O antigo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, disse hoje, 23 de janeiro, que ainda não sabe se tem boas relações com o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, dado que não o viu desde a sua chegada, no passado dia 18 do mês em curso.
Cadogo “fidju”, nome que igualmente é conhecido, respondia assim a questão dos jornalistas que perguntavam se existiria uma boa relação entre ele e o presidente dos libertadores (PAIGC), Simões Pereira. Gomes Júnior falava aos jornalistas depois de se ter recenseado como militante do PAIGC, partido que dirigiu durante 12 anos.
Sobre a sua participação no congresso do partido que se inicia no fim deste mês, limitou a explicar que está na sede do partido para visitar camaradas, antigos colaboradores como também recensear-se.
“Ainda não se falou nada de ir ou não ao congresso. Eu fui o líder do PAIGC durante 12 anos”, notou o político.
Solicitado a pronunciar-se sobre a lamentação do presidente do PAIGC que alega que Carlos Gomes Júnior não visitou a sede do partido e os dirigentes logo a sua chegada, respondeu que primeiramente deve-se respeitar os governantes. Acrescentou ainda que no dia que chegou ao país, o presidente do PAIGC não estava na Guiné-Bissau.
“Sabe, são falsas intrigas e intriguinhas! Mas o Carlos Gomes Júnior está acima de todas as intrigas”, advertiu. Questionado sobre se tem boa relação com Domingos Simões Pereira, disse o seguinte: “eu não sei… ainda não o vi!”
Indagado ainda se está ao lado da direção do partido, tendo em conta as disputas políticas que se registam no seio dos libertadores, afirmou que não tem compromisso com ninguém e que está no país para ver a sua família e os militantes do partido.
Relativamente a sua conotação com o grupo dos deputados dissidentes, Carlos Gomes Júnior assegurou que “mesmo que sejam 1500, eu não tenho que ser conetado com seja quem for! Sou Carlos Gomes Júnior, ex-presidente do PAIGC”.
Gomes Júnior apelou aos políticos para se concentrarem na juventude e também procurar fazer uma política construtiva e não uma política de retaliação e de insultos, que de acordo com ele, não é pedagógico para as crianças.
“Temos que ser responsáveis políticos de facto, mas com o propósito de contribuir com dignidade para a reconstrução e estabilidade do nosso país. Penso que isso deve ser o maior desejo de qualquer guineense”, observou.
Por: Sene Camará
OdemocrataGB
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