quinta-feira, 7 de setembro de 2017

João Lourenço confirmado novo Presidente de Angola

Os resultados finais das eleições gerais de 23 de agosto, divulgados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), confirmam João Lourenço como novo Presidente de Angola, com 61% dos votos alcançados pelo MPLA.



O anúncio foi feito pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, em conferência de imprensa, para divulgação dos resultados definitivos das eleições gerais angolanas, que confirma também Bornito de Sousa novo vice-Presidente da República.

Os resultados apontam ainda que a UNITA é a segunda força política mais votada, tendo alcançado 26,67% dos votos, seguindo-se a coligação de partidos CASA-CE, com 9,44% dos votos.

Por Lusa

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João Lourenço garante abertura ao diálogo e ambiente de concórdia

O futuro Presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, assegurou hoje "abertura ao diálogo permanente com as demais forças políticas do país", propondo-se ainda "incentivar e praticar ambiente de concórdia" para o engrandecimento de Angola.


"Aos líderes dos demais partidos concorrentes gostaria de manifestar também os nossos agradecimentos pela sua participação no processo eleitoral, manifestar a nossa abertura para o diálogo permanente nas instituições, desde que isso concorra para o engrandecimento do nosso país", disse João Lourenço, na sua primeira declaração após o anúncio dos resultados das eleições gerais de 23 de agosto, da qual saiu vencedor o MPLA, com 61,07% dos votos.

João Lourenço convidou as forças concorrentes a juntarem-se à cerimónia de investidura. "Para a qual seguramente estão, à partida, convidados, o que contribuirá para este ambiente de concórdia que nos propusemos incentivar e praticar", referiu.

O terceiro Presidente da República de Angola, em 42 anos de independência, considerou ainda que com este desfecho das eleições, "a vitória não é apenas do MPLA", mas "de todo o povo angolano", para quem prometeu "trabalhar com dedicação e total entrega".

"Convido assim todos os angolanos a darem a mão e comemorarem, em conjunto, de forma efusiva, alegre e entusiasta esta vitória, sem excessos e dentro do respeito ao próximo e apelamos as autoridades que desencorajem qualquer ato de intolerância política, que eventualmente possa surgir em qualquer parte do território nacional", apelou.

João Manuel Gonçalves Lourenço, que terá como vice-presidente, Bornito Baltazar Diogo de Sousa, garantiu ainda na sua comunicação que o próximo Governo vai trabalhar no sentido de "afastar as práticas e comportamentos reprováveis", que "provavelmente estarão na base de tanta abstenção".

Estas eleições, assinalou, "decorreram dentro dos padrões internacionais, num clima de paz e harmonia, salvo alguns casos prontamente identificados, condenados e repudiados pela sociedade", tendo os observadores internacionais declarado "por sua honra que as eleições foram livres e justas e que tiveram um alto nível de organização".

O recém-eleito Presidente da República de Angola criticou ainda a onda de contestações, sobretudo dos partidos concorrentes, em torno dos resultados que, à partida, davam já vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), face aos dados provisórios divulgados anteriormente pela CNE.

"A tentativa de incitação à desobediência civil só vem demonstrar que essas forças políticas não respeitam a vontade popular expressa nas urnas, porque entendem haver formas ilegais de anular essa mesma vontade popular e desta forma constituir o tão propalado Governo Inclusivo e Participativo, mas que no caso concreto o povo não sufragou", apontou.

Ou ainda, "qual cabula malfeita, enveredar pela chamada geringonça, que terá acontecido em outras paragens, onde o povo não deu 61% dos votos válidos, nenhuma maioria qualificada de mais de dois terços a nenhum dos concorrentes", disse, referindo ao acordo de Governo em Portugal.

O MPLA e o seu cabeça de lista João Lourenço são os vendedores das eleições gerais de 2017, com 4.164.157 votos (61,07%) elegendo 150 deputados à Assembleia Nacional.

O anúncio foi feito hoje pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, quando apresentava em Luanda os resultados definitivos das eleições gerais, com a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) a quedar-se na segunda posição, com 1.818.903 votos (26,67%) elegendo 51 deputados.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) obteve 643.961 votos, perfazendo 9,44% e elegendo 16 deputados, já o Partido de Renovação Social (PRS) totalizou 92.222 votos (1,35%) a Frente Nacional de Libertação Nacional (FNLA) com 63.758 votos, perfazendo 0,93%, elegeu um deputado, ao passo que a Aliança Patriótica Nacional (APN) somou apenas 34.976 (0,51%), não elegendo nenhum deputado.

NAOM

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