sábado, 28 de novembro de 2020

Lançamento do Laboratório de Aceleração Guiné-Bissau – Accelerator Lab Guinea-Bissau Launch

Fonte: UNDP Guinea-Bissau

Lançamento do Laboratório de Aceleração na Guiné-Bissau

Este lançamento irá inaugurar a chegada dos Laboratórios de Aceleração à Guiné-Bissau. O objetivo do Laboratório é criar uma rede de inovação para acelerar o desenvolvimento na Guiné-Bissau, com a liderança de inovadores, organizações de base e líderes de comunidades entre outros em colaboração com a nossa equipe. Junte-se a nós e venha aprender mais sobre os Laboratório de Aceleração com participação especial da banda guineense TABANKA DJAZZ.

English

Launch of the Accelerator Labs in Guinea-Bissau

This launch will inaugurate the arrival of the Accelerator Labs in Guinea-Bissau. The Lab’s objective is to create a network of innovation to accelerate development in Guinea-Bissau, with the leadership of innovators, grassroots organizations and community leaders among others in collaboration with our team. Join us and to learn more about the Accelerator Lab with special participation of the Bissau-Guinean band TABANKA DJAZZ.

Time 

Dec 2, 2020 10:00 AM in Universal Time UTC

Webinar Registration


Brace yourself, the #AcceleratorLab is coming to Guinea-Bissau.
Grinning face
Flag of Guinea-Bissau
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O coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Braima Camará reaparece com afirmações para analisar


Por CNEWS
  Novembro 28, 2020

O coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Braima Camará, afirmou nas Jornadas Parlamentares da sua formação política, que “o partido não manda em deputados”, o que faz convite a diferentes tipos de interpretações.

O reaparecimento e as afirmações de Camará foram registrados a três dias do início de mais uma sessão da plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP), que entre outros, vai discutir e votar a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE).

“O deputado só deve obediência aos dois instrumentos: O regimento da ANP e a Constituição da República”, afirmou esta sexta-feira.

Braima Camará, que é conhecido por falar sobre tudo que é atualidade no país, não fazia declarações públicas há mais de três meses, suscitando, por isso, comentários sobre o alegado mal-estar entre ele e o presidente Umaro Sissoco Embaló, que lhe teria roubado o “protagonismo” sobre os assuntos da governação, embora nenhum dos dois seja primeiro-ministro.

Um observador político contactado pelo Capital News, para fazer interpretação política das afirmações de Braima Camará, considera que as mesmas, para além de dar “liberdade de voto” aos deputados do MADEM G-15, sobre as votações de diferentes matérias, na plenária da Assembleia Nacional Popular, transparece sinal de “mal-estar” e de “ruptura” entre o coordenador do Movimento para Alternância Democrática e os aliados políticos que atualmente governam a Guiné-Bissau.

Braima Camará disse, há quatro meses, que não admitiria corrupção na governação e que nenhum ministro devia pensar que tinha a sua ilha à parte e podia fazer o que quisesse. Na mesma ocasião, à saída de uma audiência com o presidente da república, o coordenador do G-15 revelou que foi o seu partido quem propôs a nomeação de Nuno Nabiam para o cargo de primeiro-ministro.

Entretanto, nas suas últimas declarações, Braima Camará não deu orientações de voto aos deputados do seu partido, relativamente ao Orçamento Geral do Estado e outros pontos a serem submetidos à votação dos parlamentares.

Comitiva interm. e empresa CONCORD LLC dos Emirates A. Unidos visita terrenos para o novo Aeroporto


Uma comitiva interministerial, empresa "CONCORD LLC" dos Emirates Árabes Unidos e os técnicos nacionais estiveram hoje 27 de novembro nas localidades de Nhacra e Mansoa, com objetivo de constatar no terreno a melhor opção para construir o novo aeroporto moderno internacional da Guiné-Bissau. 

O sector da Nhacra foi apontado como primeira opção, e a segunda, o sector de Mansôa. Tanto a Nhacra como a localidade próxima de Mansoa, ambas têm a mesma dimensão de 7.5 kms de comprimento e 2 kms de largura. 

REPORTAGEM DE TAFAREL JR.

Radio Bantaba

Jornada Parlamentar da Bancada do MADEM-G15... 27 - 28/11/2020

Jornada Parlamentar da Bancada do MADEM-G15 27-28.... Vídeo by: Mustafa Cassamá 02

Guiné-Bissau: GOVERNO VAI REABILITAR 70 CAMPOS NO PAÍS


O Governo guineense vai reabilitar o 'Campo de Nelson' no Bairro de Cuntum e Campo do Bairro de Hafia, arredores de Bissau, no quadro do projeto "Desporto para todos", anunciou esta sexta-feira, (27-11-2020), o Secretário de Estado da Juventude e Desporto.

Segundo Florentino Fernando Dias, o projeto vai abranger 70 campos a nível nacional, mas nesta primeira fase vai iniciar apenas os dois campos.

Falando a imprensa à margem do lançamento das obras do 'Campo Nelson', Florentino Dias, afirmou que foram identificados 26 campos a nível de Bissau e 44 no interior do país, das quais serão melhoradas o retângulo de jogo e a vedação do recinto, com vista a proteger os espaços da prática desportiva aos jovens.

Secretário de Estado da Juventude e Desporto sustentou que a escolha de dois bairros de Bissau, nesta primeira fase, deve-se a expressão populacional. Adiantando que o projeto compreende melhoramento, legalização do espaço e assim como, vedação das infra-estruturas desportivas do país. Nesse sentido, Dias solicita a colaboração da população na materialização do referido projeto.

Pedro Bucar Sanhá, presidente de FC Cuntum, agradeceu a iniciativa do governo, e disse que o clube que dirige vai facilitar o projeto no sentido de manter a prática desportiva na comunidade. 

Em nome da comunidade de bairro de Hafia Mussa Turé foi quem transmitiu a satisfação da comunidade de bairro e garantiu total colaboração da mesma na efetivação do referido projeto.

Com o golo gb

OS RECLUSOS COM DIABETES DORMEM NO CHÃO EM BOCADOS DE ESPUMA – denunciam guardas prisionais

27/11/2020 / Jornal Odemocrata 

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau (SNCGP), Iazalde José da Silva, denunciou que os reclusos doentes diabéticos com Tuberculose, Paludismo e VIH/SIDA dormem  no chão, em pedaços  de espuma, inadequados para um ser humano.

Iazalde José da Silva fez essa denúncia em entrevista exclusiva ao jornal O Democrata para falar da real situação dos detidos nos três Centros Prisionais do país (da Polícia Judiciária de Bandim, na cadeia de Mansôa e no de Bafatá) neste período de do cieiro e da situação higiênico-sanitária nas prisões. Na entrevista, o ativista considerou que  o sistema prisional guineense “ é extremamente  débil”  e “desprovido”  de condições para ter uma pessoa em regime de reclusão.  

Sobre a situação higiênico-sanitária e da água fornecida ao Centro Prisional de PJ, Iazalde revelou que água que os reclusos bebiam saia das torneiras de uma canalização obsoleta e tubos enferrujados, que os prisioneiros filtravam e bebiam “era uma realidade dura, mas aconteceu”.

“Decidimos fazer tudo isso, porque somos sensíveis à situação das prisões e à humanidade. Sabemos o que os reclusos passam. A nossa missão é específica, manter a ordem, a vigilância e a segurança, mas não nos  limitamos a essas três componentes, porque conhecemos as nossas prisões e sabemos com quem lidamos”, disse. Contudo, sublinhou que neste momento a situação está a ser ultrapassada com a intervenção do Ministério da Justiça.

Iazalde José da Silva denunciou ainda que o Centro de Detenção da PJ, em Bissau, não tem controlo, porque o espaço que foi construído para albergar apenas 56 detidos tem neste momento 84 reclusos, tendo adiantado que às vezes chega a ascender até 130 detidos. O ativista teceu, por isso, duras críticas aos sucessivos governos por não terem pensado em construir um centro prisional de qualidade que garantisse as mínimas condições aos reclusos ou pessoas em conflito com a lei.

CENTRO DE DETENÇÃO  DA PJ NÃO TEM AS MÍNIMAS CONDIÇÕES PARA TER UMA PESSOA COMO RECLUSA

Em relação à situação dos detidos do Centro de Detenção da Polícia Judiciária, em frente ao mercado de Bandim, em Bissau, Iazalde José da Silva começou por dizer que o Centro de Detenção da Polícia Judiciária não tem as mínimas condições para ter uma pessoa como recluso, devido ao estado avançado de degradação da infraestrutura, com a agravante de poderem contrair doenças, sobretudo neste período de cieiro (kunfentu). Revelou que os prisioneiros dormem no chão em pedaços de espumas inadequadas para seres humanos. Relatou na mesma entrevista que os reclusos diagnosticados com doenças como o Paludismo, a Tuberculose, a Anemia, as Diabetes e o VIH/SIDA, bem como os condenados por crimes de sangue estão todos detidos numa sala com  outros que não apresentam problemas de saúde graves, porque não existem salas especificadas ou de isolamento para casos excecionais.

“As prisões foram construídas de forma errada. Os atuais modelos de sistemas prisionais prevêm tudo isso, mas infelizmente o nosso modelo não previa  essa situação.Tanto os condenados, os preventivos como os detidos de vinte e quatro (24), de quarenta e oito (48) e os de setenta e duas (72) horas, todos estão aglomerados num único espaço extremamente superlotado, o Centro de Detenção da Polícia Judiciária,”, sublinhou.

Iazalde José da Silva denunciou que o Centro, não tem controlo, porque o espaço que foi construído para albergar apenas 56 detidos tem neste momento 84 reclusos, tendo adiantado que às vezes chega ascender até 130 detidos. O ativista teceu, por isso, duras críticas a sucessivos governos por não terem pensado em construir um centro prisional de qualidade e que garantisse condições mínimas aos reclusos ou pessoas em conflito com a lei.

“Temos várias instituições, diferentes setores judiciais, que detêm pessoas,  nomeadamente: os Tribunais Setoriais, a Polícia Judiciária… Quando detêm suspeitos ou criminosos declarados pela justiça, colocam-nas nas prisões sob  a guarda dos serviços do Corpo Nacional da Guarda Prisional da Guiné-Bissau”, alertou. Por isso, defendeu que é urgente acionar os mecanismos necessários para a construção de novas instalações prisionais, um complexo prisional de qualidade,  para não falarmos da prisão de Alta Segurança.

“Embora tenhamos formação para assegurar uma prisão de Alta Segurança, no terreno é letra morta, apenas teoria. Em diferentes momentos chamamos atenção ao governo no sentido de corrigir o sistema penitenciário guineense, porque não adianta deter, deter sem espaços para albergar os presos”, notou. 

Enfatizou que, para o funcionamento correto do sistema penitenciário guineense, será necessário construir infraestruturas adequadas, instalar o sistema GODMS- banco de dados computorizados e equipar os técnicos, os guardas prisionais, para poderem executar cabalmente as suas tarefas.

Relativamente a esse sistema, Iazalde  da Silva revelou que desde a sua “refundação”, o sistema prisional nunca recebeu uma única viatura, mas mesmo assim os guardas prisionais sempre agiram com boa fé e o profissionalismo necessários.

Iazalde enfatizou que o Centro de Dentição da PJ tem funcionado regularmente até aqui, graças à flexibilidade e à criatividade dos guardas prisionais afetos ao centro.

“É preciso dar atenção à nossa estrutura, porque os processos só terminam com a prisão ou absolvição da pessoa”, apelou Iazalde da Silva.

Perante esses fatos, Iazalde considerou que o sistema penitenciário guineense “é extremamente débil” e “desprovido” de condições para ter uma pessoa humana como um recluso, porque não reúne os requisitos exigidos para um sistema penitenciário. Acusa os sucessos governos de negligência  e de não terem dignificado os guardas prisionais, tendo defendido a transferência de todos os condenados  do Centro de Detenção da PJ de Bandim para outro lugar, com maior segurança e condições exigidas por lei.

“O centro de Bandim funcionava apenas para os casos de detenção de, 24, 48 e 72 horas, enquanto se aguardavam as tramitações legais, mas para resolver todos os problemas será necessário construir uma prisão que reúna todas as condições ou requisitos para que o sistema possa funcionar com dever ser”, admitiu.

Relativamente à situação dos menores em conflito com a lei, Iazalde indicou que neste momento nenhum dos centros prisionais tem menores de dezoito anos. Contudo, frisou que em 2011 o Centro Prisional de Mansôa tinha três menores, um de 16 anos que cumpriu três anos de prisão, outro de 17 anos com dois anos e seis meses de prisão cumpridos e o de 18 anos com quatro anos de prisão.

Esses menores, segundo da Silva, estavam presos na prisão da Primeira Esquadra, atual Casa dos Direitos, e só em 2011 foram transferidos de lá para a prisão de Mansôa, segundo relatos das suas situações prisionais feitos pela sua equipa, o que mais tarde culminaria com a libertação desses adolescentes. Dois dos três menores foram acusados de terem violado, sexualmente, uma das filhas de um dos oficiais superiores das Forças Armadas.

De acordo com o ativista guineense, mesmo que os centros tivessem menores de idade, seria necessário que existissem também celas específicas para albergá-los, para evitar que os mais velhos lhes transmitissem vícios que no futuro possam comprometer a sua reinserção social, aliás, “é o que o sistema penitenciário recomenda”.

Iazalde disse ao Jornal O Democrata que a sua direção, a direção da guarda prisional, conseguiu gerir essa situação dos menores que estavam detidos em Mansôa, porque teve coragem de relatar os fatos e que resultaram nas suas transferências para a prisão de norte.

ÁGUA QUE RECLUSOS BEBIAM SAIA DAS TORNEIRAS DE UMA CANALIZAÇÃO OBSOLETA

Sobre a situação higiênico-sanitária e da água fornecida ao Centro Prisional de PJ, Iazalde revelou que água que os reclusos bebiam saia das torneiras de uma canalização obsoleta e tubos enferrujados, que os prisioneiros filtravam para beber e que isso  “era uma realidade dura, mas aconteceu”.

“Decidimos fazer tudo isso, porque somos sensíveis à situação das prisões e à humanidade. Sabemos o que os reclusos passam. A nossa missão é específica, manter a ordem, vigilância e a segurança, mas não nos  limitamos à essas três componentes, porque conhecemos as nossas prisões e sabemos com quem lidamos”, disse. Contudo, sublinhou que neste momento a situação está a ser ultrapassada com a intervenção do Ministério da Justiça.

Apesar destas melhorias, neste momento não se sabe quantos presos aguardam julgamento no Centro de Detenção da Polícia Judiciária de Bandim, mas dados consultados pelo Jornal O Democrata indicam que o quadro separado disponível refere que no universo de 84 reclusos detidos neste momento nas instalações da PJ, a população prisional do Centro da PJ, apenas três são mulheres.  Deste número, 16 são detidos da Polícia Judiciária, 11 do Ministério Público, 35 estão em prisão preventiva e 22 condenados de 1 a 25 anos de prisão. 

Questionado sobre a situação real dos reclusos detidos no Centro Prisional de Mansôa, Iazalde disse que a situação quase que é idêntica. Ou seja, a vedação do centro local também já está numa fase avançada de degradação, as camas onde dormem os presos são amarradas ou presas com cordas ou fios para não balançarem e que às vezes a canalização das casas de banho não consegue evacuar fezes para as fossas, porque ora são os tubos que estão entupidos ora é água que não consegue passar. Porém, afirmou que quanto à alimentação houve progressos significativos e que neste momento os centros prisionais oferecem três refeições diárias. 

Os dados  estatísticos indicam que reclusos detidos no Centro Prisional de Mansôa são 12 e em Bafatá cerca de 40 presos condenados e o número total dos guardas prisionais, a nível nacional, é de 68, distribuídos pelos três centros prisionais.

“Por isso, se se perspetiva a construção de novas instalações prisionais o governo tem que pensar em fazer novo recrutamento e apostar nos quadros nacionais para capacitação interna de novos guardas prisionais”, advertiu.

Apesar das dificuldades que os centros prisionais enfrentam, Iazalde da Silva frisou que nunca se registou mortes na prisão por qualquer que seja circunstância, mas admite que possa ter havido reclusos que morreram nos centros hospitalares depois de retirados das celas com problemas graves de saúde. 

Relativamente à situação dos guardas prisionais, Iazalde da Silva revelou que o Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau não tem fardamento, apesar dos 12 milhões de francos CFA disponibilizados pelo Tesouro Público ao Ministério das Finanças.

“Temos fardamento que nem pele de vaca e botas frágeis. O fardamento que trajamos neste momento é o que trouxemos da formação, não temos nada que possa corresponder ao investimento feito com os 12 milhões de francos CFA”, denunciou Iazalde da Silva.

Outra situação criticada por Iazalde da Silva tem a ver com a remuneração dos elementos da guarda prisional que, segundo a sua explicação, deveriam estar a receber um milhão e meio de francos CFA, como salário básico, não os cerca de duzentos mil francos CFA praticados atualmente.

Um valor ínfimo que, segundo disse, se não fossem honestos e profissionais poderiam ter comprometido o seu trabalho, porque “os detidos que temos e as suas capacidades financeiras podem corromper qualquer um, mas felizmente até ao momento não tem acontecido com ninguém da minha equipa”, notou e defendeu a reclassificação do pessoal da Guarda Prisional, de acordo com o tempo previsto nos estatutos.

Questionado se nunca houve fuga de reclusos das prisões, Iazalde afirmou que em 2017 houve fuga de 21 detidos do Centro da Detenção da PJ, devido às más condições da única cela de detenção  e às fragilidades que as paredes do portão de acesso apresentavam. Porém, afirmou que todos foram recuperados e presos de novo nas instalações da Polícia Judiciária de Bandim, apenas um morreu na tentativa de fuga quando pulou, sem preparação, e caiu em cima de um carro que o deixou gravemente ferido e mais tarde morreu.  

Descarta, contudo, qualquer hipótese deste recluso ter sido por um dos elementos da guarda prisional, como apontavam alguns rumores.

“Não temos armas para proteção pessoal, mas lidamos com pessoas perigosas que a qualquer momento podem reagir contra uma determinada situação. As nossas armas são AK 47, só para vigilância”, lamentou.

Fato que o levou a recordar da “Operação Navara”, que considerou “muito perigosa e de morte”, devido à extensão da rede que envolvia pessoas influentes. Ao contrário  veiculadas em como alguns elementos da “ Operação Navara” teriam sido libertados, Iazalde da Silva confirmou ao jornal O Democrata que todos os elementos detidos na sequência desta operação se encontra atrás das grades  e entram atrás das paredes da única cela do Centro de Detenção da PJ de Bandim e “ estão a adaptar-se com a situação  e a conviver com a os nacionais detidos na mesma cela”, disse.

“Neste momento não é frequente as refeições serem feitas em casa pelos familiares, mas às vezes respeitamos o regime e a dieta de cada  um, para equilibrar os problemas e evitar que um ou outro recluso enfrente crise dentro das celas por causa do seu regime ou dieta alimentar, porque é claro que o governo não vai poder assumir tudo isso”, esclareceu.

De acordo com Iazalde da Silva, muitos reclusos chegam às celas sem um diagnóstico médico prévio, mas graças à Associação dos Médicos e à ENDA os reclusos têm sido diagnosticados e acompanhados regularmente, tanto na assistência médica e medicamentosa.

“Não somos técnicos da área, mas também no ingresso dos reclusos tem havido pouca colaboração. Só conseguimos ter a ficha clínica de cada um, depois das intervenções da Associação dos Médicos e ENDA”.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Supremo Tribunal de Justiça da sem efeito providência cautelar interposta pelo PAIGC, a ANP, sobre sessão parlamentar passado última.



Fonte:  Omar Buli Camará


Jornada Parlamentar da Bancada do MADEM-G15... 27-28

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO 02

Coordenador do Madem-G15 Braima Camará vulgo Ba Di Povo.







By Mustafa Cassamá 

GUINE BISSAU ATUALIDADE NACIONAL 27-11-20 RTP AFRICA

Guiné-Bissau: Trabalhadores do aeroporto suspendem greve

DW   27.11.2020

Após acordo com administração, trabalhadores do aeroporto internacional decidiram suspender a paralisação. Serviços de Assistência Aeroportuária prometem começar a pagar já hoje seis meses de salários em atraso.

Os trabalhadores do aeroporto internacional da Guiné-Bissau suspenderam a greve iniciada esta sexta-feira (27.11), depois de terem chegado a acordo com a administração. A informação foi avançada pela vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços de Assistência Aeroportuária.

Segundo Miriam Pereira, a greve foi suspensa após negociações entre o sindicato e a administração da empresa pública de Serviços de Assistência Aeroportuária.

A dirigente sindical informou que a reunião permitiu um acordo que passa pelo pagamento de dois meses de salários em atraso já esta sexta-feira, outro na segunda-feira e três a 21 de dezembro.

"Cansados de promessas"

Os trabalhadores deram hoje início a uma greve para reivindicar o pagamento de seis meses de salários em atraso, depois de no passado dia 12 terem já interrompido uma paralisação, quando a administração da empresa pagou um dos sete meses de salários atrasados. "Prometeram que iam pagar na semana seguinte outros quatro meses de salários, mas chega de promessas não cumpridas, por isso decidimos utilizar a última arma que a lei nos dá que é a greve", observou Miriam Pereira, esta manhã.

Entretanto, depois de novo acordo com a administração, a dirigente sindical garante que as novas condições "satisfazem as exigências dos trabalhadores e, por isso, decidiram levantar a greve".

A vice-presidente do sindicato disse também que o voo da Asky, que liga Bissau a Dacar, Senegal, e que deveria ter saído às 06h00 locais já estava a receber assistência.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló - Audiência com a nova direcção do Partido RGB.




 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló - Audiência de cortesia com a Sra. Monique Ekoko - Representante do Escritório Regional Multi-Países da UNHCR.



 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Ministério da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau

MATPL  / AI / 26.11.2020 (sexta-feira)

Os Directores Gerais da Administração do Território deste Ministério, e o da Geologias e Minas, do Ministério dos Recursos Naturais, Dr Filipe Quintunda e Basílio Mendes Catelimbo respetivamente, em obediência ao Despacho conjunto dos dois Ministros, Dr. Fernando Dias e Eng. Jorge Malú, sobre a exploração conjunta de inertes nas regiões, pretendem iniciar os trabalhos no terreno. Por isso, a comissão propõe a autorização e criação de condições para a realização de visitas técnicas, para a recolha de informações de número de postos de exploração de inertes à nível nacional e, consequentemente, fazer o recenseamento das empresas ou particulares em exploração.

Informação em tratamento...

Ministério da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Justiça - Ministro afirma que é chegado o momento de tomada de grandes decisões sobre funcionamento do sector


Bissau, 27 Nov 20 (ANG) – o ministro da Justiça afirmou que é chegado o momento de tomada de  grandes decisões sobre o funcionamento e funcionalidade do sector na Guiné-Bissau.

Fernando Mendonça falava hoje quando presidia a cerimonia de abertura da Jornada de Reflexão sobre Revisão dos Grandes Códigos, nomeadamente o Penal, Processo Penal, Civil e Processo Civil.

“É nesse capítulo que a revisão dos grandes códigos, nomeadamente Penal e Processo Penal, constituem uma das preocupações centrais do Governo, pela persistente  crise que afecta o sector da justiça, com reflexos na vida dos cidadãos, no equilíbrio social e no desenvolvimento económico do país”, disse.

O governante disse que a Jornada não deve ser um acto meramente protocolar nem uma rotina vazia de sentido, mas sim um momento privilegiado de reflexão sobre a justiça que os guineenses sempre ambicionaram.

Fernando Mendonça afirmou que  a justiça, na actual situação, tem de ser adequada à situação económica e social do país numa jurisprudência atenta as realidades.

Acrescentou que, num momento em que os guineenses atravessam dificuldades, com contornos dramáticos, a justiça tem de ser como nunca, mais eficaz, reforçando a sua autoridade institucional e cumprindo, em tempo útil, o imperativo de “Dizer o Direito” nas diversas situações da vida.

O ministro da Justiça disse que reconhece-se que as leis justas e ajustadas à realidade social acabam por afigurar como alicerces para uma sociedade equilibrada, contribuindo para a paz social e edificação do Estado de Direito.

“Atendendo o contexto do nosso país, caracterizado por muitos diplomas legais obsoletos, não adequados à nossa realidade social, torna imprescindível e urgente uma formulação e novas opções ao nível legislativo”, disse.

Mendonça salientou que a adequação do quadro legal vem responder à preocupação do Governo no que respeita ao reforço das capacidades do sector e que enquadra-se no âmbito das suas prioridades de constituir uma justiça independente, transparente, eficaz e acessível,  que protege os direitos dos cidadãos, assegura o desenvolvimento económico e garante a consolidação do Estado de Direito Democrático.

Por sua vez, o Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), Tjark Egenhof defendeu  que é imperativo adoptar um código penal baseando em institutos e mecanismos modernos vocacionados para combater, prevenir e punir a criminalidade convencional como o tráfico de drogas, a criminalidade transacionais e organizados, a corrupção, entre outras.

Referiu que ao nível processual é preciso criar mecanismos que assegurem maior celeridade nomeadamente pela implementação de procedimentos simplificados, agilização de tramitações processuais mais comuns e redução de custos da justiça.

Para Alcides Gomes, Director da Faculdade de Direito de Bissau, entidade encarregue pela execução do processo de revisão, os Códigos da Guiné-Bissau  reclamam  há muito por um  processo de revisão.

A Título de exemplo Alcides indicou que o Código Civil remonta desde o ano 1966, quer dizer, foi herdado de Portugal.

Disse que, o Projecto de Revisão iniciado pelo Ministério da Justiça e apoiado pelo PNUD a que a Faculdade de Direito de Bissau fora incumbida de realizar, é um sinal claro da confiança que as instituições têm nessa instituição.

Na Jornada com a duração de dois dias, participam, advogados, técnicos de diferentes instituições governamentais, ONGs e organismos internacionais.

ANG/ÂC//SG

Rock Kaboré reeleito presidente de Burkina Faso

Por África 21 Digital com Angop

O Presidente cessante do Burkina Faso, Roch Kaboré, venceu as eleições presidenciais de domingo com 57,87% dos votos, informou hoje a Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI).

Kaboré foi eleito para um segundo mandato de cinco anos, tendo derrotado 12 candidatos, incluindo Eddie Komboigo, do Congresso para a Democracia e o Progresso (CDP) – partido do antigo presidente Blaise Compaoré, que esteve no poder durante 27 anos até ser derrubado pela revolta popular de outubro de 2014 -, que obteve 15,48% dos votos.

Eddie Komboigo, candidato do partido do ex-presidente Blaise Compaoré, ficou em segundo lugar, com 15,48% dos votos, à frente de Zéphirin Diabré (12,46%), considerado o líder da oposição até agora.

O Burkina Faso, um país da região do Sahel, pobre e sem litoral, com 20,3 milhões de habitantes, tem sido alvo, desde 2015, de ataques ‘jihadistas’ recorrentes que já causaram pelo menos 1.200 mortos e mais de um milhão de deslocados internos.

De acordo com os números apresentados pela CENI, o número de eleitores nestas eleições presidenciais baixou de 6.490.662 para 5.893.4000 devido à não abertura de cerca de 1.300 mesas de voto, por causa da insegurança provocada pelos grupos ‘jihadistas’. Além disso, cerca de 800 outras mesas de voto, que deveriam ter sido abertas, permaneceram encerradas.

HELP!!! BANDITS GO HOUSE TO HOUSE TO KIDNAP IN THE NORTH – SULTAN OF SOKOTO


By Joseph Akinrinade November 27, 2020 Native Reporters

The Sultan of Sokoto, Alhaji Sa’ad Abubakar, on Thursday lamented the high rate of insecurity in the North, saying it was the worst place in the country to live.

The Sultan, who stated this at the fourth quarterly meeting of the Nigeria Inter-Religious Council in Abuja, said bandits were fast overrunning the North as residents slept with their eyes open.

The meeting had as its theme, ‘Questioning for peace in the challenges of insecurity and COVID-19’

While describing the North as the worst place to live, he said that bandits had become daring.

He said they moved from house to house, village to village, market to market, with AK-47 rifles openly, purchasing foodstuffs and other items and even collecting change without any challenge from the security agencies.

The foremost traditional ruler stated that the security system in the North had completely collapsed.

He said, “Security situation in Northern Nigeria has assumed a worrisome situation. Few weeks ago, over 76 persons were killed in a community in Sokoto in a day. I was there with the governor to commiserate with the affected community.

“Unfortunately, you don’t hear these stories in the media because it’s in the North. We have accepted the fact that the North does not have strong media to report the atrocities of these bandits.

“People think North is safe but that assumption is not true. In fact, it’s the worst place to be in this country because bandits go around in the villages, households and markets with their AK 47 and nobody is challenging them.

“They stop at the market, buy things, pay and collect change, with their weapons openly displayed. These are facts, I know because I am at the centre of it.

“I am not only a traditional ruler, I am also a religious leader. So, I am in a better place to tell the story. I can speak for the North in this regard because I am fully aware of the security challenges there. We have to sincerely and seriously find solutions to the problem, otherwise, we will find ourselves soon, in a situation where we would lose sleep because of insecurity.”

The Catholic Archbishop of Abuja Diocese, Ignatius Kaigama, outlined a code of conduct for both Christians and Muslims in Nigeria.

He said, “We Christians and Muslims must avoid imposing our religious views on others or denying them public amenities, jobs or influential positions because they don’t belong to our faith.

“Merit, not the vigour of our religious piety or affiliation should determine all we do or get in this country. We should not unjustly or corruptly deprive others of their rights, not to talk of wounding or killing anyone for economic or partisan political interests or because of blind religious zeal.

“It is preposterous that Nigerians clamouring for their rights and privileges from government would turn their anger on religious institutions by attacking Churches and Mosques, instigating Christians and Muslims to turn against one another or to destroy public amenities and infrastructure.

“We understand that the budget for national and state security is huge. Let us not deceive ourselves that the bigger the budget the more peace will flow. Weapons don’t bring peace.

What we need is a change of attitude, a conversion of heart; an objective appraisal of the religious or ethnic indoctrination we perhaps were subjected to in schools or at home. If we are only propelled by religious interests that exclude others we shall always remain in chaos and darkness.

The President, Christian Association of Nigeria and co-Chairman of NIREC, Dr Samson Ayokunle, while thanking God for saving the nation from the COVID-19 pandemic, compared to other countries, urged government to always tackle problem before it degenerated.

He asked the government to quickly reverse the recent decision to hike the price of electricity and fuel.

Ayokunle said, “That’s not what we send them to do for us. The decision, evidently, has added to our pains and they should reverse it as quickly as possible.

“The development that led to #EndSARS protest was quite unfortunate, and one of that development is police brutality which ought to be addressed before now.

“We have never witnessed such a mass action in Nigeria before. People were frustrated and because those in power didn’t respond appropriately until it degenerated to that level.

“But attributing the actions of the angry youths to a particular religion or ethnic group is insincere and unsafe. No religious group was exempted from the effect of the protest. The action was a spontaneous action that cannot be attributed to any religion or ethnic group.”

The Secretary to the Government of the Federation, Boss Mustapha, regretted that the nation was still faced with insecurity despite the government’s efforts.

“Today, despite all efforts including the deployment of enormous resources, our country still faces a measure of insecurity which is impacting negatively on our economy, social life, education of children and young persons, investment and remains a threat to lives and livelihood,” he said.

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau -- É com enorme satisfação que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades anuncia o Decreto de promulgação do diploma sobre o visto dos Estudantes no espaço CPLP.

É com enorme satisfação que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades anuncia o Decreto de promulgação do diploma sobre o visto dos Estudantes no espaço CPLP. 

Uma realidade tornada possível graças ao compromisso deste Governo com a sua Comunidade de Estudantes.







 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Leia Também: 

A chefe da Diplomacia guineense, Suzi Barbosa, recebeu as cópias figuradas da representante regional da UNHCR Sra. Fufor Monique  Ekoko, acompanhada da representante a nível nacional, Sra. Eunice Queta Esteves. 

A audiência permitiu a discussão da situação dos refugiados no nosso país e a representação felicitou as autoridades guineenses pela forma exemplar de integração dos refugiados na Guiné-Bissau.




Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

GUINÉ-BISSAU PREOCUPADA COM DOENÇA “MISTERIOSA” DOS PESCADORES SENEGALES

O Director-geral do Centro de Investigação Pesqueira Aplica da Guiné-Bissau (CIPA) considerou de preocupante a doença “misteriosa” que está a deixar centenas de pescadores senegaleses com uma doença de pele de causa desconhecida

Em entrevista à Rádio Sol Mansi, esta sexta-feira, Jeremia Francisco Intchama diz que já têm a informação, mas alerta que é um caso muito preocupante porque a doença é “misteriosa” sendo que não se sabe a causa.

“Tivemos a informação deste assunto a partir dos pescadores e foi confirmada pelos colegas investigadores do Senegal. Este é um caso muito preocupante porque é considerado um caso muito misterioso sendo que não se sabe a causa. Da nossa parte é preocupante também porque não se sabe se é uma contaminação química ou não”, sustenta.

Na Guiné-Bissau ainda não há registo de nenhum caso associado à doença, no entanto, o director-geral da CIPA, Jeremias Intchama, aconselha os pescadores sobretudo os que estão nas zonas fronteiriças com a vizinha Senegal, no sentido de precaverem porque o país não tem a condição de evitar a doença.

“Aconselhamos os nossos pescadores e sobretudo de as fronteiras a tomarem mais preocupação. Se disser que temos condições para fazer face a prática, estaria a falar sem firmeza. Aconselhamos a pessoas a não deitarem nenhum produto químico na água porque não prejudica só os peixes, mas também a vida humana”, adverte.

As autoridades senegalesas continuam ainda a investigar a misteriosa doença de pele detectada em mais de mil pescadores desde o seu surgimento, há cerca de uma semana, na região de Dakar.

Segundo o Ministro da Saúde de Senegal para já as autoridades excluem o risco viral e de contágio da doença, uma vez que todos os casos relatados progrediram favoravelmente e sem complicações, tendo apenas uma pessoa entre as 1.004 detectadas sido hospitalizada.

Por: Braima Sigá

Principal cientista nuclear do Irão assassinado a tiro nos arredores de Teerão

▲O ataque foi perpetrado contra o veículo onde Fakhrizadeh-Mahabadi viajava  Anadolu Agency via Getty Images — IRANIAN STATE TV / HANDOUT
(em atualização)

Segundo a imprensa internacional, Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi foi assassinado a tiro esta sexta-feira nos arredores de Teerão, a capital iraniana.

O cientista iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, um dos principais cientistas nucleares do país, tido como o mentor do programa nuclear iraniano, foi assassinado esta sexta-feira nos arredores de Teerão, segundo avança a imprensa internacional.

O cientista foi morto a tiro e, para já, não se conhecem os autores dos disparo. Segundo a agência noticiosa iraniana FARS, o ataque foi perpetrado contra o veículo onde Fakhrizadeh-Mahabadi viajava.

GUINE- BISSAU - Secretaria de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria em conferência de imprensa para falar sobre a situação dos antigos combatentes.


Radio Bantaba

GUINE-BISSAU - Domingod S. Pereira, Presidente do PAIGC, na sua mensagem semanal.


Domingod S. Pereira, Presidente do PAIGC, na sua mensagem semanal.
- Rabertura do Parlamento
- Orcamento geral do estado

Radio Bantaba

Guiné-Bissau: Desorganização e corrupção minam sistema da saúde pública

Por: Alison Cabral

A  saúde pública na Guiné-Bissau apresenta um quadro negro  dominado pela corrupção,  clientelismo, défice de qualidade de profissionais, degradação de infraestruturas, insuficiência  de recursos humanos.

Além do maior centro hospitalar do país (Hospital Nacional Simão Mendes), a nível território nacional constata-se a escassez de infraestruturas hospitalares funcionais, falta dos profissionais com qualidade, sem um plano estratégico para conter vários patologias. 

Numa reportagem na ilha de Bolama, foi visível constatar um hospital sem condições para funcionalidade.  Não há eletricidade permanente, nem materiais laborais adequados,  os enfermeiros, apesar de dedicados, não conseguem compensar as fragilidades.

Só há um médico para 8000 habitantes e nem sequer é cirurgião. Mesmo que fosse, ali não há bloco operatório, nem meios de diagnóstico e laboratoriais.

Em Bolama, nem sequer se fazem as análises ao sangue mais básicas que se realizam noutros pontos do país, o que prova o abandono da antiga capital.

Para além dessas faltas, o hospital não dispõe também de botes ou pirogas que possam servir de meio para transportar ou evacuar doentes entre as ilhas ou para a Capital Bissau.

Os doentes na cidade de Bolama são transportados em motorizadas, a partir das tabancas mais longínquas, para o hospital. Nas ilhas mais próximas de Bolama, os pacientes são transportados de canoas a remo, correndo muitos riscos. Os familiares dos pacientes relatam que, na tentativa de salvar vidas dos seus doentes, enfrentam enormes  perigos.

No leste da Guiné-Bissau, concretamente no setor de Gabú, o hospital local depara-se com várias dificuldades. Os responsáveis apontam, sobretudo a falta que um aparelho Raio- X faz, nomeadamente no tratamento de pessoas vítimas de acidentes de viação, frequentes na zona.

Desde 1994 que o hospital de Gabú deixou de ter um serviço de Raio-X, após a avaria do aparelho que existia.

Na longa lista de problemas de saúde pública da Guiné-Bissau está também a questão de medicamentos falsos que dão entrada no país e greve dos profissionais do setor.

A empresa Saluspharma Bissau, detida por grupos farmacêuticos portugueses, foi uma das três empresas estrangeiras que participaram no concurso público organizado pelo Estado Guineense, em 2016. Na sequência deste acordo, apenas a Saluspharma e Guipharma apresentaram a melhor proposta e venceram o concurso, obtendo licenças que as permitem importar medicamentos.

Embora com as mesmas   licenças concedidas pelo Estado guineense,  nota-se a entrada de medicamentos de forma ilegal no país e a empresa lamenta lentidão das autoridades em cumprir com a sua obrigação desde 2016, de supervisionar e de regulamentar o setor de importação de medicamentos para a Guiné-Bissau.

Em relação à paralisação dos hospitais, desde o mês do outubro do ano em curso, que o Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde iniciaram uma greve para exigir a regularização da carreira, pagamentos de dívidas em atraso e melhores condições de trabalho.

Numa declaração aos jornalistas, o responsável do Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde da Guiné-Bissau, Yoio João Correia, diz que as nossas principais reivindicações estão relacionadas com os pagamentos, inúmeras dívidas nomeadamente salários, subsídios.

Segundo o dirigente sindical, a questão essencial não é só o pagamento, mas a regularização da carreira dos técnicos de saúde. 

"Alguns documentos relativos à carreira de técnicos de saúde deveriam ter sido aplicados em maio e ainda não foram aprovados.

Existem muitos técnicos que não têm carteira profissional. É importante haver uma organização que regularize o exercício de enfermagem", salientou.

Além dos aspectos já mencionados em cima, a outra questão importante realçar é o bolo orçamental alocado pelos sucessivos governos da Guiné-Bissau para o sector da saúde pública.

Segundo informação disponível, a verba em causa serve simplesmente para manter as despesas correntes do Ministério de Saúde Pública e pagar salários aos profissionais do sector.

Os cinco maiores programas sanitárias: HIV, Malária, Tuberculose, a Nutrição e o Plano de desenvolvimento dos Recursos Humanos do sector de Saúde, não têm nenhuma contribuição do Estado guineense, do ponto de vista financeiro. Isto é uma debilidade terrível da própria capacidade do Estado em assumir as suas obrigações de promover a saúde em prol da população.