© Getty Images Notícias ao Minuto 16/03/2025
A Rússia pretende ter garantias de que os países da NATO vão excluir a Ucrânia da adesão à Aliança Atlântica e que a Ucrânia permaneça neutra em qualquer acordo de paz, disse um vice-ministro dos negócios estrangeiros russo, em entrevista ao jornal local Izvestia.
"Vamos exigir que garantias de segurança rigorosas se tornem parte deste acordo", afirmou Alexander Grushko, citado pela agência Reuters, este domingo.
Acrescenta ainda que "parte destas garantias deverá ser o estatuto neutro da Ucrânia, a recusa dos países da NATO em aceitá-la na aliança".
A Ucrânia concordou com uma trégua incondicional de 30 dias se a Rússia parasse com os ataques no leste do país. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin não concordou com qualquer trégua e decidiu estabelecer condições maximalistas, como a Ucrânia ceder cinco regiões anexadas pela Rússia, abandonar as ambições de Kyiv de se juntar à NATO e desmantelar o governo ucraniano em vigor.
Na mesma entrevista, Alexander Grushko aponta que "um dos elementos mais importantes são os interesses de segurança da Rússia".
"A Europa deve entender que se forem criadas fortes garantias jurídicas internacionais para a segurança da Rússia, que excluam a adesão da Ucrânia à NATO e a possibilidade de implantar contingentes militares estrangeiros no seu território ou usá-lo para exercer pressão militar sobre a Rússia, então a segurança da Ucrânia e de toda a região num sentido mais amplo será garantida, uma vez que uma das causas profundas do conflito será eliminada", aponta ainda o vice-ministro dos negócios estrangeiros russo.
O enviado norte-americano à Rússia, Steve Witkoff, disse este domingo que Donald Trump irá reunir-se "esta semana" com Vladimir Putin para discutir a situação da Ucrânia, noticia a agência AFP.
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