segunda-feira, 30 de março de 2020

OMS - "Livre circulação de equipamento médico é essencial para salvar vidas"

Na conferência diária de imprensa da Organização Mundial de Saúde, o diretor-geral referiu que livre circulação de equipamento médico é "vital".


Na conferência de imprensa desta segunda-feira sobre a evolução do novo coronavírus, o diretor-geral da  Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou que falou com os ministros das Finanças dos países membros do G20 acerca da escassez de equipamentos de proteção pessoal e ventiladores.

"A livre circulação de equipamento médico é essencial para salvar vidas e combater a propagação da pandemia, assim como o impacto económico que esta terá", referiu.

O apelo da OMS é que os países trabalham com as companhias para aumentar o nível de produção destes produtos essenciais.

"Especial atenção deve ser dada a países com menor desenvolvimento económico em África, na Ásia e América Latina", referiu.



"Ensuring free movement of essential health products is vital for saving lives & curbing the social & economic impacts of the pandemic"-@DrTedros

O diretor-geral da OMS reconheceu ainda que esta pandemia "está o drenar os sistemas de saúde de muitos países" e que há vários profissionais de saúde que ameaçam deixar os postos de serviço.

"Surtos anteriores mostraram-nos que quando os sistemas de saúde estão sobrecarregados, as mortes aumentam drasticamente", referiu o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Apesar da pandemia que o mundo enfrenta, o diretor-geral da OMS refere que os serviços essenciais devem continuar. "Continuam a nascer bebés, vacinas continuam a ter de ser entregues e as pessoas ainda necessitam de tratamento para outras doenças", acrescentou.

Manter a população informada sobre a duração das medidas implementadas deve também ser uma prioridade dos governos.

noticiasaominuto.com


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Covid-19 - Cientistas trabalham em 20 vacinas e 30 potenciais medicamentos

Cientistas em todo o mundo estão a trabalhar num total de 20 vacinas e 30 possíveis medicamentos contra a covid-19, alguns dos quais já estão na última fase de testes antes da aprovação definitiva.

De acordo com dados recolhidos pela Federação Internacional da Indústria Farmacêutica (Ifpma) - que representa as empresas e associações farmacêuticas baseadas em investigação de todo o mundo -, citada pela agência espanhola EFE, já há 20 vacinas em desenvolvimento em todo o mundo para combater o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.

Por outro lado, laboratórios têm identificados cerca de 30 medicamentos possíveis, dos quais 14 estão na fase inicial da investigação, quatro na fase I de desenvolvimento, três na fase II e um começou os ensaios da fase III, a última antes da aprovação.

A maioria dos laboratórios farmacêuticos envolvidos nestas investigações estão a desenvolver trabalho em colaboração com as duas grandes redes mundiais existentes para fomentar a investigação biomédica: a Coligação para as Inovações e a Preparação para Epidemias, nos EUA, e a Iniciativa de Medicamentos Inovadores, na União Europeia.

No total, de acordo com os dados da Ifpma, há atualmente cerca de 80 ensaios clínicos em curso para novos tratamentos experimentais e vacinas em desenvolvimento para o coronavírus, que incluem estudos sobre a atual covid-19 e também relativos à Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, na sigla em inglês) e à Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS).

No campo do desenvolvimento de uma possível vacina, os investigadores calculam que antes de 12 ou 18 meses não será possível dispor de uma eficaz.

Esta é a estimativa "no melhor dos casos" e pressupõe que uma ou duas das primeiras vacinas tenham finalmente êxito, segundo a Ifpma, que recordou também que, em geral, apenas uma de cada 10 vacinas em investigação acaba por ser aprovada.

Entre os candidatos a conseguir esta vacina destaca-se a investigação da farmacêutica alemã CureVac, que está a desenvolver uma vacina profilática, baseada na molécula "ARNm", contra o novo coronavírus e que espera começar ensaios clínicos no início do verão, na Alemanha e na Bélgica.

Entre os medicamentos em estudo estão antivirais testados anteriormente em patologias como o Ébola e o VIH.

Outras linhas de investigação incluem fármacos imunoterapêuticos e antimalária, cuja atividade deu indícios de poder ser relevante para fazer frente ao novo coronavírus.

Há empresas que estão a trabalhar com medicamentos inicialmente pensados para tratar a artrite ou com fármacos derivados do plasma sanguíneo para tratar indivíduos de alto risco.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727.000 pessoas em todo o mundo, das quais perto de 35.000 morreram. Do total de casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 396.000 infetados e cerca de 25.000 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais: 10.779 mortos, em 97.689 casos confirmados até domingo.

Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.


Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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