segunda-feira, 25 de março de 2024

KATE MIDDLETON: Cancro de Kate. É normal sentir tristeza quando um famoso adoece?

© OLI SCARFF/AFP via Getty Images

 POR ANA RITA REBELO  Notícias ao Minuto   25/03/24 

O anúncio sobre o diagnóstico de cancro de Kate Middleton caiu que nem uma bomba, pondo fim às mais diversas especulações, e gerou uma enorme comoção.

Desde sexta-feira, dia 22 de março, que o vídeo de Kate Middleton tem emocionado o mundo. Após várias semanas de especulação sobre o que lhe teria acontecido após ter sido submetida, em janeiro, a uma cirurgia abdominal, a princesa de Gales, casada com o herdeiro da coroa britânica, William, revelou que tem cancro, gerando uma onda de comoção e solidariedade. Mas será que podemos sentir tristeza por pessoas que nunca conhecemos pessoalmente? A psicóloga Teresa Feijão responde prontamente que 'sim'. 

"As doenças de famosos têm o potencial de comover a população, especialmente quando estão em causa figuras públicas que são amadas ou admiradas por muitas pessoas. Isso pode gerar um sentimento de maior empatia. E, muitas vezes, as celebridades usam a sua visibilidade para aumentar a consciencialização sobre certas condições de saúde, inspirando os outros a procurar tratamento ou simplesmente mostrar apoio às pessoas que enfrentam desafios semelhantes", começa por afirmar a especialista, em declarações ao Lifestyle ao Minuto.

Por outro lado, digerir este tipo de informação também pode provocar medo, "nomeadamente quando a doença é percebida como grave, incurável ou de difícil tratamento, e quando a pessoa famosa em questão é vista como um ícone de saúde ou vitalidade e aparentemente intocável", refere. "As pessoas identificam-se com figuras públicas e podem desenvolver o pensamento de que, se a doença pode afetar alguém tão famoso, também podem ser afetadas. No fundo, ver uma pessoa famosa ser afetada por uma doença grave pode ativar a vulnerabilidade humana e lembrar às pessoas que ninguém está imune a problemas de saúde", explica Teresa Feijão.

Esclarece também a psicóloga que este medo nada tem que ver com hipocondria (um transtorno mental caracterizado por uma preocupação excessiva com a saúde e uma interpretação exagerada de sintomas físicos) ou nasofobia (um medo irracional de contrair uma determinada doença ou uma infeção). "Enquanto o medo gerado pela doença de uma figura pública pode ser temporário e específico para essa situação, a hipocondria e a nasofobia são condições mais duradouras e podem afetar várias áreas da vida de uma pessoa."

Teresa Feijão reforça ainda que "nem sempre a doença de uma pessoa famosa causa medo na população". "Pode inspirar compaixão, aumentar a consciencialização e reduzir o estigma em torno de certas condições médicas, encorajando outras pessoas a compartilharem as suas próprias experiências e procurar apoio", diz.

No entender da especialista, deve existir critério na procura por informações. "É importante procurar fontes confiáveis e verificar a veracidade dos dados antes de tirar conclusões precipitadas", aconselha. Mais: "Procurar informações sobre a doença em questão também "pode ajudar a dissipar medos infundados".

"Em vez de permitir que o medo o domine, é importante manter o foco em cuidar da própria saúde, adotando hábitos de vida saudáveis, fazendo exames de saúde regulares e procurando ajuda médica sempre que necessário", conclui a psicóloga.


Serviços telefónicos de apoio emocional em Portugal

SOS Voz Amiga (entre as 16 horas e as meia-noite) -  213 544 545 (número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660 

Conversa Amiga (entre as 15 e as 22 horas) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

Telefone da Esperança (entre as 20 e as 23 horas) - 222 080 707 

Telefone da Amizade (entre as 16 e as 23 horas) – 228 323 535

Todos estes contatos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24), o contacto é assumido por profissionais de saúde. Deve selecionar a opção 4 para o aconselhamento psicológico. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.



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