Por: Tiago Seide JORNAL ODEMOCRATA 02/01/2023
O Partido da Renovação Social (PRS) responsabiliza o governo pela sua “inação e indisfarçável cumplicidade” face às sucessivas ondas de ataques contra cidadãos indefesos.
Em reação ao rapto e espancamento do cidadão Ussumane Baldé, antigo comerciante do mercado central de Bissau, por um grupo de homens armados no dia 30 de dezembro de 2022, o PRS diz condenar com veemência o ato que qualificou “brutal, bárbaro e selvático indigno” num estado de direito e democrático.
“O Partido da Renovação Social (PRS) tomou conhecimento de mais um caso de um cidadão nacional de nome Ussumane Baldé, vítima de rapto e espancamento por homens armados e fardados não identificados que derramaram o sangue do nosso irmão, supostamente por ter reivindicado, com os demais colegas, sobre a situação do mercado central” lê-se no comunicado consultado por O Democrata esta segunda-feira, 02 de janeiro de 2023.
Para o PRS, o “modus operandi do dito grupo de homens encapuzados” não passa de milícias ao serviço do regime para impulsionar o estado de terror na República da Guiné- Bissau, cujo único propósito é dotar-se de um poder altamente “autoritário, coercivo e intimidativo” para controlar os recursos do país como bem entender.
Neste sentido, os renovadores apelam a comunidade internacional não só a estar atento aos sistemáticos acontecimentos violadores dos direitos humanos, mas também a agir preventivamente, por forma a evitar possível caos, porquanto os sucessivos apelos e condenação não têm surtido efeitos desejáveis, nem parecem “incomodar o regime”.
Por fim, os renovadores apelam a todos os cidadãos patriotas para se erguerem, desde já, para uma “frente comum”, visto que as conquistas democráticas estão fortemente ameaçadas pelo poder instalado que, definitivamente, “teima em semear o terror no nosso país”.
Entretanto, na sua página oficial no Facebook, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) associou o rapto e espancamento aos protestos dos ex-ocupantes do mercado Central contra os procedimentos que culminaram com a concessão da gestão do referido mercado reconstruído a uma empresa.
“A LGDH condena este ato criminoso que vem engrossar a extensa lista de raptos e espancamentos de cidadãos, perpetrados pelas milícias ao serviço do terror, com a finalidade de intimidar e coarctar o exercício das liberdades fundamentais” lê-se no comunicado da organização.
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