Jun 12, 2022
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Bissau,13 jun 22(ANG) – O porta-voz da Presidência da República, disse que, uma vez mais, o líder do PAIGC Domingos Simões Pereira está a tentar focalizar uma questão de estrito interesse nacional, que é a participação do partido num Governo inclusivo de Iniciativa Presidencial, com as condições que chama de “mundanas” de índole pessoal, que visem “furtar-se” à justiça.
António Óscar(Kankan) Barbosa, reagia à uma alegada entrevista dada a Voz de América pelo líder do PAIGC, em que, Simões Pereira terá dito que apresentou ao Presidente da República algumas condições prévias antes de qualquer decisão para satisfazer o convite para o PAIGC integrar o Governo de sua Iniciativa, nomeadamente a abolição de quaisquer actos de violação dos Direitos civis e políticos dos cidadãos, entre outras.
Kankan diz que são falsas e nega que nenhuma dessas questões foram abordadas.
Num comunicado do Gabinete de Comunicações e Relações Públicas da Presidência enviada à ANG, Kankan disse que é ocasião para dizer “basta” ao Domingos Simões Pereira e as suas “manobras sórdidas” e dizer-lhe para ter a coragem e hombridade de separar as águas e dignar-se, tal como qualquer cidadão comum, a enfrentar a justiça.
“Estamos absolutamente certos, enquanto porta voz da Sua Excelência Senhor Presidente da República, daquilo que estamos a afirmar e disso podem testemunhar os dirigentes do PAIGC, nomeadamente o comandante Manuel dos Santos Manecas, Adiatu Djalo Nandigna, Ali Hijazy e Adriano Ferreira(Atchutchi), que tiveram a oportunidades de assistir as audiências acordadas pelo chefe de Estado ao PAIGC”, disse.
O comunicado refere que, numa das audiências, Domingos Simões Pereiras tentou condicionar a participação do PAIGC no Governo de Iniciativa Presidencial ao solicitar a intervenção do Presidente da República no sentido deste mandar parar os processos judiciais que pendem sobre ele e da situação gerada por um militante do partido, a que Tribunal Regional de Bissau mandou suspender e fazer reiniciar todo o processo de preparação do Congresso do partido.
Como resposta, prosseguiu António Óscar Barbosa, o chefe de Estado dissera que os assuntos judiciais, nada têm a ver com o Presidente da República e que ele jamais interferiu e nunca intervirá nos trabalho e nas decisões dos tribunais.
“Perante esta manobra do DSP, estamos a crer que chegou o momento dos guineenses principalmente, os dirigentes e militantes do PAIGC caírem na realidade de que Domingos Simões Pereira é um “embuste político”, que se serve, de forma descarada e cobarde, duma grande instituição política que é o PAIGC para se eximir das suas responsabilidades extra políticas de exclusivo foro judicial”, disse.
Segundo Kankan Barbosa, Domingos Simões Pereira, mais uma vez, está a utilizar o seu “malabarismo político”, para fugir a verdade, aproveitando-se de um convite do chefe de Estado para integrar um Governo de Iniciativa Presidencial, para “oportunamente”, trazer a colação, as questões alheias como a situação dos direitos humanos, que é da responsabilidade transversal de toda a sociedade e não do Presidente da República.
Bissau, 13 Jun 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), não integrou o Governo de Iniciativa Presidencial, por incumprimento de condicionalismo para o partido prencher os postos ministeriais propostos.
A informação consta no comunicado sobre a 2ª reunião extraordinária do Bureau Político(BP) do PAIGC, realizada no passado dia 09 de junho,na qual se analisou a situação política vigente no país e o andamento e a avaliação do processo negocial por parte da Comissão Permanentente do partido para a eventual integração no Governo de Iniciativa Presidencial.
Segundo o comunicado, foram apresentadas algumas condições prévias, para o partido integrar o novo Gioverno.
Dentre as condições, constam a eliminação de todos os atos de violação dos direitos civis e políticos, dos cidadãos e das entidades nacionais, a eliminação de todas e quaisquer interferências de entidades estranhas ao jogo político, nomeadamente as instâncias judiciais e criação de um ambiente de paz e de apaziguamento que permita a preparação do processo eleitoral com condições para garantir a liberdade, justiça e transparência do ato eleitoral.
Estas propostas, refere o comunicado, receberam o melhor acolhimento nas primeiras abordagens, seguindo-se inclusive promessas de seu imediato atendimento, tendo o coordenador da equipa de contacto recebido uma correspondência não assinada e sem logotipo institucional, através da qual se informava o partido de estar convidado para preencher algumas pastas no Governo.
“Apesar de reiteradas promessas e, perante a insistência da Comissão Negocial em dispor de evidências que assegurem o comprometimento das partes pelo respeito dos pressupostos acima descritos, as posições foram mudando, tendo passado de cumprimento absolutamente certo, para promessa de cumprimento, mas sem prazos fixos, até que finalmente chegou a indicação de que não se aceitava nenhum condicionamento ao preenchimento dos postos ministeriais propostos”, refere o comunicado.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reitera, por via desse comunicado, a determinação de manter a sua contribuição para a paz na Guiné-Bissau, com base na linha dos seus princípios e na defesa intransigente dos direitos e liberdades inerentes à Constituição de um Estado de Direito Democrático na República da Guiné-Bissau.
A nota acrescenta que as pastas anteriormente concedidas ao PAIGC são, o Ministério da Economia, Plano e Integração Regional, o Ministério dos Recursos Naturais, Petróleo e Minas, o da Educação Nacional, a Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional e a Secretaria de Estado da Juventude, Emprego e Formação Profissional e Posteriormente, e na sequência de contactos posteriores, seria verbalmente acrescentada a essa lista a Secretaria de Estado da Gestão Hospitalar.
A nota referiu também que o Bureau Político instruiu a Comissão Permanente do partido a manter aberta a via do diálogo, à luz do mandato recebido pelo BP, avaliando, a cada momento, os elementos disponíveis e tomar as decisões que entender coadunar-se com os superiores interesses do partido e da nação guineense.
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