Uma equipa de investigadores do Instituto Murdoch, na Austrália, anunciou hoje que vai testar em profissionais de saúde contagiados com a covid-19 uma vacina utilizada para tratar a tuberculose para verificar a eficácia na mitigação dos sintomas da doença.
"Embora originalmente ter sido desenvolvido para tratar a tuberculose e de ainda ser administrado a mais de 130 milhões de bebés anualmente, o BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) também aumenta o consumo de substância imunológicas básicos do corpo", explicou um dos investigadores do Instituto Murdoch, em Melbourne, citado pela agência France-Presse.
O ensaio clínico vai envolver cerca de 4.000 profissionais de saúde nos hospitais australianos para verificar a capacidade desta vacina na redução dos sintomas da doença provocada pelo SARS-CoV-2.
O líder da equipa de investigadores, Nigel Curtis, explicou que, se o BCG atuar como é previsto, haverá "uma redução na frequência e gravidade dos sintomas" da covid-19, nos profissionais de saúde que estão infetados.
Estes testes em larga escala também serão realizados em outros países, como os Países Baixos, Alemanha ou o Reino Unido.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Na quarta-feira, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.
Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes reportadas (29.406 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes (81.321 casos).
O continente africano registou até hoje 87 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 3.200 casos, em 46 países.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
NAOM
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