Bissau, 09 Fev 21(ANG) – O Coordenador do Serviço Nacional da Fiscalização e Controlo de Actividades de Pescas (Fiscap), afirmou que a instituição que dirige está empenhada no combate à práticas de pesca ilícita nas águas territoriais do país.
Vladimir Djomel, em declarações à ANG sobre informações postas a circular em alguns órgãos de comunicação social segundo as quais as águas territoriais da Guiné-Bissau estão a ser invadidas por pirogas de pesca estrangeira, qualificou de normal as referidas denúncias, mas afirmou que estão empenhados na resolução dos problemas pontuais.
“Graças a nossa parceria com o Ministério do Interior através da Brigada da Guarda Nacional temos resolvido grandes problemas em termos de controlo e fiscalização dos nossos recursos haliêuticos na zona sul do país”, disse.
Aquele responsável sublinhou que as pirogas de pesca proveniente da Guiné Conacri, que dantes praticavam a pesca clandestina, a partir das 18H00 até a madrugada, foram estancadas com a criação de postos ao nível da costa marítima daquela localidade.
“Todos os postos de fiscalização marítima da zona de Cacine e das ilhas Bijagós estão nesse momento activados, dentre os quais a de Caravela e Bubaque”, assegurou Djomel.
Em termos de meios náuticos de fiscalização, o Coordenador de Fiscap sublinhou que já procederam a recuperação de três videtas de menor dimensão, que estavam inativas devido a avaria.
Adiantou que já iniciaram igualmente a manutenção da maior videta de fiscalização denominada Ndjamba Mané, acrescentando que a outra embarcação de maior porte baptizada com o nome de Ocante Bnun, també, se encontra operacional.
“Estamos a fazer tudo, na medida da nossa possibilidade, de forma a garantir a segurança dos nossos mares, salvaguardando os interesses da geração vindoura”, disse.
Segundo Vladimir Djomel, está em curso diligências entre os Ministérios das Pescas e das Finanças para a aquisição de um navio patrulheiro com autonomia de 15 á 20 dias no alto mar, visando reforçar a capacidade operacional de fiscalização das águas territoriais da Guiné-Bissau.
“Não é segredo para ninguém que a Guiné-Bissau dispõe de potencialidades em termos de recursos haliêuticos e que são alvos de cobiça por parte de pescadores dos países vizinhos. Por isso, há toda uma necessidade de reforçar os meios mais modernos e sofisticados”, disse.
Vladimir Djomel afirmou que, actualmente, os meios de fiscalização de que dispõe só têm autonomia de apenas cinco dias no alto mar, razão pela qual, segundo disse, para fazer face as constantes piratarias, são obrigados a adoptar estratégias de deslocação alternadas, ou seja quando um está a entrar outro sai imediatamente.
Disse que a principal missão da Fiscap não é de fazer apreensão de navios, mas sim sensibilizar e desencorajar a pesca ilegal e ilícita e proteger os recursos haliêuticos na Zona Económica Exclusiva.
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