quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Primeiro-ministro do Senegal reconduzido no cargo, novo governo em formação


O primeiro-ministro senegalês cessante, Mahammed Boun Abdallah Dionne, foi hoje reconduzido no cargo e deve formar um novo governo, cerca de um mês e meio após as legislativas que deram a vitória à maioria do Presidente Macky Sall.

Dionne, chefe do governo desde julho de 2014, "vai permanecer no seu posto", indicou a página oficial do governo na internet ao citar um decreto presidencial hoje publicado.

Dionne, 57 anos, e cuja recondução era aguardada, apresentou na terça-feira a sua demissão e a do seu governo ao Presidente Macky Sall, seguindo uma tradição republicana do Senegal, um dos raros países africanos que não registou qualquer golpe de Estado desde a sua independência em 1960 e que é apontado como um modelo de democracia no continente.

A maioria presidencial venceu com larga vantagem o escrutínio legislativo de 30 de julho. Cuja lista era dirigida por Dionne, um homem considerado um tecnocrata reservado, mas que demonstrou grande combatividade durante a campanha.

As eleições foram, contudo, assinaladas por importantes problemas de organização e foram contestadas pela oposição, em particular na capital Dakar.

Próximo do Presidente Macky Sall e engenheiro-economista de formação, Dionne passou pelo setor privado (IBM France), e pela Organização das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial (ONUDI).

O novo governo deve ser formado "nas próximas horas ou dias", referiu hoje a agência noticiosa estatal senegalesa APS.

O Presidente Macky Sall foi eleito em 2012 para um mandato de sete anos, após derrotar Abdoulaye Wade, que permanecia há 12 anos no poder.

O futuro governo deverá prosseguir a aplicação do "Plano Senegal Emergente", desencadeado em 2014 para tornar o Senegal num país emergente no horizonte 2035, devido designadamente a um reforço das infraestruturas (transporte, água, eletricidade).

As próximas eleições presidenciais estão previstas para janeiro de 2019.

Dn.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário