Por LUSA 15/04/22
Mais de 900 corpos de civis foram descobertos na região de Kyiv após a retirada das forças russas, disse hoje o chefe de polícia regional.
Numa entrevista, Andriy Nebytov, chefe da força policial regional de Kyiv, adiantou que os corpos foram abandonados nas ruas ou enterrados provisoriamente e sublinhou que 95% morreram por ferimentos de bala.
"Consequentemente, entendemos que sob a ocupação (russa) as pessoas foram simplesmente executadas nas ruas", afirmou Nebytov, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
Mais corpos estão a ser encontrados todos os dias, sob escombros e em valas comuns, acrescentou.
Segundo o responsável, "a maioria das vítimas foi encontrada em Bucha, onde há mais de 350 cadáveres".
O Ministério da Defesa da Rússia prometeu hoje aumentar os ataques com mísseis à capital ucraniana, como resposta à alegada agressão da Ucrânia ao território russo, uma ameaça que se seguiu à relevante perda do navio russo Moskva no Mar Negro.
Dias antes, Moscovo acusou Kyiv de ferir sete pessoas e danificar cerca de 100 prédios de habitação com ataques aéreos em Bryansk, localidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia.
Autoridades ucranianas não confirmaram alvos de ataque na Rússia e as informações não puderam ser verificadas de forma independente.
"O número e a escalada de ataques de mísseis contra objetivos em Kyiv irão aumentar em resposta ao regime nacionalista de Kyiv que comete qualquer ataque terrorista ou desvio no território russo", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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As forças militares ucranianas estão "plenamente conscientes" de que a Rússia não vai perdoar o ataque ao cruzador Moskva, "símbolo das ambições imperialistas" russas, afirmou hoje uma porta-voz militar, adiantando que não foi possível resgatar a tripulação.
"Estamos plenamente conscientes de que não seremos perdoados" pelo ataque ao Moskva, afirmou, em conferência de imprensa, a porta-voz do comando militar da região sul da Ucrânia, Natalia Goumeniouk, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Goumeniouk referiu que o ataque ao Moskva, que se afundou na quinta-feira no Mar Negro depois de ter sido atacado pela Ucrânia com mísseis Neptuno, "não atingiu apenas o navio, atingiu as ambições imperiais do inimigo"....Ler Mais
A informação foi avançada esta sexta-feira pelo conselheiro do Ministério do Interior ucraniano.
Anton Kuprin, capitão do navio russo Moskva, que se afundou na quinta-feira depois de ter sido alvo de um incêndio em circunstâncias ainda por esclarecer, terá morrido durante o incidente. A informação foi avançada esta sexta-feira pelo conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, na rede social Telegram.
"O capitão e comandante do cruzador Moskva da frota do mar Negro, Anton Kuprin, morreu durante a explosão e incêndio a bordo", escreveu o responsável...Ler Mais
Kremlin volta a ameaçar os EUA e o Ocidente por causa do fornecimento de armas para os ucranianos.
A Rússia ameaçou, esta sexta-feira, os Estados Unidos, avisando que, se o fornecimento de armas à Ucrânia continuar, haverá "consequências imprevisíveis para a segurança regional e internacional".
Numa nota diplomática a que o Washington Post teve acesso, os russos avisar que os "EUA e os seus aliados" devem "parar com a militarização irresponsável da Ucrânia".
O presidente Joe Biden já anunciou vários pacotes de apoio ao governo ucraniano. A última ajuda foi aprovada ainda esta semana, no valor de 800 milhões de dólares (mais de 735 milhões de euros) em ajuda militar....Ler Mais
A página na internet da rádio francesa RFI, que transmite notícias em cerca de 15 línguas, incluindo russo, foi bloqueada na Rússia, noticiou hoje a France-Presse (AFP).
O site da RFI passou a estar na lista de sites bloqueados na Rússia pelo regulador de telecomunicações Roskomnadzor, segundo constataram jornalistas da agência de notícias, que apenas conseguem aceder aquele site através de uma rede privada virtual (VPN).
O regulador russo não especificou a razão do bloqueio, dizendo apenas que foi um pedido do gabinete do procurador-geral russo.
Financiada pelo Estado francês, a RFI tem dezenas de correspondentes em todo o mundo, bem como um serviço de língua russa sediado em França....Ler Mais
Quase 4,8 milhões de ucranianos fugiram da Ucrânia desde a invasão pela Rússia, há 51 dias, dos quais quase 60% foram para a Polónia, anunciou hoje o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com esta agência da Organização das Nações Unidas (ONU), 4.796.245 ucranianos deixaram a Ucrânia devido ao conflito até hoje, o que representa mais quase 50 mil pessoas do que o contabilizado até quinta-feira.
Este é o maior afluxo de refugiados desde a II Guerra Mundial, sendo que cerca de 90% dos que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças, já que as autoridades ucranianas não permitem a saída de homens em idade militar.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 215.000 de cidadãos originários de outros países também fugiram da Ucrânia, tendo, muitas vezes, encontrado dificuldades para regressar ao seu país de origem....Ler Mais
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