sábado, 17 de maio de 2025

“ATUALMENTE A GUINÉ-BISSAU DISPÕE DE 0,5 MEDICOS PARA CADA MIL HABITANTES” – Bastonário da Ordem dos Médicos

 Rádio Sol Mansi  17 05 2025

Bastonário da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau afirmou, hoje, que o país conta com apenas 0,2 médicos pora cada mil habitantes, número “extremamente” insuficiente para responder às necessidades da população.

A declaração foi feita por Elísio Pedro Indi, à margem de um seminário de apresentação de programas, serviços e documentos estratégicos do Sistema Nacional de Saúde, destinado aos novos médicos que irão integrar a Ordem.

“Contamos à dedo o número de médicos especialistas na Guine”, lamenta o Bastonário da Ordem dos Médicos. 

Elísio Indi apelou à reflexão coletiva sobre a situação da saúde no país e lamentou a contínua fuga de quadros médicos para o exterior. 

O Bastonário explicou que as sucessivas greves convocadas pelo setor não têm como objetivo apenas a reivindicação salarial, mas sim o melhoramento do sistema sanitário nacional.

“Queremos aconselhar os guineenses a deixarem de querelas politicas. (…) Neste momento a cada minuto viajam médicos e neste momento os nossos centros de saúde estão a ficar desertos”, lamenta.

Indi disse ainda que a convocação das greves é sobre o melhoramento do sistema sanitário e ainda criticou a sociedade civil pela passividade diante da situação. 

Indi criticou ainda a sociedade civil pela sua passividade perante os graves problemas do setor e apelou ao cumprimento do orçamento previsto para a saúde. Afirmou também que “o investimento em saúde é zero”, o que, contribui para o agravamento do estado geral de saúde da população e impede o desenvolvimento do país.

Elísio Pedro Indi destacou que não é obrigação de Portugal oferecer bolsas para tratamentos de saúde, expressando preocupação quanto à falta de alternativas internas, caso essa possibilidade deixe de existir 

O setor da saúde continua a enfrentar sérios desafios na Guiné-Bissau, com um número muito reduzido de médicos e quase nenhum investimento, cresce a urgência de ações concretas para garantir o direito à saúde e promover o desenvolvimento sustentável do país.


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