Doze jornalistas guineenses ficaram hoje feridos e o seu equipamento de trabalho foi destruído por polícias em Conakry quando defendiam um colega que está detido, segundo um órgão de comunicação social local.
Os jornalistas estavam a defender o diretor do grupo privado de rádio e de televisão Gangan, Abdoubacar Camara, que está sob custódia policial desde segunda-feira, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o presidente da União de rádios e televisões livres na Guiné (Urtelgui), Sanou Kerfala Cissé.
Camara foi detido para interrogatório, juntamente com três jornalistas do seu grupo, depois de terem surgido rumores, entre domingo à noite e segunda-feira, de que o Presidente da Guiné-Conakry, Alpha Condé, teria morrido, segundo a polícia local.
Na origem dos rumores estará a transmissão de uma música funerária na rádio do grupo Gangan no domingo, depois da morte de um jornalista do grupo.
Os rumores foram dissipados depois do chefe de Estado ter aparecido na televisão na noite de segunda-feira.
Os três jornalistas foram libertados na segunda-feira depois de serem ouvidos, mas o diretor do grupo Gangan continua detido "por necessidade de investigação", indicou hoje à AFP um responsável da polícia.
A Guiné-Conacri ocupa o 101.º lugar entre 180 países no 'ranking' da liberdade de imprensa para a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
NAOM
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