terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O Presidente da República, José Mário Vaz pediu esta segunda-feira, 5 de Dezembro 2016, a nova Rede de Mulheres Mediadoras para não se tornar numa “caixa de ressonância” de sensibilidades político-partidárias.

De acordo com o Chefe de Estado, a nobre atividade da reconciliação exige dos seus promotores espírito limpo como forma de contribuir para a superação de “traumas e apaziguamento de tenções e recalcamentos” que têm vindo a atormentar o percurso histórico dos guineenses.


Falando na cerimônia do lançamento da Rede das Mulheres Mediadoras, uma iniciativa largamente patrocinada pelo gabinete da ONU no país,  José Mário Vaz explicou que o problema da Guiné-Bissau prende-se com aquilo que considera de um “sistema instalado” ao longo de muitos anos e que não tem deixado o país crescer e desenvolver-se, promovendo assim uma participação desigual de mulheres e homens nas esferas de tomada de decisões.

“As mulheres guineenses desempenharam sempre um papel importante, a começar na luta pela libertação nacional, que tinha como uma das suas premissas, a existência de uma sociedade livre equitativa, justa e solidária. Para que essa nobre missão de mediação tenha sucesso que todos nós almejamos é indispensável a total independência, isenção e imparcialidade”, notou.

Chefe de Estado guineense advertiu ainda que para realmente quebrar a barreira da desigualdade social e expandir a participação das mulheres no processo de tomada de decisões políticas é crucial combater o sistema instalado e alimentado pela corrupção que tem como principais manifestações a “delapidação do dinheiro dos contribuintes, o uso de cargos públicos para fins pessoais ou de grupos”.

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