terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

GOVERNO NÃO DESCONTA SALÁRIO DOS PROFESSORES EM GREVE


O primeiro-ministro anunciou, hoje (11), que o governo já não vai proceder os descontos no salário dos professores durante o último mês da greve como havia sido anunciado

A iniciativa visa salvar o ano lectivo numa altura em que os sindicatos ameaçam avançar com mais uma paralisação no sector da educação prevista a iniciar esta quinta-feira (14 de Fevereiro). Caso a greve concretizar os alunos ameaçam paralisar instituições de Estado.

Sobre o facto o primeiro-ministro - na qualidade de ministro das finanças, promoveu, hoje (11), uma conferência de imprensa, para tornar público as diligências que estão a ser feitas pelo governo no sentido de satisfazer “algumas exigências” dos professores.

De acordo com Aristides Gomes, há um grupo de pessoas que quer aproveitar a falha entre o Estado e os professores para estragar os poucos recursos que o país despõe” por isso decidiu-se que não vão ser feios os descontos do último mês da greve aos professores e os descontos já feitos serão repostos.

“Tendo em conta que há grupos que estão aproveitar a falha entre estado e os professores, nós tomamos em conta isto dessemos que não vamos proceder os descontos mesmo neste último mês de Janeiro como havíamos anunciado. Portanto, aqueles que já foram descontados vamos repor no mês de Fevereiro, para evitar aqueles que querem aproveitar deste movimento social dos alunos e professores para estragar o pouco recurso que o país despõe e para comprometer o processo de eleições que vai ajudar a estabilizar o nosso país”, explica o ministro das finanças.

No que diz respeito ao ponto considerado chave pelos sindicatos para evitar a paralisação (a publicação, no boletim oficial, do estatuto da careira docente), Aristides Gomes diz que “infelizmente” o assunto já está fora da alçada do seu governo porque tem pouco tempo e dentro em breve entrará em função um novo governo que acredita-se que terá possibilidade para por em prática o dossier.

Por seu lado o Secretário Estado do Tesouro, Suleimane Seide, garante que alguns professores contratados e novos ingressos já estão a receber os ordenados e garante a conclusão das operações de pagamento de dois meses (novembro de 2018 e janeiro de 2019) aos contratados e novos ingressos até quarta-feira (13).

Entretanto, alguns especialistas em educação defendem que o ano lectivo nas escolas públicas do país devia ser considerado nulo pelo Governo por incumprimento de grande parte da matéria programada devido às greves dos professores.

O primeiro-ministro desdramatiza o facto, afirmando que o ano lectivo não pode ser nulo porque há possibilidade de ser prorrogado até Julho.

“Não devemos anular o ano, se tivermos férias em Junho porque não podemos ir até Julho, se for na época da chuva já habituamos a chuva porque nascemos na chuva”, sustenta.

O Primeiro-ministro, Aristides Gomes, afirma que a greve dos professores à porta das eleições não vai facilitar o processo do desenvolvimento do país por isso apela o engajamento da sociedade da Guiné-Bissau. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo

radiosolmansi.net

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