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Notícias ao Minuto 05/11/23
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, distanciou-se das polémicas declarações de um dos ministros do seu governo, que afirmou que havia a "possibilidade" de Israel lançar uma bomba nuclear sobre a Faixa de Gaza.
Numa entrevista à Rádio Kol Berama, citada pelo The Times of Israel, o ministro do Património, Amichai Eliyahu, do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, opôs-se ainda à entrada de ajuda humanitária no pequeno enclave e defendeu a retoma do território.
"Eles podem ir para a Irlanda ou para os desertos, os monstros em Gaza devem encontrar uma solução por si próprios", atirou, acrescentando que qualquer pessoa que abane uma bandeira palestiniana ou do Hamas "não deveria continuar a viver na face da terra".
Agora, através de uma publicação divulgada nas redes sociais, Netanyahu distanciou-se destas declarações.
"As declarações do ministro Amihai Eliyahu não são baseadas na realidade. Israel e as IDF [Forças de Defesa de Israel] operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes. Continuaremos a fazê-lo até à nossa vitória", lê-se na publicação partilhada pelo gabinete do primeiro-ministro israelita.
Amihai Eliyahu não faz parte do gabinete de gestão guerra, criado na sequência dos ataques do Hamas de 7 de outubro, nem exerce qualquer influência sobre este. De acordo com a Associated Press, Benjamin Netanyahu terá suspendido o ministro das reuniões do governo indefinidamente.
Entretanto, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, afirmou, também no X, que havia conversado com Eliyahu e que este lhe garantiu que "as suas palavras foram ditas de forma metafórica".
"É claro para todos nós que a organização Hamas deve ser destruída e apagada e é claro que faremos todos os possíveis para devolver as pessoas raptadas às suas casas", escreveu Ben Gvir.
Já o líder da oposição israelita, Yair Lapid, pediu a demissão de Eliyahu, considerando que com as suas palavras "prejudicou as famílias dos que estão sequestrados", bem como a "sociedade civil" e o "estatuto internacional de Israel".
De realçar que já morreram mais de nove mil pessoas na Faixa de Gaza, na sequência da ofensiva lançada pelas forças israelitas em resposta aos ataques do Hamas.