As autoridades da Guiné-Bissau receberam hoje da Fundação Calouste Gulbenkian material de diagnóstico e de proteção no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, anunciou a organização.
O material chegou a Bissau num voo, que aterrou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira ao início da tarde de hoje.
Em comunicado enviado à Lusa, a Fundação Calouste Gulbenkian salienta que o material de diagnóstico enviado inclui 500 kits de análise em PCR, com respetivos reagentes, que vão permitir realizar 1.000 testes à covid-19 pelo Laboratório de Saúde Pública da Guiné-Bissau.
O material de proteção enviado inclui viseiras, máscaras e batas para os técnicos de laboratório, refere-se no comunicado.
"Além desta entrega de material ao Laboratório Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau, a Fundação reforçou ainda o apoio à Direção de Serviços de Saúde Comunitária, através da ONGD VIDA, que tem no terreno um projeto de comunicação e sensibilização para a pandemia, com agentes de saúde comunitários a nível nacional", acrescenta-se na nota.
A Fundação Calouste Gulbenkian coopera com a Guiné-Bissau há mais de 50 anos, nomeadamente no setor da saúde, educação e reforço de organizações não-governamentais de apoio ao desenvolvimento.
A Guiné-Bissau registou até hoje 74 casos de covid-19, entre os quais se encontra uma vítima mortal e 18 recuperados.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou no domingo o estado de emergência no país até 11 de maio.
No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.
O estado de emergência foi declarado pela primeira vez no país a 28 de março e já foi prolongado duas vezes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1.467 nas últimas horas, com 33.273 casos da doença registados em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Guiné Equatorial lidera em número de infeções (258) e uma morte, seguido de Cabo Verde (114 e uma morte), Moçambique (76), Guiné-Bissau (74 e uma morte), Angola (27 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem oito casos confirmados.
NAOM
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