Por Balde Balde Balde
sábado, 27 de julho de 2024
Jogos Olímpicos: O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje que a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris2024, realizada na sexta-feira ao longo do rio Sena, "deixou todos os franceses orgulhosos", e foi um "exemplo em termos de segurança".
© Getty Images
Por Lusa 27/07/24
Macron elogia segurança na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos
O
presidente francês, Emmanuel Macron, considerou hoje que a cerimónia de
abertura dos Jogos Olímpicos Paris2024, realizada na sexta-feira ao
longo do rio Sena, "deixou todos os franceses orgulhosos", e foi um
"exemplo em termos de segurança".
Numa visita surpresa ao centro da polícia de Paris, que coordena o dispositivo de segurança dos Jogos, Macron demonstrou às forças da ordem "a gratidão de toda nação" e agradeceu a sua "extraordinária mobilização".
"Há sete anos, todos nos diziam que era impossível fazer uma cerimónia como a que fizemos. Todos diziam que era uma loucura, que nunca iríamos conseguir. Recordo-me muito bem disso", disse o presidente, aludindo também a todos os que diziam que seria impossível fazer a cerimónia no rio Sena devido às ameaças terroristas".
Macron, que esteve acompanhado pelo ministro do Interior, e pelo responsável da polícia de Paris, deixou um agradecimento: "A cerimónia fez-se com o vosso trabalho coletivo e com o envolvimento de toda a nação ao longo dos últimos anos".
O presidente gaulês lembrou que é preciso manter o nível de segurança até 08 de setembro, dia em que terminam os Jogos Paralímpicos, que começarão cerca de duas semanas depois do final dos Olímpicos, agendado para 11 de agosto.
A decisão de realizar a cerimónia de abertura ao longo do rio Sena, com as delegações de atletas a percorrer um trajeto de barco, foi objeto de muitas críticas, tanto por questões de segurança como pelo impacto no centro da cidade.
A cerimónia, que pela primeira vez se realizou fora de um estádio, foi um êxito, tendo sido presenciada por 300.000 espetadores, e envolvido 45.000 polícias e 10.000 militares.
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EUA: Após controvérsia, FBI esclarece: Trump foi atingido por bala do atacante
© Joe Raedle/Getty Images
Notícias ao Minuto 27/07/24
Palavras do diretor do FBI, Christopher Wray, geraram polémica.
O FBI viu-se obrigado a fazer um esclarecimento após as mais recentes palavras do seu diretor, Christopher Wray, que sugeriu que existiam "algumas dúvidas" sobre se Donald Trump havia sido atingido por "uma bala ou estilhaços" na orelha, no ataque de que foi alvo a 13 de julho, num comício na Pensilvânia.
Após as palavras gerarem críticas, sobretudo por parte do candidato republicano à Casa Branca, o FBI esclareceu, esta sexta-feira, que foi de facto uma bala que atingiu a orelha do ex-presidente.
"O que atingiu o ex-presidente Trump na orelha foi uma bala, inteira ou fragmentada em pedaços mais pequenos, disparada pela espingarda do sujeito falecido", frisou o FBI em comunicado.
Note-se que, até então, os agentes federais envolvidos na investigação, incluindo o FBI e os Serviços Secretos, tinham-se recusado a fornecer informações sobre as causas dos ferimentos de Trump. Além disso, a campanha de Trump também se recusou a divulgar os registos médicos do hospital onde foi tratado pela primeira vez ou a disponibilizar os médicos para responder a perguntas.
De recordar que as declarações de Christopher Wray levaram Ronny Jackson, republicano que foi médico de Trump na Casa Branca, a reagir e a dizer que "o diretor Wray está errado e é inapropriado sugerir" que não tenha sido uma bala a atingir Trump.
O ex-presidente e candidato presidencial também comentou: "Não, infelizmente foi uma bala que atingiu a minha orelha, e atingiu-a com força. Não havia vidro, não havia estilhaços", escreveu Trump na sua rede social, a Truth Social.
Ao discursar num evento na sexta-feira em West Palm Beach, na Flórida, Trump arrancou vaias da multidão quando falou no mais recente esclarecimento do FBI.
"Viram que o FBI pediu desculpa?" questionou. "Isto nunca acaba com esta gente. ... Aceitamos as suas desculpas", acrescentou.
É de realçar que Trump apareceu ontem pela primeira vez sem uma ligadura na orelha direita e parecia estar totalmente recuperado.
Guiné-Bissau: Polícia na rua sem manifestações e sem internet na Guiné-Bissau
© Lusa
Por Lusa 27/07/24
A cidade de Bissau acordou hoje com um forte dispositivo policial espalhado pelas ruas, sem sinais das duas manifestações anunciadas, uma pró e outra contra o regime do país, e sem Internet.
A desmobilização dos protestos devido à presença da polícia tem sido uma constante nos últimos meses em diversas manifestações convocados, mas é a primeira vez que as iniciativas coincidem com uma falha generalizada nas comunicações.
Desde cerca das 07h30 (mais uma hora em Lisboa) que não há dados móveis nas duas operadoras que servem o país e há falhas na rede fixa, o que impossibilita o uso do principal meio de comunicação dos guineenses, o serviço de WhatsApp.
A falta de acesso à internet é evidente nas páginas online dos órgãos de comunicação social locais, que ainda não foram atualizadas no dia de hoje, até por volta das 11h00, hora local.
Apoiantes e opositores do regime na Guiné-Bissau convocaram para hoje manifestações, dois meses depois de terem tomado a mesma iniciativa, em maio, com o mesmo resultado: mais polícias dos que manifestantes nas ruas da capital guineense.
Tal como aconteceu em maio, a manifestação dos apoiantes do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi convocada pela Plataforma "Firkidja di Povo" (Forquilha do povo), enquanto a dos opositores foi iniciativa da Frente Popular com o lema "Republika i anos" (A República é nossa).
Até ao momento, ainda não foi possível obter reações de ambos os lados.
Os apoiantes do regime reunidos na Plataforma "Firkidja di Povo" contestam a libertação dos ex-governantes suspeitos de corrupção que pertenciam ao executivo deposto pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, depois de ter dissolvido, em dezembro de 2023, o parlamento da maioria PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.
Este grupo apela ainda aos guineenses para apoiarem o Presidente do país para um segundo mandato nas próximas eleições presidenciais que a oposição reclama para este ano e o chefe de Estado pretende fazer em 2025.
O Presidente guineense tem afirmado, por várias vezes, que as eleições presidenciais só terão lugar em 2025, uma posição contrariada por várias organizações da sociedade civil e partidos políticos que advogam que o escrutínio deve ser realizado em 2024, já que tem de acontecer antes do fim do atual mandato de Sissoco Embaló, que ocorre em fevereiro de 2025.
No lado oposto está a Frente Popular, uma plataforma que junta grupos de mulheres, de jovens e de sindicatos, contra a dissolução do parlamento e a manutenção da direção da Comissão Nacional de Eleições, cujo mandato consideram já ter caducado.
A Frente Popular, que tem como objetivo "salvar a democracia" que diz estar ameaçada na Guiné-Bissau, exige a realização de eleições no Supremo Tribunal de Justiça, que afirma "estar capturado pelo Presidente da República" e ainda a marcação da data das eleições presidenciais ainda este ano.
Na manifestação convocada para maio, cerca de 100 ativistas da Frente Popular foram detidos pela polícia na 2.ª Esquadra de Bissau, alguns dos quais estiveram encarcerados durante 10 dias.
Leia Também: A primeira-ministra interina da Guiné Equatorial, Manuela Roka Botey, apresentou a demissão do Governo em bloco a pedido do Presidente equatoguineense, Teodoro Obiang Nguema, para remodelar o Executivo e torná-lo "mais eficaz", segundo fonte oficial.
Líder de PTG responde Alanso Fati...
sexta-feira, 26 de julho de 2024
EUA/Eleições: Trump recusa agendar debate com Kamala ("até" candidatura ser oficial)
© Scott Eisen/Getty Images
Por Lusa 26/07/24
A campanha do ex-Presidente dos Estados Unidos e candidato republicano às próximas eleições, Donald Trump, afastou hoje negociações para um debate com a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, até ser oficialmente nomeada pelo Partido Democrata para concorrer à Casa Branca.
"Dado o caos político contínuo em torno do corrupto [Presidente norte-americano] Joe Biden e do Partido Democrata, os detalhes do debate das eleições gerais não podem ser resolvidos até que os democratas escolham formalmente o seu candidato", disse Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump em comunicado.
De acordo com Cheung, seria "inapropriado agendar coisas com Harris porque os democratas podem muito bem mudar de ideias" sobre as eleições presidenciais de 5 de novembro, para as quais Kamala Harris já se assumiu como candidata.
A vice-Presidente norte-americana desafiou na quinta-feira o republicano para um debate em 10 de setembro, data em que estava agendado o segundo confronto eleitoral com Joe Biden, que no domingo retirou a sua candidatura em favor de Harris.
Até ao momento, Kamala Harris é a única figura no seu partido que assumiu a corrida à Casa Branca e já garantiu o apoio de um número suficiente de delegados para ser nomeada na Convenção Nacional Democrata, de 19 a 22 de agosto em Chicago.
A líder democrata já obteve também o apoio de influentes personalidades do seu partido, incluindo os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, e dezenas de milhões de dólares em financiamentos para a sua campanha.
Desde que assumiu a sua candidatura, as sondagens têm dado uma subida na votação em Harris contra Donald Trump, que já foi nomeado oficialmente pelo Partido Republicano, embora os números das pesquisas deem resultados muito próximos a ambos.
Polícia sul-africana detém 95 líbios em rusga em campo de treino militar
© Getty Images
Por Lusa 26/07/24
A polícia sul-africana anunciou hoje que deteve de 95 cidadãos líbios após uma rusga numa quinta suspeita de ser utilizada como acampamento militar.
"Noventa e cinco líbios foram detidos após uma rusga", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o porta-voz da polícia, Donald Mdhluli.
"O local foi apresentado como um campo de treino para uma empresa de segurança, mas na realidade é uma base militar", acrescentou o porta-voz.
"Os 95 indivíduos detidos são todos de nacionalidade líbia e estão atualmente a ser interrogados pelas autoridades", adiantou, na sequência de uma operação policial que teve lugar durante a manhã perto de White River, na província nordeste de Mpumalanga, a cerca de 360 quilómetros a leste de Joanesburgo.
"O proprietário da empresa de segurança é de nacionalidade sul-africana", referiu também Mdhluli, sem dar mais pormenores.
Já o porta-voz da polícia nacional, Athlenda Mathe, disse, numa publicação na rede social X (antigo Twitter) que os líbios declararam ter entrado no país com visto de estudantes para receberem treino para guardas de segurança privada, mas as investigações da polícia sugerem que eles estariam em treinos militares.
O canal de notícias Newzroom Afrika TV transmitiu imagens do local das detenções, mostrando um acampamento de estilo militar, com grandes tendas verdes montadas em fila. Dezenas de homens foram vistos em fila à medida que iam sendo detidos.
Jackie Macie, funcionário do governo local, disse que as investigações estavam em curso e que o proprietário da quinta seria interrogado. Segundo a mesma fonte, as autoridades receberam informações de que existiam campos secretos semelhantes perto de duas outras cidades na província de Mpumalanga.
A província faz fronteira com os países vizinhos da África do Sul, Moçambique e Suazilândia, e é uma área de preocupação para as autoridades sul-africanas no que respeita à imigração ilegal.
A polícia e as autoridades não disseram se os campos são suspeitos de estarem ligados a um determinado grupo ou conflito.
Macie adiantou que as investigações iriam agora determinar se existe uma rede de campos na África do Sul e mostrar porque é que aquelas pessoas estavam "a fazer treino militar no (...) país".
A polícia disse que a operação para deter os líbios e fechar o campo começou há dois dias.
Macie referiu que os cidadãos líbios estavam no país pelo menos desde abril.
Desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia, país rico em petróleo, tem sido destruida pela violência e dividida entre dois campos rivais. O governo de Abdelhamid Dbeibah, reconhecido pela ONU, no oeste, enfrenta um executivo paralelo afiliado ao campo do marechal Khalifa Haftar, que governa o leste e parte do sul.
Atenção 🇬🇼! : Notícia ku sta na círcula di kuma militares toma konta di Bissau i mintida, polícias ku pudu na rua pabia di dito marcha ku é misti fasi dia 27 de julho.
Ministério do interior antecipa garante segurança desde já pa monitora se movimentações pabia é misti kema feira di bandé pa cria vandalismo.
quarta-feira, 24 de julho de 2024
O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento apresentou hoje, 24 de julho de 2024, os Resultados Nacionais do Inquérito de Transparência na Gestão das Finanças Públicas.
Diretor Geral do Comércio Externo, fala do motivo de escassez do arroz no mercado nacional...
União Economia e Monetária Oeste Africana (UEMOA), comemora seu trigésimo aniversário...
Guiné-Bissau. Defesa exige libertação de detidos por tentativa de golpe
© Radio TV Bantaba
Por Lusa 24/07/24
Os advogados de defesa das cerca de 50 pessoas detidas na Guiné-Bissau por tentativa de golpe de Estado em 2022 exigiram hoje a sua libertação imediata, conforme ordenou o Tribunal Militar Superior (TMS).
A posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo advogado Marcelino Intupé, em nome de um grupo de causídicos que defendem os detidos, em reação a um acórdão publicado na terça-feira pelo TMS.
Aquela instância considerou "parcialmente procedente" as alegações apresentadas no recurso de agravo da defesa dos detidos e ordenou a libertação de todos os detidos, civis e militares e ainda a alteração de medidas de coação daqueles com acusação já formada.
"O tribunal foi claro e pensamos que não haverá margem para que o acórdão não seja cumprido", observou o advogado Marcelino Intupé.
Para este advogado, a decisão do TMS "vincula a todos" pelo que, disse, "até final desta semana" as cerca de 50 pessoas atualmente detidas na Base Aérea de Bissalanca, arredores de Bissau, serão libertadas.
Marcelino Intupé observou que o "tribunal foi claro" ao aceitar a exigência da defesa em como 17 dos 50 detidos, sem culpa formada, "devem sair em liberdade imediatamente" e os outros, acusadas pelo Ministério Público, "também devem sair e aguardar o julgamento nas suas casas".
A este grupo, onde se inclui o ex-chefe da Armada guineense, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, o TMS sugeriu que sejam aplicadas "outras medidas de coação adequadas ao caso concreto de cada suspeito, aguardando a audiência e julgamento".
"Têm de sair e aguardar o julgamento nas suas respetivas casas. O acórdão não diz que não irão ao julgamento", notou Intupé.
O advogado não vê "qualquer hipótese" de a ordem de soltura decretada pelo tribunal "não ser acatada pelo Estado-Maior General das Forças Armadas".
"Até porque a ordem foi tomada por juízes propostos pelo Estado-Maior", afirmou Marcelino Intupé.
Os detidos são acusados pelo Ministério Público civil de terem disparado armas de fogo contra membros do Governo e o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, no dia 01 de fevereiro de 2022, que se encontravam reunidos em Conselho de Ministros.
Da ação resultou a morte de 12 pessoas, na maioria guardas presidenciais.
O Presidente guineense e o Ministério Público civil consideraram tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado.
Em duas ocasiões, um tribunal marcou a sessão de julgamento, mas sempre suspensa até que a defesa entrou com um recurso no TMS que agora produziu um acórdão ordenando a sua soltura imediata.
Leia Também: Movimento civil guineense convoca manifestação para sábado em Lisboa
Rússia está a gastar seis vezes mais em cemitérios do que há quatro anos
Quantos soldados russos já morreram na Ucrânia? O número ninguém sabe, talvez só Vladimir Putin, mas os dados indicam que o investimento para enterrar corpos nem na pandemia de covid-19 foi tão alto
De 390 mil euros para 2,3 milhões em apenas três anos. A Rússia aumentou em quase seis vezes a despesa pública em construção ou alargamento de cemitérios entre 2020 e 2023.
De acordo com dados publicados pelo jornal The Moscow Times, que atua de forma independente em relação a Moscovo, os dados são claros: o Estado está a gastar muitos mais dinheiro em cemitérios, sendo que o ano de 2024, mesmo que sensivelmente a meio, já é o segundo em que mais dinheiro foi despendido.
Com efeito, só este ano a Rússia já gastou 1,4 milhões de euros em cemitérios só em 2024, o que compara com os 390 mil euros de 2020, com os 1,2 milhões gastos em cada um dos anos de 2021 e 2022, anos marcados pela pandemia de covid-19.
Os cemitérios aumentaram em número e em capacidade, mas oficialmente parece não se perceber porquê. É que as estatísticas da Rosstat indicam que até houve menos 22% de mortes em 2022 e menos 7,6% de mortes em 2023, sendo que nenhum dado aponta um grande aumento de óbitos provocado pela guerra na Ucrânia.
Sem acesso a dados fiáveis, restam os meios de comunicação para fazer as contas: o também independente projeto russo Meduza aponta que os registos federais estimam em cerca de 120 mil os mortos na Ucrânia, enquanto o serviço russo da BBC já conseguiu confirmar a identidade de 58 mil soldados mortos na guerra lançada em 2022.
Mas há outro dado comparativo a sugerir que a guerra na Ucrânia pode ter influência. Nos primeiros dois anos de pandemia, 2020 e 2021, as autoridades russas confirmaram 680 mil mortes por covid-19, o que aumentou em 18% e 15,1% o número de óbitos, respetivamente.
O gasto público em cemitérios aumentou abruptamente, subindo dos tais 390 mil euros de 2020 para 1,2 milhões de euros em cada um dos anos subsequentes.
Só que nenhum desses valores se aproxima, sequer, dos 2,3 milhões de euros gastos em 2023 e dos 1,4 milhões de euros investidos em meio ano de 2024. Na prática, durante os piores anos da pandemia o Estado gastou cerca de metade em cemitérios relativamente aos dois primeiros anos de guerra.
Jovem de 21 diz que não quer trabalhar. Porquê? "Nasci sem consentimento"
© X/@recuncho3
Notícias ao Minuto 24/07/24
Uma opinião que gerou debate nas redes sociais. "Uma semana sem comida e começas a trabalhar", diz um internauta.
Um jovem de 21 anos gerou rebuliço nas redes sociais onde partilhou um vídeo em que abordava as obrigações e responsabilidades da vida adulta.
No vídeo, que já conta com mais de 3,1 milhões de visualizações, o homem defende que não deveria ser obrigado a trabalhar, uma vez que não nasceu por vontade própria.
"Considero que apesar de ter 21 anos não estou obrigado a trabalhar, porque basicamente nasci sem consentimento", afirma.
"Não me perguntaram se queria nascer, não me pediram consentimento e não faz sentido que os meus pais tenham querido dar-me vida há 21 anos e agora eu tenha que trabalhar. Se não pedi para nascer porque tenho de trabalhar?", questiona, rematando em seguida: "Eles que me sustentem, porque se me queriam ter, agora têm de me sustentar".A publicação gerou um largo debate sobre o assunto, com muitos a achar que a sua perspetiva era interessante, Porém, um internauta afirmou que se tivesse sido dado um catálogo aos pais do jovem, "para escolherem o tipo de filho que queriam, certamente não te tinham escolhido a ti".
“Nem os pais nem o governo são obrigados a apoiá-lo, uma semana de fome e ele começa a trabalhar.”, aconselhou outro.
Dia 21 de julho 2024 foi o mais quente já registado no mundo
© FREDERIC J. BROWN/AFP via Getty Images
Por Lusa 24/07/24
O dia 21 de julho foi o mais quente no mundo desde que os registos começaram em 1940, com uma temperatura média global à superfície da Terra de 17,09 graus Celsius, adiantou na terça-feira o programa europeu Copernicus.
O registo excede ligeiramente (0,01°C) o máximo anterior, datado de 06 de julho de 2023.
Segundo o Copernicus, este novo recorde diário, que surge numa altura em que as ondas de calor atingem partes dos Estados Unidos e da Europa, poderá voltar a ser ultrapassado nos próximos dias, antes de as temperaturas baixarem, embora possa haver flutuações nas próximas semanas.
"O que é verdadeiramente surpreendente é a magnitude da diferença entre a temperatura dos últimos 13 meses e os recordes de temperatura anteriores", frisou o diretor do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), Carlo Buontempo, citado num comunicado.
"Estamos agora em território desconhecido e à medida que o clima continuar a aquecer, veremos certamente novos recordes a serem batidos nos próximos meses e anos", alertou.
Antes de julho de 2023, o anterior recorde diário de temperatura média global era de 16,8°C, atingido a 13 de agosto de 2016, de acordo com os dados do Copernicus.
Desde 03 de julho de 2023, 57 dias ultrapassaram o recorde de 2016.
Depois de um ano de 2023 recorde de calor, junho de 2024 foi o mês de junho mais quente já medido, tornando-se o 13.º mês consecutivo a estabelecer um recorde de temperatura média mais elevada do que meses equivalentes.
A temperatura média global dos últimos 12 meses é, portanto, a "mais elevada alguma vez registada (...), 1,64°C acima da média pré-industrial de 1850-1900", quando a desflorestação e a queima de carvão , gás ou petróleo ainda não tinham aquecido o clima da Terra, sublinhou o Copernicus no início de julho.
Guiné-Bissau: O Tribunal Militar Superior (TMS) guineense ordenou a libertação imediata de cerca de 50 civis e militares acusados de tentativa de golpe de Estado no dia 01 de fevereiro de 2022, lê-se num acórdão hoje publicado.
Por Lusa 23/07/24
Tribunal manda libertar acusados do caso 01 de fevereiro na Guiné-Bissau
O Tribunal Militar Superior (TMS) guineense ordenou a libertação imediata de cerca de 50 civis e militares acusados de tentativa de golpe de Estado no dia 01 de fevereiro de 2022, lê-se num acórdão hoje publicado.
No documento, a que a Lusa teve acesso, refere-se que o TMS deu como procedente o recurso de agravo da defesa dos detidos, que entre outros fatos, questiona a forma como foi constituído o Tribunal Militar Regional para o julgamento daquelas pessoas.
A defesa alega que a constituição do tribunal tem, entre outros, o "vício" de o juiz relator do processo ser um assessor jurídico do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na Ntan.
Alega ainda que 17 dos 50 detidos tinham ordens de libertação emitidas por um Juiz de Instrução Criminal (JIC) e pelo Ministério Público por não existirem quaisquer indícios sobre si, mas que nunca foram cumpridas.
No acórdão hoje divulgado, assinado por três juízes do TMS (equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça civil), lê-se que aquela instância considerou "parcialmente procedente" o recurso da defesa dos 50 detidos.
Aquele tribunal ordena a "libertação imediata" dos 17 detidos que não tinham sido acusados por falta de indícios de envolvimento na tentativa de golpe de Estado.
Neste grupo figuram, entre outros militares, o general Júlio Nhate Sulté, ex-chefe do regimento dos 'Comandos' e à data da sua detenção, fevereiro de 2022, responsável pela Escola Militar de Cumuré.
O TMS ordenou igualmente a revogação da prisão preventiva aplicada aos suspeitos acusados de envolvimento na tentativa de golpe, "por ultrapassar de longe os prazos legais da sua duração", e determinou que sejam restituídos à liberdade.
O acórdão ordena ainda ao tribunal competente no processo que aplique "outras medidas de coação adequadas ao caso concreto de cada suspeito, aguardando a audiência e julgamento".
Entre os envolvidos neste processo figura o ex-chefe da Armada guineense, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, considerado pelo poder político como o líder da intentona do golpe militar.
No acórdão refere-se ainda que a composição do tribunal que vai julgar os suspeitos deve ser feita de acordo com a lei em vigor na Guiné-Bissau.
Em duas ocasiões, um tribunal militar marcou a sessão de julgamento dos detidos, mas a defesa sempre alegou a ilegalidade daquela instância que considera ter sido composta por pessoas sem formação na área de direito.
Dos cinco membros do coletivo de julgamento, apenas um tem formação em direito e seria também o relator do processo e assessor do chefe das Forças Armadas, segundo a defesa dos detidos.
O TMS rejeitou as alegações da defesa em relação à suspeição do juiz relator do processo.
Um dos advogados da equipa de defesa dos detidos disse à Lusa que, na quarta-feira, um grupo de advogados vai entrar em contacto com o tribunal que estava a julgar os detidos e um outro grupo vai proferir uma conferência de imprensa.
Os detidos são acusados pelo Ministério Público civil de terem disparado armas de fogo contra membros do Governo e o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo, no dia 01 de fevereiro de 2022, que se encontravam reunidos em Conselho de Ministros.
Da ação, morreram 12 pessoas, na maioria guardas presidenciais.
O Presidente guineense e o Ministério Público civil consideraram tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado.
Leia Também: Governo da Guiné promete resolver falta de arroz no mercado
Leia Também: A Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP) considerou hoje, em Maputo, que vai continuar a acompanhar a "evolução da situação do Guiné-Bissau", defendendo que o Estado de Direito se faz através "do diálogo".
Guiné-Bissau: Governo da Guiné promete resolver falta de arroz no mercado
©Radio Voz Do Povo
Por Lusa 23/07/24
O presidente da Associação Guineense de Retalhistas, Aliu Seidi, denunciou a falta de arroz no mercado e responsabilizou pela situação o Ministério dos Transportes, que prometeu resolver a questão nos próximos dias.
"Estão-nos a acusar de que escondemos o arroz. O problema é que não há arroz no mercado (...) porque uma empresa importadora trouxe arroz para abastecer o mercado, mas já há dois meses que não consegue descarregar no porto de Bissau", afirmou Aliu Seidi.
O presidente da Associação Guineense de Retalhistas acusa o Ministério dos Transportes de ser o responsável pela falta de arroz no mercado e avisou que enquanto a situação se mantiver "os empresários terão medo de trazer produtos" para a Guiné-Bissau.
Dados do Governo indicam que a Guiné-Bissau consome, por ano, cerca de 200 mil toneladas do arroz, base da dieta alimentar no país, das quais cerca de 140 mil são importadas de países do sudoeste asiático, China, Bangladesh, Índia e Vietname.
Apenas cerca de 60 mil toneladas do arroz são produzidas no país.
Nos últimos dias, de acordo com Aliu Seidi, o mercado guineense "praticamente ficou sem arroz" para venda ao consumidor final, uma situação que diz não ser da responsabilidade do Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló.
"A culpa é do Governo, Ministério dos Transportes. Se não há condições [de descarga] que digam aos comerciantes para que não tragam navios com mercadorias", observou Aliu Seidi.
O diretor-geral do Comércio, Lassana Fati, disse à Lusa que "houve rutura do arroz no mercado", mas que a situação vai ser resolvida nos próximos dias com a atracagem no porto de Bissau de um navio de um comerciante com cerca de 22 mil toneladas de arroz.
Fati admitiu dificuldades para a acostagem do navio com arroz devido ao fluxo de embarcações no porto de Bissau para a exportação da castanha do caju.
"Nesta altura da campanha de exportação da castanha do caju é sempre complicado gerir a logística no nosso porto, mas a situação já está resolvida e o navio do arroz já atracou e está a descarregar", indicou o diretor-geral do Comércio.
Ainda no decurso desta semana, disse Lassana Fati, o mercado guineense será abastecido com cerca de nove mil toneladas do arroz da espécie 100% partido, no país conhecido por 'nhélén' (trinca), a mais consumida pela população, realçou.
Para a próxima semana, prosseguiu o responsável, o mercado poderá estar abastecido com a espécie 5% partido, vulgarmente designado de "arroz grosso".
A questão, observou Lassana Fati, é o entendimento que o Governo tenta alcançar com o comerciante importador que pretende aumentar o preço do produto ao consumidor ou beneficiar de uma subvenção do Governo, "para atenuar o prejuízo de ter ficado muito tempo sem poder descarregar", frisou.
"O Governo não quer que o preço ao consumidor seja aumentado", reforçou Fati.
Atualmente um saco de 50 quilogramas de "nhélen" custa ao consumidor cerca de 33 euros e o de "arroz grosso" 36 euros.
Com a escassez do cereal, alguns comerciantes chegam a vender um saco de "nhélén" de 50 quilogramas por cerca de 45 euros.
segunda-feira, 22 de julho de 2024
Coreia do Sul retalia com K-pop ao ser atingida por balões de lixo
© ED JONES/AFP via Getty Images
Por Notícias ao Minuto 22/07/24
As transmissões representam um duro golpe nos esforços do Norte para limitar o acesso dos seus 26 milhões de habitantes a notícias vindas do exterior.
Depois de a Coreia do Norte ter lançado balões carregados de lixo em direção ao Sul, Seul decidiu retaliar e transmitir músicas K-pop nos altifalantes da fronteira entre os dois países.
Além dos temas associados à cultura da Coreia do Sul, cujo acesso tem vindo a ser negado à população por Pyongyang, as transmissões incluíram também atualizações sobre o transporte da tocha olímpica por Jin, membro da banda sul-coreana BTS, e a recente deserção de um diplomata norte-coreano, noticiou a Sky News.
A última série de balões surge três dias depois de Seul ter anunciado o recomeço das emissões em altifalante de propaganda contra o regime norte-coreano.
Seul tinha avisado que ia alargar o âmbito das transmissões se o Norte persistisse no envio de balões de lixo, salientando que "toda a responsabilidade cabe aos militares norte-coreanos".
"Podemos aumentar o número de altifalantes nas zonas da linha da frente se o Norte continuar as provocações", disse, no sábado, um responsável militar sul-coreano à agência de notícias Yonhap.
As autoridades sul-coreanas asseguraram que as emissões podem viajar cerca de 10 quilómetros durante o dia e 24 quilómetros à noite, podendo desmoralizar as tropas da linha de frente e os residentes da Coreia do Norte. Representam, além disso, um duro golpe nos esforços de Pyongyang para limitar o acesso dos seus 26 milhões de habitantes a notícias vindas do exterior.
Saliente-se que a Coreia do Norte já lançou mais de dois mil balões carregados de lixo através da fronteira intercoreana desde maio, que apresenta como retaliação aos balões de propaganda enviados por militantes sul-coreanos.
Na sequência desta "guerra de balões", Seul suspendeu completamente um acordo militar destinado a reduzir as tensões entre os dois países e avisou, em junho, que ia retomar a difusão de propaganda por altifalante ao longo da fronteira.
Para melhorar a saúde intestinal, comece por mastigar bem os alimentos
© Shutterstock
Por Notícias ao Minuto 22/07/24
Um gastroenterologista revela os motivos pelos quais deve mastigar bem os alimentos para conseguir ter uns intestinos saudáveis.
Não basta preocupar-se com o que come, mas também com a forma como o faz. Se quiser melhorar a sua saúde intestinal, é importante mastigar bem os alimentos. Este é o conselho que um gastroenterologista revelou ao 'website' Well+Good.
O especialista Will Bulsiewicz começa por deixar alguns benefícios de mastigar bem tudo o que come. Primeiro, conta que acaba por tornar os alimentos mais pequenos e fáceis de engolir.
Depois, "introduz mais enzimas digestivas que são encontradas na saliva". Explica que a saliva ajuda a ingerir melhor os amidos e até a fazer com que consuma menos gordura. E por fim, "ajuda a desbloquear nutrientes essenciais". "Em certos casos, é preciso desbloquear uma certa reação química", continua.
E será que existe um número de dentadas que precisa de dar para conseguir mais benefícios? Will Bulsiewicz diz que não, que é algo que varia de alimento para alimento.
"É melhor mastigarmos de forma adequada até que a comida esteja macia e fácil de engolir", explica.
Reação do Secretário-geral de ACOBES-GB, Bambo Sanha, sobre escassez do arroz no mercado nacional.
Legislativas Antecipadas - Recenseados mais de 924 mil eleitores para legislativas de Novembro
Bissau, 22 Jul (ANG) – O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), anunciou, no fim de semana, o recenseamento de 924. 411 pessoas com capacidade eleitoral para votar nas legislativas antecipadas marcadas para 24 de Novembro.
Os números avançados no âmbito da atualização dos cadernos eleitorais representam uma diferença de 29.268 eleitores em todo o território nacional em relação ao anterior censo (895.143).
O processo, segundo o Director-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé serviu não só para os cidadãos que completaram 18 anos estarem inscritos nos cadernos eleitorais, após o recenseamento de 2023, mas também para aqueles que mudaram de residências e os que perderam os seus cartrões do eleitor.
Gabriel Baldé indicou que na, região de Tombali, foram recenseados 15.299 em Catió, no setor de Como 3.764, Bedanda 12.855, Cacine 8411, Quebo 9713 e ao passo que na região de Quinara, concretamente em Buba 14137, Empada 9740, Fulacunda 6642 e no sector de Tite foram registados 7884 eleitores.
Na região de Oio, de acordo com Gabril Gibril Baldé, foram recenseados em Bissorã 32.981, Farim 28.117, Mansabá 24.338, Mansoa 25.934, Nhacra 13.828 e na região de Biombo, foram registados em Ondame 5.948, Quinhamel 14.254, Safim 20.186 e Prábis 27.829.
Na região de Bolama/Bijagós foram registados em Bubaque 7.148, Caravela 2.545, Uno 4.139 e no setor de Bafatá são rescenseados 39.475, Cossé 8.621, Bambadinca 20.931, Xitole 11.108, Contubuel 24.272, Ganadu 14.422, Boé 8.839, Pitche 24.172 e no sector de Gabu 46.724, Pirada 16.357, Sonaco 20.127.
Na região de Cacheu: Bigene 9.869, Bula 15.453, Ingoré 20.777, Caio 5.940, Canchungo 23.623, setor de Cacheu 6.974, Calequisse 3.762 e São Domingos 16.644.
No Setor Autônomo de Bissau no círculo 24 foram rescenseados 21.482 eleitores, Círculo 25- 53. 568, Círculo eleitoral 26- 26.969, Círculo 27- 28.898, Círculo 28-43.564 e no Círculo 29 foram registados 73.875 eleitores, totalizando 924 411.
Os resultados anunciados são apenas do terriotório nacional ou seja não incluiram os da diáspora, África e Europa.
Gibril Baldé pede a todos os cidadãos para se dirigirem aos locais onde são afixados as listas para confirmarem se os seus dados estão em conformidade, caso não está comforme o eleitor tem 15 dias para reclamar junto de qualquer equipa do GTAPE para efeitos de correção.
O Diretor-geral do GTAPE defendeu a atualização regular dos cadernos eleitorais sempre nos meses que estão previstos na lei.
Instado a falar sobre as informações segundo as quais algumas listas de eleitores foram rasgadas, Gibril Baldé pede a colaboração popular através de denúncias das pessoas envolvidas nessas práticas.
O atendimento para correção dos dados nos cartões de eleitores vão decorrer de 20 de julho à 05 de Agosto.
Kyiv reivindica ataque com 'drones' contra uma refinaria na Rússia
© Reuters
Por Lusa 22/07/24
A Ucrânia assumiu hoje a responsabilidade por um ataque com 'drones' a uma refinaria no sudoeste da Rússia, país que afirma ter destruído 80 aparelhos aéreos não tripulados ucranianos desde a noite de domingo.
Uma fonte da defesa ucraniana afirmou que vários 'drones' atacaram a refinaria de Tuapse, uma cidade nas margens do Mar Negro, na região russa de Krasnodar (sudoeste), provocando um incêndio.
"A extensão dos danos está a ser clarificada", disse a fonte ucraniana, especificando que se trata de uma refinaria da gigante russa Rosneft, equipada com um terminal portuário e que quase 90% da sua produção se destina à exportação.
Na rede social Telegram, as autoridades regionais russas afirmaram, por sua vez, que o incêndio na refinaria ocorreu devido à "queda de destroços de 'drones'".
"O regime de Kyiv tentou mais uma vez atacar a infraestrutura civil em Tuapse com 'drones'", disseram as fontes russas.
Cerca de uma centena de equipas de resgate foram mobilizadas para o local e controlaram as chamas ao início da manhã de hoje e, segundo informações preliminares, não há vítimas.
Paralelamente, um condutor de um trator foi morto hoje por um 'drone' e a sua mulher ficou ferida enquanto trabalhavam num campo agrícola, perto da aldeia de Ustinka, na região russa de Belgorod (oeste), segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov, que identificou o aparelho não tripulado como ucraniano.
O exército russo anunciou hoje que abateu 80 'drones' ucranianos desde a noite de domingo, incluindo 47 só na região sul de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.
Segundo essa fonte, um 'drone' foi destruído em Belgorod, um outro em Voronezh, outro em Smolensk, oito em Krasnodar e 17 nos mares Negro e de Azov.
Num comunicado separado, o exército russo acrescentou que destruiu cinco 'drones', por volta das 07h00 (05h00 Em Lisboa), sobre a região de Astrakan.
A Rússia anuncia quase diariamente que destruiu 'drones' ucranianos lançados contra o seu território.
Kyiv argumenta que está a realizar estes ataques em resposta aos bombardeamentos russos que têm assolado a Ucrânia desde a invasão do país pela Rússia em fevereiro de 2022.
Soldados russos mortos após comerem melancias envenenadas... Será uma prova de que a ofensiva ucraniana "está ativa".
© Reuters
Por Notícias ao Minuto 22/07/24
Pelo menos uma dezena de soldados russos terão morrido, e outros 30 foram hospitalizados, depois de terem sido envenenados pela resistência ucraniana.
Tudo aconteceu na cidade ocupada de Mariupol, onde os soldados russos terão recebido uma encomenda de melancias.
As frutas, fez saber fonte do exército ucraniano, foram entregues por russos que chegaram ao território e que querem ganhar dinheiro.
“O nosso povo [ucraniano] não participa diretamente na entrega de ‘presentes’ tão perigosos aos russos. Há sempre pessoas que vêm em massa da Rússia e querem ganhar dinheiro. Ou seja, querem negociar alguma coisa", disse Pyotr Andryushchenko, conselheiro do Presidente da Câmara de Mariupol que se encontra em exílio.
Este acrescentou, ainda, que se tratou de "uma operação simples" e que a ofensiva ucraniana está ativa, cita o Daily Mail.
A cidade de Mariupol foi capturada após três meses de guerra, em 2022.
Leia Também: O Conselho da União Europeia (UE) renovou hoje por mais seis meses as sanções às ações Rússia que desestabilizam a situação na Ucrânia, adotadas pela primeira vez em 2024 e alargadas desde a guerra, em fevereiro de 2022.
Saída da união monetária implica 'defaults' para Burkina Faso, Mali e Níger
© Reuters
Por Lusa 22/07/24
A agência de notação financeira Standard & Poor's considerou hoje que a eventual saída do Burkina Faso, Níger e Mali da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) provavelmente implicaria incumprimentos financeiros destes três países.
"Se o Burkina Faso, Mali e Níger saírem permanentemente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), antevemos que os restantes países, com as suas economias maiores e mais diversificadas, consigam gerir qualquer consequência económica", escrevem os analistas num comentário aos desenvolvimentos políticos na região do Sahel.
Os analistas acrescentam, no entanto, que "se a anunciada saída do Burkina Faso, Mali e Níger da UEMOA", um risco que consideram "baixo", se concretizar, "isso levaria a consequências económicas bem maiores que a saída da CEDEAO, desencadeando quase de certeza 'defaults' das dívidas comerciais emitidas no mercado da UEMOA".
Em causa está a anunciada saída do bloco económico regional (CEDEAO) e a constituição de um novo bloco, a Aliança dos Estados do Sahel, constituída por estes três países, que em comum têm o facto de serem regimes militares que chegaram ao poder nos últimos anos através de golpes de Estado.
A CEDEAO é uma comunidade económica composta por 15 países (Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo), enquanto a UEMOA é uma união monetária de oito países: Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
Na nota de análise da S&P, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas afirmam que apesar de o risco de os três países com regimes militares saírem da UEMOA ser baixo, a possibilidade "reflete a crescente fragmentação política na região".
Sair da CEDEAO não implica sair da UEMOA, escreve a S&P, que lembra que os chefes militares destes países admitiram a possibilidade de criar uma moeda comum para o Burkina Faso, Mali e Níger, o que implicaria abandonar o franco centro-africano (CFA), que está indexado ao euro, mas a probabilidade é baixa, até porque o ministro das Finanças do Burkina Faso já disse que o país vai manter-se na União.
"Os custos de abandonar o franco CFA em termos de perda de reservas e almofadas financeiras externas, bem como a proteção contra a volatilidade das variações das taxas de câmbio, são bem maiores que os benefícios percecionados", afirma a S&P, concluindo que "a prioridades destes países é lidar com as ameaças terroristas à sua segurança, e por isso criar uma nova moeda, com todas as implicações económicas, financeiras e logísticas não é uma opção atrativa para as autoridades".