Luanda - Os chefes das diplomacias da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovaram, esta sexta-feira, o acordo de mobilidade, que será assinado sábado na presença dos Chefes de Estado e de Governo dos nove Estados-membros da Comunidade.
A informação foi avançada pelo ministro Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, tendo considerado o acordo como "o passo mais importante da organização até agora".
No final da reunião do Conselho de Ministros da CPLP, que decorreu esta sexta-feira, em Luanda, Augusto Santos Silva sublinhou que o entendimento vai facilitar a circulação de nacionais de países da CPLP no espaço da Comunidade.
Com a aprovação deste acordo sobre a mobilidade na CPLP, proposto por Cabo Verde, será possível transformar uma comunidade de países numa comunidade de pessoas na qual os cidadãos se possam sentir integrados.
Na reunião dos ministros da CPLP foram, igualmente, apresentadas as prioridades da presidência angolana e o foco na cooperação económica.
Na sessão desta sexta-feira foi também aprovado o plano de actividades para promover e difundir a Língua Portuguesa para os próximos anos.
Aposta no pilar económico
O presidente em exercício do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Téte António, considerou a aposta no pilar económico um elo para afirmação da organização a nível internacional.
No quadro da liderança rotativa da Comunidade, Angola optou pela introdução de um quarto pilar nos objectivos da CPLP.
Trata-se do segmento económico e empresarial, que está a ser considerado o quarto pilar, sendo que os outros são a "Promoção e difusão da Língua Portuguesa", "A concertação política e diplomática" e "A cooperação".
"A nova visão estratégica da CPLP alinhada à agenda da ONU 2030 para o desenvolvimento sustentável, constitui o alicerce que permite eleger a cooperação económica e empresarial", expressou Téte António, nesta sexta-feira.
No encerramento da Reunião do Conselho de Ministros da CPLP, o também chefe da diplomacia angolana, sugeriu uma cooperação multi-sectorial assente na justiça social e na promoção da cooperação mutuamente vantajosa.
Na sua intervenção, o presidente em exercício do Conselho de Ministros da CPLP defendeu o combate às assimetrias económicas e sociais no interesse do desenvolvimento inclusivo, harmonioso e sustentável dos Estados-membros, bem como dos respectivos povos.
Na sessão em que as intervenções convergiram na necessidade de uma cooperação mais intensa para enfrentar os desafios da pandemia da Covid-19, o ministro Téte António manifestou apreço pelo trabalho realizado pelo embaixador Francisco Ribeiro, na condução do secretariado executivo da organização, nos últimos três anos.
A XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP realiza-se sábado (17), em Luanda.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste
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