O presidente da Comissão Organizadora da Conferência Nacional para a Reconciliação, padre Domingos da Fonseca exortou aos políticos, sobretudo os candidatos às eleições presidenciais marcadas para 24 de novembro a assumirem uma postura integral de respeito ao compromisso assumido perante o Código de Conduta e Ética Eleitoral.
A exortação foi tornada pública numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, após um retiro realizado nos dias 15 à 17 deste mês em Bula, denominado “Apelo de Bula”.
Domingos da Fonseca disse que as eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo(24) são determinantes para a estabilização política, governativa e institucional do país.
“Almeja-se que as eleições decorram num clima de paz, tranquilidade e que sejam livres, justas e transparentes dentro do quadro democrático e de respeito pelos direitos e liberdades fundamentais de todos os cidadãos”, acentuou.
Fonseca exortou ainda a todos os candidatos, partidos políticos, seus apoiantes e forças vivas da Nação a tolerância e não incitamento ao ódio e à violência individual e colectiva, tanto antes assim como depois do processo de publicação dos resultados eleitorais.
Aquele responsável da igreja católica pediu aos concidadãos guineenses o exercício do direito cívico de escolha do mais alto Magistrado da Nação com base numa reflexão livre, consciente e responsável.
Perguntado se ainda é possível a realização da Conferência Nacional para Reconciliação uma vez que a instabilidade política não facilitou a concretização do evento, Domingos da Fonseca disse que está convicto de que é possível realizar a conferência porque será um passo determinante para o futuro do país.
“Já fizemos enorme trabalho e estamos mais de que preparados para materializar o mandato da comissão. É claro que nós não queremos uma conferência falhada, que não nos ajudará a atingir os resultados almejados”, afirmou.
Domingos da Fonseca sublinhou que numa situação de tensão política não é possível realizar a conferência, e que espera contar com a boa vontade dos actores políticos e dos órgãos da Soberania Nacional, justificando que chegará o momento em que todos terão um olhar fixo na realização desse evento porque o povo espera que isso se materialize.
Disse ainda que espera que o Povo vai ser capaz de escolher um candidato que lhes garante ser um elo de comunhão entre os guineenses e factor de estabilidade permanente, que para ele, é uma condição absolutamente necessária para que se possa trilhar um caminho de desenvolvimento sustentável.
Doze candidatos perfilam na corrida presidencial cuja votação terá lugar no domingo. Os concorrentes assumiram o compromisso de promover uma campanha sem incitamento ao ódio, nem violência, e sobretudo na base de civismo e ordem para preservar a paz social.
Notabanca; 19.11.2019
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