quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

UNTG ACUSA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DE COMETER IRREGULARIDADES E EFETUAR PAGAMENTOS INJUSTOS

Jornal Odemocrata   04/02/2021 

O Secretário-Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça acusou esta quinta-feira, 04 de fevereiro de 2021, que o ministério das finanças de estar a cometer irregularidades e a efetuar pagamentos injustos a várias individualidades, nomeadamente: o ex-Presidente da República, José Mário Vaz, o Grupo Malaika e a Geta-Bissau “que não têm enquadramento”.

Júlio Mendonça falava à saída da audiência no Ministério Público no quadro das denúncias feitas pela sua organização sobre os pagamentos feitos pelo ministério das finanças a individualidades, contratos firmados pelo sem concurso e contrato feito na direção-geral das contribuições e impostos, substituindo pessoal de limpeza com o de uma empresa que alegadamente pertence a um dos diretores do ministério das finanças.

O sindicalista informou que no quadro das denúncias feitas pela sua organização foi aberto um processo no qual solicitaram-no para testemunhar e apresentar algumas provas dessas denúncias. Mendonça disse que enquanto sindicalista e advogado sempre confiou na justiça, sendo “o único caminho para a construção da Guiné-Bissau”.

“Se continuar a não ter uma justiça séria no país, não vale a pena sonhar com o desenvolvimento, porque é preciso que as pessoas respeitem a regra do jogo e o Estado. Ninguém pode estar a fazer pagamentos a belo prazer como está a acontecer no ministério das finanças. Existem regras e o dinheiro do Estado não é ofertado à toa, mas sim há procedimentos legais que devem ser obedecidos para depois efetuar pagamentos, porque é de todos nós. Não pode um grupo de pessoas  apropriar-se desse dinheiro para resolver os seus problemas, enquanto milhares de pessoas morrem”, sublinhou.

Questionado se a luta sindical vai continuar, Júlio Mendonça disse que a organização que dirige está muito mais determinada do que nunca, cumprindo assim a missão patriótica apenas e através do sindicalismo. O sindicalista referiu que para servir o país, não justifica militar-se num partido político.

“Estamos a fazer esse papel incondicionalmente, defendendo pessoas que trabalham e pagam impostos”, precisou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A 

Sem comentários:

Enviar um comentário