quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Técnicos da China apoiam agricultores da Guiné-Bissau a produzir arroz

O Instituto de Pesquisa e Inovação de Arroz da empresa chinesa Yuan Longping High-Tech Agriculture Co. vai enviar em breve um conjunto de técnicos para a Guiné-Bissau para apoiar um grupo de agricultores, que recentemente beneficiou de formação naquela instituição, a rentabilizar as respectivas plantações de arroz, foi anunciado terça-feira em Bissau.

O anúncio foi efectuado pela directora executiva da Plataforma das Associações de Mulheres Camponesas da Guiné-Bissau (AMC-GB), no final do encontro entre o ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos e uma equipa do referido instituto, situado na cidade chinesa de Changsha, capital da província de Hunan.

A equipa do Instituto, constituída por três pessoas e dirigida pelo seu responsável de formação no estrangeiro, Chek Xiaoling, deixou a Guiné-Bissau depois de cinco dias, ao longo dos quais acompanhou os referidos agricultores na aplicação prática dos ensinamentos adquiridos no Yuan Longping High-Tech sobre produção agrícola.

Os membros da equipa acompanharam a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na China pelos associados da AMC-GB e orientá-los sobre como produzir, por exemplo, arroz híbrido ou rentabilizar a produtividade deste cereal até 15 toneladas por hectare e sem recurso a produtos químicos.

A secretária executiva da AMC-GB revelou ainda que um novo grupo de agricultores desta organização vai deslocar-se em breve a Changsha para formação naquela instituição de pesquisa e inovação chinesa.

Alexandrina Marino Mane, secretária executiva da Associação das Mulheres de Actividade Económica no país (AMAE), acrescentou que os chineses vieram também conhecer as dificuldades com que o grupo se depara nas suas actividades pós-formação na China.

Ao longo da sua estada, os técnicos chineses deslocaram-se ao campo experimental de produção agrícola da Associação do Grupo Campossa, na região de Bafatá, leste do país, onde se inteiraram dos trabalhos da produção de arroz híbrido, igualmente com assistência de outros técnicos da China.

Alexandrina Marino Mane disse que pelo menos 2500 agricultores guineenses, dos quais 150 associados da AMC, já beneficiaram de formação naquele instituto ao longo dos últimos 15 anos.

O chefe da delegação chinesa disse que o nome Yuan Longping foi atribuído ao instituto, em homenagem ao cientista e agricultor chinês que desenvolveu nos anos 70 do século XX as primeiras variedades de arroz híbrido. 

(Macauhub)

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