sábado, 28 de novembro de 2020

O coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Braima Camará reaparece com afirmações para analisar


Por CNEWS
  Novembro 28, 2020

O coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Braima Camará, afirmou nas Jornadas Parlamentares da sua formação política, que “o partido não manda em deputados”, o que faz convite a diferentes tipos de interpretações.

O reaparecimento e as afirmações de Camará foram registrados a três dias do início de mais uma sessão da plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP), que entre outros, vai discutir e votar a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE).

“O deputado só deve obediência aos dois instrumentos: O regimento da ANP e a Constituição da República”, afirmou esta sexta-feira.

Braima Camará, que é conhecido por falar sobre tudo que é atualidade no país, não fazia declarações públicas há mais de três meses, suscitando, por isso, comentários sobre o alegado mal-estar entre ele e o presidente Umaro Sissoco Embaló, que lhe teria roubado o “protagonismo” sobre os assuntos da governação, embora nenhum dos dois seja primeiro-ministro.

Um observador político contactado pelo Capital News, para fazer interpretação política das afirmações de Braima Camará, considera que as mesmas, para além de dar “liberdade de voto” aos deputados do MADEM G-15, sobre as votações de diferentes matérias, na plenária da Assembleia Nacional Popular, transparece sinal de “mal-estar” e de “ruptura” entre o coordenador do Movimento para Alternância Democrática e os aliados políticos que atualmente governam a Guiné-Bissau.

Braima Camará disse, há quatro meses, que não admitiria corrupção na governação e que nenhum ministro devia pensar que tinha a sua ilha à parte e podia fazer o que quisesse. Na mesma ocasião, à saída de uma audiência com o presidente da república, o coordenador do G-15 revelou que foi o seu partido quem propôs a nomeação de Nuno Nabiam para o cargo de primeiro-ministro.

Entretanto, nas suas últimas declarações, Braima Camará não deu orientações de voto aos deputados do seu partido, relativamente ao Orçamento Geral do Estado e outros pontos a serem submetidos à votação dos parlamentares.

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