sexta-feira, 24 de novembro de 2017

RÚSSIA - Homem alcoolizado demora três horas a descobrir como se abre a porta

Incidente aconteceu na Rússia.


Um homem alcoolizado passou (ou perdeu) três horas da sua vida a tentar abrir uma porta, recorrendo à força, quando a solução para o seu dilema estava mesmo à frente dos seus olhos.

As imagens de videovigilância do local mostram o homem a pontapear e a empurrar a porta, na tentativa de a abrir.

O incidente aconteceu num bloco de apartamentos sito em Balashikha, Mosvoco, conta o Metro UK.

Depois de muito esforço, o homem acaba por perceber que um simples botão era a solução para poder sair calmamente do local, sem todo o aparato que protagonizou.
                                                       As imagens de videovigilância

NAOM

Cabo Verde com risco elevado de lavagem de capitais associado ao tráfico de droga

Cabo Verde é um país de risco elevado em matéria de lavagem de capitais, sendo o tráfico de droga o crime que mais concorre para esse risco, concluiu uma avaliação feita no país sobre esta matéria.


"De acordo com as variáveis do Banco Mundial, chegou-se à conclusão de que temos um risco elevado em matéria de lavagem de capitais, sendo que o crime antecedente com maior peso, neste momento, é o tráfico de droga", revelou aos jornalistas a diretora da Unidade de Informação Financeira (UIF) de Cabo Verde, Eldefrides Barbosa.

A responsável da UIF resumiu desta forma, aos jornalistas, os resultados da Avaliação Nacional de Riscos de Lavagem de Capitais e de Financiamento do Terrorismo de Cabo Verde, que hoje foram apresentados, na cidade da Praia, numa sessão sem a presença da comunicação social.

Eldefrides Barbosa justificou com a sensibilidade da informação envolvida a não divulgação pública integral das conclusões e adiantou que será preparado um resumo para posterior divulgação.

Segundo a responsável, foram identificadas "várias vulnerabilidades" em setores como empresas de contabilidade, notários, Organizações Não Governamentais ou empresas imobiliárias.

Por isso, segundo Eldefrides Barbosa, a avaliação recomenda medidas como o reforço da supervisão nestes setores.

No setor imobiliário, exemplificou, a recomendação é para que se estabeleça um quadro regulador e se dê formação às pessoas para saberem como agir em caso de suspeita de que uma transação possa estar a ser usada para este fim.

A avaliação foi feita com a assistência técnico-financeira do Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de capitais em África (GIABA) e do Banco Mundial e começou em agosto de 2016, envolvendo 36 instituições públicas, coordenadas pela UIF.

Ministério Público, Polícia Judiciária, Polícia Nacional, Ministério das Finanças, Instituto Nacional de Estatística, Banco de Cabo Verde, bancos comerciais, universidades, empresas de construção e imobiliário, municípios e organizações governamentais foram algumas das organizações envolvidas na avaliação.

O processo decorreu em três fases, estando em fase de conclusão, para que o relatório final de avaliação seja remetido aos ministérios e entidades responsáveis pela prevenção e combate à lavagem de capitais e financiamento do terrorismo.

A avaliação usou a metodologia do Banco Mundial aplicada aos dados sobre processos judiciais em Cabo Verde, tendo uma das dificuldades identificada sido a insuficiência de dados sistematizados.

"Precisamos de ter dados sistematizados. Por exemplo, saber que, se foram feitas 3.000 investigações, quantas foram as acusações e as condenações para podermos avaliar melhor a eficácia do país nesta matéria", disse.

Eldefrides Barbosa considerou que Cabo Verde tem um quadro legal "muito bom" em matéria de lavagem de capitais e financiamento do terrorismo, mas sublinhou que é preciso avaliar a eficácia na aplicação dessas leis.

"Saber o número de casos julgados, de bens perdidos a favor do Estado e do valor desses bens", exemplificou.

A diretora da UIF adiantou ainda que, em matéria de financiamento do terrorismo, não existe em Cabo Verde nenhum caso julgado, mas lembrou que, nesta matéria, o "alerta é máximo" em todos os países.

A avaliação pretende identificar os setores que apresentam riscos potenciais mais elevados e mais baixos, bem como analisar as vulnerabilidades, as ameaças e os pontos fortes na prevenção e repressão da lavagem de capitais e financiamento do terrorismo.

Em 2007, o país foi submetido a Avaliação Mútua, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para verificar o nível de conformidade do sistema Anti Lavagem de Capitais e Combate ao Financiamento do Terrorismo.

A partir de 2009, começou a ser submetido ao processo de seguimento e acompanhamento de aplicação das recomendações do Grupo de Ação Financeira (GAFI), do G7.

Em fevereiro de 2012, o GAFI introduziu como nova recomendação a obrigatoriedade de os países efetuarem uma Avaliação Nacional de Riscos nesta matéria, que Cabo Verde iniciou em agosto de 2016.

CFF // FPA
Lusa/Fim

ASSALTO A JAAC

Não irei debruçar sobre gênese dessa organização juvenil, que para mim devia ser liberado para funcionar como instituto juvenil da Guiné-Bissau, onde será sem duvida mais abrangente e, uma forma muito mais sensata de nacionalizar figura do Cabral , mas o PAIGC ficou com ele e, lhe mantém retrógrado a dinâmica, que o outrora sub égide ideológica do seu patrono AMÍLCAR CABRAL mostrou façanhas ao idealizar ora jovens, agora figuras da nossa praça.

Nós Cabralistas, não simpatizantes de atual/atuais PAIGC - para quem sabe diferenciar - ser cabralista do ser PAIGCista, vimo-nos obrigados a falar quando assunto é Cabral, tanto dentro como fora, ainda que neste pernicioso congresso do JUVENTUDE AFRICANA AMILCAR CABRAL, está a ser realizada numa charco perigosa ou como um conclave - de grande importância, tipo escolha de novo Papa (não saberemos os nomes do candidatos, só teremos presidente, a pois fumo-branca ), fruto de fuga para frente da atual direção do partido, que através de salto no escuro, querem impor a revelia da vontade democrática um imberbe a frente do JAAC, sob tática da lista única! Para evitar disputa de asserção política.

Esta na hora dos Guineenses exigirem o PAIGC para entregar o país o que é de Cabral e, ate o próprio partido porque é patrimônio nacional, ponto. Entretanto, estamos assistir um novo assalto efetuado por pólo aglutinador da ditadura, todavia, o esboço apresentado ou não apresentado para realização desta congresso, denuncia a nú que, atual direção esta a usar manobra de "bari caminhu " para congresso do partido, por isso saiu de Convenção,mal sucedida, para este novo circo.

CARLOS SAMBU

II Congresso da JAAC - Delegados debatem hoje relatório da direção cessante e anteprojeto dos Estatutos

Bissau, 24 Nov 17 (ANG) – Os delegados vindos de diferentes estruturas de base da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC) analisam hoje, no segundo dia do II Congresso Ordinário, o relatório da direção cessante, o ante projeto de estatuto e as Estratégias para os próximos quatro anos desta organização juvenil do PAIGC.

A informação foi avançada hoje à ANG pelo Presidente da Comissão Organizadora do II Congresso Ordinário da Juventude Africana Amílcar Cabral, que decorre em Bissau sob o lema: Congresso para Reestruturação e Dinamização da JAAC, Reserva Segura e Combativa do PAIGC.

De acordo com o programa, os delegados vão eleger novo Conselho Central que por sua vez, elegerá o Secretário Nacional desta organização e o Conselho Nacional de Jurisdição.

Instado a falar sobre o número de candidatos ao cargo de Secretário-geral da JAAC, Imane Na Modja informou que apesar da existência de intenções de candidatura até ao momento havia apenas uma única lista, intitulada “lista solidária de consenso”, a concorrer para o cargo.

Entretanto, Na Modja revelou que durante o dia de hoje vão receber a mensagem de solidariedade da juventude de partidos revolucionários progressistas.

Estes trabalhos, conforme Imane Na Modja, foram antecedidos de  eleição dos órgãos do congresso, nomeadamente a mesa , as comissões de mandato e de eleições.

Antes do início dos trabalhos do II Congresso que decorre de 23 à 26 do corrente mês,  realizou-se uma Conferência Ideológica, na qual debateram o Programa do partido, aplicabilidade dos seus princípios e cultura.

 Neste segundo Congresso Ordinário da JACC participam 220 delegados, dos quais cinco foram eleitos nas estruturas da organização em Portugal e os restantes nas estruturas da organização na Guiné-Bissau. 

ANG/LPG/ÂC/SG

Cacheu - VI Festival cultural arranca esta tarde

Bissau, 24 Nov 17 (ANG) – O VI festival cultural de Cacheu arranca hoje  nesta cidade nortenha com a participação de varios artistas nacionais, entre os quais Zé manel, Binhâ Quimor, Os Mecanicos, Dulce Neves, Tino Trimo, Firquidja de Bula, grupo de Caió, Bale Nacional e Netos de Bandim, e outros artistas internacioais.

Segundo um comunicado  da União Europeia em Bissau, financiadora do projecto, durante dois dias de festival haverá conferências sobre a escrvatura e Tráfico negreiro, sua influência no surgimento, evolução da língua crioula e espansão da panaria africana.

Paralelamente à essas actividades estará aberta a exposição e venda de produtos locais e livros.

O festival de cacheu vai contribuir para a melhoria do acesso à cultura, tornando-a mais próxima às comunidades locais e da população do país, e ainda promover a apropriação dos processos de produção e promoção cultural, por parte dos seus protagonistas, aprticularmente agentes e promotores culturais.

O IV festival Cultural é organizado pelo Governo regional e o Ministério da Cultura e Desportos em parceria com ONGs nacionais.

ANG/SG

Saúde pública - Governo realiza campanha nacional de vacinação para desparasitação de 300 mil crianças

Bissau, 24 Nov 17(ANG) – O governo, através do Ministério de Saúde Pública, em colaboração com os seus parceiros promove entre os dias 24 e 27 do corrente uma Campanha Nacional Integrada de Vacinação contra Poliomielite a qual inclui suplementação em Vitamina A e desparasitação com mebendazol de  300 mil crianças menores de 5 anos em todo o país.


Segundo uma nota de imprensa da Direcção dos Serviços de Alimentação, Nutrição e Sobrevivência da Criança, do Ministério de Saúde Pública, enviada à ANG,  a suplementação e desparasitação estão inseridas nas prioridades das autoridades da Guiné-Bissau, visando a redução da mortalidade nas crianças menores de cinco anos.

“Adicionalmente, a campanha que decorrerá nos próximos dias tem em consideração os engajamentos do governo tendo em conta a erradicação da poliomielite”, lê-se na nota.

Segundo o comunicado, o ministro da Saúde Pública pede a todos para colaborarem para que as suas crianças possam beneficiar dessa campanha.

O documento informa que o último relatório relativo à aplicação da Convenção sobre os Direitos das Crianças na Guiné-Bissau, tornado público em 2013, aponta a suplementação com Vitamina A, integrada com vacinação , como uma das ações mais bem sucedidas e menos dispendiosas na redução de mortalidade nas crianças.

A suplementação com Vitamina A e desparasitação com mebendazol à crianças de 6 a 59 meses de idade permite combater os efeitos nefastos que a carência em vitamina A provoca na criança, como a diminuição da imunidade, o aumento do risco de doenças infecciosas e aumento da taxa de mortalidade ligada à diarreia, ao sarampo, malária e pneumonia. 

ANG/ÂC/SG

Fomento agrícola - ANAG lamenta falta de financiamento para execução de 25 novos projectos

Bissau, 24 Nov 17 (ANG) - O Presidente de Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG) lamentou hoje a falta de financiamento para  a execução de 25 novos projectos de diversificação da produção que a organização tem em manga.

Jaime Boles Gomes, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné, salientou que a responsabilidade de diversificação da produção nacional  cabe ao governo em colaboração com os agricultores.

Sublinhou que a ANAG tem,  entre outros, os  projectos de criação de animais e de cultivo de grande quantidade de diferentes tipos de produtos nacionais de modo a permitir o aumento de rendimento para o país.

“Temos a ideia de aumentar a economia nacional através de diversificação da produção de grande quantidade de alguns produtos com o objectivo de não limitar simplesmente em produzir para o nosso sustento, mas também  para a exportação”, disse o Presidente de ANAG. 

Acrescentou que na Guiné-Bissau o produto mais exportado é a castanha de caju e que só isso não basta para promover o desenvolvimento de uma nação.

“A Guiné-Bissau precisa aumentar a produção e ter fábricas para a transformação dos produtos com a finalidade de criar mais emprego no país e diminuir o índice de banditismo”, defendeu aquele responsável.

Jaime Boles Gomes disse que a vontade de trabalhar não lhes falta e que na realidade só carecem de meios para desenvolver os seus projectos.

ANG/AALS/ÂC/SG

COMUNICADO DE IMPRENSA

O Partido da Renovação Social vem publicamente repudiar comportamentos divisionistas que apenas servem interesses que não convergem com os interesses do povo guineense,
como se pode ler no comunicado.



Prs Bissau

Zimbabué : Mnangagwa tomou posse como Presidente

Emmerson Mnangagwa tomou posse como Presidente do Zimbabué, 24 de Novembro de 2017
REUTERS/Mike Hutchings

Emmerson Mnangagwa tomou hoje posse como presidente provisório do Zimbabué, em substituição de Robert Mugabe que apresentou a demissão na sequência do golpe de Estado militar.

"Eu, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, juro que enquanto presidente da República do Zimbabué serei leal à República do Zimbabué e vou obedecer, apoiar e defender a Constituição e as leis do Zimbabué", declarou o novo chefe de Estado.

O vice-presidente de Robert Mugabe tomou posse esta sexta-feira no Estádio Nacional lotado, onde assumindo a presidência até às eleições agendadas para 2018. No discurso prometeu “ser fiel ao Zimbabué” e criar empregos para tirar o país da crise económica onde 90% da população está desempregada.

A intervenção dos militares de 14 de Novembro conduziu a um golpe de Estado pacífico, evitou o processo de destituição parlamentar iniciado pelos deputados do partido no poder União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (ZANU-PF) que culminou na demissão do mais antigo líder de África.

Depois de se ter refugiado na África do Sul durante as duas últimas semanas, Emmerson Mnangagwa foi recebido na passada quarta-feira em Harare como um autêntico herói.

Contrariamente ao anunciado, Robert Mugabe, 93 anos, não esteve presente na cerimónia de tomada de posse. As autoridades militares garantiram imunidade e protecção ao antigo líder do Zimbabué Robert Mugabe e à sua família como parte do acordo de resignação.

RFI

JORNALISTA NICOLAU GOMES DA RÁDIO BOMBOLOM SERÁ OUVIDO NO MINISTÉRIO PÚBLICO COMO SUSPEITO

O Jornalista da Rádio Bombolom FM, igualmente, produtor e apresentador do programa matinal “Aló Guiné” foi notificado no dia 21 deste mês, pelo “Ministério Público junto da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau” para comparecer nessa instância judicial no dia 28 deste mês, em Bissau.

Conforme a notificação, Nicolau Gomes Dautarim irá prestar declarações no âmbito do “processo nº 611/2017, na qualidade de suspeito”.

Conforme a solicitação da comparência do jornalista assinada pelo magistrado do Ministério Público, Domingos Gomes Jacal, o jornalista Nicolau Gomes é constituído suspeito num caso que não foi mencionado na intimação.

Por agora, só resta esperar para ver que acontecerá com o Jornalista Nicolau Gomes, visto pelo atual regime como uma pedrinha no calçado do Presidente Mário Vaz.

A ver vamos!


Notabanca; 24.11.2017

Oscar Pistorius vê sentença aumentar de 6 para 13 anos de prisão

O ex-atleta paralímpico, condenado pelo assassínio da sua noiva, Reeva Steenkamp, viu hoje a sua sentença aumentar de 6 para 13 anos e 5 meses, na sequência de um pedido de revisão de pena por parte do Ministério Público sul-africano.


O Ministério Público sul-africano pediu no início de novembro o aumento da pena de prisão do atleta Oscar Pistorius dos seis anos a que foi condenado pelo assassínio da sua noiva, Reeva Steenkamp, para os 15 anos. Hoje, o tribunal decidiu pelo aumento da sentença, mas para 13 anos e 5 meses.

A acusação classificou de “escandalosamente leve” a pena de Pistorius, de seis anos de prisão, considerando não existirem atenuantes que justifiquem uma sentença menor do que a mínima contemplada na lei sul-africana para a acusação de assassínio.

Johnson recordou que Pistorius disparou quatro vezes, que era uma pessoa treinada, não vulnerável e falou de brutalidade no momento de cometer o assassínio, além de questionar que sinta verdadeiro arrependimento.

O tribunal também ouviu a defesa, liderada pelo advogado Barry Roux, que voltou a argumentar que o atleta disparou por medo e que não tinha na altura as próteses que substituem as suas pernas, amputadas quando era criança.

O atleta foi condenado a cinco anos de prisão em outubro de 2014 e, depois de um primeiro recurso da acusação, a pena foi aumentada para seis anos em 2016.

Na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, Pistorius matou a sua noiva na sua casa em Pretoria, ao disparar quatro vezes através da porta fechada da casa de banho, alegando pensar que no local se encontrava um assaltante.

24.sapo.pt

Liga dos Direitos Humanos organiza vigília em Bissau contra escravatura na Líbia

A Liga Guineense dos Direitos Humanos realizou hoje uma vigília junto à embaixada da Líbia em Bissau, capital da Guiné-Bissau, contra a prática de escravatura naquele país.


“Estes atos vergonhosos e violadores dos direitos humanos são agravados pela inércia e pela indiferença da comunidade internacional, traduzindo-se num ultraje à consciência da humanidade que não pode ser tolerado em nenhuma circunstância”, afirmou o presidente daquela organização não-governamental, Augusto da Silva.

O responsável referia-se à reportagem da CNN que revela que emigrantes provenientes de países da África Subsaariana estão a ser vendidos como escravos.

Numa declaração lida em frente à embaixada da Líbia, Augusto da Silva disse que a Liga Guineense dos Direitos Humanos dispõe de informações de que há dezenas de jovens guineenses entre as vítimas daquelas práticas.

“Há também vários outros casos de detenções arbitrárias em que os familiares guineenses foram obrigados a pagar resgates em valores que oscilam entre os 500 e os 700 mil francos cfa (entre cerca de 760 e 1067 euros)”, denunciou Augusto da Silva, perante cerca de duas dezenas de pessoas que participaram na vigília.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos exigiu a abertura de um inquérito internacional para identificar e trazer os autores à justiça e apelou às autoridades líbias para proteger os cidadãos das “atrocidades dos contrabandistas de escravos”.

A organização instou a comunidade internacional, nomeadamente União Africana, Nações Unidas, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, para se articularem e criarem uma “força internacional com o mandato claro para combater o tráfico de seres humanos” naquele país.

Augusto Silva exigiu também às autoridades guineenses para “acionar os mecanismos disponíveis para assegurar o repatriamento dos cidadãos nacionais que se encontram na Líbia”.

Foto: Walter Felix da Costa
24.sapo.pt

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS DE 22/11/2017 – Guiné-Bissau

Sob a presidência de Sua Excelência o Primeiro-Ministro, General Úmaro Sissoco Embaló, o Conselho de Ministros reuniu-se hoje, dia 22 de Novembro 2017, no Salão Nobre “Francisco João Mendes – Tchico Té”, no Palácio do Governo, em Bissau, na sua XXXVII Sessão Ordinária.

COMUNICADO: Conselho de Ministros GB de 22.11.2017 _ @OD

OdemocrataGB

O VARÃO, O ARTISTA E O FILHO MISTÉRIO. QUEM SÃO OS 10 FILHOS DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS?


Isabel dos Santos é a mais conhecida, mas não é a única. Entre os 10 filhos do ex-Presidente, há negócios com Portugal, muita música e até um filho-mistério. Quase todos beneficiam da fortuna do pai.

1. Isabel dos Santos, a mais rica
2. Filomeno dos Santos, o varão
3. Tchizé dos Santos, a política
4. José Paulino dos Santos, o artista
5. José Avelino dos Santos, o empresário dos plásticos
6. Eduane Danilo dos Santos, o jovem do relógio de meio milhão
7. Joseana dos Santos, a girlsband
8. Eduardo dos Santos
9. Houston dos Santos, accionista com 16 anos
10. Josias dos Santos, o filho-mistério

Isabel dos Santos, a mais rica


Nome. Isabel José dos Santos

Idade. 44 anos

Família. Casou em Luanda em 2002 com o colecionador de arte Sindika Dokolo, com quem tem quatro filhos

É a mulher mais rica de África. Nasceu em Baku (Azerbaijão, à altura União Soviética), onde José Eduardo dos Santos estudava Engenharia, e é filha do angolano e da modelo soviética Tatiana Kukanova. Com a nomeação do pai para o cargo de Presidente de Angola, Isabel ficaria a viver com a mãe em Londres, cidade onde acabou por terminar os estudos em Engenharia (como o pai), mas também em Gestão de Empresas. Com 24 anos, foi para Angola.

O que diz de si própria. Em abril deste ano, deu uma entrevista à BBC onde disse que o facto de ser filha do Presidente angolano lhe traz privilégios, mas também “preconceito”. “Essa coisa de filha do Presidente é um mito”, disse.

O que dizem dela. A revista Forbes chamou-a “A menina do papá”; o El País “Rainha de África”.

A primeira empresa. Discoteca Miami Beach Club em Luanda, aberta em 1996.

Negócios em Angola. Comprou a Unitel (empresa de telecomunicações) e o Banco de Fomento de Angola. Atualmente, Isabel dos Santos é também acionista do Banco BIC. E a sua influência no país estende-se a outras áreas, como os hipermercados Candando, a hidroelétrica Niara Power ou até a Cruz Vermelha, de cujo ramo angolano é presidente. Inaugurou esta semana a fábrica de cervejas Luandina, da qual é proprietária com o marido.

Negócios em Portugal. Para além do BIC Português, tem participações na Galp e controla a operadora de telecomunicações NOS. A operação mais recente em solo nacional foi a compra de 65% da Efacec, em parceria com a empresa estatal angolana ENDE, de distribuição de eletricidade. Em 2015, o jornal i estimava que o seu investimento em Portugal já ultrapassava os dois mil milhões de euros.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. No final dos anos 90, entrou no negócio dos diamantes, com a sua empresa a beneficiar de um ajuste direto estatal para uma exploração em Camatué. De acordo com o jornal Expresso (disponível para assinantes), Isabel dos Santos terá acumulado um volume de contratos no valor de 6,7 mil milhões de euros com o Estado angolano — seja através de acordos para a construção de barragens (pela Niara Holdings), obras públicas (Urbinveste) ou de relacionamentos das suas empresas com a Sonangol. Isabel dos Santos foi nomeada administradora da petrolífera — e maior empresa estatal de Angola — em junho de 2016.

O que perdeu com João Lourenço. O cargo de presidente da Sonangol, do qual foi exonerada.

Filomeno dos Santos, o varão


Nome. José Filomeno dos Santos

Idade. 39 anos

Alcunha. Zenu

Família. É casado e tem três filhas

É o segundo filho de José Eduardo dos Santos, fruto da relação com Filomena Sousa, à altura secretária no Governo angolano. Nesse tempo, José Eduardo dos Santos era ministro das Relações Exteriores do Executivo de Agostinho Neto.

Aos 12 anos, de acordo com o jornal Expresso, Filomeno foi viver para Estocolmo com a mãe. Daí seguiriam mais tarde para Londres, tendo Zenu passado toda a adolescência fora de Angola. Foi também em Londres que prosseguiu os estudos: uma licenciatura em Engenharia Eletrónica e um mestrado em Finanças, tirados na Universidade de Westminster. Filomeno regressou a Angola em 2001.

Primeira empresa. Banco Kwanza Invest.

O que dizem dele. Segundo o Expresso, um relatório da agência Stratfor de 2010 — divulgado através da WikiLeaks — caracterizava Zenu como o filho de José Eduardo dos Santos com mais preocupações sociais. “Quando viaja até às províncias, ele faz uma avaliação crítica e rigorosa da situação, às vezes destacando uma certa lentidão ou má-fé das autoridades locais em fazerem o seu trabalho. No regresso partilha essas situações com o pai”, pode ler-se no relatório.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. Para além de mais de 5,3 mil milhões de euros concedidos através de diplomas presidenciais, de acordo com contas do jornal Expresso, em 2012 Filomeno foi sugerido por José Eduardo dos Santos para o cargo de administrador de um fundo soberano que viria a ser criado. No ano seguinte, quando tinha 35 anos, subiria a presidente desse mesmo Fundo, o que provocou uma série de críticas. “É na base do compromisso com a transparência e com as melhores práticas de governance que esta nomeação foi feita”, defendeu-se na altura ao Financial Times, acrescentando que seria melhor avaliarem a performance do Fundo do que “darem palpites sobre coisas que não aconteceram”. “A minha nomeação não tem nada a ver com uma campanha política de espécie alguma”, acrescentou à Reuters.

O Fundo acabaria por se ver envolto em polémica. Em 2016, foi mencionado nos Panama Papers como sendo um possível veículo para lavar dinheiro. Recentemente, voltou a ser apontado como estando possivelmente na origem de uma série de ilegalidades, nos Paradise Papers. Filomeno não se tem pronunciado sobre estas matérias. Na verdade, muito pouco se ouve publicamente da boca do filho varão de José Eduardo dos Santos, que em tempos foi apontado como possível sucessor político do pai.

O que perdeu com João Lourenço. A imprensa angolana avançava que Zenu ia demitir-se do fundo soberano, mas essas notícias foram, desmentidas. Para já, Zenu fica, mas há muitas indicações de que poderá ser exonerado.

Tchizé dos Santos, a política


Nome. Welwitschia dos Santos

Alcunha. Tchizé

Idade. 39 anos

Família. Casada com o engenheiro agrónomo português Hugo Pêgo. Tem um filho de 10 anos e uma filha de três.

Tchizé é a filha mais velha de José Eduardo e de Maria Luísa Abrantes.

O que diz de si própria. “Continuo a sonhar que um dia um Presidente de Angola me outorgará um certificado de mérito, uma comenda pelos serviços à pátria”

“Sou uma pessoa que não gosto de pertencer a grupos, não gosto, não tenho espírito de gangue, não tenho espírito de gueto, e tenho as minhas próprias ideias e defendo-as.”

“Querem-me sujar mas o povo me conhece.”

Negócios em Angola. É acionista da Semba Comunicações, produtora fundada pelo seu irmão mais novo, José Eduardo Paulino dos Santos. É acionista maioritária da diamantífera Di Oro.

Negócios em Portugal. É dona de 30% da empresa portuguesa Central de Frutas do Painho, da região do Cadaval, onde nasceu o seu marido, segundo revela o Jornal de Negócios. Atualmente, Tchizé está a ser investigada pelo Ministério Público português por suspeitas de branqueamento de capitais.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. Através da Semba, Tchizé sempre beneficiou de uma série de contratos públicos, através de campanhas de marketing e, sobretudo, da gestão da Televisão Pública de Angola (TPA). O Maka Angola estima que esses contratos, só em 2016, renderam cerca de 87 milhões de euros à empresa de Tchizé e do irmão. Para além disso, a sua diamantífera Di Oro recebeu no passado uma licença de prospeção inserida num consórcio, dada por decreto presidencial. A multinacional brasileira Odebrecht também fazia parte desse consórcio, de acordo com o site do jornalista Rafael Marques, Maka Angola.

O que perdeu com João Lourenço. Os contratos entre a Semba e o Estado angolano para a gestão da TPA Internacional e do Canal 2

Extravagância. Tchizé é a filha de José Eduardo dos Santos mais envolvida na política. De acordo com a própria, participou em acampamentos de pioneiros do MPLA desde os cinco anos de idade. Em 2008, foi eleita deputada, com 28 anos, e é atualmente membro do comité central do MPLA. É também presidente do Sport Luanda e Benfica.

José Paulino dos Santos, o artista


Nome. José Eduardo Paulino dos Santos

Alcunha. Coréon Dú

Idade. 33 anos

Família. Não é casado, nem tem filhos

É o segundo filho da relação de José Eduardo dos Santos com Maria Luísa Abrantes, e considera-se o artista da família. Viveu em Lisboa em casa dos avós, enquanto criança, numa tentativa da família de o afastar da Guerra Civil que ainda decorria em Angola, e viveu depois com a mãe nos Estados Unidos. Licenciou-se em Comunicação Social pela norte-americana Universidade de Loyola e prosseguiu os estudos em Londres, focando-se em Dança e Teatro. Regressou depois a Angola, onde prosseguiu a carreira de artista, com o nome de Coréon Dú.

O que diz de si próprio. “Infelizmente, para mim [ser filho de José Eduardo dos Santos] cria mais impedimentos do que abre portas, sobretudo por estar no ramo criativo. Acham que não tenho integridade artística ou que sou um socialite aborrecido em busca de algo.”

A primeira empresa. Semba Comunicação.

Negócios em Angola. A produtora Semba Comunicação, fundada em 2006, produtora responsável por sucessos como a novela Windeck (que foi transmitida em Portugal) e o documentário I Love Kuduro (que passou em Portugal, exibido no festival DocLisboa). É ainda acionista da Di Oro, a diamantífera da irmã Tchizé, com 10% de participação.

Negócios em Portugal. É sócio da Masemba (fruto de uma parceria entre a Semba e a produtora Até ao Fim do Mundo), que em 2013 comprou as revistas Lux, Lux Woman e Revista de Vinhos à Prisa. A Masemba chegou também a deter a revista Cristina, mas essa parceria chegou ao fim este ano.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. A Semba assinou uma série de contratos com o Estado angolano durante a presidência do pai de Coréon Dú, alguns para campanhas de marketing e, mais relevante, o contrato para gerir a TPA Internacional e o Canal2. O Maka Angola estima que só no ano passado os contratos com a TPA renderam à Semba cerca de 50 milhões de dólares.

O que perdeu com João Lourenço. O contrato assinado entre a Semba e o Estado angolano para gerir os canais da televisão pública.

José Avelino dos Santos, o empresário dos plásticos

Nome. José Avelino Gourgel dos Santos

Alcunha. Joess

Idade. 29 anos

Família. Não se lhe conhece mulher ou filhos.

José Avelino é o único filho de José Eduardo dos Santos com Maria Bernarda Gourgel. Segundo o Maka Angola, também estudou no Reino Unido, na Universidade de Oxford Brookes.

A primeira empresa. Neosol Investimentos.

Negócios em Angola. Em 2016, a Neosol Investimentos tornou-se sócia da Angoplaste Limitada, de que José Avelino se tornou gerente em junho do mesmo ano.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. De acordo com o Maka Angola, a Angoplaste tem um contrato assinado com o Estado angolano em 2016 para a construção de uma fábrica de plásticos na China. Para além disso, o contrato prevê uma série de apoios estatais, definidos por decreto presidencial. De acordo com o Maka, trata-se de benefícios fiscais, como a “isenção do pagamento de Imposto Industrial por 3 anos” ou a “isenção de pagamento de Imposto de Sisa”.

O que perdeu com João Lourenço. Por enquanto, nada indica que o contrato da Angoplaste tenha sido revogado

Extravagância. É baterista na banda de rock Trinity Nova



Eduane Danilo dos Santos, o jovem do relógio de meio milhão

Nome. Eduane Danilo dos Santos

Idade. 26 anos

Família. Em setembro de 2016, a imprensa noticiou que iria ser pai de uma criança da companheira Brenda Costa, com quem mantém uma relação há seis anos.

Eduane foi o primeiro filho do casamento entre José Eduardo dos Santos e a antiga hospedeira Ana Paula dos Santos, sua atual mulher. De acordo com o Club-K, Danilo passou pelo Brooke House College, no Reino Unido, e estuda atualmente na Richmond University em Londres.

O que diz sobre si próprio. “Podemos às vezes não ser compreendidos de maneira correcta, e as nossas ações tiradas fora de contextos, e deturpadas, mas acreditem que do meu lado, de tudo faço para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos angolanos, e sempre com amor e respeito ao meu próximo.”

O que dizem sobre ele. “Eles parecem ser demasiado jovens para terem 500 mil euros”, disse o ator Will Smith, quando Eduane e a mulher subiram ao palco para levantar o relógio desse mesmo valor que compraram num leilão de caridade.

Negócios em Angola. É um dos acionistas maioritários do Banco Postal de Angola, constituído em setembro de 2016, de acordo com a Visão, em parceria com o amigo Ides Jackson Kussumua (filho do primeiro secretário do MPLA, João Baptista Kussumua), representados por duas sociedades — a EGM Capital e a C8 Capital.

O que ganhou com José Eduardo dos Santos. O Banco Postal de Angola, criado em setembro de 2016, é também propriedade do Estado, que detém metade da participação através do Ministério da Tecnologia, do Banco BCI e dos Correios de Angola. Está também ligado à empresa Switchcom, de telecomunicações, que estaria a tentar levar a Vodafone para Angola. Tem ainda 15% de participação no Deana Day Spa, que pertence à sua mãe.


Joseana dos Santos, a girlsband


Nome. Joseana Lemos dos Santos

Idade. 23 anos

Família. Joseana é a segunda filha da relação de José Eduardo dos Santos com Ana Paula Santos. Casou-se em abril deste ano com Ricardo Abrantes (sobrinho da ex-companheira de José Eduardo dos Santos, Maria Luísa Abrantes) e está grávida do seu primeiro filho.

Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola e outra no Deana Day Spa

Extravagância. Faz parte da girlsband Black Fofas e partilha por vezes fotografias dos pais em redes sociais.



Eduardo dos Santos

Nome. Eduardo Breno Lemos dos Santos.

Idade. 19 anos.

Família. É o terceiro filho da união entre José Eduardo dos Santos e Ana Paula Santos.

Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola e outra no Deana Day Spa.


Houston dos Santos, accionista com 16 anos

Nome. Houston Lulendo Lemos dos Santos.

Idade. 16 anos.

Família. É o quarto filho da união entre José Eduardo dos Santos e Ana Paula Santos.

Negócios em Angola. Tem uma participação minoritária no Banco Postal de Angola com os irmãos.

Josias dos Santos, o filho-mistério

Nome. Josias dos Santos.

Família. No livro Segredos e Poder do Dinheiro, do português Filipe S. Fernandes, Josias é mencionado como filho de José Eduardo dos Santos e “Eduarda, conhecida por Dadinha”. Em 2009, o Club-K garantia que Josias era à altura estudante numa universidade inglesa, o que não destoaria do percurso da maioria dos seus filhos. Não se sabe mais nada dele.

Observador.pt

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - Este ano foram assassinadas 18 mulheres, o número mais baixo dos últimos 14 anos

Pelo menos 23 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio e a maioria não recorre a apoio. Segundo o Observatório das Mulheres Assassinadas, metade dos crimes foram cometidos pelo marido, companheiro ou namorado. "Grande parte destas situações não surgem de forma isolada".

Protesto silencioso no Porto em 2015 para homenagear as 27 mulheres assassinadas nesse ano

Desde o início do ano até à passada segunda-feira, 18 mulheres foram assassinadas e 23 foram vítimas de tentativa de homicídio. 2017 é, ainda assim, o ano que apresenta a taxa mais baixa de incidência dos últimos 14 anos registada pelo Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativas e Resposta (UMAR), segundo o relatório preliminar divulgado esta quarta-feira.

"É o terceiro ano em que registamos uma diminuição na incidência de femicídio (...) congratulamo-nos com o facto e achamos que é uma evolução muito positiva, mas ainda é muito cedo para falarmos de uma tendência", disse à agência Lusa a directora da área de violência da UMAR, Elisabete Brasil. 

Quase metade das mulheres vítimas escondem o crime de que são alvo

A maioria dos homicídios foi cometidos em casa pelo marido, companheiro ou namorado da vítima, recorrendo a uma arma de fogo ou arma branca.

De qualquer forma, há "18 mulheres assassinadas e é sempre muito, nem que fosse uma era sempre muito", lamentou. Elisabete Brasil alerta que a violência contra as mulheres "é um fenómeno que traz consequências não só para as vítimas", como para os familiares e para a sociedade.

Em média, este ano, houve 1,6 homicídios por mês. Oito vítimas tinham entre 51 e os 64 anos, seis entre 36 e 50 anos e quatro mais de 65 anos, adiantam os dados baseados nos crimes noticiados pela imprensa até 20 de Novembro.

Segundo o observatório, metade dos crimes foram cometidos pelo marido, companheiro ou namorado e em 22% das situações pelo ex-marido, ex-companheiro, ex-namorado.

Há um novo indicador de violência contra as mulheres e Portugal não está tão mal

A violência intrafamiliar, nomeadamente a praticada contra as mães, contabiliza três casos, e por outros familiares dois casos, referem os dados divulgados a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher, que se assinala este sábado, 25 de Novembro.

A maior parte dos homicídios (83%) aconteceram em casa e 17% foram cometidos na rua. Os dados mostram que seis homicídios foram praticados com arma de fogo e outros seis com arma branca (66% dos casos).

Em nove dos 18 homicídios, a medida de coacção aplicada foi a prisão preventiva e num caso a prisão domiciliária. E partir daí o observatório não apresenta mais dados.

Mulheres são especialmente discriminadas e vítimas de fome e abusos sexuais

"Situações não surgem de forma isolada"

Os números mostram que 56% das mulheres assassinadas foram vítima de violência na relação de intimidade. Em quatro casos existia denúncia apresentada e noutros dois, além da denúncia, haviam já sido decretadas medidas de coacção no âmbito desse processo.

"Grande parte destas situações não surgem de forma isolada, elas surgem de uma relação que já era violenta e que termina num assassinato", disse Elisabete Brasil, sublinhando que o facto de existirem processos-crime e terem decorrido inquéritos "não foi o suficiente para evitar que estas mulheres fossem assassinadas".

Para a responsável da UMAR, é preciso manter as estratégias de protecção e de segurança, fazer uma avaliação e gestão de risco contínua, e "perceber que um agressor de violência doméstica é um indivíduo perigoso e que, em muitas das vezes, é capaz de matar".

Também é preciso "mudar uma cultura que ainda é patriarcal, de um machismo que ainda dita que numa relação de conjugalidade ou de intimidade a mulher é quase uma pertença do homem", vincou Elisabete Brasil.

"É preciso mudar esta mentalidade e dizer que homens e mulheres são iguais e igualmente capazes de decidir a sua vida" e que têm de respeitar o outro quando diz "sim", mas também quando diz "não", sustentou.

Para Elisabete Brasil, é preciso responsabilizar o agressor pelo seu comportamento de violência, um "sinal que ainda não foi dado em Portugal". "Muitas vezes são as vítimas que têm a responsabilidade da sua protecção e da sua segurança e o agressor fica impune a aguardar que uma justiça se faça, mas sem que haja uma repercussão directa na sua esfera jurídica, pessoal, social, laboral, enquanto que as vítimas têm de fugir para se proteger e adaptar-se a um sistema de protecção", salientou.

Também acontece muitas vezes as denúncias terminarem em arquivo e algumas em suspensão provisória de processo. Há outras que seguem para julgamento e que são condenatórias, mas "terminam com penas suspensas", o que "acaba por ser uma certa impunidade quer aos olhos da sociedade quer aos olhos das próprias vítimas".

Nove em cada 10 vítimas não recorre a apoios

Nove em cada dez vítimas de violência doméstica não pedem ajuda ao sistema público de apoio, por desconhecimento, isolamento ou dificuldades no acesso aos serviços, disse ainda Elisabete Brasil.

"O que os grandes estudos a nível nacional e internacional dizem é que nem 10% das vítimas chegam aos sistemas de apoio" por diversas razões", adiantou.

Apesar de "vivermos num sistema de muita informação", muitas vezes o isolamento a que as vítimas estão votadas e em que os agressores as colocam, "impede que tenham acesso à informação", explicou Elisabete Brasil. Por outro lado, em termos geográficos, também ainda não há "respostas em todas as localidades, em todos os concelhos, que permitam um acesso fácil ao sistema de apoio".

O silêncio das vítimas foi denunciado esta semana, em Bruxelas, pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), segundo o qual "a violência contra as mulheres é um problema muito maior do que as estatísticas mostram".

De acordo com o EIGE, quase uma em cada duas mulheres (47%) que sofreu violência nunca disse a ninguém, "seja à polícia, serviços de saúde, um amigo, vizinho ou colega".

Questionada sobre estes dados, Elisabete Brasil disse que é uma realidade que também se passa em Portugal, considerando que ainda há "um longo caminho a percorrer" para inverter este quadro. "Temos a consciência de que muito do que foi feito é ainda pouco, que este é um longo caminho a percorrer, e que esta não é uma luta das vítimas de violência doméstica e não é uma questão das mulheres", frisou.

É uma "questão de cidadania, de dignidade humana, de direitos humanos", disse a responsável da UMAR "Para mudar tudo isto, precisamos de todos e não seremos muitos", defendeu. Para Elisabete Brasil, "a participação, o interesse, a informação é uma tarefa" que diz respeito a todos e, como tal, "todos são convocados a participar".

"É um apelo para que não nos esqueçamos das vítimas de violência doméstica, é um apelo à não-aceitação da violência, e de que cada um dos nós é necessário num mundo que acreditamos ser possível melhorar", rematou.

Para alertar para esta realidade e assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a UMAR realiza na sexta-feira, em Lisboa, um seminário sobre a Convenção de Istambul (convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica), ratificada por Portugal. Esta iniciativa visa potenciar o conhecimento sobre a Convenção de Istambul e avaliar a sua aplicação em Portugal.

Já a sábado, a UMAR promove uma marcha contra a violência, que parte do Largo do Intendente, em Lisboa, às 16h, disse Elisabete Brasil, adiantando que estas iniciativas se repetirão noutras capitais de distrito do país.

Publico.pt

" ATUAL PRIMEIRA DAMA DE ANGOLA "

ERA FÁCIL LER NO ROSTO DESTA MULHER A TRISTEZA E DOR QUE ELA CARREGAVA NA CADEIA DE S.PAULO !




INTRODUÇÃO

Desde que comecei á escrever que vivo tentando contar a história sobre tudo que sei do sofrimento de cada uma daquelas tantas mulheres que passaram pela cadeia de S.Paulo , e vi com os meus próprios olhos passar umas poucas vezes pelo pátio da cadeia , quando não com lágrimas no rosto era com o sangue lhes correndo pelas pernas.

Houve vezes que por falta de força e coragem para controlar as minhas emoções e não chorar , me senti derrubado e sem palavras para meter no papel toda aquela história sobre Luísa Fontes que antes de ser morta ainda lutou quando os carcereiros lhe tentaram violar sexualmente ou da Maria Bartolomeu do bairro Sambizanga que para a satisfação das suas bizarras paranoia ate o cano da pistola o Bonifácio deu-se ao luxo de enfiar - lhe pela vagina á baixo.

Mas agora que acredito que Deus finalmente não tinha abandonado todas aquelas mulheres e ainda bem , pois a prova está ai , o facto de algumas estarem ainda vivas muito embora condenadas á terem que carregar ate ao fim das suas vidas o peso dos traumas psicológicos , especialmente aquelas que depois da cadeia não fizeram um tratamento adequado.

MANOS ( AS ) VOCÊS NÃO IMAGINAM O QUE ELAS PASSARAM , E É PENA QUE AINDA NENHUMA DAS KAMBAS QUER SER ELA PRÓPRIA Á CONTAR !

Conheço mulheres que vivem ate hoje se sentindo culpadas pelo facto do esconderijo onde estavão seus maridos só terem sido descobertos , por elas não terem resistido a tortura que sofriam e acabaram por dar com os dentes á língua , e assim seus maridos acabaram mortos logo depois..

Eles entraram de madrugada pontapeando portas e janelas vasculharam á casa toda á procura do comissário político ( Santos ) este uma grande referencia para mim dos tempos de Cabinda , bateram na mulher obrigando á descobrir onde ele estava mas ela sempre disse que não sabia do seu paradeiro.

Por azar dos diabos um dos homens abriu um guarda fatos e deu com o nosso saudoso , querido e inesquecível amigo Santos , levaram - o , e mataram-o , e sua mulher foi detida passando pela CR ( Casa da reclusão ) e campo de concentração do Tari / Kibala.

Não sei se ela ainda vive , sinto saudades dela , pois foi a primeira mulher na vida á quem ofereci um poema de minha autoria no dia do seu aniversário nas masmorras da DISA.

" Fui levada á casa mortuária para ser fuzilada confundiram-me com uma mulata de Benguela e o que me salvou foi o facto de um dos militares ter dado conta que eu não tinha á tatuagem que eles sabiam ela tinha , me confessou uma senhora que de agente secreta ao serviço da DISA , foi transformada em implicada e não perdeu a vida por um triz "

Nunca tinha visto tantos cadáveres amontoado repleto de moscas e ainda assim deu para reconhecer alguns jovens do Sambizanga que tinham sido seus colegas alguns dos quais foram meus chefes operativos concluiu ela.

Falar do sofrimento destas mulheres é muito mais do que isto , pois para alem das chicotadas e todo tipo de humilhações que passavam consoante o torturador que cada uma delas tivesse pela frente mas também do sexismo e da violação sexual á que foram vitimas.

Quanto estou informado ,foram poucas as mulheres que não foram interrogadas nuas , diante dos olhos cobiçoso daqueles mais velhos e jovens oficiais e carcereiros da DISA muitos ate conhecidos delas que já sabiam algumas depois seriam mortas.

( ANY ) ANA DIAS LOURENÇO

Simplesmente ( Any ) assim ela era conhecida , quer no liceu feminino onde estudou com algumas miúdas do bairro , assim como na cadeia de S.Paulo por onde passou.

Recordo-me dela ainda tão bem com se fosse hoje , assim como de outras tantas , algumas das quais da minha relação amistosa caso concreto a Ricarda ( Ricardina ) irmã do famoso José Carrasquinha que estava gravida no dia em que foi detida , assim com a Luísa Fontes minha colega de farda em Cabinda , a Branquinha do Sambizanga que era militar e andava com o Juka que era repórter da Angop na altura entre outras.

( Any ) Das vezes que a vi passar pelo pátio acompanhada por carcereiros quando ia á enfermaria facilmente se lia no seu rosto a tristeza , o desespero e o medo de ser morta tão jovem que era e com muita vontade para viver.

Felizmente ela sobreviveu e ainda bem , pois quem sabe ela própria e outras qualquer dia nos contam com as suas próprias vozes , tudo quanto passaram e como foi essa história de algumas delas depois se terem tornado esposas de figuras ligadas já na altura ao regime, pois conheço outros casos.

DUMILDE RANGEL ( NAMBY ) MATETA , LOPO LOUREIRO & AS PRESAS NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DO TARI

Este é o titulo reservado para a próxima cronica ainda sobre o sofrimentos das mulheres no campo de concentração do Tari / Kibala.

Fórum Livre Opinião & Justiça
Fernando Vumby