sexta-feira, 4 de agosto de 2017

LÍDER DO PARLAMENTO EXORTA A EXONERAÇÃO DO ATUAL GOVERNO E NOMEAÇÃO DE OLIVAIS


Cipriano Cassama, líder de parlamento nacional popular (ANP) advertiu hoje ao presidente da Republica, José Mário Vaz a exonerar o governo liderado por Umaro Sissoco e nomear, ao cargo do primeiro-ministro, Augusto Olivais, nome retido em Outubro de 2016 em Conakry.

Segundo Cassama, o cumprimento de acordo de Conakry passa necessariamente na exoneração do atual governo, que na sua visão é inconstitucional e ilegal, para permitir que os restantes pontos do acordo sejam cumpridas.

“ Que o presidente da Republica cumpra com o acordo de Conakry, que passa necessariamente na exoneração do atual governo e nomeação de Augusto Olivais, nome retido em conakry, e permitir que os ulteriores pontos de acordo sejam executados” notou Cassama, para de seguida destacar a revisão da constituição, da lei eleitoral, a reforma das forças da defesa e segurança entre outros, como pontos restantes do referido documento.

O presidente do hemiciclo guineense sustenta que é imperativo que o chefe de Estado assuma a sua responsabilidade em relação à implementação do acordo de Conakry, tendo em vista a credibilização do país e atenuação das carências sociais devido ao aumento de custo de vida, com a subida dos preços dos produtos da primeira necessidade.

Cipriano Cassama responsabiliza, ainda José Mário Vaz, de todas os atos do atual governo que chamas de “inconstitucional” .

“se não cumprir o acordo de Canakry, Doctor Mario Vaz, será o principal responsável por toda a escalada da crise e as suas consequências e sobretudo, de todos os atos desse governo ilegal e inconstitucional que ponha em causa os superiores interesses do povo guineense” susta Cassama.

Porem, revelou que todos os acordos assinados pelo atual governo liderado por Umaro Sissoco são inexistentes e não vinculam o estado guineense.

O líder de parlamento guineense falava, esta quinta feira, 03 de Agosto, em Bafatá, nas cerimônias de inauguração da sede da Comissão Regional das Eleições daquela região no leste do país.

Cassama disse, na ocasião, que de nada serve a realização das cíclicas eleições sempre consideradas justas e transparentes, se não há esforço serio na consolidação dos governos vindos dessas eleições.

Recorda-se que há quase um mês, o conselho de Paz e Segurança da União Africana reiterou a sua “profunda preocupação” com o impasse político na Guiné-Bissau e apelou ao diálogo e ao cumprimento do Acordo de Conakry para ultrapassar os desafios que o país enfrenta.

Uma preocupação expressa num comunicado emitido após a reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana sobre a Guiné-Bissau, que se realizou a 11 de Julho, e que contou com a presença do primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, e do representante da organização em Bissau, Ovídeo Pequeno.

Djibril Culubali /RJ

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