sábado, 30 de setembro de 2023

UE reitera apoio a Kyiv para recuperar a sua integridade territorial

© Denis Doyle/Getty Images

POR LUSA   30/09/23 

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, reiterou hoje, a partir da cidade portuária ucraniana de Odessa, que a Europa continuará a apoiar a Ucrânia na recuperação da sua integridade territorial.

"Hoje há um aniversário. É um momento para recordar que uma parte do território ucraniano, das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, foram ilegalmente anexadas pela Rússia, como antes também foi a Crimeia. Nós apoiaremos a Ucrânia na sua luta por recuperar a sua integridade territorial", afirmou o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, no dia em que Moscovo celebra a anexação daquelas quatro regiões ucranianas.

Numa mensagem por vídeo durante a sua visita não anunciada à Ucrânia, Borrell afirmou que a sua presença naquele país tem como objetivo mostrar o apoio europeu a Kiev, de um ponto de vista militar, económico, político e de atividade diplomática de procura da paz, mas "uma paz justa que preserve a integridade territorial e a independência da Ucrânia".

Josep Borrell aproveitou o momento para homenagear todos os homens e mulheres da Ucrânia que lutam pela soberania do seu país.

Odessa, apesar de ser "uma cidade tão bela", está nas primeiras páginas dos jornais não pelas suas "atividades culturais" ou "pela sua beleza e pela sua história", mas antes pelos "bárbaros ataques" da Rússia, que destruíram as infraestruturas portuárias e as suas igrejas, lamentou.

"Eu testemunhei as consequências desta guerra e de como a Ucrânia e Odessa estão a pagar um preço muito elevado. Este é um bom exemplo de como a Rússia está a destruir, tentando destruir, a Ucrânia", acrescentou.

Moscovo celebrou hoje o chamado "Dia da Reunificação", para comemorar a anexação de quatro regiões ucranianas, que ainda não controlam na sua totalidade e onde as tropas russas procuram conter o avanço das forças de Kiev.

Entretanto, os combates ainda não perderam intensidade, sobretudo nas regiões de Zaporijia e Donetsk, no sul e leste do país, onde desde junho as tropas ucranianas procuram levar a cabo uma contraofensiva, abrandada pela densidade das linhas defensivas russas.

O Instituto do Estudo da Guerra, nos Estados Unidos, notou, no seu último relatório, que as forças ucranianas continuaram operações de ataque na zona de Robotine, Verbove, Novoprokopivka, em Zaporijia, e a sul de Bajmut, na zona oriental de Donetsk.

O Ministério da Defesa russo confirmou hoje que as tropas de Kiev lançaram um total de sete ataques na frente de Donetsk, mas que terão sido repelidos pelas forças de Moscovo, com apoio de artilharia e meios aéreos.



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