segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Resgatado no Atlântico barco com 249 pessoas que partiu da Guiné-Bissau

© Carlos Gil Andreu/Getty Images     Por Lusa    18/11/24 

Um barco com 249 pessoas a bordo, incluindo 11 mulheres, dois bebés e dezenas de menores, que terá partido há sete dias da Guiné-Bissau, foi resgatado pelo serviço de Salvamento Marítimo espanhol, anunciaram hoje as autoridades.

O barco foi avistado sábado por um veleiro alemão que navegava a sudoeste de Dakhla (cidade do Saara Ocidental), a 603 quilómetros da ilha espanhola da Gran Canaria, disse uma porta-voz da agência de salvamento.

Os seus ocupantes foram resgatados pelo navio Guardamar Talía por volta das 14h45 de domingo (13h45 em Lisboa) e chegaram hoje ao porto de Los Cristianos, em Tenerife, adiantaram as autoridades espanholas.

Fontes dos serviços de emergência disseram que os ocupantes afirmam ter partido da Guiné-Bissau, o que implica que se aventuraram numa travessia em mar aberto de quase 1.900 quilómetros, dos quais já tinham percorrido dois terços quando foram avistados pelo veleiro Thor Geyenerdahl.

A confirmar-se a origem da travessia, será a embarcação que mais se afastou em direção às Ilhas Canárias nesta última etapa da Rota Atlântica, cujo extremo sul é marcado pelo Senegal e pela Gâmbia.

O barco foi abandonado à deriva com uma marca de identificação pelo Salvamento Marítimo para não dar origem a falsos alarmes se alguém o reencontrar na sua rota.

O número de menores a bordo (44, incluindo os dois bebés) é ainda provisório, uma vez que a idade de alguns dos jovens e adolescentes está a ser verificada.

O serviço de emergência 112 informou que quatro dos ocupantes do caiaque tiveram de ser transferidos para centros de saúde.


Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau anuncia audiências para remarcar eleições  

São Tomé e Príncipe: Metade da população sem água potável

Por voaportugues.com  

Há décadas que cerca de metade da população são-tomense não tem aceso a água potável, segundo dados da Empresa Nacional de Água e Eletricidade (EMAE), que alega a falta de investimento, enquanto a população fala em ausência de vontade política.

De norte ao sul do arquipélago com cerca de 1000 quilómetros quadrados e 237,096 habitantes, segundo projeção das Nações Unidas, há milhares de pessoas a consumirem água do rio, sem qualquer tratamento por incapacidade de fornecimento da EMAE.

Entre os seis distritos de São Tomé, Lembá, Cauê e Cantagalo são os que têm mais pessoas sem água potável. A EMAE tem 16 sistemas de tratamento e abastecimento de água, mas a maioria data do período colonial.

“A captação de Canga é um canal que foi construído na época colonial para irrigação e é o mesmo canal que depois serviu como conduta de adoção e ele não tem capacidade para levar muita quantidade de água”, explica Valdemiro do Rosário, responsável do setor de distribuição de água, propondo a substituição da mesma para que possa transportar mais água.

E como se não bastasse, de acordo com os responsáveis da EMAE, 40 por cento da água potável que vai para a rede distribuição não chega aos consumidores devido ao envelhecimento das condutas, sobretudo na cidade capital.

Perante a crise, nas ultimas décadas emergiram no país os chamados comerciantes de água que vendem o precioso liquido ao preço 25 dólares o metro cubico, cerca de de 150 vezes superior ao valor praticado pela EMAE.

Foco

“Esses ditos comerciantes de água, quando há deficiência em termos de abastecimento, eles vão buscar água do rio, sem qualquer tratamento e vendem à população”, diz Timóteo da Costa, chefe do departamento de água da EMAE.

Adilio Abreu vive nos arredores da cidade de São Tomé e lamenta a incapacidade dos sucessivos governos para satisfazer “um direito básico da população”.

“Se os políticos-governantes tivessem como foco e objetivo a resolução dos problemas básicos da população, certamente que a água estaria incluída e nós já teríamos esse problema resolvido”, diz Abreu.

Quanto às empresas que vendem água imprópria, Abreu questiona: onde estão as autoridades, os tribunais? O que estamos a assistir é um crime.”

Liberato Moniz, analista político, também considera que há pouco interesse político em resolver um problema, que “todos sabem que é a origem de um grave problema de saúde pública no país”.

União Europeia: "Crise" na saúde europeia. Faltam 1,2 milhões de médicos e enfermeiros

© Lusa   18/11/24 

A União Europeia (UE) tinha em 2022 falta de 1,2 milhões de profissionais de saúde, uma "grave crise" que será agravada com a reforma de um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros nos próximos anos.

O alerta consta do relatório de 2024 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comissão Europeia (CE) "Health at a Glance Europe" hoje divulgado e que indica que 20 países da UE comunicaram uma escassez de médicos em 2022 e 2023 e outros 15 falta de enfermeiros.

"A mão-de-obra europeia no setor da saúde enfrenta uma grave crise", salienta o documento que, com base nos limiares mínimos de pessoal para a cobertura universal de saúde, estima que os países da UE registaram uma necessidade de aproximadamente 1,2 milhões de médicos e enfermeiros em 2022.

Portugal faz parte de um grupo de seis países - mais a Chéquia, Grécia, Irlanda, Letónia e Espanha -- que indicaram que parte das suas estratégias para manter ou aumentar a oferta de médicos consiste em prolongar a sua vida profissional, incluindo incentivos específicos para os clínicos se manterem na vida ativa.

A juntar à falta de profissionais de saúde já registada nos últimos anos, junta-se o seu envelhecimento, alerta ainda a OCDE e a CE, ao avançar que "mais de um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros da UE têm mais de 55 anos e deverão reformar-se nos próximos anos".

Apesar desta crise na força de trabalho da saúde, o estudo salienta que os setores da saúde e da assistência social empregam mais trabalhadores agora do que em qualquer momento da história na maioria dos países da UE.

Em 2022, mais de um em cada dez empregos (10,1%) era na área da saúde e da assistência social nos países da UE, contra 8,5% em 2002.

Em média, nos países da União Europeia, existiam 4,2 médicos por 1.000 habitantes em 2022, quando em 2002 eram 3,1, refere ainda o documento, que aponta para um crescimento do número de médicos "particularmente rápido" em Portugal e na Grécia, mas avisando que os dados destes dois países se referem a todos os clínicos inscritos, mesmo que não estejam atualmente a exercer.

Quanto aos enfermeiros, a OCDE e a CE avançam que o seu número tem aumentado na última década na maioria dos países da UE, passando de 7,3 por 1.000 habitantes em 2012 para os 8,4 em 2022.

Portugal está ligeiramente abaixo da média da União Europeia de 8,4% e distante dos países que lideram esse rácio, a Noruega, a Islândia, a Finlândia, a Irlanda e a Alemanha, com pelo menos 12 enfermeiros por 1.000 habitantes.

O relatório alerta ainda para o "deserto médico" na distribuição geográfica nacional desses profissionais de saúde, uma vez que em muitos países, como Portugal, Áustria, Roménia, Hungria e Croácia, regista-se uma densidade particularmente elevada nas grandes cidades de serviços especializados de saúde.

Para minimizar a falta de médicos, vários países da OCDE têm apostado no seu recrutamento no exterior, uma "solução rápida para responder às necessidades internas a curto prazo", adianta o estudo.

O recrutamento de médicos formados no estrangeiro foi 17% superior em 2022 do que antes da pandemia, em 2019, passando de cerca de 28.000 para 33.000 em termos de volume anual. Em 2023, mais de 40% dos médicos na Noruega, Irlanda e Suíça e cerca de 50% dos enfermeiros na Irlanda tinham formação estrangeira, por exemplo.

Segundo o relatório, o reforço da força de trabalho no setor da saúde para tornar os sistemas de saúde mais resilientes exigiria recursos adicionais significativos em relação ao nível pré-pandemia, ascendendo a 0,6% do PIB em toda a UE.

"A curto prazo, a melhoria das condições de trabalho e da remuneração é fundamental para aumentar a atratividade da profissão e reter os atuais profissionais de saúde", defende a OCDE, para quem aumentar as oportunidades de formação para novos médicos e enfermeiros é "também vital para aumentar a oferta", embora o seu impacto só se faça sentir a médio e longo prazo.


Ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, preside a cerimônia da comemoração do Dia Nacional da Nutrição, hoje, 18 de novembro de 2024, sob lema: "Kume dritu pa bu vivi dritu".

Criada pelo Conselho de Ministros da Guiné-Bissau em 6 de setembro de 2017, o Dia Nacional de Nutrição visa sensibilizar a população para a promoção e adoção de práticas saudáveis de alimentação e nutrição. Além disso, visa afirmar o compromisso do governo e os seus parceiros na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 2 que visa acabar com todas as formas de desnutrição e evidenciar agricultura sustentável.

O Dia Nacional de Nutrição é organizado pelo Ministério da Saúde Pública em parceria com o Programa Alimentar Mundial e demais parceiros de desenvolvimento sob o lema “Kume dritu pa bu vivi dritu”.

Ministro da Saúde Pública, Dr. Pedro Tipote☝

Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Sr. José Medina Lobato☝

Embaixador do Reino de Espanha na Guiné-Bissau, S. Exa Sr. Enrique Conde Leòn☝

 Coordenadora Residente da ONU na Guiné-Bissau, Sra. Genevieve Boutin 

Sra. Zalha Assoumana, Representante Residente do FNUAP☝

Fotos/videos by Tuti Vitoria Iyere

Rússia considera-se diretamente atacada pelos EUA se a Ucrânia usar mísseis de longo alcance: "Biden atirou gasolina para a fogueira"

 CNN Portugal

Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA em solo russo. Kremlin considera isso um ataque militar direto dos EUA: "Atiraram gasolina para a fogueira". Guerra faz mil dias e entra num novo rumo a dois meses de Trump tomar posse

Se a Ucrânia atacar solo russo com mísseis de longo alcance dos Estados Unidos ou de outros aliados ocidentais, o Kremlin diz que não vai responsabilizar Kiev por isso mas sim os países em que essas armas foram desenvolvidas.

Na sua habitual conferência de imprensa diária, Dmitry Peskov reafirmou esta segunda-feira a posição que Putin já tinha manifestado em setembro - ou seja, que a Rússia considera um ataque direto dos norte-americanos qualquer ataque a solo russo com armas feitas nos EUA. O Kremlin diz que Biden atirou "gasolina para a fogueira" e que tudo isto representa um "envolvimento diferente dos EUA" na guerra na Ucrânia.

Peskov sublinhou ainda que a Rússia só teve conhecimento da decisão da administração de Joe Biden através de notícias publicadas nos meios de comunicação ocidentais. E acrescentou que, a confirmar-se, trata-se de uma escalada do conflito e da tensão - e acusa os EUA disso. Reino Unido e França ainda não se pronunciarem sobre se tomam ou não decisão semelhante à da administração Biden.

A notícia desta decisão dos EUA foi avançada domingo pelo New York Times, que cita uma fonte da Casa Branca. O jornal sublinha ainda que a decisão não foi consensual entre os conselheiros do presidente. Esta opção de Joe Biden, que anteriormente já tinha autorizado a utilização do sistema de rockets HIMARS em resposta aos avanços da Rússia em Kharkiv, surge após a decisão de Moscovo de enviar tropas norte-coreanas para a frente de guerra na Ucrânia.

Através da rede social X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu na noite deste domingo a todos os parceiros que apoiam o país com sistemas de defesa aérea e mísseis, afirmando que "este é um esforço verdadeiramente global".

Presidente da República recebe S.E Sr. Mohamed Juldeh Jalloh, Vice- Presidente da República da Serra Leoa.

Presidência da República da Guiné-Bissau 

domingo, 17 de novembro de 2024

O principal porta-voz do Hezbollah, Mohammed Afif, foi hoje morto num ataque israelita em Beirute, no Líbano, segundo uma fonte do movimento pró-iraniano, citada pela Associated Press.

Por sicnoticias.pt

Principal porta-voz do Hezbollah morto em ataque israelita em Beirute

O exército israelita lançou uma intensa campanha de bombardeamento no Líbano a 23 de setembro e uma ofensiva terrestre no sul do país a 30 de setembro.

O principal porta-voz do Hezbollah, Mohammed Afif, foi hoje morto num ataque israelita em Beirute, no Líbano, segundo uma fonte do movimento pró-iraniano, citada pela Associated Press.

O funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a informar a imprensa, disse que Mohammed Afif foi morto no ataque de hoje.

Afif foi especialmente visível após a escalada militar de Israel em setembro e após o assassinato do líder de longa data do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Os subúrbios do sul de Beirute foram hoje alvo de um novo ataque por parte do exército israelita, que apelou à evacuação da zona e está a atacar infraestruturas do Hezbollah, de acordo com imagens captadas pela AFPTV.

A agência de notícias libanesa Ani noticiou hoje um ataque "muito violento do inimigo" no bairro de Haret Hreik.

Na rede social X, o porta-voz do exército israelita, Avichay Adraee, apelou à evacuação do bairro nos subúrbios do sul da capital.

Desde terça-feira que o exército israelita tem efetuado uma série de bombardeamentos à luz do dia contra os subúrbios do sul, que foram em grande parte esvaziados de habitantes.

O exército israelita lançou uma intensa campanha de bombardeamento no Líbano a 23 de setembro e uma ofensiva terrestre no sul do país a 30 de setembro.

As forças armadas dizem querer neutralizar o Hezbollah para permitir o regresso dos habitantes do norte de Israel, deslocados por mais de um ano de disparos de projéteis no seu território.

A 8 de outubro de 2023, o movimento libanês lançou uma "frente de apoio" ao Hamas, no dia seguinte ao início da guerra em Gaza, na sequência do ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 7 de outubro.

Coreia do Norte pode vir a destacar até 100 mil soldados para ajudar a Rússia

Por  CNN Portugal

Esta decisão não é, contudo, iminente, e é improvável que as tropas sejam todas destacadas ao mesmo tempo

A Coreia do Norte poderá vir a destacar até 100 mil soldados para ajudar a Rússia no esforço de guerra contra a Ucrânia.

A informação foi avançada pela Bloomberg, que cita fontes conhecedoras de análises feitas por alguns países do G20.

Esta decisão não é, contudo, iminente, e as fontes da Bloomberg esclarecem que o apoio iria provavelmente ser feito em levas, que se vão substituindo, e não de uma só vez.

Moscovo e Pyongyang tornaram-se consideravelmente mais próximos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, mas, até à data, o Kremlin tem evitado questões sobre a presença de reforços norte-coreanos no campo de batalha

Na segunda-feira, a Coreia do Norte ratificou um acordo histórico de defesa com a Rússia, selando a aproximação entre os dois países, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.

O presidente russo, Vladimir Putin, também assinou o tratado de defesa mútua, que prevê uma “assistência militar imediata” recíproca em caso de ataque a um dos dois países, anunciou o Kremlin.

De acordo com a Ucrânia e alguns dos aliados de Kiev, a Coreia do Norte já enviou cerca de 11 mil soldados para a Rússia.


Leia Também: O primeiro-ministro polaco afirmou hoje que nenhum telefonema consegue parar a agressão russa na Ucrânia, dois dias após uma polémica conversa telefónica do chanceler alemão, Olaf Scholz, com o Presidente russo, Vladimir Putin.

Pobreza em Portugal: “Temos um milhão de pessoas que vive com menos de 250 euros por mês e dois milhões de pessoas com menos de 550 euros por mês”

Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, lamenta que "a pobreza não tem diminuído, tem até aumentado" e que "o perfil das pessoas que se encontram no padrão de pobreza têm-se alterado", fazendo agora parte trabalhadores.