O clero diocesano da Guiné-Bissau está preocupado com as interpretações contraditórias da Constituição da República e quer dar a sua contribuição para a revisão em curso. Para isso, se reuniu nos dias passados com a Comissão para esse efeito.
Casimiro Jorge Cajucam - Bissau
Reunidos nos dias 21 e 22 deste mês, no Seminário Maior inter-diocesano “Dom Settímio Arturo Ferrazzetta”, os padres diocesanos do país e a Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para Revisão Constitucional analisaram o projeto de revisão constitucional em curso.
O Clero diocesano que já criou uma Comissão Técnica, vai nos próximos dias apresentar à Comissão de Revisão Constitucional as suas propostas para essa revisão.
A revisão da Constituição é apontada como via de saída da instabilidade cíclica na Guiné-Bissau. Mas os políticos não se entendem sobre a matéria. De acordo com a atual Constituição, a iniciativa de revisão cabe ao Parlamento e as propostas têm de ser aprovadas por maioria de dois terços dos deputados que constituem a Assembleia Nacional Popular.
Apesar disso, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou em agosto de 2020 que a única Constituição que será aplicada no país é aquela que será proposta pela Comissão de Revisão Constitucional, que ele próprio criou.
O Administrador Apostólico da Diocese de Bissau, Dom José Lampra Cá, que presidiu ao ato de enceramento do encontro, sublinhou que o desejo dos padres é ver uma Guiné-Bissau viável.
Sem comentários:
Enviar um comentário