Mamadú Iero Jamanca, em conferência de imprensa realizada hoje, disse que a ANIE-GB declinou o convite do Ministério do Comércio e Promoção Empresarial para tomar parte no evento por sentir-se excluído e censurado do processo.
“Quer dizer, está-se a ser implantado atualmente no país uma cultura de censura. Ou seja, quem tem opinião diferente com o nosso não pode falar. Portanto como sentimos censurados e excluídos, afirmamos que não podemos legitimar eventualmente uma decisão a ser tomada na abertura da campanha 2018”, , afirmou.
Iero Jamanca sublinhou que como as pessoas lhe reconhece os valores com que está a administrar aquela organização, vai continuar a ser coerente na defesa dos seus princípios.
“A Associação de Exportadores enquanto cabeça de toda a fileira de caju já adquiriu o direito de opinar sobre as grandes questões que nortearam a problemática da campanha de caju”, susutentou.
Jamanca disse que a abertura oficial da campanha de caju seria uma oportunidade para todos os actores da fileira de caju procederem ao balanço do que foi a campanha do ano passado.
“Quero dizer que a abertura da campanha de caju vai ser feita pelas pessoas que não têm uma ligação directa com o processo. Não sentem aquele calor e frio de fazer a campanha de caju, porque limitam-se a sentar-se nos seus gabinetes a fazer outras coisas”, informou.
Mamadú Iero Jamanca frisou que antes da abertura da campanha de caju, as pessoas deviam saber antes em que estado estão os cajueiros nas matas, das expectativas da primeira colheita entre outras em parceria com a Associação Nacional de Agricultores.
“As instituições que agora reclamam que são os reguladores e donos de caju do país, deviam apresentar ao povo guineense o resultado desse trabalho. Ou seja, se existem falhas, quais são as qualidades de produção do ano passado entre outros”,referiu.
Por sua vez, o advogado da Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau afirmou que o despacho número 3/2017 do gabinete do ministro cessante do Comércio e Promoção Empresarial, de 21 de Abril já foi chumbado em resultado de uma Providência Cautelar intentada pela ANIE-GB.
“A ANIE-GB por não se conformar com o referido despacho que entre outros altera o montante de atribuição de Alvarás de operação na campanha de cajú de 500 mil francos CFA para cinco milhões”, disse Halen Napoco.
Informou que até a decisão contrária o despacho número 3/2017 não pode ser aplicado, porque o Ministério do Comércio foi notificado bem como todas as instituições que normalmente intervém na fileira de caju.
“Mesmo assim houve uma desobediência reiterada do Ministério do Comércio e outras instituições da administração pública no sentido de desrespeito a decisão do Tribunal. Facto que configura num crime de desobediência”, esclareceu.
Napoco salientou que, com este acto de desobediência estão à espera da atuação do Ministério Público enquanto fiscal da legalidade.
ANG/ÂC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário