Mulher a dormir e a sonhar Foto via Getty Images
Um estudo publicado esta semana nos Estados Unidos revela que muitos americanos afirmam que as suas relações com os entes queridos continuam, de alguma forma, para lá da morte.
As ligações que as pessoas mantêm com os seus entes queridos não terminam necessariamente após a morte, segundo os resultados de um inquérito recente do Pew Research Center.
Pouco mais de metade dos 5.079 adultos americanos inquiridos - 53% - afirmaram já ter sido visitados por um familiar falecido em sonhos "ou sob qualquer outra forma", de acordo com os resultados do inquérito divulgados na quarta-feira.
E, ainda segundo o Pew Research Center, 44% dos inquiridos disseram ter tido pelo menos um destes três encontros no ano passado: sentir a presença de um familiar falecido, contar a vida a um familiar falecido ou ter um familiar falecido a comunicar com eles.
O centro realizou o inquérito entre os membros do seu Painel de Tendências Americanas entre 27 de março e 2 de abril. O inquérito incluiu respostas de "americanos de todas as origens religiosas", incluindo budistas, judeus e muçulmanos, segundo o centro.
Os resultados mostraram que as pessoas moderadamente religiosas - medidas em parte pela frequência com que frequentam os serviços religiosos e se dizem que rezam diariamente - tinham mais probabilidades de ter tido interacções com familiares mortos.
Isto deve-se, em parte, ao facto de alguns dos grupos mais tradicionalmente religiosos e algumas das pessoas menos religiosas, como os ateus, terem menos probabilidades de relatar interacções com familiares falecidos, escreveram dois dos investigadores do centro num relatório sobre o inquérito.
"No que diz respeito à religião, cerca de metade ou mais dos católicos (58%), membros da tradição protestante historicamente negra (56%) e protestantes de linha principal (52%) dizem ter tido pelo menos uma destas três experiências no último ano - significativamente mais do que os 35% de protestantes evangélicos que dizem o mesmo", escreveram os investigadores Patricia Tevington e Manolo Corichi.
As mulheres - 41% - também são mais propensas do que os homens - 27% - a declararem ter sentido recentemente a presença de um familiar morto, segundo o inquérito.
O questionário de sim-não do inquérito não pedia explicações sobre a natureza desses encontros aos inquiridos.
Por este motivo, os investigadores escreveram que "não sabem se as pessoas vêem estas experiências como misteriosas ou sobrenaturais, ou se as vêem como tendo causas naturais ou científicas, ou algumas de ambas".
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