Propaganda do Kremlin sobe de tom e televisão estatal russa simula como Putin lançaria um ataque nas principais capitais europeias.
A propaganda do Kremlin começa a subir de tom numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, já avisou que quer que o fim das sanções faça parte das negociações de paz.
No programa '60 Minutos' da rede estadual 'Rossian-1', meio ligado ao Kremlin, é apresentado um mapa de como o presidente da Rússia lançaria um ataque nuclear nas principais capitais da Europa.
Os apresentadores do programa proclamam que bastariam 106 segundos para destruir Berlim, na Alemanha, 200 para Paris, em França, e 202 para Londres, no Reino Unido. "Não haveria sobreviventes", declaram os apresentadores dando também como exemplo, além destes três acima referidos, Roma, em Itália.
Neste programa foi ainda explicado que Putin lançaria mísseis nucleares a partir da cidade de Kaliningrado, enclave russo que faz fronteira com a Polónia e a Lituânia, e que fica a cerca de 600 quilómetros da fronteira mais próxima com a Rússia.
Recorde-se que Sergei Lavrov alertou anteriormente para a possibilidade de uso de armas nucleares por parte da Rússia, não descartando uma III Guerra Mundial. "Se ocorrer, será nuclear e destrutivo", disse.
Sobre as sanções impostas, o ministro russo afirmou: "Biden é experiente e sabe que não há alternativa às sanções senão a guerra mundial".
Rússia tem o maior número de armas nucleares do mundo
A Rússia é, atualmente, o país que detém maior número de armas nucleares do mundo. No dia 25 de fevereiro, um dia depois do início da invasão russa, a organização Bulletin of Atomic Scientists publicou um estudo no qual a capacidade nuclear da Rússia foi analisada. Constatou-se que Putin terá cerca de 5.977 armas nucleares.
Atrás dos russos, só os EUA com número elevado de armas nucleares. Estes dois países têm, entre si, cerca de 90% das armas nucleares do mundo.
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O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, propôs hoje a confiscação de bens comerciais aos países "não amigos" da Rússia, em resposta a medidas semelhantes tomadas pelo Ocidente.
"Écorreto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE.
"E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país", acrescentou.
Volodin escreveu ainda que a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma lei que permite a transferência de bens congelados de empresas e cidadãos russos para a Ucrânia: "Foi criado um perigoso precedente, que deve ser um bumerangue sobre os próprios estados"...LER MAIS
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