© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
Por Lusa 18/07/24
O Exército de Israel reclama ter matado Mohamed Jabarah, comandante das Brigadas Izz ad-Din Al-Qassam, braço armado do Hamas, durante um ataque aéreo no vale de Bekaa no Líbano.
"(Mohamed Jabarah) foi responsável por levar a cabo ataques terroristas e disparos de mísseis contra o Estado de Israel, incluindo ataques coordenados com a organização terrorista Jamma Islamiya", refere um comunicado militar israelita difundido hoje.
Para Israel "a eliminação" de Jabarah "diminui as capacidades do Hamas" no que diz respeito à planificação e execução de ataques na zona de fronteira com o território israelita.
Antes do anúncio de Israel, as Brigadas Al-Qassam comunicaram a morte do "comandante Mohamed Hamed Jabarah, aliás 'Abu Mahmud', durante uma operação de assassinato levada a cabo por aviões sionistas na zona de ocidental do vale de Bekaa, no Líbano".
Os confrontos fronteiriços, entre Israel e forças do grupo xiitas Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano, começaram no dia 08 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas contra território israelita que fez 1.200 mortos.
Desde essa altura também ocorrem confrontos entre Israel e o grupo sunita libanês Jamaa Islamiya.
Os ataques de Israel contra o Líbano concentram-se no sul mas a aviação também ataca a zona de Bekka, a 90 quilómetros a nordeste da fronteira onde o Hezbollah mantém posições.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN) identificou Jabarah como "líder do grupo sunita libanês Jamaa al Islamiya, aliado do Hamas e fundado há 60 anos como ligação libanesa do grupo islâmico Irmandade Muçulmana, organização que tem um peso político limitado em Beirute, com apenas um membro no Parlamento.
De acordo com a agência EFE, o grupo sunita Jamaa al Islamiya tem-se envolvido em confrontos com Israel, nos últimos meses.
A fronteira entre Israel e o Líbano enfrenta o maior período de violência desde 2006 tendo morrido desde outubro de 2023 mais de 530 pessoas, a maior parte libaneses do Hezbollah mas também cidadãos da Síria e civis.
Em Israel morreram 29 pessoas no norte do país na sequência de ataques projetados a partir de território libanês: 17 militares e 12 civis.
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