domingo, 15 de setembro de 2019

À conveniência ou à ideologia?

Desde sempre, as crises do PAIGC passam a ser da Guiné-Bissau a partir do momento em que o PAIGC se vê a afastar daquele que é o seu hospedeiro principal, o erário público.

Em 2015
O governo do PAIGC estava em eminência de cair, pois o tribunal teria ordenado que apesar se expulsar os 15 deputados (fundadores do MADEM G15 agora segunda força política) do partido estes jamais poderiam ser expulsos da assembleia. Para incumprir com a ordem do tribunal superior o PAIGC elaborou aquele maquiavelismo que agora ensinou os guineenses a chamar "estratégia" que passava por fechar (trancada a chave e cadeados) a assembleia e barricar o governo no hemiciclo.
Foram 3 anos em que se governou a República da Guiné-Bissau com o hemiciclo fechado por vontade do PAIGC. Sabe se que os deputados e os funcionários da assembleia tiveram salários, chegando os deputados a serem graciados com viaturas.

Em 2018
O irmão do presidente do PAIGC era ministro da educação e as escolas públicas NÃO FUNCIONARAM (muito embora o esforço tapa vergonhas chama lhe outras coisas). Não me lembro de conhecer um ministro tão apático e alienado relativamente ao seu ministério não dirigiu uma palavra de conforto aos jovens cidadãos Guineenses, não passou cavaca a ninguém. Já o partido acusava o presidente da República da Guiné-Bissau (seu bicho papao que lhe afastou do herario público) de oferecer carros aos sindicatos dos professores para eles não irem trabalhar.

Em 2019
É de recordar que o PAIGC reconduziu para Primeiro ministro Aristides Gomes que governou sob o acordo de Conakry e que nos últimos 4 meses antes do fim desse governo não pagou os salários e escusado será dizer que nos primeiros 60 dias do actual governo também não pagou os salários.

Este fim de semana
O terceiro partido mais votado vai escolher o seu candidato para às presidenciais e já abriu candidaturas aos não-militantes.
Este governo empossado a 3 de Julho sob forte contestação do PAIGC, esperava se que já tivesse tudo pronto. Mas nada se revela pronto porque dos 60 dias para apresentar o programa de governo aos deputados da nação, o governo entregou o programa no dia 52 e a sua apresentação ainda não aconteceu.
Nesta legislatura, o PAIGC avisou logo no dia do anúncio dos resultados de que não haveria consensos e que SER DA OPOSIÇÃO também é uma forma de governar.

Mais uma queda eminente e o PAIGC aparece nos com mais um maquiavelismo disfarçado de estratégia por forma a que a sua crise passe a ser MAIS UMA VEZ crise da Guiné-Bissau.
Na semana que seria para apresentação do programa de governo 👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾 os funcionários da assembleia estarão em greve que nunca fizeram nos três anos que praticamente não trabalharam 🤦‍♀️🤦‍♀️ #QuoVadisPAIGC



Por Dara Fonseca Ramos

1 comentário:

  1. E como si não bastasse, ainda criam distrações com o famigerado correção contra tudo e todos no intuito desviar a atenção do povo Que também já era distraído.

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