O Coordenador do Grupo dos 15 deputados expulsos da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Braima Camará, reconheceu esta quarta-feira, 14 de março 2018, que sem a presença de todos os signatários de “Acordo de Conacri” na reunião é difícil encontrar uma solução para a saída da crise política vigente no país.
Braima Camará, falava na saída de uma reunião promovida pelo Presidente da República, José Mário Vaz com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse relativamente à formação do governo liderado por Artur Silva, que decorreu no Palácio da República.
Na ocasião, Camará disse que com a ausência de maioria dos signatários de “Acordo de Conacri”, José Mário Vaz, sabiamente marcou uma nova reunião para a próxima terça-feira, ou seja, 20 do mês em curso.
“Espero que nesta reunião, será uma oportunidade para que todos os atores políticos com elevado sentido do Estado e patriotismo, possam reconsiderar as suas posições, a fim de encontrar uma saída mais consensual, tirando o país assim definitivamente desta crise que sufocou toda sociedade guineense, devido ao orgulho e radicalismo que não ajudará em nada e nós do grupo dos 15, vamos acompanhar Chefe de Estado em todas as circunstâncias na busca de uma saída desta crise”, lamentou Braima Camará.
Presidente do Movimento da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, lamentou a ausência de maioria dos signatários do “Acordo de Conakry” na reunião convocada pelo Chefe de Estado guineense, dado que o propósito da reunião visava a encontrar uma solução consensual para a siada da crise.
“Não estamos satisfeitos com o resultado da reunião que não deu em nada e nós enquanto aliança das organizações da sociedade civil, vamos reunir os nossos membros para vermos qual é o passo seguinte que devemos tomar”, garantiu Fode Caramba Sanhá.
O activista da sociedade civil, exortou o Presidnete José Mário Vaz no sentido de assumir a sua responsabilidade no concernente a busca da solução da crise, que na sua perspectiva passa pela formação de um governo com base no “Acordo de Conacri” ou outra forma no quadro da lei da Guiné-Bissau, tendo em conta que o país está a menos de um mês para iniciar campanha agrícola e castanha de caju.
Para a Coordenadora do Grupo das Mulheres Facilitadores da Crise Política, Francisca Vaz, as negociações não estão a ser fáceis mas assegurou que continuam a ter esperança de que com as vozes das mulheres a situação será ultrapassada em breve.
“Mais um encontro com Presidente da República, desta vez com a iniciativa da sociedade civil que está a tentar falar com todas as partes a fim de podermos chegar a um consenso sobre um Primeiro- Ministro e temos um prazo a cumprir e, portanto, vamos trabalhar para que possamos ultrapassar esta situação de uma vez para sempre”, notou.
Entretanto, a delegação dos renovadores (PRS), dirigido por Certório Biote, um dos vice-presidentes, escusou-se a prestar quaisquer declarações à imprensa, depois da reunião.
Recorde-se que nesta reunião tomaram parte as seguintes individualidades e formações políticas: Partido da Renovação Social (PRS), Grupo dos 15 deputados, a Comunidade Internacional (P5) e Sociedade Civil. E notou-se a ausência da delegação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do Partido Nova Democracia (PND), do Partido da Convergência Democrática (PCD), da União para Mudança (UM) e a delegação da Assembleia Nacional Popular (ANP).
Registou-se ausência de maioria dos signatários do “Acordo de Conakry” que estão a exigir do Chefe de Estado, José Mário Vaz, o cumprimento do referido documento através da nomeação de Augusto Olivais, como o nome consensual alcançado durante as negociações em Conakry, em Outubro de 2016.
Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB
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