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Notícias ao Minuto 22/03/23
A cidade de Bakhmut tornou-se, em meados de fevereiro, numa das zonas mais intensas do conflito, que tem tido um elevado custo para os civis que permanecem na região.
Existe a forte possibilidade de o ataque russo à cidade ucraniana de Bakhmut estar a perder força no terreno, avança o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD), na sua atualização diária sobre a situação na Ucrânia.
De acordo com o MoD, em comunicado divulgado na rede social Twitter, as forças ucranianas iniciaram, nos últimos dias, um contra-ataque em Donetsk, o que provavelmente "aliviará a pressão na ameaçada rota de abastecimento de H-32".
"A luta continua no centro da cidade e a defesa ucraniana continua em risco de envolvimento do norte e do sul", acrescenta o Ministério da Defesa britânico no seu relatório de inteligência desta manhã.
Contudo, revela, que há "uma possibilidade realista" de que o ataque russo à cidade esteja "a perder força", que se pode dever ao facto de "algumas unidades do Ministério da Defesa russo" terem sido "realocadas para outros setores".
Na terça-feira, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revelou, por outro lado, que os bombardeamentos e combates na cidade de Bakhmut e arredores, leste da Ucrânia, estão a intensificar-se com elevado custo para os civis que permanecem na região.
Em comunicado, o organismo da ONU indicou que cerca de 3 mil civis permanecem na cidade - que possuía 72 mil habitantes antes do início da guerra - que necessitam de urgente ajuda humanitária. A localidade tornou-se, em meados de fevereiro, numa das zonas mais intensas do conflito.
Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. Os consecutivos ataques e bombardeamentos foram condenados pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu - e continua a responder - com o envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções políticas e económicas à Rússia.
Desde o início da guerra, de acordo com a ONU, morreram 8.317 civis e 13.892 ficaram feridos, números que deverão estar muito aquém dos reais.
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