticos
6. Eduane Danilo dos Santos, o jovem do relógio de meio milhão
7. Joseana dos Santos, a girlsband
8. Eduardo dos Santos
9. Houston dos Santos, accionista com 16 anos
10. Josias dos Santos, o filho-mistério
Isabel dos Santos, a mais rica
Nome. Isabel José dos Santos
Idade. 44 anos
Família. Casou em Luanda em 2002 com o colecionador de arte Sindika Dokolo, com quem tem quatro filhos
É a mulher mais rica de África. Nasceu em Baku (Azerbaijão, à altura União Soviética), onde José Eduardo dos Santos estudava Engenharia, e é filha do angolano e da modelo soviética Tatiana Kukanova. Com a nomeação do pai para o cargo de Presidente de Angola, Isabel ficaria a viver com a mãe em Londres, cidade onde acabou por terminar os estudos em Engenharia (como o pai), mas também em Gestão de Empresas. Com 24 anos, foi para Angola.
O que diz de si própria. Em abril deste ano, deu uma entrevista à BBC onde disse que o facto de ser filha do Presidente angolano lhe traz privilégios, mas também “preconceito”. “Essa coisa de filha do Presidente é um mito”, disse.
O que dizem dela. A revista Forbes chamou-a “A menina do papá”; o El País “Rainha de África”.
A primeira empresa. Discoteca Miami Beach Club em Luanda, aberta em 1996.
Negócios em Angola. Comprou a Unitel (empresa de telecomunicações) e o Banco de Fomento de Angola. Atualmente, Isabel dos Santos é também acionista do Banco BIC. E a sua influência no país estende-se a outras áreas, como os hipermercados Candando, a hidroelétrica Niara Power ou até a Cruz Vermelha, de cujo ramo angolano é presidente. Inaugurou esta semana a fábrica de cervejas Luandina, da qual é proprietária com o marido.
Negócios em Portugal. Para além do BIC Português, tem participações na Galp e controla a operadora de telecomunicações NOS. A operação mais recente em solo nacional foi a compra de 65% da Efacec, em parceria com a empresa estatal angolana ENDE, de distribuição de eletricidade. Em 2015, o jornal i estimava que o seu investimento em Portugal já ultrapassava os dois mil milhões de euros.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. No final dos anos 90, entrou no negócio dos diamantes, com a sua empresa a beneficiar de um ajuste direto estatal para uma exploração em Camatué. De acordo com o jornal Expresso (disponível para assinantes), Isabel dos Santos terá acumulado um volume de contratos no valor de 6,7 mil milhões de euros com o Estado angolano — seja através de acordos para a construção de barragens (pela Niara Holdings), obras públicas (Urbinveste) ou de relacionamentos das suas empresas com a Sonangol. Isabel dos Santos foi nomeada administradora da petrolífera — e maior empresa estatal de Angola — em junho de 2016.
O que perdeu com João Lourenço. O cargo de presidente da Sonangol, do qual foi exonerada.
Filomeno dos Santos, o varão
Nome. José Filomeno dos Santos
Idade. 39 anos
Alcunha. Zenu
Família. É casado e tem três filhas
É o segundo filho de José Eduardo dos Santos, fruto da relação com Filomena Sousa, à altura secretária no Governo angolano. Nesse tempo, José Eduardo dos Santos era ministro das Relações Exteriores do Executivo de Agostinho Neto.
Aos 12 anos, de acordo com o jornal Expresso, Filomeno foi viver para Estocolmo com a mãe. Daí seguiriam mais tarde para Londres, tendo Zenu passado toda a adolescência fora de Angola. Foi também em Londres que prosseguiu os estudos: uma licenciatura em Engenharia Eletrónica e um mestrado em Finanças, tirados na Universidade de Westminster. Filomeno regressou a Angola em 2001.
Primeira empresa. Banco Kwanza Invest.
O que dizem dele. Segundo o Expresso, um relatório da agência Stratfor de 2010 — divulgado através da WikiLeaks — caracterizava Zenu como o filho de José Eduardo dos Santos com mais preocupações sociais. “Quando viaja até às províncias, ele faz uma avaliação crítica e rigorosa da situação, às vezes destacando uma certa lentidão ou má-fé das autoridades locais em fazerem o seu trabalho. No regresso partilha essas situações com o pai”, pode ler-se no relatório.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. Para além de mais de 5,3 mil milhões de euros concedidos através de diplomas presidenciais, de acordo com contas do jornal Expresso, em 2012 Filomeno foi sugerido por José Eduardo dos Santos para o cargo de administrador de um fundo soberano que viria a ser criado. No ano seguinte, quando tinha 35 anos, subiria a presidente desse mesmo Fundo, o que provocou uma série de críticas. “É na base do compromisso com a transparência e com as melhores práticas de governance que esta nomeação foi feita”, defendeu-se na altura ao Financial Times, acrescentando que seria melhor avaliarem a performance do Fundo do que “darem palpites sobre coisas que não aconteceram”. “A minha nomeação não tem nada a ver com uma campanha política de espécie alguma”, acrescentou à Reuters.
O Fundo acabaria por se ver envolto em polémica. Em 2016, foi mencionado nos Panama Papers como sendo um possível veículo para lavar dinheiro. Recentemente, voltou a ser apontado como estando possivelmente na origem de uma série de ilegalidades, nos Paradise Papers. Filomeno não se tem pronunciado sobre estas matérias. Na verdade, muito pouco se ouve publicamente da boca do filho varão de José Eduardo dos Santos, que em tempos foi apontado como possível sucessor político do pai.
O que perdeu com João Lourenço. A imprensa angolana avançava que Zenu ia demitir-se do fundo soberano, mas essas notícias foram, desmentidas. Para já, Zenu fica, mas há muitas indicações de que poderá ser exonerado.
Tchizé dos Santos, a política
Nome. Welwitschia dos Santos
Alcunha. Tchizé
Idade. 39 anos
Família. Casada com o engenheiro agrónomo português Hugo Pêgo. Tem um filho de 10 anos e uma filha de três.
Tchizé é a filha mais velha de José Eduardo e de Maria Luísa Abrantes.
O que diz de si própria. “Continuo a sonhar que um dia um Presidente de Angola me outorgará um certificado de mérito, uma comenda pelos serviços à pátria”
“Sou uma pessoa que não gosto de pertencer a grupos, não gosto, não tenho espírito de gangue, não tenho espírito de gueto, e tenho as minhas próprias ideias e defendo-as.”
“Querem-me sujar mas o povo me conhece.”
Negócios em Angola. É acionista da Semba Comunicações, produtora fundada pelo seu irmão mais novo, José Eduardo Paulino dos Santos. É acionista maioritária da diamantífera Di Oro.
Negócios em Portugal. É dona de 30% da empresa portuguesa Central de Frutas do Painho, da região do Cadaval, onde nasceu o seu marido, segundo revela o Jornal de Negócios. Atualmente, Tchizé está a ser investigada pelo Ministério Público português por suspeitas de branqueamento de capitais.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. Através da Semba, Tchizé sempre beneficiou de uma série de contratos públicos, através de campanhas de marketing e, sobretudo, da gestão da Televisão Pública de Angola (TPA). O Maka Angola estima que esses contratos, só em 2016, renderam cerca de 87 milhões de euros à empresa de Tchizé e do irmão. Para além disso, a sua diamantífera Di Oro recebeu no passado uma licença de prospeção inserida num consórcio, dada por decreto presidencial. A multinacional brasileira Odebrecht também fazia parte desse consórcio, de acordo com o site do jornalista Rafael Marques, Maka Angola.
O que perdeu com João Lourenço. Os contratos entre a Semba e o Estado angolano para a gestão da TPA Internacional e do Canal 2
Extravagância. Tchizé é a filha de José Eduardo dos Santos mais envolvida na política. De acordo com a própria, participou em acampamentos de pioneiros do MPLA desde os cinco anos de idade. Em 2008, foi eleita deputada, com 28 anos, e é atualmente membro do comité central do MPLA. É também presidente do Sport Luanda e Benfica.
José Paulino dos Santos, o artista
Nome. José Eduardo Paulino dos Santos
Alcunha. Coréon Dú
Idade. 33 anos
Família. Não é casado, nem tem filhos
É o segundo filho da relação de José Eduardo dos Santos com Maria Luísa Abrantes, e considera-se o artista da família. Viveu em Lisboa em casa dos avós, enquanto criança, numa tentativa da família de o afastar da Guerra Civil que ainda decorria em Angola, e viveu depois com a mãe nos Estados Unidos. Licenciou-se em Comunicação Social pela norte-americana Universidade de Loyola e prosseguiu os estudos em Londres, focando-se em Dança e Teatro. Regressou depois a Angola, onde prosseguiu a carreira de artista, com o nome de Coréon Dú.
O que diz de si próprio. “Infelizmente, para mim [ser filho de José Eduardo dos Santos] cria mais impedimentos do que abre portas, sobretudo por estar no ramo criativo. Acham que não tenho integridade artística ou que sou um socialite aborrecido em busca de algo.”
A primeira empresa. Semba Comunicação.
Negócios em Angola. A produtora Semba Comunicação, fundada em 2006, produtora responsável por sucessos como a novela Windeck (que foi transmitida em Portugal) e o documentário I Love Kuduro (que passou em Portugal, exibido no festival DocLisboa). É ainda acionista da Di Oro, a diamantífera da irmã Tchizé, com 10% de participação.
Negócios em Portugal. É sócio da Masemba (fruto de uma parceria entre a Semba e a produtora Até ao Fim do Mundo), que em 2013 comprou as revistas Lux, Lux Woman e Revista de Vinhos à Prisa. A Masemba chegou também a deter a revista Cristina, mas essa parceria chegou ao fim este ano.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. A Semba assinou uma série de contratos com o Estado angolano durante a presidência do pai de Coréon Dú, alguns para campanhas de marketing e, mais relevante, o contrato para gerir a TPA Internacional e o Canal2. O Maka Angola estima que só no ano passado os contratos com a TPA renderam à Semba cerca de 50 milhões de dólares.
O que perdeu com João Lourenço. O contrato assinado entre a Semba e o Estado angolano para gerir os canais da televisão pública.
José Avelino dos Santos, o empresário dos plásticos
Nome. José Avelino Gourgel dos Santos
Alcunha. Joess
Idade. 29 anos
Família. Não se lhe conhece mulher ou filhos.
José Avelino é o único filho de José Eduardo dos Santos com Maria Bernarda Gourgel. Segundo o Maka Angola, também estudou no Reino Unido, na Universidade de Oxford Brookes.
A primeira empresa. Neosol Investimentos.
Negócios em Angola. Em 2016, a Neosol Investimentos tornou-se sócia da Angoplaste Limitada, de que José Avelino se tornou gerente em junho do mesmo ano.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. De acordo com o Maka Angola, a Angoplaste tem um contrato assinado com o Estado angolano em 2016 para a construção de uma fábrica de plásticos na China. Para além disso, o contrato prevê uma série de apoios estatais, definidos por decreto presidencial. De acordo com o Maka, trata-se de benefícios fiscais, como a “isenção do pagamento de Imposto Industrial por 3 anos” ou a “isenção de pagamento de Imposto de Sisa”.
O que perdeu com João Lourenço. Por enquanto, nada indica que o contrato da Angoplaste tenha sido revogado
Extravagância. É baterista na banda de rock Trinity Nova
Eduane Danilo dos Santos, o jovem do relógio de meio milhão
Nome. Eduane Danilo dos Santos
Idade. 26 anos
Família. Em setembro de 2016, a imprensa noticiou que iria ser pai de uma criança da companheira Brenda Costa, com quem mantém uma relação há seis anos.
Eduane foi o primeiro filho do casamento entre José Eduardo dos Santos e a antiga hospedeira Ana Paula dos Santos, sua atual mulher. De acordo com o Club-K, Danilo passou pelo Brooke House College, no Reino Unido, e estuda atualmente na Richmond University em Londres.
O que diz sobre si próprio. “Podemos às vezes não ser compreendidos de maneira correcta, e as nossas ações tiradas fora de contextos, e deturpadas, mas acreditem que do meu lado, de tudo faço para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos angolanos, e sempre com amor e respeito ao meu próximo.”
O que dizem sobre ele. “Eles parecem ser demasiado jovens para terem 500 mil euros”, disse o ator Will Smith, quando Eduane e a mulher subiram ao palco para levantar o relógio desse mesmo valor que compraram num leilão de caridade.
Negócios em Angola. É um dos acionistas maioritários do Banco Postal de Angola, constituído em setembro de 2016, de acordo com a Visão, em parceria com o amigo Ides Jackson Kussumua (filho do primeiro secretário do MPLA, João Baptista Kussumua), representados por duas sociedades — a EGM Capital e a C8 Capital.
O que ganhou com José Eduardo dos Santos. O Banco Postal de Angola, criado em setembro de 2016, é também propriedade do Estado, que detém metade da participação através do Ministério da Tecnologia, do Banco BCI e dos Correios de Angola. Está também ligado à empresa Switchcom, de telecomunicações, que estaria a tentar levar a Vodafone para Angola. Tem ainda 15% de participação no Deana Day Spa, que pertence à sua mãe.
Joseana dos Santos, a girlsband
Nome. Joseana Lemos dos Santos
Idade. 23 anos
Família. Joseana é a segunda filha da relação de José Eduardo dos Santos com Ana Paula Santos. Casou-se em abril deste ano com Ricardo Abrantes (sobrinho da ex-companheira de José Eduardo dos Santos, Maria Luísa Abrantes) e está grávida do seu primeiro filho.
Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola e outra no Deana Day Spa
Extravagância. Faz parte da girlsband Black Fofas e partilha por vezes fotografias dos pais em redes sociais.
Eduardo dos Santos
Nome. Eduardo Breno Lemos dos Santos.
Idade. 19 anos.
Família. É o terceiro filho da união entre José Eduardo dos Santos e Ana Paula Santos.
Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola e outra no Deana Day Spa.
Houston dos Santos, accionista com 16 anos
Nome. Houston Lulendo Lemos dos Santos.
Idade. 16 anos.
Família. É o quarto filho da união entre José Eduardo dos Santos e Ana Paula Santos.
Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola com os irmãos.
Josias dos Santos, o filho-mistério
Nome. Josias dos Santos.
Família. No livro Segredos e Poder do Dinheiro, do português Filipe S. Fernandes, Josias é mencionado como filho de José Eduardo dos Santos e “Eduarda, conhecida por Dadinha”. Em 2009, o Club-K garantia que Josias era à altura estudante numa universidade inglesa, o que não destoaria do percurso da maioria dos seus filhos. Não se sabe mais nada dele.
Observador.pt
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - Este ano foram assassinadas 18 mulheres, o número mais baixo dos últimos 14 anos
Pelo menos 23 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio e a maioria não recorre a apoio. Segundo o Observatório das Mulheres Assassinadas, metade dos crimes foram cometidos pelo marido, companheiro ou namorado. "Grande parte destas situações não surgem de forma isolada".
Protesto silencioso no Porto em 2015 para homenagear as 27 mulheres assassinadas nesse ano
Desde o início do ano até à passada segunda-feira, 18 mulheres foram assassinadas e 23 foram vítimas de tentativa de homicídio. 2017 é, ainda assim, o ano que apresenta a taxa mais baixa de incidência dos últimos 14 anos registada pelo Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativas e Resposta (UMAR), segundo o relatório preliminar divulgado esta quarta-feira.
"É o terceiro ano em que registamos uma diminuição na incidência de femicídio (...) congratulamo-nos com o facto e achamos que é uma evolução muito positiva, mas ainda é muito cedo para falarmos de uma tendência", disse à agência Lusa a directora da área de violência da UMAR, Elisabete Brasil.
Quase metade das mulheres vítimas escondem o crime de que são alvo
A maioria dos homicídios foi cometidos em casa pelo marido, companheiro ou namorado da vítima, recorrendo a uma arma de fogo ou arma branca.
De qualquer forma, há "18 mulheres assassinadas e é sempre muito, nem que fosse uma era sempre muito", lamentou. Elisabete Brasil alerta que a violência contra as mulheres "é um fenómeno que traz consequências não só para as vítimas", como para os familiares e para a sociedade.
Em média, este ano, houve 1,6 homicídios por mês. Oito vítimas tinham entre 51 e os 64 anos, seis entre 36 e 50 anos e quatro mais de 65 anos, adiantam os dados baseados nos crimes noticiados pela imprensa até 20 de Novembro.
Segundo o observatório, metade dos crimes foram cometidos pelo marido, companheiro ou namorado e em 22% das situações pelo ex-marido, ex-companheiro, ex-namorado.
Há um novo indicador de violência contra as mulheres e Portugal não está tão mal
A violência intrafamiliar, nomeadamente a praticada contra as mães, contabiliza três casos, e por outros familiares dois casos, referem os dados divulgados a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher, que se assinala este sábado, 25 de Novembro.
A maior parte dos homicídios (83%) aconteceram em casa e 17% foram cometidos na rua. Os dados mostram que seis homicídios foram praticados com arma de fogo e outros seis com arma branca (66% dos casos).
Em nove dos 18 homicídios, a medida de coacção aplicada foi a prisão preventiva e num caso a prisão domiciliária. E partir daí o observatório não apresenta mais dados.
Mulheres são especialmente discriminadas e vítimas de fome e abusos sexuais
"Situações não surgem de forma isolada"
Os números mostram que 56% das mulheres assassinadas foram vítima de violência na relação de intimidade. Em quatro casos existia denúncia apresentada e noutros dois, além da denúncia, haviam já sido decretadas medidas de coacção no âmbito desse processo.
"Grande parte destas situações não surgem de forma isolada, elas surgem de uma relação que já era violenta e que termina num assassinato", disse Elisabete Brasil, sublinhando que o facto de existirem processos-crime e terem decorrido inquéritos "não foi o suficiente para evitar que estas mulheres fossem assassinadas".
Para a responsável da UMAR, é preciso manter as estratégias de protecção e de segurança, fazer uma avaliação e gestão de risco contínua, e "perceber que um agressor de violência doméstica é um indivíduo perigoso e que, em muitas das vezes, é capaz de matar".
Também é preciso "mudar uma cultura que ainda é patriarcal, de um machismo que ainda dita que numa relação de conjugalidade ou de intimidade a mulher é quase uma pertença do homem", vincou Elisabete Brasil.
"É preciso mudar esta mentalidade e dizer que homens e mulheres são iguais e igualmente capazes de decidir a sua vida" e que têm de respeitar o outro quando diz "sim", mas também quando diz "não", sustentou.
Para Elisabete Brasil, é preciso responsabilizar o agressor pelo seu comportamento de violência, um "sinal que ainda não foi dado em Portugal". "Muitas vezes são as vítimas que têm a responsabilidade da sua protecção e da sua segurança e o agressor fica impune a aguardar que uma justiça se faça, mas sem que haja uma repercussão directa na sua esfera jurídica, pessoal, social, laboral, enquanto que as vítimas têm de fugir para se proteger e adaptar-se a um sistema de protecção", salientou.
Também acontece muitas vezes as denúncias terminarem em arquivo e algumas em suspensão provisória de processo. Há outras que seguem para julgamento e que são condenatórias, mas "terminam com penas suspensas", o que "acaba por ser uma certa impunidade quer aos olhos da sociedade quer aos olhos das próprias vítimas".
Nove em cada 10 vítimas não recorre a apoios
Nove em cada dez vítimas de violência doméstica não pedem ajuda ao sistema público de apoio, por desconhecimento, isolamento ou dificuldades no acesso aos serviços, disse ainda Elisabete Brasil.
"O que os grandes estudos a nível nacional e internacional dizem é que nem 10% das vítimas chegam aos sistemas de apoio" por diversas razões", adiantou.
Apesar de "vivermos num sistema de muita informação", muitas vezes o isolamento a que as vítimas estão votadas e em que os agressores as colocam, "impede que tenham acesso à informação", explicou Elisabete Brasil. Por outro lado, em termos geográficos, também ainda não há "respostas em todas as localidades, em todos os concelhos, que permitam um acesso fácil ao sistema de apoio".
O silêncio das vítimas foi denunciado esta semana, em Bruxelas, pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), segundo o qual "a violência contra as mulheres é um problema muito maior do que as estatísticas mostram".
De acordo com o EIGE, quase uma em cada duas mulheres (47%) que sofreu violência nunca disse a ninguém, "seja à polícia, serviços de saúde, um amigo, vizinho ou colega".
Questionada sobre estes dados, Elisabete Brasil disse que é uma realidade que também se passa em Portugal, considerando que ainda há "um longo caminho a percorrer" para inverter este quadro. "Temos a consciência de que muito do que foi feito é ainda pouco, que este é um longo caminho a percorrer, e que esta não é uma luta das vítimas de violência doméstica e não é uma questão das mulheres", frisou.
É uma "questão de cidadania, de dignidade humana, de direitos humanos", disse a responsável da UMAR "Para mudar tudo isto, precisamos de todos e não seremos muitos", defendeu. Para Elisabete Brasil, "a participação, o interesse, a informação é uma tarefa" que diz respeito a todos e, como tal, "todos são convocados a participar".
"É um apelo para que não nos esqueçamos das vítimas de violência doméstica, é um apelo à não-aceitação da violência, e de que cada um dos nós é necessário num mundo que acreditamos ser possível melhorar", rematou.
Para alertar para esta realidade e assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a UMAR realiza na sexta-feira, em Lisboa, um seminário sobre a Convenção de Istambul (convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica), ratificada por Portugal. Esta iniciativa visa potenciar o conhecimento sobre a Convenção de Istambul e avaliar a sua aplicação em Portugal.
Já a sábado, a UMAR promove uma marcha contra a violência, que parte do Largo do Intendente, em Lisboa, às 16h, disse Elisabete Brasil, adiantando que estas iniciativas se repetirão noutras capitais de distrito do país.
Publico.pt
Protesto silencioso no Porto em 2015 para homenagear as 27 mulheres assassinadas nesse ano
Desde o início do ano até à passada segunda-feira, 18 mulheres foram assassinadas e 23 foram vítimas de tentativa de homicídio. 2017 é, ainda assim, o ano que apresenta a taxa mais baixa de incidência dos últimos 14 anos registada pelo Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativas e Resposta (UMAR), segundo o relatório preliminar divulgado esta quarta-feira.
"É o terceiro ano em que registamos uma diminuição na incidência de femicídio (...) congratulamo-nos com o facto e achamos que é uma evolução muito positiva, mas ainda é muito cedo para falarmos de uma tendência", disse à agência Lusa a directora da área de violência da UMAR, Elisabete Brasil.
Quase metade das mulheres vítimas escondem o crime de que são alvo
A maioria dos homicídios foi cometidos em casa pelo marido, companheiro ou namorado da vítima, recorrendo a uma arma de fogo ou arma branca.
De qualquer forma, há "18 mulheres assassinadas e é sempre muito, nem que fosse uma era sempre muito", lamentou. Elisabete Brasil alerta que a violência contra as mulheres "é um fenómeno que traz consequências não só para as vítimas", como para os familiares e para a sociedade.
Em média, este ano, houve 1,6 homicídios por mês. Oito vítimas tinham entre 51 e os 64 anos, seis entre 36 e 50 anos e quatro mais de 65 anos, adiantam os dados baseados nos crimes noticiados pela imprensa até 20 de Novembro.
Segundo o observatório, metade dos crimes foram cometidos pelo marido, companheiro ou namorado e em 22% das situações pelo ex-marido, ex-companheiro, ex-namorado.
Há um novo indicador de violência contra as mulheres e Portugal não está tão mal
A violência intrafamiliar, nomeadamente a praticada contra as mães, contabiliza três casos, e por outros familiares dois casos, referem os dados divulgados a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher, que se assinala este sábado, 25 de Novembro.
A maior parte dos homicídios (83%) aconteceram em casa e 17% foram cometidos na rua. Os dados mostram que seis homicídios foram praticados com arma de fogo e outros seis com arma branca (66% dos casos).
Em nove dos 18 homicídios, a medida de coacção aplicada foi a prisão preventiva e num caso a prisão domiciliária. E partir daí o observatório não apresenta mais dados.
Mulheres são especialmente discriminadas e vítimas de fome e abusos sexuais
Os números mostram que 56% das mulheres assassinadas foram vítima de violência na relação de intimidade. Em quatro casos existia denúncia apresentada e noutros dois, além da denúncia, haviam já sido decretadas medidas de coacção no âmbito desse processo.
"Grande parte destas situações não surgem de forma isolada, elas surgem de uma relação que já era violenta e que termina num assassinato", disse Elisabete Brasil, sublinhando que o facto de existirem processos-crime e terem decorrido inquéritos "não foi o suficiente para evitar que estas mulheres fossem assassinadas".
Para a responsável da UMAR, é preciso manter as estratégias de protecção e de segurança, fazer uma avaliação e gestão de risco contínua, e "perceber que um agressor de violência doméstica é um indivíduo perigoso e que, em muitas das vezes, é capaz de matar".
Também é preciso "mudar uma cultura que ainda é patriarcal, de um machismo que ainda dita que numa relação de conjugalidade ou de intimidade a mulher é quase uma pertença do homem", vincou Elisabete Brasil.
"É preciso mudar esta mentalidade e dizer que homens e mulheres são iguais e igualmente capazes de decidir a sua vida" e que têm de respeitar o outro quando diz "sim", mas também quando diz "não", sustentou.
Para Elisabete Brasil, é preciso responsabilizar o agressor pelo seu comportamento de violência, um "sinal que ainda não foi dado em Portugal". "Muitas vezes são as vítimas que têm a responsabilidade da sua protecção e da sua segurança e o agressor fica impune a aguardar que uma justiça se faça, mas sem que haja uma repercussão directa na sua esfera jurídica, pessoal, social, laboral, enquanto que as vítimas têm de fugir para se proteger e adaptar-se a um sistema de protecção", salientou.
Também acontece muitas vezes as denúncias terminarem em arquivo e algumas em suspensão provisória de processo. Há outras que seguem para julgamento e que são condenatórias, mas "terminam com penas suspensas", o que "acaba por ser uma certa impunidade quer aos olhos da sociedade quer aos olhos das próprias vítimas".
Nove em cada 10 vítimas não recorre a apoios
Nove em cada dez vítimas de violência doméstica não pedem ajuda ao sistema público de apoio, por desconhecimento, isolamento ou dificuldades no acesso aos serviços, disse ainda Elisabete Brasil.
"O que os grandes estudos a nível nacional e internacional dizem é que nem 10% das vítimas chegam aos sistemas de apoio" por diversas razões", adiantou.
Apesar de "vivermos num sistema de muita informação", muitas vezes o isolamento a que as vítimas estão votadas e em que os agressores as colocam, "impede que tenham acesso à informação", explicou Elisabete Brasil. Por outro lado, em termos geográficos, também ainda não há "respostas em todas as localidades, em todos os concelhos, que permitam um acesso fácil ao sistema de apoio".
O silêncio das vítimas foi denunciado esta semana, em Bruxelas, pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), segundo o qual "a violência contra as mulheres é um problema muito maior do que as estatísticas mostram".
De acordo com o EIGE, quase uma em cada duas mulheres (47%) que sofreu violência nunca disse a ninguém, "seja à polícia, serviços de saúde, um amigo, vizinho ou colega".
Questionada sobre estes dados, Elisabete Brasil disse que é uma realidade que também se passa em Portugal, considerando que ainda há "um longo caminho a percorrer" para inverter este quadro. "Temos a consciência de que muito do que foi feito é ainda pouco, que este é um longo caminho a percorrer, e que esta não é uma luta das vítimas de violência doméstica e não é uma questão das mulheres", frisou.
É uma "questão de cidadania, de dignidade humana, de direitos humanos", disse a responsável da UMAR "Para mudar tudo isto, precisamos de todos e não seremos muitos", defendeu. Para Elisabete Brasil, "a participação, o interesse, a informação é uma tarefa" que diz respeito a todos e, como tal, "todos são convocados a participar".
"É um apelo para que não nos esqueçamos das vítimas de violência doméstica, é um apelo à não-aceitação da violência, e de que cada um dos nós é necessário num mundo que acreditamos ser possível melhorar", rematou.
Para alertar para esta realidade e assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a UMAR realiza na sexta-feira, em Lisboa, um seminário sobre a Convenção de Istambul (convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica), ratificada por Portugal. Esta iniciativa visa potenciar o conhecimento sobre a Convenção de Istambul e avaliar a sua aplicação em Portugal.
Já a sábado, a UMAR promove uma marcha contra a violência, que parte do Largo do Intendente, em Lisboa, às 16h, disse Elisabete Brasil, adiantando que estas iniciativas se repetirão noutras capitais de distrito do país.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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" ATUAL PRIMEIRA DAMA DE ANGOLA "
ERA FÁCIL LER NO ROSTO DESTA MULHER A TRISTEZA E DOR QUE ELA CARREGAVA NA CADEIA DE S.PAULO !
Houve vezes que por falta de força e coragem para controlar as minhas emoções e não chorar , me senti derrubado e sem palavras para meter no papel toda aquela história sobre Luísa Fontes que antes de ser morta ainda lutou quando os carcereiros lhe tentaram violar sexualmente ou da Maria Bartolomeu do bairro Sambizanga que para a satisfação das suas bizarras paranoia ate o cano da pistola o Bonifácio deu-se ao luxo de enfiar - lhe pela vagina á baixo.
Mas agora que acredito que Deus finalmente não tinha abandonado todas aquelas mulheres e ainda bem , pois a prova está ai , o facto de algumas estarem ainda vivas muito embora condenadas á terem que carregar ate ao fim das suas vidas o peso dos traumas psicológicos , especialmente aquelas que depois da cadeia não fizeram um tratamento adequado.
MANOS ( AS ) VOCÊS NÃO IMAGINAM O QUE ELAS PASSARAM , E É PENA QUE AINDA NENHUMA DAS KAMBAS QUER SER ELA PRÓPRIA Á CONTAR !
Conheço mulheres que vivem ate hoje se sentindo culpadas pelo facto do esconderijo onde estavão seus maridos só terem sido descobertos , por elas não terem resistido a tortura que sofriam e acabaram por dar com os dentes á língua , e assim seus maridos acabaram mortos logo depois..
Eles entraram de madrugada pontapeando portas e janelas vasculharam á casa toda á procura do comissário político ( Santos ) este uma grande referencia para mim dos tempos de Cabinda , bateram na mulher obrigando á descobrir onde ele estava mas ela sempre disse que não sabia do seu paradeiro.
Por azar dos diabos um dos homens abriu um guarda fatos e deu com o nosso saudoso , querido e inesquecível amigo Santos , levaram - o , e mataram-o , e sua mulher foi detida passando pela CR ( Casa da reclusão ) e campo de concentração do Tari / Kibala.
Não sei se ela ainda vive , sinto saudades dela , pois foi a primeira mulher na vida á quem ofereci um poema de minha autoria no dia do seu aniversário nas masmorras da DISA.
" Fui levada á casa mortuária para ser fuzilada confundiram-me com uma mulata de Benguela e o que me salvou foi o facto de um dos militares ter dado conta que eu não tinha á tatuagem que eles sabiam ela tinha , me confessou uma senhora que de agente secreta ao serviço da DISA , foi transformada em implicada e não perdeu a vida por um triz "
Nunca tinha visto tantos cadáveres amontoado repleto de moscas e ainda assim deu para reconhecer alguns jovens do Sambizanga que tinham sido seus colegas alguns dos quais foram meus chefes operativos concluiu ela.
Falar do sofrimento destas mulheres é muito mais do que isto , pois para alem das chicotadas e todo tipo de humilhações que passavam consoante o torturador que cada uma delas tivesse pela frente mas também do sexismo e da violação sexual á que foram vitimas.
Quanto estou informado ,foram poucas as mulheres que não foram interrogadas nuas , diante dos olhos cobiçoso daqueles mais velhos e jovens oficiais e carcereiros da DISA muitos ate conhecidos delas que já sabiam algumas depois seriam mortas.
( ANY ) ANA DIAS LOURENÇO
Simplesmente ( Any ) assim ela era conhecida , quer no liceu feminino onde estudou com algumas miúdas do bairro , assim como na cadeia de S.Paulo por onde passou.
Recordo-me dela ainda tão bem com se fosse hoje , assim como de outras tantas , algumas das quais da minha relação amistosa caso concreto a Ricarda ( Ricardina ) irmã do famoso José Carrasquinha que estava gravida no dia em que foi detida , assim com a Luísa Fontes minha colega de farda em Cabinda , a Branquinha do Sambizanga que era militar e andava com o Juka que era repórter da Angop na altura entre outras.
( Any ) Das vezes que a vi passar pelo pátio acompanhada por carcereiros quando ia á enfermaria facilmente se lia no seu rosto a tristeza , o desespero e o medo de ser morta tão jovem que era e com muita vontade para viver.
Felizmente ela sobreviveu e ainda bem , pois quem sabe ela própria e outras qualquer dia nos contam com as suas próprias vozes , tudo quanto passaram e como foi essa história de algumas delas depois se terem tornado esposas de figuras ligadas já na altura ao regime, pois conheço outros casos.
DUMILDE RANGEL ( NAMBY ) MATETA , LOPO LOUREIRO & AS PRESAS NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO TARI
Este é o titulo reservado para a próxima cronica ainda sobre o sofrimentos das mulheres no campo de concentração do Tari / Kibala.
Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby
INTRODUÇÃO
Desde que comecei á escrever que vivo tentando contar a história sobre tudo que sei do sofrimento de cada uma daquelas tantas mulheres que passaram pela cadeia de S.Paulo , e vi com os meus próprios olhos passar umas poucas vezes pelo pátio da cadeia , quando não com lágrimas no rosto era com o sangue lhes correndo pelas pernas.Houve vezes que por falta de força e coragem para controlar as minhas emoções e não chorar , me senti derrubado e sem palavras para meter no papel toda aquela história sobre Luísa Fontes que antes de ser morta ainda lutou quando os carcereiros lhe tentaram violar sexualmente ou da Maria Bartolomeu do bairro Sambizanga que para a satisfação das suas bizarras paranoia ate o cano da pistola o Bonifácio deu-se ao luxo de enfiar - lhe pela vagina á baixo.
Mas agora que acredito que Deus finalmente não tinha abandonado todas aquelas mulheres e ainda bem , pois a prova está ai , o facto de algumas estarem ainda vivas muito embora condenadas á terem que carregar ate ao fim das suas vidas o peso dos traumas psicológicos , especialmente aquelas que depois da cadeia não fizeram um tratamento adequado.
MANOS ( AS ) VOCÊS NÃO IMAGINAM O QUE ELAS PASSARAM , E É PENA QUE AINDA NENHUMA DAS KAMBAS QUER SER ELA PRÓPRIA Á CONTAR !
Conheço mulheres que vivem ate hoje se sentindo culpadas pelo facto do esconderijo onde estavão seus maridos só terem sido descobertos , por elas não terem resistido a tortura que sofriam e acabaram por dar com os dentes á língua , e assim seus maridos acabaram mortos logo depois..
Eles entraram de madrugada pontapeando portas e janelas vasculharam á casa toda á procura do comissário político ( Santos ) este uma grande referencia para mim dos tempos de Cabinda , bateram na mulher obrigando á descobrir onde ele estava mas ela sempre disse que não sabia do seu paradeiro.
Por azar dos diabos um dos homens abriu um guarda fatos e deu com o nosso saudoso , querido e inesquecível amigo Santos , levaram - o , e mataram-o , e sua mulher foi detida passando pela CR ( Casa da reclusão ) e campo de concentração do Tari / Kibala.
Não sei se ela ainda vive , sinto saudades dela , pois foi a primeira mulher na vida á quem ofereci um poema de minha autoria no dia do seu aniversário nas masmorras da DISA.
" Fui levada á casa mortuária para ser fuzilada confundiram-me com uma mulata de Benguela e o que me salvou foi o facto de um dos militares ter dado conta que eu não tinha á tatuagem que eles sabiam ela tinha , me confessou uma senhora que de agente secreta ao serviço da DISA , foi transformada em implicada e não perdeu a vida por um triz "
Nunca tinha visto tantos cadáveres amontoado repleto de moscas e ainda assim deu para reconhecer alguns jovens do Sambizanga que tinham sido seus colegas alguns dos quais foram meus chefes operativos concluiu ela.
Falar do sofrimento destas mulheres é muito mais do que isto , pois para alem das chicotadas e todo tipo de humilhações que passavam consoante o torturador que cada uma delas tivesse pela frente mas também do sexismo e da violação sexual á que foram vitimas.
Quanto estou informado ,foram poucas as mulheres que não foram interrogadas nuas , diante dos olhos cobiçoso daqueles mais velhos e jovens oficiais e carcereiros da DISA muitos ate conhecidos delas que já sabiam algumas depois seriam mortas.
( ANY ) ANA DIAS LOURENÇO
Simplesmente ( Any ) assim ela era conhecida , quer no liceu feminino onde estudou com algumas miúdas do bairro , assim como na cadeia de S.Paulo por onde passou.
Recordo-me dela ainda tão bem com se fosse hoje , assim como de outras tantas , algumas das quais da minha relação amistosa caso concreto a Ricarda ( Ricardina ) irmã do famoso José Carrasquinha que estava gravida no dia em que foi detida , assim com a Luísa Fontes minha colega de farda em Cabinda , a Branquinha do Sambizanga que era militar e andava com o Juka que era repórter da Angop na altura entre outras.
( Any ) Das vezes que a vi passar pelo pátio acompanhada por carcereiros quando ia á enfermaria facilmente se lia no seu rosto a tristeza , o desespero e o medo de ser morta tão jovem que era e com muita vontade para viver.
Felizmente ela sobreviveu e ainda bem , pois quem sabe ela própria e outras qualquer dia nos contam com as suas próprias vozes , tudo quanto passaram e como foi essa história de algumas delas depois se terem tornado esposas de figuras ligadas já na altura ao regime, pois conheço outros casos.
DUMILDE RANGEL ( NAMBY ) MATETA , LOPO LOUREIRO & AS PRESAS NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO TARI
Este é o titulo reservado para a próxima cronica ainda sobre o sofrimentos das mulheres no campo de concentração do Tari / Kibala.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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Greve no ensino Público - Governo convoca reunião do Conselho Permanente de Concertação Social
Bissau, 23 Nov 17 (ANG) - O governo convocou para hoje uma reunião extraordinária do Conselho Permanente de Concertação Social para debater a situação da greve em curso no ensino público guineense.
A informação consta no Comunicado do Colectivo governamental, assinado pelo Ministro de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Soares Sambú à que ANG teve hoje acesso.
Segundo o documento, esta reunião será seguida de uma sessão extraordinária do Conselho de Ministros para um anuncio do governo das medidas a adoptar para o normal funcionamento do presente ano lectivo sem mais perturbações.
O governo encoraja a sua Comissão Negocial a prosseguir na via do diálogo com os dois sindicatos do sector educativo por forma a encontrar solução e evitar mais greves no decurso deste ano.
No comunicado, o colectivo governamental instrui os departamentos concernentes para uma aplicação rigorosa da lei da greve e da liberdade sindical.
Entretanto, no mesmo comunicado o executivo manifestou a sua indignação e repúdio ao tratamento desumano e execuções que ocorrem na Líbia contra cidadãos estrangeiros, sobretudo guineenses.
Sobre o assunto , Instruiu ao ministro dos Negócios Estrangeiros no sentido de adotar medidas conducentes à identificação e localização de mais cidadãos guineenses que eventualmente ainda estejam na Líbia em idênticas circunstâncias.
O reforço da campanha de sensibilização junto dos órgãos de comunicação social sobre os riscos e consequências nefastas da emigração clandestina e trabalhar com as estruturas competentes para criação de condições para o melhor dum melhor enquadramento dos jovens são outras missões que o governo decidiu levar a cabo.
Ainda nessa reunião de quartas-feiras, o governo aprovou com alterações o Regulamento da Lei da Terra, e a criação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
No capítulo de nomeações , sete diplomatas foram promovidos à embaixador. São eles: Candido Barbosa, Carrington Cá, Cipriano Gomes, Josefina Pereira Kosta, Marceano Gomes Barbosa, Maria Pascoalina Costa e N’Dira Sá Cabral Embaló.
No Ministerio da Administração Territorial, Nelson Bamba foi nomeado Inspector-geral e Brum Sitna Namone foi nomeado Director-geral do gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.
A PJ tem novo diretor nomeado, na pessoa de Juscelino De-Gaulle Cunha Pereira.
ANG/LPG/ÂC/SG
A informação consta no Comunicado do Colectivo governamental, assinado pelo Ministro de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Soares Sambú à que ANG teve hoje acesso.
Segundo o documento, esta reunião será seguida de uma sessão extraordinária do Conselho de Ministros para um anuncio do governo das medidas a adoptar para o normal funcionamento do presente ano lectivo sem mais perturbações.
O governo encoraja a sua Comissão Negocial a prosseguir na via do diálogo com os dois sindicatos do sector educativo por forma a encontrar solução e evitar mais greves no decurso deste ano.
No comunicado, o colectivo governamental instrui os departamentos concernentes para uma aplicação rigorosa da lei da greve e da liberdade sindical.
Entretanto, no mesmo comunicado o executivo manifestou a sua indignação e repúdio ao tratamento desumano e execuções que ocorrem na Líbia contra cidadãos estrangeiros, sobretudo guineenses.
Sobre o assunto , Instruiu ao ministro dos Negócios Estrangeiros no sentido de adotar medidas conducentes à identificação e localização de mais cidadãos guineenses que eventualmente ainda estejam na Líbia em idênticas circunstâncias.
O reforço da campanha de sensibilização junto dos órgãos de comunicação social sobre os riscos e consequências nefastas da emigração clandestina e trabalhar com as estruturas competentes para criação de condições para o melhor dum melhor enquadramento dos jovens são outras missões que o governo decidiu levar a cabo.
Ainda nessa reunião de quartas-feiras, o governo aprovou com alterações o Regulamento da Lei da Terra, e a criação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
No capítulo de nomeações , sete diplomatas foram promovidos à embaixador. São eles: Candido Barbosa, Carrington Cá, Cipriano Gomes, Josefina Pereira Kosta, Marceano Gomes Barbosa, Maria Pascoalina Costa e N’Dira Sá Cabral Embaló.
No Ministerio da Administração Territorial, Nelson Bamba foi nomeado Inspector-geral e Brum Sitna Namone foi nomeado Director-geral do gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.
A PJ tem novo diretor nomeado, na pessoa de Juscelino De-Gaulle Cunha Pereira.
ANG/LPG/ÂC/SG
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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DSP e o nosso Partido PAIGC
É chegada a hora do DSP abandonar o nosso Partido PAIGC ou a bem ou a mal.
Complicou o nosso Partido e está à caminho de complicar o país.
Porque?
1. Expulsou tudo e todos, sobretudo os eleitos democraticamente nas estruturas de base, secção, região, membros do Comité Central, Bureau Político e Vice-Presidentes;
2. Acusa os outros de não respeitarem os estatutos do Partido. Será que ele e o seu Conselho de Jurisdição estão a respeitar os estatutos do Partido?
3. Criou condições para se tornar autêntico DITADOR no PAIGC, promovendo o princípio da lista única e solidária, com o medo da concorrência dos mais capazes;
4. Fomentou a divisão entre Guineenses, sobretudo pessoas de etnias e religiões diferentes;
5. Comprometeu a imagem do país no estrangeiro com mentiras e intrigas, só para poder merecer a confiança da comunidade internacional e da nossa diáspora;
6. Para além de abandonar o Partido deve devolver o dinheiro que roubou ao país, e que distribuiu por diferente amigas e amigos da nossa praça e também do exterior;
7. Inventa que a sua marcha e/ou manifestações conta com muita participação ou seja com mais de 20.000 pessoas quando na realidade é o inverso, contam-se as centenas de pessoas. Utiliza imagens de outras manifestações e faz montagens para enganar a comunidade internacional, e aqueles guineenses pouco atentos, sobretudo os da diáspora.
Será que o DSP tem condições para continuar a liderar este nosso grande Partido PAIGC?
Vamos a votos: Sim I Não
Fonte: I bu tabaku
Complicou o nosso Partido e está à caminho de complicar o país.
Porque?
1. Expulsou tudo e todos, sobretudo os eleitos democraticamente nas estruturas de base, secção, região, membros do Comité Central, Bureau Político e Vice-Presidentes;
2. Acusa os outros de não respeitarem os estatutos do Partido. Será que ele e o seu Conselho de Jurisdição estão a respeitar os estatutos do Partido?
3. Criou condições para se tornar autêntico DITADOR no PAIGC, promovendo o princípio da lista única e solidária, com o medo da concorrência dos mais capazes;
4. Fomentou a divisão entre Guineenses, sobretudo pessoas de etnias e religiões diferentes;
5. Comprometeu a imagem do país no estrangeiro com mentiras e intrigas, só para poder merecer a confiança da comunidade internacional e da nossa diáspora;
6. Para além de abandonar o Partido deve devolver o dinheiro que roubou ao país, e que distribuiu por diferente amigas e amigos da nossa praça e também do exterior;
7. Inventa que a sua marcha e/ou manifestações conta com muita participação ou seja com mais de 20.000 pessoas quando na realidade é o inverso, contam-se as centenas de pessoas. Utiliza imagens de outras manifestações e faz montagens para enganar a comunidade internacional, e aqueles guineenses pouco atentos, sobretudo os da diáspora.
Será que o DSP tem condições para continuar a liderar este nosso grande Partido PAIGC?
Vamos a votos: Sim I Não
Fonte: I bu tabaku
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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ESTUDO - É por este motivo que as grávidas devem dormir de lado
Estudo britânico revela que há um sério risco associado ao hábito das grávidas dormirem de barriga para cima.
Um recente estudo do Mary's Hospital, em Machester, publicado na revista científica British Journal of Obstetrics and Gyneacology revela que as grávidas devem dormir de lado no último trimestre da gravidez.
De acordo com os investigadores britânicos, dormir nesta posição aumenta no dobro o risco de morte fetal, sendo, por isso, fundamental que as grávidas se habituem a dormir de lado nos últimos meses da gestação.
Para o estudo, os cientistas analisaram mais de mil grávidas e passaram ainda a pente fino vários estudos sobre a ligação entre a posição de dormir e o risco de morte do feto. Assim que cruzaram todos os danos, os mentores do estudo concluíram que uma em cada 225 grávidas dá à luz um bebé sem vida, mas que 130 desses casos poderiam ser evitados com a simples mudança da posição em que a mulher dorme.
De uma forma geral, conta a BBC, poderiam ser evitada mil mortes no mundo se as grávidas dormissem de lado e não com a barriga para cima, uma vez que esta última posição faz com que o peso da barriga 'atrofie' o fluxo sanguíneo e, por isso, comprometa a circulação de oxigénio para o feto.
noticiasaominuto
Um recente estudo do Mary's Hospital, em Machester, publicado na revista científica British Journal of Obstetrics and Gyneacology revela que as grávidas devem dormir de lado no último trimestre da gravidez.
De acordo com os investigadores britânicos, dormir nesta posição aumenta no dobro o risco de morte fetal, sendo, por isso, fundamental que as grávidas se habituem a dormir de lado nos últimos meses da gestação.
Para o estudo, os cientistas analisaram mais de mil grávidas e passaram ainda a pente fino vários estudos sobre a ligação entre a posição de dormir e o risco de morte do feto. Assim que cruzaram todos os danos, os mentores do estudo concluíram que uma em cada 225 grávidas dá à luz um bebé sem vida, mas que 130 desses casos poderiam ser evitados com a simples mudança da posição em que a mulher dorme.
De uma forma geral, conta a BBC, poderiam ser evitada mil mortes no mundo se as grávidas dormissem de lado e não com a barriga para cima, uma vez que esta última posição faz com que o peso da barriga 'atrofie' o fluxo sanguíneo e, por isso, comprometa a circulação de oxigénio para o feto.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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A eficácia destes medicamentos depende da hora a que são tomados
Sabia que os fármacos que combatem a acidez devem ser sempre tomados 30 minutos antes do jantar?
A eficácia dos medicamentos não está apenas dependente do organismo de cada pessoa, a hora que são tomados tem também um papel determinante. Afinal, diz a médica espanhola Marta Garaulet, "há que considerar tanto o metabolismo do fármaco, como o ritmo cicardiano da pessoa".
Para a especialista, escreve o El País, a melhor forma de assegurar a eficácia de um medicamento é tentar perceber junto de um médico qual a melhor hora de o tomar, uma vez que, por exemplo, os fármacos que combatem a acidez tendem a ser mais 'potentes' quando tomados 30 minutos antes do jantar.
No caso dos anti-histamínicos, estes devem ser tomados pelas 7h00 de forma a que a sua eficácia dure cerca de 16 horas. Se forem tomados, por seu turno, às 19h00, a eficácia cai para metade, explica a médica, que destaca ainda que o mesmo acontece com a aspirina, que se tomada às 7h00 produz um efeito durante 22 horas.
Uma vez que o risco de enfarte é maior pela manhã, especialmente logo ao acordar, os medicamentos para a hipertensão e cuidados cardiovasculares devem ser tomados à noite.
No caso dos diabéticos, a insulina deve ser administrada pelas 12h00, uma vez que é nessa altura que o tecido adiposo está mais sensível à sua ação, escreve a publicação, que destaca que a toma de ibuprofeno para combater a artrite depende do tipo de artrite em causa, sendo que as pessoas com artrite reumatóide devem tomar o medicamento ao final da tarde início da noite, já as pessoas com osteoartrite devem tomar o anti-infamatório entre quatro a seis horas antes do pico máximo de dor, que tende a acontecer à noite.
NAOM
A eficácia dos medicamentos não está apenas dependente do organismo de cada pessoa, a hora que são tomados tem também um papel determinante. Afinal, diz a médica espanhola Marta Garaulet, "há que considerar tanto o metabolismo do fármaco, como o ritmo cicardiano da pessoa".
Para a especialista, escreve o El País, a melhor forma de assegurar a eficácia de um medicamento é tentar perceber junto de um médico qual a melhor hora de o tomar, uma vez que, por exemplo, os fármacos que combatem a acidez tendem a ser mais 'potentes' quando tomados 30 minutos antes do jantar.
No caso dos anti-histamínicos, estes devem ser tomados pelas 7h00 de forma a que a sua eficácia dure cerca de 16 horas. Se forem tomados, por seu turno, às 19h00, a eficácia cai para metade, explica a médica, que destaca ainda que o mesmo acontece com a aspirina, que se tomada às 7h00 produz um efeito durante 22 horas.
Uma vez que o risco de enfarte é maior pela manhã, especialmente logo ao acordar, os medicamentos para a hipertensão e cuidados cardiovasculares devem ser tomados à noite.
No caso dos diabéticos, a insulina deve ser administrada pelas 12h00, uma vez que é nessa altura que o tecido adiposo está mais sensível à sua ação, escreve a publicação, que destaca que a toma de ibuprofeno para combater a artrite depende do tipo de artrite em causa, sendo que as pessoas com artrite reumatóide devem tomar o medicamento ao final da tarde início da noite, já as pessoas com osteoartrite devem tomar o anti-infamatório entre quatro a seis horas antes do pico máximo de dor, que tende a acontecer à noite.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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Acesso à energia é crucial para escapar à pobreza, diz ONU
Os países menos desenvolvidos do mundo precisam de acesso à eletricidade para sairem da pobreza, adverte um relatório da ONU que insta as nações mais ricas a honrarem os seus compromissos, de modo a reduzirem o fosso energético.
Os países menos desenvolvidos do mundo precisam de acesso à eletricidade para sairem da pobreza, adverte um relatório da ONU que insta as nações mais ricas a honrarem os seus compromissos, de modo a reduzirem o fosso energético.
Segundo o documento da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), 60% da população dos países mais pobres do mundo, dos quais 47 cumprem os padrões definidos pela ONU de "menos desenvolvidos", não tem acesso à eletricidade, ou seja, cerca de 577 milhões de habitantes no total.
O acesso ao fornecimento estável de eletricidade é fundamental para ajudar os negócios nos países em desenvolvimento a crescerem.
Mais de 40% das empresas nos países abrangidos pelo relatório tiveram acesso a um fornecimento de energia inadequado, incerto ou a um preço incomportável, segundo o relatório da UNCTAD divulgado na quarta-feira, citado hoje pela agência de notícias norte-americana Associated Press.
De acordo com o documento, foi registada uma média de dez 'apagões' por mês, com cada um a durar cerca de cinco horas, os quais representaram custos equivalentes a 7% do valor das suas vendas das empresas.
"A energia, como uma fonte de transformação, é um dos pontos-chave do desenvolvimento económico e é para isto que estamos a tentar contribuir, especificamente nos países menos desenvolvidos", afirmou o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi, em declarações aos jornalistas em Banguecoque.
Há um défice de 1,5 biliões de dólares no financiamento para ajudar a atingir o objetivo do acesso universal a energia até 2030, sublinhou o responsável.
Segundo o documento, que cobre mais de 50 países, incluindo 33 em África, tal representaria um investimento estimado entre 12 mil milhões e 14 mil milhões de dólares por ano e mais do que triplicaria a taxa anual de acesso à eletricidade nesses países.
A ONU tem encorajado os governos dessas nações a adotar políticas que atraiam investidores e a melhorar a utilização dos seus recursos energéticos.
Mukhisa Kituyi sustentou, porém, que ainda é difícil para essas nações explorarem fontes privadas de financiamento para aliviar a pobreza.
"O mundo chegou a um ponto em que dizemos que muitas soluções para o desenvolvimento são melhores se lançadas pelo setor privado", sublinhou, ressalvando que "não se pode dizer isso aos países menos desenvolvidos".
"Não se pode entregar ao mercado privado a resolução dos desafios no Laos, no Bangladesh ou no Camboja", realçou.
A energia renovável tem potencial para desempenhar um papel revolucionário nesses países, segundo a ONU que insta a que o uso dessas tecnologias seja ampliado de modo a ser útil aos serviços públicos, dado que as iniciativas que existem têm sido de pequena escala.
NAOM
Os países menos desenvolvidos do mundo precisam de acesso à eletricidade para sairem da pobreza, adverte um relatório da ONU que insta as nações mais ricas a honrarem os seus compromissos, de modo a reduzirem o fosso energético.
Segundo o documento da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), 60% da população dos países mais pobres do mundo, dos quais 47 cumprem os padrões definidos pela ONU de "menos desenvolvidos", não tem acesso à eletricidade, ou seja, cerca de 577 milhões de habitantes no total.
O acesso ao fornecimento estável de eletricidade é fundamental para ajudar os negócios nos países em desenvolvimento a crescerem.
Mais de 40% das empresas nos países abrangidos pelo relatório tiveram acesso a um fornecimento de energia inadequado, incerto ou a um preço incomportável, segundo o relatório da UNCTAD divulgado na quarta-feira, citado hoje pela agência de notícias norte-americana Associated Press.
De acordo com o documento, foi registada uma média de dez 'apagões' por mês, com cada um a durar cerca de cinco horas, os quais representaram custos equivalentes a 7% do valor das suas vendas das empresas.
"A energia, como uma fonte de transformação, é um dos pontos-chave do desenvolvimento económico e é para isto que estamos a tentar contribuir, especificamente nos países menos desenvolvidos", afirmou o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi, em declarações aos jornalistas em Banguecoque.
Há um défice de 1,5 biliões de dólares no financiamento para ajudar a atingir o objetivo do acesso universal a energia até 2030, sublinhou o responsável.
Segundo o documento, que cobre mais de 50 países, incluindo 33 em África, tal representaria um investimento estimado entre 12 mil milhões e 14 mil milhões de dólares por ano e mais do que triplicaria a taxa anual de acesso à eletricidade nesses países.
A ONU tem encorajado os governos dessas nações a adotar políticas que atraiam investidores e a melhorar a utilização dos seus recursos energéticos.
Mukhisa Kituyi sustentou, porém, que ainda é difícil para essas nações explorarem fontes privadas de financiamento para aliviar a pobreza.
"O mundo chegou a um ponto em que dizemos que muitas soluções para o desenvolvimento são melhores se lançadas pelo setor privado", sublinhou, ressalvando que "não se pode dizer isso aos países menos desenvolvidos".
"Não se pode entregar ao mercado privado a resolução dos desafios no Laos, no Bangladesh ou no Camboja", realçou.
A energia renovável tem potencial para desempenhar um papel revolucionário nesses países, segundo a ONU que insta a que o uso dessas tecnologias seja ampliado de modo a ser útil aos serviços públicos, dado que as iniciativas que existem têm sido de pequena escala.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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Aladje ALANSO FATI acusa PAIGC de "foul play"
PAIGC suspende um dos seus membros mais controversos em Bissau devido a acusacao por parte daquilo que ele considera de concorrente.
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quinta-feira, novembro 23, 2017
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017
AS INCOERÊNCIAS DE OCTÁVIO LOPES
Em posts que vem publicando na sua página do facebook, Octávio Lopes argumenta que a democracia interna no PAIGC está em risco, na sequência da aprovação pelo Comité Central do Guião para a realização das Assembleias de Base e das Conferências de Secção, de Sector e de Região, no âmbito da preparação do IX Congresso do Partido.
O que Octávio Lopes basicamente contesta é o método de eleição dos membros dessas estruturas e dos delegados às conferências, baseado na votação pública e em listas nominais solidárias.
O método de eleição adoptado pelo Guião e aprovado pelo Comité Central baseia-se na alínea g) do artigo 5º dos Estatutos do PAIGC, cuja redacção é a seguinte:
“Eleição dos restantes órgãos colegiais a nível da Região, do Sector, da Secção e da Base, em listas nominais solidárias, mediante votação pública das respectivas assembleias”.
Esta disposição diz claramente que a votação é pública. Octávio Lopes quer que a votação seja secreta, não se percebendo muito bem porquê. Se se consagrasse o princípio da votação secreta, haveria uma flagrante violação dos Estatutos do PAIGC.
A alínea g) do artigo 5º também dispõe que a votação faz-se por meio de listas nominais solidárias. Lista solidária não significa lista única. O princípio democrático está salvaguardado pela votação da Assembleia da lista proposta por consenso entre os participantes, a qual, se chumbada, força uma lista alternativa.
Há no posicionamento de Octávio Lopes várias incoerências:
Em primeiro lugar, Octávio Lopes faz parte dos 203 membros do Comité Central que votaram favoravelmente (por unanimidade) as Resoluções que adoptaram o Guião. Se não concordasse com uma disposição essencial do Guião que, segundo afirma, põe em causa a democracia interna no Partido, não devia ter votado favoravelmente essas Resoluções.
Em segundo lugar, Octávio Lopes foi acérrimo defensor dos presentes Estatutos do PAIGC, tendo no VIII Congresso em Cacheu votado pela sua manutenção, quando foi apresentada uma proposta de revisão que acabou por ser chumbada. Não se percebe como é que hoje critica a aplicação dos mesmos Estatutos que ele mesmo quis.
Mas mais grave, é que a preocupação com a morte anunciada da democracia interna no PAIGC nos parece estranha por parte de alguém que num passado recente pautou a sua actuação política por actos que feriram a democracia interna no partido e os valores democráticos pelos quais diz hoje estar a lutar.
Com efeito, foi Octávio Lopes quem em 2013 forçou assinaturas para assaltar a direcção da bancada parlamentar do PAIGC e aí ser escolhido por uma semana como líder de bancada à revelia das regras democráticas. Foi também o mesmo Octávio Lopes que, desde 2015, se aliou ao golpe palaciano de José Mário Vaz para colocar ilegal e injustamente o seu próprio partido, vencedor das eleições legislativas de 2014, na oposição.
É interessante registar como Octávio Lopes e alguns defendem a unidade interna no PAIGC para o regresso do partido ao poder, depois de o terem empurrado para a oposição.
A cultura da indisciplina e da desordem tem os seus dias contados no PAIGC. O novo desafio é as pessoas aprenderem a viver dentro da lei e da ordem, expurgando dos seus espíritos a conspiração e os golpes baixos.
O PAIGC hoje é um partido unido e coeso que aplica escrupulosamente os seus Estatutos e cujas principais decisões políticas são tomadas pelos seus órgãos legítimos, através de votações livres dos seus membros. Pretender defender o contrário é uma tentativa de lançar dúvidas na cabeça das pessoas para disso se fazer algum aproveitamento com fins obscuros.
Bissau, 21 de Novembro de 2017
Geraldo Martins
O que Octávio Lopes basicamente contesta é o método de eleição dos membros dessas estruturas e dos delegados às conferências, baseado na votação pública e em listas nominais solidárias.
O método de eleição adoptado pelo Guião e aprovado pelo Comité Central baseia-se na alínea g) do artigo 5º dos Estatutos do PAIGC, cuja redacção é a seguinte:
“Eleição dos restantes órgãos colegiais a nível da Região, do Sector, da Secção e da Base, em listas nominais solidárias, mediante votação pública das respectivas assembleias”.
Esta disposição diz claramente que a votação é pública. Octávio Lopes quer que a votação seja secreta, não se percebendo muito bem porquê. Se se consagrasse o princípio da votação secreta, haveria uma flagrante violação dos Estatutos do PAIGC.
A alínea g) do artigo 5º também dispõe que a votação faz-se por meio de listas nominais solidárias. Lista solidária não significa lista única. O princípio democrático está salvaguardado pela votação da Assembleia da lista proposta por consenso entre os participantes, a qual, se chumbada, força uma lista alternativa.
Há no posicionamento de Octávio Lopes várias incoerências:
Em primeiro lugar, Octávio Lopes faz parte dos 203 membros do Comité Central que votaram favoravelmente (por unanimidade) as Resoluções que adoptaram o Guião. Se não concordasse com uma disposição essencial do Guião que, segundo afirma, põe em causa a democracia interna no Partido, não devia ter votado favoravelmente essas Resoluções.
Em segundo lugar, Octávio Lopes foi acérrimo defensor dos presentes Estatutos do PAIGC, tendo no VIII Congresso em Cacheu votado pela sua manutenção, quando foi apresentada uma proposta de revisão que acabou por ser chumbada. Não se percebe como é que hoje critica a aplicação dos mesmos Estatutos que ele mesmo quis.
Mas mais grave, é que a preocupação com a morte anunciada da democracia interna no PAIGC nos parece estranha por parte de alguém que num passado recente pautou a sua actuação política por actos que feriram a democracia interna no partido e os valores democráticos pelos quais diz hoje estar a lutar.
Com efeito, foi Octávio Lopes quem em 2013 forçou assinaturas para assaltar a direcção da bancada parlamentar do PAIGC e aí ser escolhido por uma semana como líder de bancada à revelia das regras democráticas. Foi também o mesmo Octávio Lopes que, desde 2015, se aliou ao golpe palaciano de José Mário Vaz para colocar ilegal e injustamente o seu próprio partido, vencedor das eleições legislativas de 2014, na oposição.
É interessante registar como Octávio Lopes e alguns defendem a unidade interna no PAIGC para o regresso do partido ao poder, depois de o terem empurrado para a oposição.
A cultura da indisciplina e da desordem tem os seus dias contados no PAIGC. O novo desafio é as pessoas aprenderem a viver dentro da lei e da ordem, expurgando dos seus espíritos a conspiração e os golpes baixos.
O PAIGC hoje é um partido unido e coeso que aplica escrupulosamente os seus Estatutos e cujas principais decisões políticas são tomadas pelos seus órgãos legítimos, através de votações livres dos seus membros. Pretender defender o contrário é uma tentativa de lançar dúvidas na cabeça das pessoas para disso se fazer algum aproveitamento com fins obscuros.
Bissau, 21 de Novembro de 2017
Geraldo Martins
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quarta-feira, novembro 22, 2017
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"Depois dos Júniores foi a vez dos séniores.
Num primeiro artigo insultuoso não assumido e num segundo assumido por Geraldo Martins, este tenta explicar o inexplicável, optando por uma abordagem pessoal - refere o meu nome 10 vezes - num estilo deselegante que não lhe é habitual.
Embora lhe reconheça competência e muita valência o agora Camarada compreenderá e certamente não me levará a mal que não discuta princípios e regras de exegese ou hermenêutica jurídica consigo, mas deixo-lhe um apontamento sobre interpretação.
A técnica interpretativa ensina-nos que uma boa interpretação não pode conduzir ao absurdo... Interpretar os estatutos de um partido democrático de forma que conduza a um resultado anti-democrático ou melhor a um resultado que mine e fira de morte os fundamentos da própria democracia (direito de votar e ser eleito/voto livre e secreto) é um grande absurdo!
A actual direcção do PAIGC foi eleita em listas concorrentes e com voto livre e secreto. Se esta prática é “uma flagrante violação dos Estatutos” como diz o agora Camarada, então devemos concluir que a eleição da actual direcção foi ilegal e por conseguinte anulável?!.. Haja paciência!
PS: Pergunte ao Camarada Presidente do nosso Partido se eu votei a favor do Guião que introduz as praticas do regime que dizemos estar a combater na Guiné Bissau.
# No bai... Militantes i ka lixo! “ O. Lopes
Octavio Lopes
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quarta-feira, novembro 22, 2017
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Cabo Verde: Queda no “Mo Ibrahim” divide o governo e a oposição
Janira Hopffer Almada, PAICV
“Penso que o primeiro-ministro e o governo que chefia devem assumir as suas responsabilidades," diz Janira Almada, do PAICV.
A queda de um lugar no Índice Mo-Ibrahim de Boa Governação divide o governo e a oposição cabo verdianos.
Na recente classificação, Cabo Verde ocupa agora o quarto posto com 72.2 pontos num total de 100, contra 73 pontos no ano passado.
O Primeiro-ministro considera que a descida relaciona-se com as questões da governação passada, por isso descarta qualquer responsabilidade do actual governo.
Sobre os reparos feitos no relatório, Ulisses Correia e Silva afirma que o país está em condições de melhorar.
Por sua vez, a líder do PAICV lamenta o retrocesso do país em diversas áreas e acusa o governo de fugir as suas responsabilidades.
Janira Hopher Almada lembra que a avaliação refere-se a 2016 e que o Executivo deve se empenhar na melhoria dos indicadores com piores desempenhos.
“Penso que o primeiro-ministro e o governo que chefia devem assumir as suas responsabilidades," diz Almada.
A lider da oposição sublinha que é preciso "melhorar o acesso à justiça, o acesso á informação, investigação á corrupção, a gestão das contas públicas, a transparência nas empresas públicas, a questão da igualdade do género e a participação política das mulheres”.
VOA
“Penso que o primeiro-ministro e o governo que chefia devem assumir as suas responsabilidades," diz Janira Almada, do PAICV.
A queda de um lugar no Índice Mo-Ibrahim de Boa Governação divide o governo e a oposição cabo verdianos.
Na recente classificação, Cabo Verde ocupa agora o quarto posto com 72.2 pontos num total de 100, contra 73 pontos no ano passado.
O Primeiro-ministro considera que a descida relaciona-se com as questões da governação passada, por isso descarta qualquer responsabilidade do actual governo.
Sobre os reparos feitos no relatório, Ulisses Correia e Silva afirma que o país está em condições de melhorar.
Por sua vez, a líder do PAICV lamenta o retrocesso do país em diversas áreas e acusa o governo de fugir as suas responsabilidades.
Janira Hopher Almada lembra que a avaliação refere-se a 2016 e que o Executivo deve se empenhar na melhoria dos indicadores com piores desempenhos.
“Penso que o primeiro-ministro e o governo que chefia devem assumir as suas responsabilidades," diz Almada.
A lider da oposição sublinha que é preciso "melhorar o acesso à justiça, o acesso á informação, investigação á corrupção, a gestão das contas públicas, a transparência nas empresas públicas, a questão da igualdade do género e a participação política das mulheres”.
VOA
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quarta-feira, novembro 22, 2017
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Guineenses fazem vigília em protesto contra "escravatura" na Líbia
Migrantes em Trípoli
Organizações da sociedade vão exigir uma posição das Nações Unidas, União Europeia e União Africana
As imagens chocantes vindas da Líbia em que migrantes africanos são torturados, vendidos como escravos e até mortos despertaram uma onda de revolta na Guiné-Bissau, bem como em vários outros países do continente.
Organizações da sociedade civil e membros do consórcio da Casa dos Direitos da Guiné-Bissau promovem na quinta-feira, 23, uma vigília junto à representação diplomática líbia, em Bissaupara expressar a sua indignação e exigir o fim de actos de violência contra os migrantes negros naquele país em guerra, desde a queda de Moahamar El Kadaffi, em 2011.
“É necessário manifestar a nossa indignação face à situação na Líbia. Queremos mobilizar jovens, estudantes, mulheres e homens para irmos manifestar a nossa indignação junto à representação da Líbia na Guiné-Bissau”, disse à VOA Aissato Indjai, da Renluv, uma das organizações envolvidas na projetada vigília.
Informações indicam haver um número expressivo de guineenses migrantes na Líbia.
De recordar, aliás, que mais de uma dezena de cidadãos nacionais foram, há cerca de dois meses, resgatados daquele país, situação que também preocupa as organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau:
Aissato Indjai lembra haver guineenses na Líbia, mas a vigília é pela vida de todos os africanos que aí se encontram.
“Depois, vamos contactar a União Africana, União Europeia e as Nações Unidas pedindo para que ponhamcobro a esta escravatura, pois esta é uma situação de escravatura que está a passar na Líbia”, concluiu Indjai.
VOA
Organizações da sociedade vão exigir uma posição das Nações Unidas, União Europeia e União Africana
As imagens chocantes vindas da Líbia em que migrantes africanos são torturados, vendidos como escravos e até mortos despertaram uma onda de revolta na Guiné-Bissau, bem como em vários outros países do continente.
Organizações da sociedade civil e membros do consórcio da Casa dos Direitos da Guiné-Bissau promovem na quinta-feira, 23, uma vigília junto à representação diplomática líbia, em Bissaupara expressar a sua indignação e exigir o fim de actos de violência contra os migrantes negros naquele país em guerra, desde a queda de Moahamar El Kadaffi, em 2011.
“É necessário manifestar a nossa indignação face à situação na Líbia. Queremos mobilizar jovens, estudantes, mulheres e homens para irmos manifestar a nossa indignação junto à representação da Líbia na Guiné-Bissau”, disse à VOA Aissato Indjai, da Renluv, uma das organizações envolvidas na projetada vigília.
Informações indicam haver um número expressivo de guineenses migrantes na Líbia.
De recordar, aliás, que mais de uma dezena de cidadãos nacionais foram, há cerca de dois meses, resgatados daquele país, situação que também preocupa as organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau:
Aissato Indjai lembra haver guineenses na Líbia, mas a vigília é pela vida de todos os africanos que aí se encontram.
“Depois, vamos contactar a União Africana, União Europeia e as Nações Unidas pedindo para que ponhamcobro a esta escravatura, pois esta é uma situação de escravatura que está a passar na Líbia”, concluiu Indjai.
VOA
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quarta-feira, novembro 22, 2017
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FUNDO GLOBAL VAI INVESTIR 30 MILHÕES DE EUROS PARA COMBATE A SIDA, PALUDISMO E TUBERCULOSE NA GUINÉ- BISSAU
O Fundo Global contra Sida, Tuberculose e Paludismo irá investir 30 milhões de euros para o triénio 2018-2020 em benefício da população guineense cujo objectivo é combater as três doenças acima referida e fortalecer o sistema de saúde.
Deste montante, o programa de paludismo vai absorver 16 milhões de euros e os programas de VIH/ sida e tuberculose 13 milhões dos quais 2 milhões serão investidos em reforço de sistema de saúde.
A cerimónia do lançamento da subvenção foi presidida pelo ministro de saúde que na ocasião afirmou que este acto vem marcar um ponto alto na cooperação entre Guiné-Bissau e Fundo Global para luta contra o paludismo, tuberculose e VIH/sida. “ O esforço despendido pelo governo guineense e reforçado pelo fundo global no combate a essas doenças já levaram registos de assinaláveis sucessos tendo-se vindo a registar uma redução progressivas tanto de aparecimento de novos casos como os óbitos provocados por essas doenças”, reconhece o ministro.
Para o representante residente do PNUD no país, David Mclachlan-Karr a assinatura desta convenção representa um contributo importante no esforço da Guiné-Bissau para a realização de agenda 2030 sobre objectivos de desenvolvimento sustentável, “ um compromisso assumido pelos líderes mundiais. Estas subvenções vão particularmente contribuir para o objectivo 3 que é de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades de forma a acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças com menos de cinco anos de idade e para acabar com a epidemia de paludismo até 2030”, sustentou.
Entretanto, o responsável do fundo global para GB Joshua Galjour reconheceu que os resultados da luta contra o paludismo são simplesmente extraordinários porque segundo disse, desde 2012, observam uma diminuição da prevalência de 83% entre crianças de menos de cinco anos e de 90% entre os mais de cinco anos, assim como a utilização de mosquiteiros impregnados de 81%.
Segundo os dados do PNUD, VIH/ sida representa a terceira causa de mortalidade e incapacidade com uma prevalência de 3,3 % maior do que nos países vizinhos.
Por: Nautaran Marcos Có
Radiosolmansi
Deste montante, o programa de paludismo vai absorver 16 milhões de euros e os programas de VIH/ sida e tuberculose 13 milhões dos quais 2 milhões serão investidos em reforço de sistema de saúde.
A cerimónia do lançamento da subvenção foi presidida pelo ministro de saúde que na ocasião afirmou que este acto vem marcar um ponto alto na cooperação entre Guiné-Bissau e Fundo Global para luta contra o paludismo, tuberculose e VIH/sida. “ O esforço despendido pelo governo guineense e reforçado pelo fundo global no combate a essas doenças já levaram registos de assinaláveis sucessos tendo-se vindo a registar uma redução progressivas tanto de aparecimento de novos casos como os óbitos provocados por essas doenças”, reconhece o ministro.
Para o representante residente do PNUD no país, David Mclachlan-Karr a assinatura desta convenção representa um contributo importante no esforço da Guiné-Bissau para a realização de agenda 2030 sobre objectivos de desenvolvimento sustentável, “ um compromisso assumido pelos líderes mundiais. Estas subvenções vão particularmente contribuir para o objectivo 3 que é de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades de forma a acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças com menos de cinco anos de idade e para acabar com a epidemia de paludismo até 2030”, sustentou.
Entretanto, o responsável do fundo global para GB Joshua Galjour reconheceu que os resultados da luta contra o paludismo são simplesmente extraordinários porque segundo disse, desde 2012, observam uma diminuição da prevalência de 83% entre crianças de menos de cinco anos e de 90% entre os mais de cinco anos, assim como a utilização de mosquiteiros impregnados de 81%.
Segundo os dados do PNUD, VIH/ sida representa a terceira causa de mortalidade e incapacidade com uma prevalência de 3,3 % maior do que nos países vizinhos.
Por: Nautaran Marcos Có
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