sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
Guiné-Conacri levanta restrições de acesso à internet impostas há 3 meses
© CELLOU BINANI/AFP via Getty Images
POR LUSA 23/02/24
As restrições de acesso à internet impostas na Guiné-Conacri há três meses foram levantadas na noite de quinta-feira, quatro dias após a dissolução do Governo, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).
As restrições tinham sido impostas devido a problemas de segurança, segundo as autoridades guineenses.
As limitações foram levantadas no momento em que se vive uma tensão social crescente e após o anúncio, na segunda-feira, da dissolução do Governo pela junta militar que está no poder há dois anos e meio.
A par de outras restrições, como a retirada de canais de televisão dos principais pacotes de distribuição e a interferência nas frequências de rádio, estas medidas provocaram manifestações de indignação, nomeadamente de jornalistas.
Na terça-feira, a Justiça guineense condenou a seis meses de prisão o dirigente de um sindicato da imprensa, detido por ter apelado a manifestações contra a censura de certos meios de comunicação social e da internet. O veredito é esperado hoje.
Todas as manifestações são proibidas desde 2022 na Guiné-Conacri, onde os militares tomaram o poder pela força em setembro de 2021, derrubando então o Presidente eleito, Alpha Condé, que procurava obter um terceiro mandato.
O súbito restabelecimento do acesso à internet foi uma surpresa na Guiné-Conacri, país vizinho da Guiné-Bissau, e suscitou imediatamente numerosos comentários nas redes sociais.
"Os maiores inimigos deste país são os nossos governantes, especialmente esta equipa de transição. Estão agora a tentar redimir-se, fingindo que apenas alguns membros da equipa (governamental) demitida são responsáveis pela restrição da Internet nos últimos três meses", escreveu um deles.
Outro observou que o levantamento das restrições era uma das exigências dos sindicatos, que anunciaram uma greve geral e ilimitada a partir de segunda-feira. "Esta é mais uma prova de que os nossos dirigentes apenas compreendem o equilíbrio de poderes", afirmou.
Leia Também: Guiné-Conacri. Tribunal ordena detenção de dirigente sindical da imprensa
Relatores da ONU pedem fim imediato de entrega de armas a Israel
© Reuters
POR LUSA 23/02/24
Um grupo de relatores das Nações Unidas apelou hoje ao "fim imediato" das entregas de armas a Israel no contexto da guerra com o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, de forma a respeitar o Direito Internacional Humanitário.
"Todos os Estados devem 'garantir o respeito' do Direito Internacional Humanitário pelas partes num conflito armado, conforme exigido pelas Convenções de Genebra de 1949 e pelo Direito Internacional", observaram os especialistas.
Os relatores assinalaram que "os Estados devem, portanto, evitar a transferência de armas ou munições, ou partes delas, tendo em conta os factos e padrões de comportamento passados, que possam ser usadas para violar o Direito Internacional".
"Estas transferências são proibidas mesmo que o Estado exportador não pretenda que as armas sejam utilizadas em violação da lei ou não tenha a certeza se serão utilizadas dessa forma, desde que haja um risco claro disso acontecer", sublinhou o grupo.
Nesse sentido, aplaudiram a decisão de 12 de fevereiro de um tribunal dos Países Baixos, que pediu às autoridades nacionais para suspenderem a exportação de peças de caças F-35 para Israel, considerando que existe um "risco claro" de que sejam utilizadas para cometer ou facilitar violações do Direito Internacional Humanitário.
Os relatores lembraram que "Israel tem desrespeitado repetidamente o Direito Internacional" e reiteraram que os Estados que fazem parte do Tratado sobre o Comércio de Armas têm obrigações adicionais de negar estas exportações se "souberem que podem ser" usadas para cometer crimes internacionais.
"A necessidade de um embargo de armas a Israel é agravada pela decisão de 26 de janeiro de 2024 do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que aponta para um risco plausível de genocídio em Gaza e pela continuação de atos lesivos graves aos civis desde então", argumentaram.
O grupo aplaudiu a decisão de Espanha, Bélgica, Itália e Países Baixos de suspenderem a entrega de armas a Israel e apelaram ao resto da comunidade internacional para fazer o mesmo, restringindo as licenças de exportação e ajuda militar.
Ao mesmo tempo, referiu que as entregas de armas ao grupo islamita Hamas e outros grupos armados também são proibidas pelo Direito Internacional, dadas as graves violações cometidas durante os ataques de 07 de outubro, que incluíram sequestros e ataques indiscriminados contra civis.
Quem se envolver "na exportação de armas pode ser criminalmente acusado de ajudar e permitir a prática de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e atos de genocídio", alertaram os relatores da ONU, afirmando que, segundo o princípio da jurisdição universal e o TIJ, "todos os Estados podem investigar e processar estes crimes".
Por isso, sublinharam, todos os Estados devem trabalhar para prevenir e pôr fim às violações do Direito Internacional Humanitário, promovendo o diálogo diplomático, prestando ajuda técnica para o seu cumprimento e trabalhando pela responsabilização por violações e pela aplicação de sanções.
"O Direito Internacional não se aplica sozinho", referiram os relatores, acrescentando que "os Estados não devem ser cúmplices de crimes internacionais através da transferência de armas".
Os Estados "devem fazer todo o possível para parar urgentemente a catástrofe humanitária em Gaza", defenderam.
Amnistia Internacional pede responsabilização da Rússia por crimes
© Reuters
POR LUSA 23/02/24
A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje a total responsabilização da Rússia pelos crimes cometidos desde 2014 na Ucrânia, declarando que só assim haverá justiça para os ucranianos.
Num comunicado hoje divulgado, a organização não-governamental (ONG) argumentou que "não existe justiça para os ucranianos sem uma responsabilização total por todos os crimes cometidos pela Rússia desde a sua intervenção militar em 2014".
Estas declarações surgem quando se assinala, no sábado, "dois anos desde a invasão russa em larga escala à Ucrânia", com a AI a lembrar que também se cumprem "dez anos da ocupação da Crimeia ucraniana" pela Rússia.
A Amnistia Internacional "documentou inúmeras atrocidades, como ataques deliberados a civis e a infraestruturas civis essenciais, desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais, tortura, privação ilegal de liberdade, transferência forçada de civis e abuso de prisioneiros de guerra" cometidos pelos russos desde 2014.
"Enquanto a guerra prevalece, as provas de cada atrocidade devem ser preservadas tanto quanto for possível. Os responsáveis por crimes de direito internacional têm de responder perante a justiça, apesar do tempo que isso possa levar. Estes são crimes sem prazo de prescrição", afirmou diretor adjunto para a Europa Oriental e Ásia Central da Amnistia Internacional, Denis Krivosheev.
"Temos de garantir que todos os responsáveis por crimes ao abrigo do direito internacional são levados à justiça em julgamentos justos. É fundamental que o povo da Ucrânia receba a merecida verdade, justiça e reparação pelo impacto devastador que esta guerra teve nos últimos dez anos e continua a ter no povo, na terra, nas infraestruturas e na economia da Ucrânia", afirmou Krivosheev.
Em fevereiro de 2014, a Rússia enviou as suas tropas para ocupar a Crimeia ucraniana, mas nunca admitiu que as suas forças armadas também entraram no leste da Ucrânia no mesmo ano.
Para a AI, as provas investigadas e publicadas desde 2014, que juntavam a análise de imagens de satélite e relatos de testemunhas oculares, corroboram esta entrada de forças russas.
Segundo o comunicado, as pessoas sofreram os efeitos da guerra e das violações dos direitos humanos em toda a Ucrânia, mas sobretudo nas regiões de Donetsk e Lugansk, na linha da frente. Entre 2014 e 2021, mais de 10.000 civis ucranianos foram mortos ou feridos. No primeiro ano de combate, foram logo registadas muitas violações das leis da guerra.
Centenas de milhares de pessoas acabaram por abandonar o leste da Ucrânia depois de os grupos armados apoiados pela Rússia se terem proclamado "Repúblicas Populares" em Donetsk e Lugansk. No entanto, muitas permaneceram, referiu a ONG.
A partir do momento em que os grupos armados apoiados pela Rússia assumiram o controlo, as regiões de Donetsk e Lugansk foram palco de raptos, tortura e, em muitos casos, assassínio de civis, de acordo com a AI, sublinhando ainda que "estas atrocidades foram acompanhadas de um silenciamento brutal de qualquer dissidência, que teve repercussões para os jornalistas e outros trabalhadores dos meios de comunicação social, académicos, ativistas e defensores de direitos humanos, entre outros".
Para a AI, em 2022, com a invasão em grande escala da Rússia à Ucrânia - um ato de agressão que constitui um crime ao abrigo do direito internacional -, a catástrofe de direitos humanos, que era já familiar para muitos, estendeu-se a todo o país.
Leia Também: Biden confirma 500 novas sanções à Rússia após morte de Navalny
COREIA DO NORTE: Kim Jong-un 'esconde' filho por ser "demasiado magro e pálido"
© Getty Images/ KIM Jae-Hwan/SOPA Images/LightRocket
Notícias ao Minuto 23/02/24
Até ao momento, Kim Jong-un só surgiu publicamente com a filha. Os Serviços de Inteligência Nacional dizem que é pai de três filhos, embora esta informação não tenha confirmação oficial.
Um espião alega que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, tem um filho que prefere manter longe das luzes da ribalta, única e exclusivamente porque o jovem é "demasiado magro e pálido". As suas características em nada coincidem com aquele que é o perfil de um norte-coreano, pensará o pai.
A revelação foi feita por Choe Su-yong um espião reformado dos Serviços de Inteligência Nacionais, na Coreia do Sul.
Segundo informações recolhidas por este especialista, e citadas pelo Daily Mail, Kim Jong-un ter-se-á sentido desencorajado a mostrar o seu filho em público, por ter uma aparência "pouco apelativa".
Note-se que, para os norte-coreanos, é um orgulho e quase um atributo obrigatório apresentar semelhanças com Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte. O atual líder da nação já foi inclusivamente acusado de por vezes se valer das semelhanças ao seu avó para assumir alguma legitimidade.
Por outro lado, a sua filha Kim Ju-ae, que surgiu em público pela primeira vez em 2022, apresenta as ditas características - um pouco mais 'redondas' -, que poderão deixar o seu pai, amplamente orgulhoso.
Pormenores da vida privada do líder norte coreano são praticamente desconhecidas. No ano passado, avançou-se com a confirmação de que o homem tem três filhos, sendo o mais velho um rapaz. Estes terão nascido em 2010, 2013 e 2017.
Leia Também: Kim Jong-un é o primeiro líder a receber um automóvel Aurus de Putin
PRS: COMUNICADO DE IMPRENSA
Governo fixa o preço mínimo ao produtor no valor de 300 FCFA ao quilo da castanha de cajú. A decisao foi tomada esta sexta-feira em Conselho de Minustros Extraordinário destinado à CAJÚ. O Comunicado do Conselho de Ministros anuncia, por outro lado que, a Abertura Oficial da Campanha de Comercializaçāo e Exportaçāo da Castanha de Cajú terá lugar a 15 março.
Juventude Para Alternância Democrática - JUADEM ...Assunto: Participação no Governo da iniciativa Presidencial.
A Associação dos Comerciantes Organizados em Defesa de Comercialização dos Produtos Nacionais chama atenção ao governo da iniciativa presidencial para não cometer erros do passado, nesta campanha de comercialização de castanha de caju que se avizinha.
EUA anunciam sanções a mais de 500 entidades ligadas à Federação Russa
© Reuters
POR LUSA 23/02/24
Os EUA vão anunciar hoje novas sanções dirigidas à Federação Russa, desta vez visando mais de 500 entidades ligadas "aos seus apoios e à sua máquina de guerra", disse um porta-voz do Departamento do Tesouro à AFP.
"Vai ser o conjunto [de sanções] mais importante desde o início da invasão da Ucrânia", especificou a fonte.
As sanções vão ser aplicadas pelos departamentos de Estado e do Tesouro e constituem a maior fatia singular das decididas desde a invasão russa da Ucrânia, quando se aproxima o início do terceiro ano de guerra, uma vez que as tropas russas invadiram o país em 24 de fevereiro de 2022.
A Casa Branca tinha prometido sanções relevantes em resposta à morte na semana passada de Alexei Navalny, o principal crítico do presidente russo, Vladimir Putin, em uma prisão no Ártico.
Na quinta-feira, depois de se reunir com a viúva e a filha de Navalny, Biden disse que as sanções iriam ser "contra Putin, que é o responsável pela morte".
Milhares de medidas já foram impostas a dirigentes, empresários, bancos, empresas e setores inteiros da economia da Federação Russa desde o início da guerra.
O EUA e outros aliados da Ucrânia tinham esperança em afetar e isolar a economia russa com uma sucessão de sanções dirigidas ao setor financeiro e fontes de rendimento, como as vendas de petróleo.
Mas Putin trabalhou com o Irão e outros Estados para minimizar o impacto das sanções internacionais, o que levou a economia russa a crescer a um ritmo inesperadamente saudável, como sinalizou o Fundo Monetário Internacional.
Leia Também: Ameaça nuclear? Putin é "um filho da mãe maluco", atira Biden
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Telescópio James Webb deteta traços de estrela de neutrões numa supernova
© Lusa
POR LUSA 22/02/24
O telescópio espacial James Webb detetou traços de uma estrela de neutrões no centro de uma nebulosa em redor de uma supernova, fenómeno que os astrónomos só tinham conseguido prever em modelos, divulgou hoje a revista científica Science.
A supernova em causa é a SN 1987A, umas das mais estudadas e observada pela primeira vez em 1987 na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita uma outra galáxia, maior, a Via Láctea, onde se situa o Sistema Solar, que agrega a Terra.
Uma supernova é a explosão de uma estrela moribunda com uma massa oito a dez vezes maior do que a do Sol.
Graças ao telescópio James Webb, em órbita desde 2022, os astrónomos conseguiram observar na nebulosa da SN 1987A linhas espetrais que atribuem a uma estrela de neutrões quente ou a uma nebulosa em redor da estrela de neutrões, de acordo com um comunicado da Universidade de Estocolmo, na Suécia, que participou na investigação.
Até às observações feitas com o James Webb, o maior e mais potente telescópio no espaço, os astrónomos apenas supunham a existência de uma estrela de neutrões (corpo denso) como remanescente da supernova SN 1987A através de modelos e de simulações feitas em 1992.
Leia Também: James Webb. Reveladas imagens (deslumbrantes) de 19 galáxias espirais
Embaixador russo em Portugal nega ambição de Moscovo de destruir UE
© Dima Korotayev/Epsilon/Getty Images
POR LUSA 22/02/24
O embaixador da Rússia em Lisboa, Mikhail Kamynin, negou hoje que Moscovo pretenda destruir a União Europeia (UE) e acusou os líderes europeus de "desperdiçar mil milhões de euros" para militarizar Kiev.
Mikhail Kamynin respondeu hoje, num comentário publicado no 'site' da embaixada russa em Portugal, a uma entrevista na terça-feira, à agência Lusa, do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, que acusou o Presidente russo Vladimir Putin de "não quer apenas um pedaço de território ucraniano", mas sim "destruir" a UE.
Para o representante da diplomacia russa em Portugal, a Rússia "nunca procurou 'destruir o projeto europeu', do que se convenceram erradamente funcionários na UE".
"A história das nossas relações com Bruxelas, as iniciativas russas dedicadas à construção de um espaço único da cooperação e segurança de Lisboa a Vladivostok [maior cidade portuária da Rússia no oceano Pacífico], bem como o cumprimento consciente por Moscovo de compromissos de parceria no âmbito tanto político como económico, são provas ilustrativas disto", frisou.
Kamynin acusou os países ocidentais de estarem "envolvidos diretamente no atual conflito na Ucrânia".
"Não escondem que desejam uma 'derrota estratégica' da Rússia no campo de batalha ao não conseguir abafar Moscovo pelas sanções económicas ilegais e isolá-lo no palco internacional. Esta aspiração é tão forte que estão prontos para desperdiçar mil milhões de euros dos contribuintes a fim de militarizar Kiev, ao ignorar ao mesmo tempo os seus numerosos problemas internos", destacou o diplomata russo.
Na mesma publicação em resposta a Cravinho, o embaixador russo em Lisboa recuou aos protestos entre 2013 e 2014, acusando o Ocidente de provocar a "situação atual na Ucrânia".
"É óbvio que o golpe de Estado de 22 de fevereiro de 2014, que exatamente hoje faz 10 anos, não teria sido possível sem participação direta dos Estados Unidos e dalguns membros da União Europeia", realçou.
Há dez anos, os protestos que tinham irrompido em 2013 acabaram por ser reprimidos pela polícias na principal praça da capital da Ucrânia, a Praça da Independência que ficou conhecida como a "Euromaidan" (junção entre os termos euro e maidan, nome ucraniano para praça), uma onda de agitação civil que levou à renúncia do então Presidente pró-russo Viktor Yanukovych e do seu governo.
Para Mikhail Kamynin, Washington e Bruxelas apoiaram "o empenho determinado de neonazis, que chegaram ao poder, na rutura dos laços historicamente estreitos com Moscovo".
O embaixador russo salientou ainda que "a política das novas autoridades ucranianas tem sido acompanhada por assassinatos de líderes de opinião pró-russos, discriminação linguística e opressões religiosas".
"Por fim, em 2014, o regime de Kiev desencadeou um genocídio da população do Donbass (leste) chamado "operação antiterrorista", cujas vítimas mortais foram mais de 13 mil pessoas, inclusive crianças", vincou ainda.
No sábado assinalam-se dois anos sobre a ofensiva militar russa no território ucraniano que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e declarou como anexadas à Federação Russa as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.
Moscovo já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem as anexações.
A Ucrânia exige a retirada total das tropas russas do seu território, incluindo da Crimeia, como condição prévia para eventuais conversações de paz.
Leia Também: Ucrânia sofre novo revés: parlamento alemão chumba envio de mísseis Taurus
PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE VISITA DE CORTESIA DOS ESTUDANTES DO COLÉGIO MILITAR DA NIGÉRIA
O Presidente da República recebeu alunos do Colégio Nacional das Forças Armadas da República Federal da Nigéria, que se encontram no país no âmbito de um intercâmbio educacional e cultural.
Presidência da República da Guiné-Bissau
Ucrânia: EUA avançam com acusações contra vários oligarcas russos
Por sicnoticias.pt 22/02/2024
O objetivo é cortar “o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin”. Nos últimos dois anos, o departamento de Justiça obteve ordens judiciais para a contenção, apreensão e confisco de quase 700 milhões de dólares em bens e acusou mais de 70 pessoas por violarem sanções e controlos de exportação.
Os Estados Unidos avançaram com acusações contra vários oligarcas russos, com o objetivo de cortar "o fluxo de fundos ilegais" que alimentam a guerra da Rússia na Ucrânia, adiantou o Departamento de Justiça norte-americano.
"O Departamento de Justiça está mais empenhado do que nunca em cortar o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin e em responsabilizar aqueles que continuam a permitir isso", sublinhou o secretário da Justiça dos EUA, Merrick Garland, citado num comunicado.
A dois dias do segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, Merrick Garland anunciou várias medidas tomadas pelo seu ministério "para processar" e "apreender os bens" destes elementos-chave para o Kremlin (presidência russa) e para o Exército russo.
De Nova Iorque à Florida, foram instaurados processos contra vários oligarcas russos, incluindo Andreï Kostin.
O patrão do VTB, o segundo maior banco russo, é acusado, entre outras coisas, de lavagem de dinheiro e de ter contornado sanções para a manutenção de dois "super iates", avaliados juntos em mais de 135 milhões de dólares (127 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), segundo o Departamento da Justiça.
Michael Khoo, codiretor do 'grupo de trabalho KleptoCapture do Departamento de Justiça, realçou, numa conversa telefónica com jornalistas, que o anúncio pretende enviar uma mensagem ao Presidente russo Vladimir Putin de que os Estados Unidos não vão desistir, enquanto a guerra continuar.
A KleptoCapture impõe as restrições económicas dentro dos EUA aplicadas à Rússia e aos oligarcas.
O Departamento de Justiça afirma que nos últimos dois anos obteve ordens judiciais para a contenção, apreensão e confisco de quase 700 milhões de dólares (646 milhões de euros) em bens e acusou mais de 70 pessoas por violarem sanções e controlos de exportação.
EUA e UE aplicam sanções contra a Rússia
Os Estados Unidos e a União Europeia aplicaram uma bateria de sanções contra Moscovo desde o início da guerra após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
O Presidente dos EUA Joe Biden prometeu anunciar esta sexta-feira "grandes sanções" contra a Rússia, em resposta à morte, na semana passada, na prisão, de Alexei Navalny, o principal opositor do Kremlin.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Proclamação de Gervasio Silva Lopes hoje, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024. …Chama a atenção...
A resposta de Putin a Biden (após ser chamado de "filho da mãe maluco")
© Contributor/Getty Images
POR LUSA 22/02/24
O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou hoje de "grosseiras" as palavras que lhe dirigiu o homólogo norte-americano e ironizou ao considerar que foram motivadas por ter referido que Joe Biden era o "preferido" da Rússia para as presidenciais norte-americanas.
Durante uma ação de angariação de fundos para a reeleição presidencial que decorreu quarta-feira na Califórnia, e quando questionado sobre as ameaças de cariz nuclear feitas pela Rússia, o Presidente norte-americano, Joe Biden, chamou a Putin "filho da mãe maluco".
Na reação às palavras do seu homólogo norte-americano, Putin recordou que, ao ser questionado recentemente sobre o favorito do Kremlin (presidência russa) nas eleições presidenciais nos Estados Unidos em novembro próximo, assinalou que trabalhariam com "qualquer Presidente", mas admitiu na mesma ocasião que a Rússia preferiria Biden.
"A julgar pelo que acaba de dizer, tenho toda a razão, porque esta é uma reação adequada ao que disse", ironizou.
"Percebemos o que está a acontecer ali [nos Estados Unidos] em termos da sua política interna, e esta reação é absolutamente adequada, o que significa que tinha razão", prosseguiu o Presidente russo citado pela agência noticiosa TASS.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já tinha previamente comentado as declarações do chefe da Casa Branca (presidência norte-americana), que considerou uma "enorme vergonha" para os Estados Unidos.
Segundo frisou ainda Peskov, as declarações evidenciam um "comportamento próprio de um 'cowboy' de Hollywood".
Leia Também: Ameaça nuclear? Putin é "um filho da mãe maluco", atira Biden
FRENTE COMUM PARA A SALVAÇÃO NACIONAL... BREVEMENTE MEGA-MARCHA BISSAU NA PARÁ.
Declaração do Deputado Bamba Banjai na terça-feira, 20 de fevereiro de 2024… Chama a atenção.
Burkina Faso anuncia a morte de cerca de 40 suspeitos de terrorismo
© Lassana Bary/Twitter
Notícias ao Minuto 22/02/24
As autoridades do Burkina Faso anunciaram a morte de cerca de 40 suspeitos de terrorismo numa série de atentados bombistas nos arredores da cidade de Djibo, a leste do país, segundo a imprensa local.
Estes atentados surgem no âmbito da operação contra grupos terroristas, que está a ser levada a cabo pelas autoridades locais, neste país africano.
De acordo com a agência noticiosa estatal do Burkina Faso, AIB, um grupo de 40 suspeitos deslocou-se ao local para "verificar os danos" após um bombardeamento efetuado dias antes contra outro "grupo de terroristas".
Os meios de comunicação social locais referem que o grupo foi seguido por aviões até "uma localidade abandonada", altura em que foram bombardeados. Alguns dos suspeitos conseguiram fugir, mas as autoridades não fizeram qualquer declaração sobre o grupo a que pertenciam.
Desde 2015, o Burkina Faso luta contra grupos extremistas filiados no Estado Islâmico e na Al-Qaida, que também atacaram nos vizinhos Mali e Níger, dois países igualmente governados por regimes militares e dos quais Ouagadougou se aproximou nos últimos meses.
Os ataques levaram a uma vaga de deslocados internos e refugiados para outros países da região.
O Burkina Faso, que é liderado, desde 2022, por uma junta militar chefiada por Ibrahim Traoré.
Leia Também: Burkina Faso suspende exportações de ouro de produção artesanal