sábado, 24 de junho de 2023

"Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio", diz Zelensky

© Lusa

POR LUSA    24/06/23 

O presidente ucraniano reagiu à tomada da cidade de Rostov pelo grupo paramilitar Wagner.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu à tomada da cidade de Rostov pelo grupo paramilitar Wagner como um exemplo da autodestruição da Rússia, resultante da sua decisão de invadir o território ucraniano.

"Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio", afirmou Zelensky na sua conta do Twitter, na sua primeira declaração após o sucedido. "Há muito que a Rússia utiliza a propaganda para mascarar a fraqueza e a estupidez do seu Governo", disse.

"A fraqueza da Rússia é evidente", disse Zelensky numa primeira reação pública aos acontecimentos no país vizinho. "Quanto mais tempo a Rússia mantiver as suas tropas e mercenários nas nossas terras, mais caos, dor e problemas criará para si própria", acrescentou o chefe de Estado ucraniano.

Zelensky acusou o presidente russo Vladimir Putin, sem o mencionar pelo nome, de "escolher o caminho do mal" e de se "destruir a si próprio" ao fazê-lo. "Envia colunas de soldados para destruir vidas noutros países e não consegue evitar que fujam e o traiam quando encontram resistência", escreveu Zelensky na sua nota, publicada no Telegram.

"Despreza as pessoas e envia centenas de milhares para a guerra apenas para acabar escondido numa barricada perto de Moscovo daqueles que ele próprio armou", disse Zelensky, referindo-se ao grupo Wagner, que está a levar a cabo uma revolta depois de ter ganho poder pelo seu papel de liderança na invasão russa da Ucrânia.

Após o discurso de Putin sobre a rebelião, no qual comparou a tentativa de Wagner à Revolução Bolchevique que abalou a Rússia em 1917, quando esta lutava na Primeira Guerra Mundial, Zelensky afirmou que o atual rumo da Federação Russa só pode conduzir a um horizonte semelhante ao dessa época.

"Mantemos a nossa força, a nossa unidade", concluiu Zelensky na sua mensagem, reiterando: "Todos os nossos comandantes e todos os nossos soldados sabem o que têm de fazer".

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.


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Quem é Prigozhin, o multifacetado mercenário que desafia Putin?

© Reuters

POR LUSA    24/06/23 

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, é um homem multifacetado, com diversos negócios na restauração que lhe deram a alcunha de "chef de Putin" e atividades ilegais que o colocaram sob sanções internacionais.

Empresário, ex-condenado, fundador de uma fábrica de 'trolls' (máquina de desinformação que através da Internet tenta interferir nas opiniões e decisões políticas) e mercenário, Prigozhin é, agora, o rebelde que desafia o Presidente russo, Vladimir Putin.

Com mais de 25 mil homens do seu exército privado, considerado ilegal na Rússia, mas que tem vindo a lutar ao lado das tropas russas na Ucrânia, Yevgueny Prigozhin iniciou na sexta-feira uma rebelião contra o comando militar devido ao "caos" em que, segundo ele, se transformou a guerra e aos "100.000 soldados russos" que diz terem morrido por culpa do Ministério da Defesa.

Nos últimos meses, Prigozhin tem vindo a criticar duramente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, desafiando-os constantemente em áudios e vídeos repletos de insultos, gritos e acusações de incompetência e de desorganização na estratégia bélica na Ucrânia.

A sua experiência como líder dos temidos mercenários russos, conhecidos pela brutalidade e pelo uso de métodos de tortura contra os seus próprios membros e inimigos, segundo denúncias de ex-combatentes e vídeos do grupo, foi adquirida em países como o Sudão, Mali, República Centro-Africana ou Líbia.

Contudo, Prigozhin nem sempre foi o líder de milhares de combatentes de Wagner, grupo que só em setembro de 2022 reconheceu, finalmente, ter criado em 2014, quando "começou o genocídio em Donbass", segundo disse, alinhado com o argumento usado por Putin em fevereiro de 2022 para lançar a guerra contra a Ucrânia.

Quem é Yevgeny Prigozhin?

Nascido há 62 anos em São Petersburgo, Prigozhin começou por ser um empresário criminoso, tendo passado 10 anos na prisão na década de 1990, sem que nunca tenha sido revelado o motivo.

Quando saiu da prisão, começou a vender cachorros-quentes e ganhava 1.000 dólares por mês, segundo relatou a um portal da sua cidade natal em 2011, numa das raras entrevistas que concedeu na altura.

Yevgeny Prigozhin aspirava, no entanto, a muito mais, e sabia como fazer bons contactos no meio empresarial e, mais tarde, na elite política russa.

Rapidamente, o homem, de extrema direita, conseguiu abrir o seu primeiro restaurante e entrar no mundo do 'catering' para jantares de gala ou com convidados ilustres da Rússia.

Nessa altura, Vladimir Putin já era Presidente e, às vezes, levava os seus convidados, incluindo líderes estrangeiros, como George Bush, a restaurantes de Prigozhin em São Petersburgo, segundo fotografias da altura.

Através da sua empresa Concord, Prigozhin foi ganhando contratos públicos de 'catering' e para fornecimento de escolas em Moscovo, acabando por conquistar o epíteto de "chef de Putin".

De acordo com uma investigação feita em 2017 pelo líder da oposição russa Alexei Navalni, atualmente detido, Prigozhin teria ganhado contratos estatais no valor de, pelo menos, 2.500 milhões de euros, incluindo um para fornecer alimentos ao exército russo.

Fábrica de 'trolls'

No entanto, as suas aspirações não ficavam por aqui. Embora nunca tenha implicado publicamente Putin nas suas iniciativas ilegais, Yevgeny Prigozhin decidiu servir o Estado russo através de uma outra faceta, quando criou a famosa fábrica de 'trolls' de São Petersburgo, que os EUA acusaram de interferir nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

Só em fevereiro deste ano Prigozhin reconheceu ter sido o fundador desta estrutura, que lançou uma campanha nas redes sociais, em 2016, para manipular a opinião pública nos EUA antes das eleições presidenciais que Donald Trump viria a vencer.

"Nunca fui apenas o financiador da Internet Research Agency. Eu inventei-a, criei-a, administrei-a por muito tempo. Ela foi criada para proteger o espaço de informação russo da propaganda grosseira e agressiva das teses antirrussas do Ocidente", disse então.

Em novembro de 2022, Prigozhin respondeu pela primeira vez às acusações de suposta interferência nas eleições dos Estados Unidos, dizendo que a Rússia "o fez e fará": "Meus senhores, fizemo-lo, continuamos a fazê-lo e fá-lo-emos no futuro", disse.

Como resultado, os EUA sancionaram Prigozhin e três das suas empresas, incluindo a Concord Management e a Concord Catering, por influenciarem processos políticos no país.

Grupo Wagner

Em fevereiro de 2022, o empresário decidiu voltar a centrar-se no seu grupo de mercenários e enviou os seus combatentes para a Ucrânia, onde começaram os problemas com o comando militar russo, que inicialmente não deu o devido crédito aos 'wagneristas' quando estes tomavam alguma localidade, enfurecendo Prigozhin.

O conflito eclodiu este ano durante o combate pelo controlo de Bakhmut, que acabou por ser tomada pelos mercenários em maio, naquela que foi, até agora, a batalha mais longa na Ucrânia, e em que Prigozhin acusou Shoigu e Gerasimov de deixarem os seus homens morrer por falta de munições.

Conflitos com Putin e governo russo

Desde então, têm sido crescentes os ataques do empresário ao Ministério da Defesa russo, inclusive relativamente aos supostos ataques de drones ucranianos contra o Kremlin e o sul de Moscovo ou à incapacidade da Rússia em defender as regiões fronteiriças com a Ucrânia, como Belgorod, de incursões e bombardeamentos inimigos.

Yevgeni Prigozhin acusa o comando militar de mentir e de enganar os russos e Putin de ocultar a situação real na frente de guerra. Para alguns russos, ele é o único que diz a verdade, enquanto para outros é um homem perigoso e impertinente que, agora, se levanta contra as mais altas estruturas do poder.


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MINISTRO SENEGALÊS ESPANCADO EM PLENO LUZ DO DIA NA CAPITAL FRANCESA

 Gervasio Silva Lopes

"Ninguém se vai entregar a pedido do presidente", responde Prigozhin... Líder do Grupo Wagner dirigiu-se diretamente a Vladimir Putin.

© Press service of "Concord"/Handout via REUTERS

Notícias ao Minuto   24/06/23 

Os combatentes do grupo Wagner estão "prontos para morrer", afirmou, este sábado, Yevgeny Prigozhin, que assegurou que "ninguém se vai entregar a pedido do presidente" da Rússia, Vladimir Putin.

Numa mensagem divulgada na rede social Telegram, o líder do grupo Wagner mostrou firmeza na rebelião em curso no país.

"Estamos todos prontos para morrer. Todos os 25.000 e depois outros 25.000", disse Yevgeny Prigozhin. "Estamos a morrer pelo povo russo", acrescentou.

Mais tarde, numa mensagem de áudio citada pelo The Guardian, Prigozhin comentou o discurso de Vladimir Putin, naquela que foi a primeira vez que se dirigiu diretamente ao presidente russo.

O líder do grupo Wagner disse que Putin "estava profundamente enganado" ao acusá-lo de traição. "Ninguém se vai entregar a pedido do presidente... Não queremos que o país continue a viver na corrupção e na mentira", afirmou.

"Somos patriotas e aqueles que estão contra nós são os que se reuniram em torno dos bastardos", rematou.

Recorde-se que o presidente russo, Vladimir Putin, classificou hoje de "traição" a rebelião armada promovida pelo líder do grupo paramilitar Wagner, prometendo "defender o povo" e a Rússia.

"Aquele que organizou e preparou a rebelião militar traiu a Rússia e vai responder por isso", declarou Putin.

De realçar que Yevgeny Prigozhin apelou na sexta-feira a uma rebelião contra o comando militar da Rússia, que acusou de atacar os seus combatentes.

Hoje de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.


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Putin diz que rebelião armada é "traição" e promete defender o povo russo

© Reuters

Notícias ao Minuto  24/06/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, classificou hoje de "traição" a rebelião armada promovida pelo líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, prometendo "defender o povo" e a Rússia, numa declaração divulgada pela televisão russa.

O presidente russo, Vladimir Putin, classificou hoje de "traição" a rebelião armada promovida pelo líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, prometendo "defender o povo" e a Rússia, numa declaração divulgada pela televisão russa.

"Falei com os comandantes que me disseram que se trata de um levantamento militar para onde foram levados todos os combatentes do Grupo Wagner", começou por dizer Putin ao país.

Apelando ainda: "Devemos pôr de parte todos os confrontos e zangas entre nós, para que não nos destruam a partir de dentro", tecendo acusações contra a máquina económica e contra a propaganda do Ocidente.

"Quem luta contra a nossa unidade, luta contra o povo", acrescentou, apelando à união de todas as forças.

Putin acusa o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, de "traição" e fala num "motim armado". "Esta é uma campanha aventureira criminosa. É equivalente a um motim armado. A Rússia irá defende-se", indica o chefe de Estado russo.

"Estamos a lutar pela vida e segurança dos nossos cidadãos e pela nossa integridade territorial", afirma. "É uma tentativa de destruir-nos por dentro. Isto é traição", reforça.

Ameaça ainda: "Todos aqueles que seguiram o caminho da traição serão punidos e responsabilizados. As forças armadas receberam as ordens necessárias".

No seu discurso, Putin disse também que este "motim interno é um golpe mortal" para a Rússia, descrevendo o ataque como "uma facada nas costas".


Guerra civil iminente na Rússia: cronologia dos acontecimentos

Por  SIC Notícias  24/06/23

Aumenta a tensão entre o grupo Wagner e o Kremlin. Depois de nos últimos dias o líder dos mercenários ter vindo a demonstrar descontentamento com Moscovo, Prigozhin lançou na sexta-feira um aviso: vai "até ao fim" e destruirá "tudo o que seja colocado" no seu caminho.

Ao início da noite de sexta-feira, o líder do grupo Wagner convocou os russos para uma revolta contra o alto comando militar russo e avisou que quem se atravessasse no seu caminho seria “aniquilado”.

Pouco depois, os serviços de segurança da Rússia anunciaram uma investigação a Yevgeny Prigozhin por incitar uma “rebelião militar”. O líder dos mercenários afirma que as suas forças já atravessaram a fronteira da Ucrânia para a Rússia e estão a caminho de Moscovo. Tomaram também a cidade de Rostov - sede militar das tropas russas no sul da Rússia.

A segurança na Rússia foi reforçada e em Moscovo foi ativada a “Operação Fortaleza” para garantir a prontidão militar. Vladimir Putin está a par da situação e a receber atualizações "constantes", informou o Kremlin.

Já durante a madrugada, Prigozhin disse que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas deu ordem para que as colunas militares do grupo Wagner fossem bombardeadas, ordens essas que os militares russos se terão recusado a cumprir.

Altos generais russos apelaram aos combatentes do grupo Wagner para que se retirassem, afirmando que estão a "fazer o jogo do inimigo".

A Casa Branca diz estar a acompanhar a situação e que irá consultar os aliados.

Nas redes sociais têm sido partilhados vários vídeos das alegadas movimentações do grupo Wagner.

O que fez aumentar a tensão entre o grupo Wagner e o Kremlin?

Prigozhin acusou na sexta-feira o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

"Realizaram ataques, ataques com mísseis, na retaguarda dos nossos acampamentos. Um número muito grande dos nossos combatentes foi morto", sublinhou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida pelo seu serviço de imprensa.

A mensagem de Prigozhin foi acompanhada por vídeo com cerca de um minuto, onde se vê uma floresta destruída, alguns focos de incêndio e pelo menos o corpo de um militar.

O Exército russo negou de imediato a realização de ataques contra acampamentos do grupo Wagner.

"As mensagens e vídeos publicados nas redes sociais por Prigozhin sobre alegados 'ataques do Ministério da Defesa da Rússia nas bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner' não correspondem à realidade e são uma provocação", referiu o Governo russo em comunicado.

Estas fortes acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner tinha referido antes que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.

Prigozhin disse que o mesmo está a acontecer em Bakhmut, onde as forças ucranianas estão a penetrar nas defesas russas.

Rússia sob "regime de operações antiterroristas" após avanço de Wagner

© Reuters

POR LUSA   24/06/23 

O "regime de operações antiterroristas" foi introduzido na capital russa, Moscovo, e na sua região, numa altura em que a Rússia é abalada por uma rebelião do grupo paramilitar Wagner, anunciou hoje o Comité Nacional Antiterrorista.

Para "prevenir eventuais atentados", este regime foi igualmente introduzido na região de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, indicou o comité num comunicado de imprensa, citado pelas agências noticiosas russas.

Esta medida reforça os poderes dos serviços de segurança e permite-lhes restringir os movimentos.

Prevê igualmente controlos de identidade e de veículos nas ruas e autoriza a suspensão temporária dos serviços de comunicação, se necessário.

"Todos os eventos de massa (...) foram cancelados por este motivo" em Moscovo, anunciou, antes, o presidente da câmara da capital russa, Sergei Sobyanin.

"Todos os serviços municipais estão a funcionar normalmente e as deslocações na cidade não foram perturbadas", declarou, agradecendo aos habitantes a sua "compreensão" e "calma".

O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

Hoje de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

O líder do grupo paramilitar disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporíjia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.


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"Está tudo apenas a começar na Rússia", diz Podolyak... Conselheiro de Zelensky reage às ações em curso na Rússia.

© Getty Images

Notícias ao Minuto   24/06/23 

O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, descreveu as ações do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, como uma "operação antiterrorista". Para o assessor ucraniano, "está tudo apenas a começar na Rússia".

Esta posição foi dada a conhecer numa publicação divulgada no Twitter, este sábado.

"A divisão entre as elites é óbvia demais. Concordar e fingir que tudo está resolvido não vai funcionar", escreveu Podolyak naquela rede social.

"Alguém definitivamente deve perder: ou Prigozhin (com um final fatal), ou o coletivo 'anti-Prygozhin' (o grupo de Putin e a cooperativa 'Ozero'). Está tudo apenas a começar na Rússia", acrescentou.

Recorde-se que foi na sexta-feura que o chefe do grupo Wagner apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

Hoje de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

O líder do grupo paramilitar disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporíjia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.


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Estudo revela que lobos, tal como os cães, podem distinguir vozes humanas

© ShutterStock

POR LUSA    24/06/23 

Os lobos, tal como os cães, podem diferenciar as vozes humanas que lhes são familiares das desconhecidas, refere um estudo que pode ter implicações mais amplas, sobre as interações entre espécies diferentes.

A hipótese dominante durante muito tempo foi que a capacidade dos cães de distinguir vozes humanas se explicava pela criação seletiva de canídeos, domesticados ao longo dos séculos.

Para questionar esta teoria, 24 lobos cinzentos, machos e fêmeas, de cinco zoológicos e parques da Espanha, participaram num estudo realizado por uma equipa de investigação, que incluiu a Holly Root-Gutteridge, da Universidade de Lincoln (Inglaterra), coautora da publicação divulgada esta semana na revista Animal Cognition.

A equipa instalou altifalantes perto dos lobos. Primeiro, foram transmitidas as vozes de estranhos para habituá-los a não se preocuparem com estas. Depois, foi transmitida a voz do seu cuidador, com comentários familiares, como "Olá meus pequenos, como vocês estão?"

A esses sons, os lobos levantaram as suas cabeças, ficaram com suas orelhas em pé, e viraram-se para o altifalante, tal como os cães fariam.

As vozes desconhecidas depois repetidas não chamaram a sua atenção. E mesmo que o cuidador dissesse algo diferente das instruções habituais, os lobos reconheceram a sua voz e continuaram a reagir.

O estudo permite, portanto, estabelecer que os canídeos selvagens conseguem distinguir as vozes humanas, destacou Holly Root-Gutteridge à agência France-Presse (AFP).

Algumas investigações já tinham sido realizadas sobre este tema, sendo que os cientistas apontam que os gorilas, os nossos parentes mais próximos, são capazes de ouvir os humanos.

Também foi demonstrado que os elefantes podem distinguir entre vozes com base no género, idade e até etnia do falante.

Em particular, estes animais têm mais medo de vozes masculinas do que de mulheres ou crianças.

Este novo estudo demonstra, portanto, que "há de facto uma boa hipótese de que muitas espécies estejam a ouvir os humanos e a distingui-los como indivíduos", realçou a cientista.

De acordo como Holly Root-Gutteridge, esta característica não acontece apenas com humanos, pois os cães conseguem diferenciar os miados de vários gatos, por exemplo.

"Se estas habilidades são tão difundidas, isso significa que os animais podem ter muito mais interações entre espécies diferentes do que se pensava anteriormente", sublinhou.


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“Metade dos soldados estão prontos para vir connosco”

Por  SIC Notícias  24/06/23

Yevgeny Prigozhin diz que “metade dos soldados” estão prontos para o acompanhar. Já antes tinha garantido que tem às suas ordens mais de 25 mil militares.

O líder da organização paramilitar adianta que em “muitos sítios” a Guarda Nacional os cumprimentou e os militares disseram: “Queremos ir já convosco”. Acrescenta ainda que cerca de 70 já se juntaram a eles e acredita que “metade dos soldados” estão prontos para os acompanhar.

Yevgeny Prigozhin explica também que os combates registados estão a acontecer nos locais onde os chefes militares estão a dar informações erradas, o que “acaba por provocar escaramuças”.

O chefe do grupo paramilitar Wagner já tinha antes anunciado que o seu exército privado cruzou a fronteira russa na região do Rostov, sul do país, e disse estar disposto a "ir até ao fim", após apelar a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

O líder do grupo paramilitar Wagner afirmou hoje que controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

© REUTERS/Stringer

POR LUSA   24/06/23 

 Prigozhin: Wagner controla instalações militares e aeródromo de Rostov

O líder do grupo paramilitar Wagner afirmou hoje que controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

"Estamos no quartel-general. (...). "As instalações militares em Rostov estão sob controlo, incluindo o aeródromo", afirmou Yevgeny Prigozhin num vídeo publicado na plataforma de mensagens Telegram, enquanto homens fardados caminhavam atrás dele.

O líder do grupo Wagner assegurou que os aviões militares envolvidos na ofensiva russa na Ucrânia estão a "partir normalmente" do aeródromo para realizar "tarefas de combate", afirmando que "não há problemas".

"O ponto de comando principal está a funcionar normalmente", prosseguiu Prigozhin, assegurando que "nenhum oficial" ali destacado foi suspenso do serviço.

"Um grande número de territórios" conquistados na Ucrânia "estão a ser perdidos" e "muitos soldados estão a ser mortos", afirmou, acusando mais uma vez o exército russo de não dizer a verdade sobre a situação na frente.

O exército está a perder "até mil homens por dia", um número que inclui mortos, feridos, desaparecidos e os que se recusam a combater, disse Prigozhin.

O chefe do grupo paramilitar Wagner apelou a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.


Leia Também: Moscovo pede a combatentes do grupo Wagner que detenham Prigozhin

Opositor russo exilado diz que "é altura de ajudar" Wagner contra Putin

© Reuters

POR LUSA   24/06/23 

O opositor do Presidente russo e empresário exilado Mikhail Khodorkovsky disse hoje que "é altura de ajudar" o chefe do grupo Wagner, que se rebelou contra o comando militar russo.

"Sim, até o diabo teria de ser ajudado se decidisse ir contra este regime! (...) Se este bandido [Yevgeny Prigozhinin] quer incomodar o outro [Vladimir Putin], não é altura de fazer caretas, é altura de ajudar", escreveu na plataforma de mensagens Telegram.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou que o seu exército privado cruzou a fronteira russa na região do Rostov, sul do país, e disse estar disposto a "ir até ao fim", após apelar a uma rebelião contra o comando militar do país, que acusou de atacar os seus combatentes.

"As alegações divulgadas em nome de Yevgeny Prigozhin não têm fundamento. (...) O FSB [serviços de segurança russos] abriu uma investigação por convocação de um motim armado", referiu o Comité Nacional Antiterrorista da Rússia em comunicado, citado pelas agências de notícias russas.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer e instou os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporíjia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.


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sexta-feira, 23 de junho de 2023

O Serviço Federal de Segurança afirmou que o líder do Grupo Wagner convocou uma "rebelião armada". Putin "já foi informado" da situação e estão a ser "tomadas as medidas necessárias".

© Reuters

Notícias ao Minuto    23/06/23 

 FSB avança com processo contra Prigozhin. Putin "já foi informado"

O Serviço Federal de Segurança afirmou que o líder do Grupo Wagner convocou uma "rebelião armada". Putin "já foi informado" da situação e estão a ser "tomadas as medidas necessárias".

O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia anunciou, esta sexta-feira, que vai avançar com um processo criminal contra o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigohzhin, que acusou as tropas russas de lançarem um ataque contra os mercenários. Também o Kremlin garantiu que estão a ser "tomadas as medidas necessárias" e que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado da situação. 

"O FSB iniciou um processo criminal pelo facto de [Yevgeny Prigohzhin] convocar uma rebelião armada. Exigimos o fim imediato das ações ilegais", disse o FSB, citado pela agência de notícias russa RIA.

A decisão surge após o líder do grupo paramilitar ter acusado o Exército russo de realizar ataques contra acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas".

Numa publicação na plataforma Telegram, Prigozhin garantiu que irá retaliar e culpou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que já negou as acusações, afirmando tratar-se de uma "provocação".

Já numa breve declaração aos jornalistas, citado pela agência de notícias russa TASS, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Putin foi "informado de todos os eventos em torno de Prigozhin". 

"O presidente Putin foi informado de todos os eventos em torno de Prigozhin. As medidas necessárias estão a ser tomadas", frisou.

As acusações de Prigozhin vêm adensar as profundas tensões dentro das forças de Moscovo relativamente à ofensiva na Ucrânia. Ainda esta sexta-feira, o líder do Grupo Wagner afirmou que o Exército russo está a recuar em vários setores no sul e leste da Ucrânia e culpou o ministro da Defesa pela guerra. 

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


Leia Também: O líder do grupo paramilitar Wagner convocou hoje uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, garantindo que tem 25.000 soldados e convocando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

O líder do grupo paramilitar Wagner convocou hoje uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, garantindo que tem 25.000 soldados e convocando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

© Mikhail Svetlov/Getty Images

POR LUSA  23/06/23 

 Prigozhin nega "golpe militar" e convida russos para marcha "por justiça"

O líder do grupo paramilitar Wagner convocou hoje uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, garantindo que tem 25.000 soldados e convocando os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

"Somos 25.000 e vamos determinar por que é que reina o caos no país (...) As nossas reservas estratégicas são todo o exército e todo o país", frisou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio, instando "quem se quiser juntar" para "acabar com a confusão".

No entanto, Prigozhin defendeu-se de qualquer "golpe militar", alegando estar a liderar uma "marcha por justiça".

"Este não é um golpe militar, mas uma marcha pela justiça, as nossas ações não atrapalham as Forças Armadas", assegurou, numa mensagem de áudio.

Prigozhin acusou hoje o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

"Realizaram ataques, ataques com mísseis, na retaguarda dos nossos acampamentos. Um número muito grande dos nossos combatentes foi morto", sublinhou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida pelo seu serviço de imprensa.

A mensagem de Prigozhin foi acompanhada por vídeo com cerca de um minuto, onde se vê uma floresta destruída, alguns focos de incêndio e pelo menos o corpo de um militar.

O Exército russo negou de imediato a realização de ataques contra acampamentos do grupo Wagner.

"As mensagens e vídeos publicados nas redes sociais por Prigozhin sobre alegados 'ataques do Ministério da Defesa da Rússia nas bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner' não correspondem à realidade e são uma provocação", referiu o governo russo em comunicado.

Numa outra reação, o líder do Wagner afirmou que as chefias do grupo decidiram que era preciso parar aqueles que têm "responsabilidade militar pelo país".

"Aqueles que resistirem a isso serão considerados uma ameaça e destruídos imediatamente", acrescentou Prigojine, prometendo "responder" aos alegados ataques.

Estas fortes acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner tinha referido antes que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.

Prigozhin disse que o mesmo está a acontecer em Bakhmut, onde as forças ucranianas estão a penetrar nas defesas russas.

Os comentários de Prigozhin, que não podem ser verificados de forma independente, contradizem o Presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que afirmaram que o exército estava a repelir todos os ataques ucranianos.


Leia Também: Prigozhin acusa Exército russo de atacar mercenários. Moscovo nega

O líder do grupo paramilitar Wagner acusou hoje o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

© Mikhail Svetlov/Getty Images

POR LUSA   23/06/23 

 Prigozhin acusa Exército russo de atacar mercenários. Moscovo nega

O líder do grupo paramilitar Wagner acusou hoje o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

"Realizaram ataques, ataques com mísseis, na retaguarda dos nossos acampamentos. Um número muito grande dos nossos combatentes foi morto", sublinhou Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida pelo seu serviço de imprensa.

Prigozhin garantiu ainda que irá retaliar por estes ataques que, de acordo com o líder do grupo Wagner, foram ordenados pelo ministro da Defesa russo.

A mensagem de Yevgeny Prigozhin foi acompanhada por vídeo com cerca de um minuto, onde se vê uma floresta destruída, alguns focos de incêndio e pelo menos o corpo de um militar.

O Exército russo já negou a realização de ataques contra acampamentos do grupo Wagner.

"As mensagens e vídeos publicados nas redes sociais por Prigozhin sobre alegados 'ataques do Ministério da Defesa da Rússia nas bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner' não correspondem à realidade e são uma provocação", referiu o governo russo em comunicado.

Estas fortes acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner tinha referido hoje que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.

Prigozhin disse que o mesmo está a acontecer em Bakhmut, onde as forças ucranianas estão a penetrar nas defesas russas.

"Não há controlo, não há sucessos militares" por parte de Moscovo, declarou Prigozhin, afirmando que os militares russos estavam a "lavar-se no seu próprio sangue", uma forma de dizer que estavam a sofrer pesadas perdas.

Os comentários de Prigozhin, que não podem ser verificados de forma independente, contradizem o Presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que afirmaram que o exército estava a repelir todos os ataques ucranianos.

Nos últimos dias, Putin tem repetido que a contraofensiva ucraniana estava a ser um fracasso e que as forças de Kyiv sofreram perdas quase catastróficas.

Na quinta-feira, Shoigu disse que o exército ucraniano estava a reagrupar-se, depois de não ter conseguido romper as defesas russas.

Prigozhin descreveu as declarações vitoriosas do Ministério da Defesa em Moscovo como um "profundo engano" e acusou o Estado-Maior de esconder as dificuldades e as perdas russas no terreno.


Leia Também: O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou, que se estivéssemos no século XVIII, o presidente da Polónia, Andrzej Duda, seria "severamente executado por esquartejamento" por ter referido que a Rússia deve ser "abatida" por ser como um "animal selvagem".

EMISSÃO DO TÍTULO 11 BILIÕES ?



Por Gervasio Silva Lopes

O Banco Mundial e o UNICEF entregaram hoje ao Ministério da Saúde Pública medicamentos, equipamentos hospitalar e vacinas no valor de 1,3 milhões de dolares, como forma de apoiar o Governo na melhoria dos cuidados materno-infantis.

Guiné-Bissau: Novos deputados da Guiné-Bissau tomam posse em 27 de julho - CNE

Os novos deputados da Guiné-Bissau, eleitos nas legislativas de 04 de junho, vão tomar posse em 27 de julho, segundo um despacho hoje divulgado pela Comissão Nacional de Eleições.

O despacho, assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições, N'Pabi Cabi, refere que foi determinada a data de 27 de julho porque o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, estará ausente do país entre 16 e 25 de julho em "missão de serviço relevante e inadiável".

A Imprensa Nacional da Guiné-Bissau divulgou quarta-feira ao final do dia os resultados definitivos das eleições legislativas.

Os resultados das eleições legislativas deram a vitória à coligação Plataforma da Aliança Inclusiva - Terra Ranka com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

O Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos, enquanto o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

A Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderada pelo primeiro-ministro cessante, Nuno Gomes Nabiam, obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.

MSE // LFS

Lusa/Fim



NO COMMENT!


G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

‼️ Presidente francês acusa Rússia de ser uma potência desestabilizadora em África

Por DW Português para África 

O Presidente francês acusou hoje a Rússia de "ser uma potência desestabilizadora em África", sublinhando que a ausência de Moscovo na cimeira realizada em Paris para promover uma reforma do sistema financeiro internacional demonstra o seu "isolamento". 

Emmanuel Macron afirmou, em entrevista aos meios de comunicação franceses France 24, Franceinfo e Radio France International, que a Rússia "é uma potência desestabilizadora em África através de milícias privadas que desempenham um papel predatório e abusam da população civil", numa aparente referência ao envio de mercenários do Grupo Wagner para vários países, incluindo o Mali, a Líbia e a República Centro-Africana (RCA). 


Leia Também: O Kremlin comprometeu-se hoje a desenvolver "relações construtivas" em África, afastando as críticas do Presidente francês, Emmanuel Macron, de que a Rússia é "uma potência desestabilizadora" na região.

GUERRA NA UCRÂNIA: Chefe do grupo Wagner culpa ministro da Defesa russo pela guerra

© Getty Images

Notícias ao Minuto   23/06/23 

"A operação especial foi iniciada por um motivo completamente diferente", acusou Prigozhin, avançando que a guerra era "necessária" para que Shoigu se pudesse "tornar marechal" e  "ganhar uma segunda medalha de herói".

O chefe do Grupo Wagner culpou o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, pela invasão russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Yevgeny Prigozhin rejeitou as alegações de Moscovo de que Kyiv planeava lançar uma ofensiva nos territórios controlados pela Rússia no leste da Ucrânia no início do conflito, numa publicação na rede social Telegram, declarando que "não aconteceu nada de extraordinário nas vésperas do dia 24 de fevereiro".

"O Ministério da Defesa está a tentar enganar o público e o presidente e espalhar a história de que havia níveis insanos de agressão do lado ucraniano e que iriam atacar-nos em conjunto com todo o bloco da NATO", disse o líder do grupo Wagner.

"A operação especial foi iniciada por um motivo completamente diferente", acusou Prigozhin, avançando que a guerra era "necessária" para que Shoigu se pudesse "tornar marechal" e  "ganhar uma segunda medalha de herói", avança a Sky News.

Prigozhin referiu ainda que a Rússia poderia ter evitado a guerra se tivesse negociado com o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky.

Já na quarta-feira o líder do grupo Wagner tinha acusado o Ministério da Defesa da Rússia, de "enganar o povo russo" acerca do curso da contraofensiva ucraniana, avançou a agência de notícias Agence France-Presse (AFP). 

As acusações do líder do grupo de mercenários surgiram numa altura em que a contraofensiva das tropas ucranianas para recuperar o território perdido desde o início da invasão vai na terceira semana, apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que a Ucrânia está a falhar nos seus objetivos.

De recordar que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Retenção de líquidos? Dicas para combater a barriguinha da vergonha... Desinche!

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   23/06/23 

A retenção de líquidos ocorre por inúmeros motivos, mas principalmente pelo estilo de vida. Como tal, há mudanças que pode - e deve - fazer para combatê-la.

Na rede social Instagram, a nutricionista Joana Pinho partilhou algumas estratégias.

1- Consuma alimentos ricos em magnésio, como a aveia, frutos secos e cereais integrados;

2- Pratique exercício físico;

3- Reforce a ingestão de fluidos, como água (natural ou aromatizada) e chá;

4- Aposte no consumo de alimentos ricos em potássio, como grão, batata doce, abacate, frutos secos, frutas e legumes e feijão;

5- Diminua o consumo de alimentos ricos em sódio, como molhos, batata frita, enchidos, caldos de carne e manteiga;

6- Controle o consumo de alimentos açúcarados e da carga glicémica na mesma refieção;

Táxis elétricos voadores podem tomar céu de Paris nas Olimpíadas, em nova revolução dos transportes

 Você e eu podemos pegar táxis aéreos agora. Chama-se helicóptero.” Ainda assim, os táxis elétricos em Paris podem ter o poder de surpreender — agradavelmente, espera a Volocopter. Uma das cinco rotas olímpicas planejadas pela empresa pousaria no coração da cidade, em uma plataforma flutuante no rio Sena... Ler Mais

NASA partilha animação (aterradora) da subida do nível do mar... Os dados indicam que houve uma subida de oito centímetros ao longo dos últimos 30 anos.

© Twitter / @ZLabe

Notícias ao Minuto   23/06/23 

A NASA partilhou um pequeno vídeo de animação onde mostra a subida do nível do mar ao longo dos últimos 30 anos, o qual serve de aviso da situação terrível que poderemos verificar no futuro.

Os dados foram recolhidos através do projeto Integrated Multi-Mission Ocean Altimeter Data for Climate Research e que a agência espacial norte-americana diz que são medidas precisas dos efeitos das alterações climáticas.

O vídeo indica que o nível do mar subiu cerca de oito centímetros ao longo dos últimos 30 anos, uma alteração que não parece significativa mas que é perigosa sobretudo para as comunidades costeiras.

Pode ver a animação em questão no vídeo acima.


Leia Também: NASA levará poema até ao Espaço. E o seu nome também pode ir nesta missão

UE adota formalmente novo pacote de sanções à Rússia

© Reuters

POR LUSA  23/06/23 

O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje o 11.º pacote de sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, visando cooperação com países terceiros e admitindo "medidas excecionais de último recurso".

"O Conselho adotou hoje o 11.º pacote de medidas restritivas económicas e individuais destinadas a reforçar as atuais sanções da UE e a impedir que sejam contornadas, corroendo assim ainda mais a máquina de guerra de Putin e os seus rendimentos", anuncia a estrutura que junta os Estados-membros europeus, numa nota hoje divulgada.

De acordo com o Conselho, o pacote agora aprovado - o 11.º, que exigiu unanimidade entre os países da UE após inicial oposição da Hungria e da Grécia - visa "reforçar a cooperação bilateral e multilateral com países terceiros e a prestação de assistência técnica" para precisamente evitar que as sanções sejam contornadas.

Nos casos em que "a cooperação não produza os resultados pretendidos, a UE tomará medidas rápidas, proporcionadas e direcionadas", assinala a instituição.

"Se, apesar das sanções individuais e de um maior empenho, a evasão continuar a ser substancial e sistémica, a UE terá a possibilidade de tomar medidas excecionais de último recurso", destaca o Conselho, referindo que, por unanimidade, podem ser decididas restrições à "venda, fornecimento e transferência ou exportação de bens e tecnologias cuja exportação para a Rússia já esteja proibida" a países terceiros que representem "risco continuado" para a evasão das sanções.

A adoção oficial de hoje surge depois de, na quarta-feira, os embaixadores dos Estados-membros junto da UE terem chegado a acordo político sobre o 11.º pacote de sanções à Rússia.

Em causa está desde logo uma extensão da lista de pessoas e entidades abrangidas pelas medidas restritivas para proibir que países terceiros ajudem a Rússia a contornar intencionalmente as sanções da UE, bem como a inclusão de mais produtos sujeitos a restrições para os controlos das remessas em trânsito (como de tecnologia avançada e peças de aeronaves).

Ao todo, o Conselho acrescentou mais 87 entidades à lista de entidades que apoiam diretamente o complexo militar e industrial da Rússia, entre as quais quatro entidades iranianas que fabricam veículos aéreos não tripulados (drones).

Também estão em causa limitações à venda de determinados artigos para países terceiros específicos onde haja o risco de serem utilizados para contornar as regras, como bens e tecnologias que possam contribuir para o reforço militar e tecnológico da Rússia.

À semelhança dos 10 pacotes de sanções anteriores, este novo pacote teve de ter acordo unânime entre os Estados-membros.

A UE impôs sanções à Rússia em resposta à guerra de agressão desencadeada contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, e à anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.

Todos os pacotes de sanções em vigor visam provocar consequências graves à Rússia pelas suas ações e impedir a capacidade de Moscovo de prosseguir a guerra contra a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Um morto e milhares de deslocados devido às inundações na Índia

© Getty Images

POR LUSA  23/06/23 

Uma pessoa morreu e milhares foram deslocadas para abrigos devido às inundações que atingiram esta semana o leste da Índia, informou hoje uma agência do governo indiano.

O estado de Assam, no leste do país, está em alerta vermelho e a preparar-se para mais chuvas neste fim de semana.

Quase 14 mil pessoas já foram levadas para 83 abrigos, administrados pelo governo do estado de Assam em 20 dos seus 31 distritos, disse num comunicado a agência estadual de gestão de desastres.

Cerca de 500 mil pessoas já foram atingidas pelas inundações provocadas pelas chuvas de monções neste estado.

"Estamos totalmente preparados para lidar com a situação através das nossas equipas de resgate, colocadas em locais vulneráveis e mais afetados", disse G.D. Tripathi, responsável do governo local.

Um dos maiores rios da Ásia, o Brahmaputra, sofre inundações todos os anos. Este rio atravessa 1.280 quilómetros do estado de Assam antes de entrar no Bangladesh, que compartilha uma fronteira de 260 quilómetros com o estado indiano.

Deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas ocorreram em várias partes dos estados de Assam e Sikkim, acrescenta o comunicado.

Em 2022, as inundações na Índia e no Bangladesh deixaram mais de uma dúzia de mortos e milhões de desabrigados.

As chuvas de monções atingem a região entre junho e setembro. As chuvas são cruciais para as culturas plantadas durante a estação, mas muitas vezes podem causar grandes danos.

O padrão das monções está a mudar desde a década de 1950, com longos períodos de seca intercalados com chuvas fortes, de acordo com Roxy Mathew Koll, cientista do clima do Instituto Indiano de Meteorologia Tropical em Pune.

Os cientistas dizem que as alterações climáticas são um dos fatores que explicam as chuvas erráticas que estão a provocar inundações sem precedentes no Bangladesh e no nordeste da Índia.