sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Nenhum Partido Político deve exibir-se ao ponto de afirmar que qualquer apoio da Comunidade Internacional à Guiné-Bissau só será viabilizado se, determinado partido político vencer as eleições legislativas na Guiné-Bissau


A Educação cívica visando a participação dos cidadãos quer no processo de recenseamento eleitoral, quer no próprio acto eleitoral, devia ser alargada aos partidos políticos numa vertente patriótica, visando Compromissos, com a Paz, a Estabilidade Política e Social, mas sobretudo, com o respeito pela Constituição e pelas Leis da República!

Estamos a falar de eleições legislativas; ansiosos por essas eleições, ignorando o percurso da crise política e social que ainda vivemos, e que por via da realização das eleições, se vai acentuando a cada dia que passa.

É importante que os líderes dos partidos políticos tenham presente que, no caso de, as eleições legislativas se realizarem antes das eleições presidenciais, previstas para 2019, a crise política pode continuar, dependendo dos resultados eleitorais e, da coabitação política e institucional entre o Presidente da República e o Governo saído dessas eleições.

Numa altura tão importante para a busca da harmonização política e social, infelizmente, alguns políticos, alimentados da arrogância egocentrista, e sedentos do poder político-institucional, continuam a semear, consciente ou inconscientemente, a continuidade da crise, ao ponto de confundirem o Estado com os seus partidos políticos, numa estratégia manipuladora visando enganar e obter apoios da Comunidade Internacional e dos Parceiros da Guiné-Bissau.

A Comunidade Internacional e os Parceiros da Guiné-Bissau sabem, repito, sabem, que a Guiné-Bissau é um Estado de Direito Democrático, com todas as exigências e as lacunas que a caracterizam como tal, por isso, nenhum Partido Político deve exibir-se ao ponto de afirmar que qualquer apoio da Comunidade Internacional à Guiné-Bissau só será viabilizado se, determinado partido político vencer as eleições legislativas na Guiné-Bissau!

Se a Comunidade Internacional e os Parceiros da Guiné-Bissau têm um pré-acordo com algum partido político nesse sentido, aproveito desde já para denunciar e repudiar a manipulação e, ou, usurpação da vontade popular, caso contrário, que denunciem e repudiem, igualmente, esse manifesto pretensioso, por parte de lideranças político-partidárias que, ao invés de trabalharem para a harmonização política e social, visando ultrapassar a vigente crise política, institucional e social, querem promover a sua continuidade.

Positiva e construtivamente, Guiné ka na maina!

Didinho 08.11.2018

Fernando Casimiro

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